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quarta-feira, julho 13, 2011

Fundação Santa Casa prepara escalpelados para mutirão de cirurgia plástica


O Pará concentra 90% dos casos de escalpelamento em crianças, adultos e jovens. Este ano já ocorreram quatro casos. Por conta disso, o Governo do Estado, por meio dos órgãos estaduais (Sespa, Defensoria Pública, Seduc, Fundação Santa Casa, Arcon e Capitania dos Portos). Além do tratamento aos acidentados, as instituições têm como objetivo, trabalhar e engajar a comunidade ribeirinha na prevenção desses acidentes, orientando e educando os barqueiros à proteger o eixo do motor de suas embarcações.
 O tratamento das vítimas é longo, doloroso, e muitas vezes não recupera os cabelos e nem as lesões decorrentes do arrancamento de orelhas e pálpebras. O atendimento é realizado no primeiro momento no Pronto Socorro Municipal e, posteriormente, na Fundação Santa Casa, onde essas vítimas passam por várias intervenções cirúrgicas e atendimento ambulatorial com cirurgião plástico e acompanhamento de uma equipe multiprofissional do hospital.
 O cirurgião plástico Vitor Aita, responsável pelo mutirão de cirurgias, estima que cerca de 70 pacientes passe pelo evento que acontecerá em setembro próximo. “já iniciamos as avaliações individuais, nesses momentos, escutamos o que cada paciente deseja reconstituir conforme o que é possível, em seguida são feitas as macacões para exames pré-operatórios. Em certos casos reconstituímos 100% as áreas lesionadas”, declara Vitor Aita.
“É importante citar que muito se tem a fazer para erradicar essa tragédia, porém, todos nós precisamos estar comprometidos com a causa, e para atingirmos o objetivo é necessário incentivar e divulgar maciçamente a questão da prevenção em nossa região ribeirinha, alertar as mulheres que tenham cabelos compridos para viajarem com os cabelos presos, envolver as escolas municipais com propostas de trabalhos e campanhas sobre o tema, envolver ainda as igrejas, pastorais, Conselhos e a comunidade em geral”.
O cirurgião destaca ainda que as intervenções cirúrgicas das vítimas, nos últimos anos feitos na Fundação Santa Casa, vêm sendo realizadas com o uso de expansores de pele, para reparo de lesões e preparo da área lesada para posterior enxerto. Em cada caso de reconstrução, existem diferenças muito complexas, sejam por razões locais ou pelos aspectos psicológicos envolvidos, o que vem alcançando resultados muito positivos na melhora da auto-estima e na re-integração social.
Alessandro Borges - Ascom Santa Casa

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