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terça-feira, julho 12, 2011

Sespa intensifica ações contra a malária pelo interior do Estado

Não existe vacina contra a malária, mas o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde, feito em sete dias, deve ser seguido à risca para evitar uma recaída ou até mesmo a morte. Orientações desse tipo são constantes e multiplicadas nas secretarias de Saúde do interior do Estado por técnicos do Departamento de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e dos Centros Regionais de Saúde.
A medida não é por acaso, afinal, só a região Norte responde por 98% dos casos de malária registrados no Brasil. Ano passado, 136.467 pessoas pegaram a doença no Pará, das quais 65.985 entre janeiro e junho. Este ano, no mesmo período são 47.793 casos, uma redução de quase 20% em relação a 2010.
Para tanto, o esquema da Sespa em orientar sobre o manejo da doença independe de época, segundo o secretário de Estado de Saúde, Helio Franco. As atenções voltadas para Cametá, no nordeste do Pará, também não fogem à regra, uma vez que o município serve de trânsito a moradores de cidades vizinhas, como Oeiras do Pará, outra recordista em casos da doença.
Controle – Desde o início do ano, técnicos do Departamento de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Sespa vêm intensificando ações de prevenção e controle da malária nos municípios abrangidos pelo 13º Centro Regional de Saúde, entre os quais Cametá, Oeiras do Pará e Limoeiro do Ajuru.
Ao todo já foram feitas oito supervisões e quatro visitas técnicas com desenvolvimento de ações baseadas no princípio do diagnóstico precoce e tratamento imediato, com busca ativa de casos e ações de convencimento quanto à prevenção e o uso completo da medicação prescrita.
"Isso é de extrema importância, pois o indivíduo, ao perceber que está bem disposto, abandona os remédios. A questão da bebida alcóolica é outro dado preocupante. O paciente não pode beber durante os sete dias de tratamento", explica Helio Franco.
Outras atividades das equipes da Sespa de apoio aos municípios com maiores índices da doença são supervisões em postos e nas chamadas unidades flutuantes, que são laboratórios adequados ao manejo da doença e disponíveis a fim de melhorar o acesso da população aos serviços.
Capacitação – Além disso, já foram feitos quatro treinamentos para profissionais envolvidos na vigilância e assistência ao agravo, no intuito de alimentar o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep Malária) do Ministério da Saúde, e capacitação para médicos e enfermeiros do 13º Centro Regional de Saúde, em Cametá, para o tratamento de casos da doença em gravidade.
Todas essas atividades se somam à ação que tem sido coordenada desde esta terça-feira (12), entre Cametá e Oeiras do Pará, para onde foram enviados dez microscópios que servirão de suporte ao trabalho da equipe orientada de perto pelo coordenador do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Bernardo Cardoso.
Ao todo, a equipe é composta por 38 agentes, dos quais dez microscopistas, cinco borrifadores, 13 inspetores e dez agentes de saúde. Para Helio Franco, não há outro jeito para combater a disseminação da malária se não trabalhar o diagnóstico precoce e a aplicação correta do tratamento, respeitando o prazo de resguardo.
Operação – No cerco à malária, desde o dia 6 de julho a Sespa também tem intensificado ações de prevenção e controle da doença malária em Afuá, Chaves, Santa Cruz do Arari, Muaná, Soure, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista, Ponta de Pedras e Cachoeira do Arari, municípios abrangidos pelo 7º Centro Regional de Saúde.
A atividade tem consistido no monitoramento dos microscopistas in loco; abastecimento das Unidades de Diagnóstico de Malária, com insumos de laboratório, material de expediente e medicamentos malarígenos; atendimento e busca ativa de ribeirinhos já vitimados ou febris, pesquisa entomológica para identificação do mosquito transmissor e sua densidade na área, além de borrifação de 14 localidades de difícil acesso dos municípios com alta incidência, como é caso de Chaves, Santa Cruz do Arari, Ponta de Pedras e Muaná.
Ao todo, 17 profissionais da área de Vigilância em Saúde estão atuando na ação, sendo uma médica veterinária, um entomologista, dois técnicos de laboratório, um inspetor de malária, seis guardas de endemias, uma técnica de educação em saúde e demais quatro integrantes da tripulação.
O roteiro inclui Breves e Anajás pelo rio Mocoões, limite dos municípios de Chaves e Santa Cruz; o trajeto do Igarapé do Francês, limite dos municípios de Santa Cruz do Arari e Anajás; Alto Anajás, divisa dos municípios de Ponta de Pedras, Muaná e Anajás, e, por último, o leito do rio Cururuo, que corta o município de Chaves com maior extensão em áreas malarígenas.
Conheça medidas que podem prevenir a malária:
* Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas;
* Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
* Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
* Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito a quimioprofilaxia, se tiver febre, procure atendimento médico;
* Nunca se automedique.


Mozart Lira – Sespa

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