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segunda-feira, abril 18, 2011

Casa da Cultura da Terra Firme ajuda a reduzir violência na Terra Firme


Resgatar jovens em situação de risco das ruas e oferecer-lhes novas oportunidades de vida, através do teatro. Esse é o objetivo da Casa de Cultura e Turismo da Terra Firme, entidade assistencial que trabalha atualmente com 108 jovens do bairro.
O trabalho, idealizado por Cláudia Silva, Edmar Souza, Eli Chaves e Adelson Gonçalves, tem mostrado resultados positivos na comunidade. Unidos, eles conseguiram, ao longo de 35 anos de projeto, mostrar aos jovens que o destino deles pode ser bem diferente do que o apontado pelas estatísticas da violência, que faz da pobreza um condutor para a criminalidade.
Claudia Silva ressalta que o compromisso de mudar o destino de pessoas que vivem à margem da sociedade deve ser de todos. "Estou feliz com as parcerias que conseguimos este ano. Nós não queremos dinheiro, o que pedimos ao governo foi apoio para ceder espaços pertencentes ao poder público para poder mostrar o teatro de rua feito aqui na Terra Firme", afirmou, destacando que órgãos estaduais como o Instituto de Artes do Pará, Centur, Polícia Militar, Bombeiros e Secretaria de Segurança Pública são parceiros na exibição do projeto "Paixão de Cristo", encenado no último dia 14, no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Edmar Souza vai mais longe ao afirmar que, na verdade, o grupo utiliza o teatro para resgatar esse jovens. "Ensinamos a eles principalmente a não terem vergonha da sua origem e a não aceitarem discriminação porque moram na Terra Firme, um bairro constantemente descrito pela mídia como violento". Já Eli Chaves acredita que o importante é que cada pessoa ou comunidade faça a sua parte para mostrar novos caminhos aos jovens. "Temos que fazer uma revolução silenciosa. O pouco que cada um fizer vai fazer a diferença no futuro", salientou.
Por ser o teatro uma arte coletiva, os jovens passam a entender valores como coletividade, companheirismo e amizade. "Estamos em um mundo individualista, onde o consumo exagerado torna as pessoas egoístas. Temos que reagir a isso mostrando a esses jovens que vêm de famílias de baixa renda que é importante buscar o equilíbrio entre o ter e o ser", explicou Edmar.
Magno Perdigão Teixeira, 23 anos, participa há um ano do projeto de teatro da Casa da Cultura. Para ele, o mais importante é mostrar que é capaz de ganhar o respeito e a confiança das pessoas. "Hoje sei que posso contar uma nova história e afirmar que é possível mudar", afirmou.
Magno chegou em Belém vindo do município de Bujaru, com apenas 13 anos, idade com que também começou a estudar. A situação de dificuldade o levou a ter várias ocupações, entre elas reparador de bicicleta em portas de supermercados, carregador e carreteiro. Com a ajuda do grupo da Casa da Cultura, ele conseguiu terminar o Ensino Médio e trabalha atualmente com telemarketing.
Serviço: A Casa da Cultura da Terra Firme apresenta o projeto Paixão de Cristo nos dias 22 e 23, na Universidade Federal Rural da Amazônia, às 18 horas
Janise Abud – Secom

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