Quem aproveitou a manhã de domingo (28) para passear no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, no centro de Belém, foi convidado a desfrutar de um dos locais mais aprazíveis da capital paraense na companhia de boa música. O concerto do Trio Quaternura mostrou ao público um repertório inspirado na Música Popular Brasileira (MPB), que inclui clássicos do gênero instrumental, na penúltima atração do XXIV Festival Internacional de Música do Pará.
O Trio Quaternura encantou a todos com pérolas dos “chorões” Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Raul de Barros. Sucessos dos paraenses Nego Nelson, Yuri Guedelha e Ubiratan Porto também brilharam na apresentação, realizada no pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, conhecido como Rocinha.
Entre a plateia formada por adultos, jovens e crianças, foi possível constatar um misto de sentimentos. “Estou encantada com a apresentação e com o estilo musical que não conhecia”, disse a turista francesa Jeanne Marie. A dona de casa Samanta Carvalho, 42 anos, levou a família inteira para assistir ao show. “Eu já estava querendo vir passear no Museu e, quando soube que ia ter essa programação, fiz questão de trazer toda a família. Afinal, música de qualidade não faz mal a ninguém”, declarou.
O XXIV Festival Internacional de Música do Pará, promovido pelo Governo do Estado, será encerrado às 20h30 deste domingo (28), com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Festival, no Píer das Onze Janelas, no bairro da Cidade Velha.
Durante uma semana, o Festival proporcionou a músicos e a educadores musicais o intercâmbio cultural, por meio de recitais, espetáculos, masterclasses instrumentais e cursos, fazendo de Belém a capital internacional da música. Com o tema “Legado, Trajetória, Dedicação”, o evento homenageou três importantes nomes, que muito fizeram pela educação e cultura musical, e mantiveram estreita ligação com a FCG e o próprio festival de música, promovido anualmente: Almeida Prado, Radegundis Feitosa e Guilhermina Nasser.
Sonoridade - No Espaço São José Liberto, um dos centros culturais que receberão a programação do Festival, a música se integrou ao cenário do local com grupos de tubas, trombones, saxofone, flautas, violões e violinos, que preencheram de sonoridade e emoção as tardes no Coliseu das Artes e na Capela. No sábado (27), o púbico se despediu das apresentações lotando a Capela. Famílias inteiras e grupos de turistas presenciaram as interpretações do Quinteto Amazonix, após o show do Quinteto de Metais da Fundação Carlos Gomes, no Coliseu.
O Quinteto de Metais mostrou um repertório formado por música erudita, popular brasileira e regional, tudo em harmonia com o jazz, desde Serenade, de Mozart, passando por Cantiga Brasileira, Trem das Onze e The Barbier of Seville Overture. Entre os destaques, a interpretação de "Rosa", de Pixinguinha, e o embalo de James Brown com "I Feel Good", tudo ao som de dois trompetes, uma trompa, trombone, tuba e bateria.
Na Capela, o Quinteto Amazonix, com flauta, fagote, oboé, clarinete e trompa, apresentou obras de Arthur Sullivan, Gabriel Fauré, Astor Piazzolla, Raul de Barros e José Siqueira, além de uma homenagem ao professor Radegundis Feitosa, com "Cabra Bom!". O público ouviu ainda composições de alunos do curso de bacharelado em Música da Fundação Carlos Gomes, realizado em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa), que levantaram o público em versões para os tradicionais "samba de cacete" e "lundu", além de "toada" e "que dança é essa".
Bruna Campos e Dani Franco - Secom
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