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segunda-feira, abril 18, 2011

Santa Casa alerta sobre riscos da bebida alcoólica durante a gravidez

Pesquisas já comprovaram que o consumo regular de álcool e outras drogas afetam o bebê dentro do útero. Quando uma gestante bebe, o álcool atinge rapidamente o feto pela corrente sanguínea e placenta. Segundo Helena Reis, médica neonatologista do Hospital Santa Casa de Misericórdia, as mulheres que consomem mais de dois copos de bebidas alcoólicas por dia durante a gestação têm mais chances de dar à luz bebês com problema neuropsicomotor, que afeta a fala e a concentração, e causa hiperatividade.
Uma pesquisa publicada pela BioMed Central reforça o alerta da médica da Santa Casa. Pesquisadores de Dublin, capital da República da Irlanda, perguntaram a mais de 60 mil grávidas, durante uma consulta no hospital, o que geralmente acontecia entre a 10ª e a 12ª semanas de gestação. Estes dados foram comparados com informações sobre suas rotinas em casa e no trabalho, nacionalidade e hábitos antes da primeira visita médica para tratar da gravidez.
As mulheres que declararam beber muito ou moderadamente estavam na primeira gestação. A grande quantidade de álcool foi relacionada ao parto prematuro e a todos os problemas que afetam bebês prematuros, incluindo riscos de doenças na vida adulta.
Mulheres que tomam mais de seis doses de álcool por dia, conforme a pesquisa, correm o risco de ter filhos com síndrome alcoólica fetal. Crianças nascidas com essa síndrome sofrem de retardo mental e do crescimento, e apresentam distúrbios de comportamento, malformação cardíaca e na face.
Consequências - Helena Reis explica que as novas descobertas ajudam os especialistas a esclarecer sobre as consequências no feto provocadas por alguns drinques, em um curto espaço de tempo no início da gestação. Apenas um caso de consumo excessivo de bebida alcoólica durante a gestação pode ser prejudicial ao bebê, mesmo que a mulher não beba mais nada nos meses restantes.
Segundo a médica, o uso de bebidas alcoólicas e outras drogas, além de causar complicações neuropsicológicas, também pode provocar aborto e nascimento prematuro. Ela ressalta que o álcool é calórico e também compromete o ganho de peso adequado da grávida, e recomenda que, durante a gestação, além de água, as mulheres tomem sucos naturais e experimentem atividades prazerosas e saudáveis, como massagens, caminhadas ou exercícios leves.
A neonatologista aconselha ainda à grávida pedir ao parceiro que evite beber ao seu lado, para não sentir vontade de ingerir bebida. Caso a mulher receie ter problemas com excesso de bebida e outras drogas, o melhor caminho é conversar com o médico ou solicitar a indicação de um especialista no assunto.
Para conseguir ajuda profissional a grávida deve ligar para o serviço "Viva Voz", da Secretaria Nacional Antidrogas (0800 5100015), e procurar o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) mais próximo.
Ascom/Santa Casa

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