Uma mostra de 13 esculturas de até sete metros de comprimento, no formato de peixes como pirarucu, mapará, tambaqui, aruanã e até do boto tucuxi, formam a Arte Pública Piracema, exposição organizada pelo Governo do Estado - via Secretaria Especial de Promoção Social/Fundação Curro Velho - para homenagear o Círio de Nazaré. Todas as peças são confeccionadas a partir da fibra do Miriti e podem ser visitadas na Estação das Docas.
A superintendente da Fundação Curro Velho, Dina Oliveira, destaca “que um dos aspectos mais marcantes do Círio é justamente o de revelar o melhor do povo paraense". "Nessa época todos se sentem mais próximos da Mãe, e são tomados por sentimentos como fraternidade, solidariedade, amor ao próximo, congraçamento", diz. Ela explica que a mostra simboliza a “multiplicação dos peixes”, uma metáfora que traduz o ideal de redução das desigualdades sociais.
A Piracema é o fenômeno natural que ocorre quando vários cardumes de peixes sobem as correntezas para procriar. Esse período também é conhecido como defeso, quando os pescadores devem suspender as atividades para garantir que a manutenção das espécies. A instalação de arte pública é resultado da Oficina de 120 horas que reuniu cerca de 40 participantes na sede da Fundação Curro Velho, onde aprenderam um pouco da história do miriti, do processo de criação de esculturas, e da relação cultura e natureza.
A Arte Pública Piracema ficará exposta na Estação das Docas até o dia 24 de outubro. Uma realização do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria Especial de Estado de Promoção Social, Fundação Curro Velho e Apoio da Secult e OS Pará 2000.
Andreza Gomes - Ascom/FCV
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