Total de visualizações de página

quinta-feira, junho 30, 2016

JESUS: "Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...”


Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar. Viu, porém, que Jesus chorava também... E, Eurípedes, falou – Senhor, por que choras? Jesus não respondeu. Mas, desejando certificar-se de que era ouvido, Eurípedes reiterou: - Choras pelos descrentes do mundo? E, Jesus, após um instante de atenção, respondeu em voz dulcíssima: - Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amar. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...”

segunda-feira, junho 27, 2016

Boletim de ocorrência já pode ser registrado com uso de dispositivos móveis






NAÇÃO JURUNENSE SEM ÁGUA NESTA TERÇA

Cosanpa suspende abastecimento para troca de transformador na estação elétrica do Utinga



A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informa que nesta terça-feira, 28, no horário das 10h às 16h, haverá o desligamento da subestação elétrica da Estação Elevatória de Água Bruta do Utinga, para a execução de serviço de substituição do transformador.
Será interrompido o fornecimento de água bruta para as estações de tratamento do 5º setor e São Brás. Onze bairros de Belém serão atingidos. São eles: Comércio, Campina, Cidade Velha, Reduto, Jurunas, Batista Campos, Umarizal, Nazaré, Marco, Souza e Curió Utinga. O serviço será efetuado por uma empresa contratada pela Cosanpa, com acompanhamento técnico de engenheiros da companhia.

Texto:
Andrea Cunha


Boletim de ocorrência já pode ser registrado com uso de dispositivos móveis
A tecnologia garante novo serviço na área de segurança à população. Já é possível registrar boletins de ocorrência usando dispositivos móveis, como tablets e smartphones, no site da Delegacia Virtual da Polícia Civil (www.delegaciavirtual.pa.gov.br). O usuário pode, por exemplo, reportar extravio ou perda de documentos e de telefones celulares, e acidentes de trânsito sem vítimas, além de solicitar a emissão da segunda via do BO registrado na internet.
Ao acessar o serviço on-line, o usuário não precisará procurar uma delegacia ou seccional de polícia para solicitar o carimbo do documento, pois o boletim de ocorrência virtual já vem com número de autenticação digital. Para registrar o BO virtual, basta preencher os dados pessoais e prestar as informações da ocorrência. O site gera o boletim, que poderá ser enviado por e-mail ou ainda salvo no próprio dispositivo.
Outro serviço on-line que a Polícia Civil oferece na internet e que pode ser acessado por dispositivos móveis é o agendamento eletrônico para emissão da carteira de identidade civil. Basta acessar o site agendamento.policiacivil.pa.gov.br e preencher as informações solicitadas.

Texto:
Walrimar Santos


Detentos fazem bandeiras de sinalização para o verão em Salinas
Detentos de duas unidades prisionais da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) estão confeccionando bandeirolas que serão usadas em julho na sinalização do tráfego de carros na praia do Atalaia, em Salinas, nordeste do Estado. O projeto é uma parceria entre a Susipe, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
No total, 14 presos participam da produção de três mil bandeirolas, que deverão ficar prontas até a próxima quinta-feira (30). O projeto tem o objetivo de orientar os banhistas sobre os locais em que é permitido estacionar e também reorganizar o trânsito na faixa de areia, a fim de evitar acidentes. Fora da área demarcada pelas bandeirolas não é permitido circular, apenas estacionar.
No Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), oito detentos estão responsáveis pelo trabalho, que começaram na semana passada. Até agora, eles já fizeram cerca de 400 bandeirolas. O detento José Nogueira, 40 anos, diz que o trabalho está em ritmo acelerado. “Trabalhamos o dia todo, fazemos a limpeza da madeira, cortamos e depois colocamos as bandeirolas. É um trabalho que eu gosto de fazer, pois sinto que ainda sou útil para a sociedade. Desperdicei muito da minha vida com coisas que não valiam a pena, mas agora aprendi, sigo no caminho do trabalho e é assim que quero continuar. Aprendi o ofício da marcenaria no presídio, gosto da fazer e até de ensinar,” diz.
Segundo o coordenador de marcenaria do CRC, Rodrigo Teixeira, a madeira usada no processo de fabricação das bandeirolas é doada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e os tecidos são doados pela Fábrica Esperança. Para ele, o projeto é uma grande oportunidade para os detentos. “Este é o terceiro ano em que estamos participando dessa produção, e percebemos que os internos se dedicam para fazer um bom trabalho. Acho importante dar visibilidade ao que é feito por eles, pois muitos entram aqui sem saber nada, mas aos poucos vão se interessando, aprendendo, e isso vai ser útil para quando eles saírem daqui e tentarem se reintegrar a sociedade,” explica.
De acordo com a Lei de Execução Penal, para cada três dias trabalhados, o detento tem direito a um dia de remissão na pena. “Esse é só um dos benefícios que os detentos conseguem com os trabalhos feitos aqui. A marcenaria funciona na Susipe há 25 anos, e eu já vi muitos detentos conseguirem uma nova oportunidade de vida. Aqui eles são qualificados para o mercado de trabalho, pois aprendem os tipos de madeira que existem, a como fazer o beneficiamento e a usar as máquinas”, diz Fábio Barros, técnico de marcenaria do CRC.
O detento José Flávio, 50 anos, trabalha há cinco anos na marcenaria do CRC. Ele buscou uma nova profissão a partir da oportunidade na marcenaria. “Quando entrei aqui era pedreiro e não entendia nada de marcenaria. Hoje dou conta de qualquer trabalho que apareça. Sei fazer de tudo. Eu me esforcei e aprendi muito, e na marcenaria o trabalho é mais tranquilo, pois quando eu trabalhava de pedreiro ficava pegando sol e chuva. Quando sair já posso trabalhar em casa e produzir o que quiser”, explica.

Texto:
Timoteo Lopes


Ambulâncias e ambulanchas vão reforçar o atendimento em 12 municípios do Pará











O Governo do Estado realiza, nesta terça-feira, 28, no auditório da Casa Civil da Governadoria, a entrega de 10 novas ambulâncias e duas ambulanchas destinadas ao reforço no atendimento em saúde de 12 municípios do Pará. Os municípios de Tailândia, Brejo Grande do Araguaia, Bragança, Medicilândia, Ipixuna do Pará, São Miguel do Guamá, Moju, Anapu, Baião e Terra Alta serão os contemplados das ambulâncias e, os municípios de Curralinho e Cametá, das duas ambulanchas.
Fruto de R$ 1,156 milhão em investimentos do Estado, as ambulâncias e ambulanchas foram conquistadas por emendas parlamentares. Na entrega dos equipamentos, estarão presentes o chefe da Casa Civil, José Megale, representando o governador do Estado Simão Jatene, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), deputado Márcio Miranda, e os 12 autores das emendas parlamentares.

Texto:
Silvia de S. Leão


Iasep participa de encontro nacional sobre assistência a servidores
O envelhecimento da população, os custos da saúde e as perspectivas da gestão pública no cenário econômico atual são alguns dos temas do encontro nacional entre 24 entidades públicas que atendem a servidores estaduais e municipais e seus familiares, na área de saúde, que ocorre em São Paulo na próxima quinta-feira (30). O Governo do Pará será o único representante da região Norte no evento, por meio do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iasep).
Com o tema “Sustentabilidade do sistema de saúde dos servidores públicos”, o evento terá palestras sobre envelhecimento, cenário econômico e perspectivas de gestão, abordando os impactos na assistência à saúde. Uma mesa redonda com os gestores irá debater os principais assuntos que fazem parte da rotina, discutir soluções e apontar diretrizes para temas como o envelhecimento da população, tratamento de pacientes crônicos e qualidade na assistência aos servidores.
Para o superintendente do Instituto de Assistência dos Servidores de São Paulo (Iamspe), Latif Abrão Junior, a reunião permite ampla discussão de assuntos relevantes às entidades. “A troca de experiências será fundamental para determinar ações que reflitam em benefícios e melhorias para os servidores das instituições participantes”, destaca. Segundo ele, o encontro reunirá 24 instituições, representando doze estados, dez municípios e mais de 6,7 milhões de usuários.
A presidente do Iasep, Iris Gama, destaca a importância do encontro para as entidades de autogestão em saúde. “Além dos problemas comuns à administração de órgãos públicos em um cenário de crise econômica nacional, as instituições que oferecem assistência aos servidores enfrentam ainda os problemas característicos dos planos privados, como o alto impacto da inflação em saúde”, diz.
Além do Pará, as entidades confirmadas representam os seguintes Estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os órgãos municipais são de Curitiba (PR), Indaiatuba (SP), Jaraguá do Sul (SC), Rio Verde (GO), Rondonópolis (MT), São Bernardo do Campo (SP), São Paulo (SP), Santo André (SP), Santos (SP) e Sorocaba (SP).
Autarquia estadual responsável pelo atendimento a mais de 259 mil servidores e seus familiares, o Iasep oferece atendimento médico, laboratorial e hospitalar com o credenciamento das principais empresas privadas em saúde no Estado. Com receitas oriundas do desconto de 6% sobre os vencimentos dos servidores e o aporte de recursos do governo (100% do valor pago pelo segurado), a assistência à saúde oferecida pelo Iasep faz parte de um conjunto de medidas da política de valorização do servidor público.
Mensalmente, o os segurados do Iasep fazem cerca de 62 mil consultas, 280 mil exames, duas mil cirurgias, mil internações clínicas, 18 mil atendimentos de urgência e 48 mil tratamentos sequenciais (psico, fono e fisioterapias). Na área hospitalar, o Iasep tem cobertura completa de atendimentos de alta complexidade sem fila de espera para o segurado que precisa de serviços como oncologia e hemodiálise. Em 2015, o Iasep fez cerca de 4,5 milhões de procedimentos em saúde.

Texto:
Ettiene Angelim


Sespa apresenta números da dengue, chikungunya e zika no estado até o mês de junho
O Pará registrou 4.010 casos de dengue, 163 de zika e 127 de febre chikungunya entre os dias 1º de janeiro e 24 de junho deste ano, segundo o nono Informe Epidemiológico de 2016 emitido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) sobre as ocorrências confirmadas das três doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. 
Dos municípios paraenses com maior ocorrência da dengue, Belém continua a liderar o ranking, com 483 casos confirmados, seguida por Alenquer (340), Oriximiná (288), Pacajá (206), Parauapebas (198), Tucuruí (175) e Novo Repartimento (174). Em todo o Estado, não houve registro de mortes por dengue em 2016. A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem num período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.
Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado – como o Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) –, que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A execução de ações contra a dengue é de competência dos municípios, que devem cumprir metas, entre as quais destacarem agentes de controle de endemias para fazer visitas domiciliares. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e orienta as prefeituras quanto ao uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas) para o controle. A secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre a febre chikungunya e zika.
Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações, atividades de educação e mobilização, visando à participação da população no controle da dengue.
Ocorrências - O vírus da febre chikungunya foi confirmado por meio de critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas. Em 2015, 14 casos importados da doença foram confirmados no Pará. Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares, mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte. 
A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika leva a sintomas que se limitam a, no máximo, sete dias e não deixa sequelas. Este ano, não há registro de casos de morte provocados pela doença no Pará.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e chikungunya. Só em 2015, foram registrados 42 casos da doença no Estado. Neste ano, até o momento, 163 ocorrências foram confirmadas pelo IEC, mediante critério laboratorial. O tratamento para a zika é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor. Em 2016, não houve morte por zika no Pará.

Texto:
Mozart Lira


Em operação integrada, Detran autua motoristas embriagados na Praia do Cruzeiro
Veículos com licenciamento atrasado e motoristas dirigindo embriagados foram as principais infrações registradas durante a Operação Lei Seca realizada na noite do último domingo (26), no Bairro do Cruzeiro, Distrito de Icoaraci, em Belém. Agentes do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) abordaram 60 veículos, dos quais 22 foram removidos. Seis pessoas foram autuadas por embriaguez ao volante e duas se recusaram a fazer o conhecido “teste do bafômetro”.
Porém, mesmo diante da recusa do condutor em se submeter ao teste, a lei autoriza o agente a lavrar o auto de infração, caso o condutor apresente sinais de embriaguez. Na Resolução 432, de 23 de janeiro de 2013, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) normatiza a aplicação da Lei Seca e define outros sinais que podem servir de provas, permitindo ao agente conduzir o motorista a uma delegacia de polícia.
A Operação Lei Seca em Icoaraci foi realizada pela Coordenadoria de Operações do Detran, com apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Polícia Militar e Polícia Civil. O objetivo é retirar das ruas motoristas que insistem em dirigir após o consumo de álcool ou de outras substâncias psicoativas, podendo causar acidentes.
Documentação - O Bairro do Cruzeiro foi escolhido pela Coordenação do Detran por sediar bares e casas noturnas, muito frequentados aos finais de semana. Durante as abordagens, os condutores foram submetidos ao teste do bafômetro (etilômetro). Os agentes verificaram a data de validade da documentação do veículo e do condutor, e as condições de trafegabilidade dos veículos (pneus, faróis, lanternas e outros equipamentos).
A fiscalização foi intensificada na orla da Praia do Cruzeiro e nos arredores. Barreiras móveis foram montadas na Rua Dois de Dezembro, próximo ao 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Os condutores flagrados com índices superiores a 0,33 ml/l (miligrama por litro) de álcool no sangue, dosagem considerada crime de trânsito pela legislação brasileira, ou em outras situações igualmente previstas em lei, foram encaminhados à Delegacia de Homicídios em Icoaraci.
O coordenador de Operações do Detran, Walmero Costa, ressaltou a importância da parceria com órgãos do sistema de segurança pública. “As ações integradas visam coibir infrações de trânsito e outras práticas delituosas, e a 'lei seca' é bem recebida. A sociedade tem apoiado nossas ações, e o nosso compromisso é com a preservação da vida e o direito de ir e vir dos cidadãos”, disse Walmero Costa.
Autuações no interior - Nos últimos meses, o Detran intensificou as ações de fiscalização no interior do Estado, realizando nos finais de semana operações em diversos municípios, com ação ostensiva dos agentes de trânsito em parceria com os demais órgãos do sistema de segurança pública.
No município de Altamira, na região do Xingu, 196 condutores foram autuados durante a Operação Duas Rodas, voltada à abordagem de motociclistas. A mesma operação foi realizada no município de Santa Izabel do Pará (Região Metropolitana de Belém), resultando na autuação de 107 condutores.
Ainda na Região Metropolitana foram realizadas ações em vários pontos dos municípios de Ananindeua e Marituba, com a autuação de 70 motoristas.
Agentes de fiscalização do Detran também apoiaram a Operação Minerva, coordenada pela Polícia Militar no município de Altamira. A operação resultou em 75 condutores de motocicletas autuados, e dois foram levados à Delegacia de Polícia acusados de receptação.

Texto:
Aldirene Gama


Edilson Ventureli rege OSTP pela primeira vez
A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) encerra a agenda de concertos do mês de junho com uma apresentação que terá, pela primeira vez à frente da OSTP, o maestro Edilson Ventureli, regente da Orquestra Sinfônica de Heliópolis (SP). O espetáculo será no próximo dia 30, às 20h, no Theatro da Paz, com entrada franca.  
O repertório é formado por composições dos russos Mikhail Ivanovitch Glinka e Piotr Ilitch Tchaikovsky. Segundo Ventureli, as peças são desafiadoras. “A abertura ‘Ruslan and Ludmila’, composta por Glinka, é uma abertura muito empolgante e bastante virtuosística para a seção de cordas. A sexta sinfonia de Tchaikovsky, ‘Patética’, é uma das obras basilares do repertório sinfônico, que exige um amadurecimento artístico elevado da orquestra para se possa criar as atmosferas propostas por Tchaikovsky”, antecipa o maestro convidado.
Edilson também comenta sobre o diferencial da segunda peça. “Tchaikovsky veio a suicidar-se alguns dias após a estreia dessa sinfonia, que, fugindo da forma habitual, onde essas composições terminam com um allegro, tem em seu último movimento um adagio, bastante introspectivo, triste. Será que Tchaikovsky estava antevendo sua morte quando compôs essa sinfonia?”, indaga Ventureli.
Edilson Ventureli iniciou seus estudos musicais aos cinco anos no curso de piano. Aos treze, ingressou no Coral Baccarelli, um dos mais tradicionais e conceituados de São Paulo. Sete anos mais tarde assumiu o cargo de preparador e regente associado da Orquestra de Concertos de São Paulo e do Coral Baccarelli, posição que ocupou até o ano 2003. Estudou regencia coral com o Maestro Silvio Baccarelli, recebeu ensinamentos teóricos do Maestro Sergio de Vasconcellos Corrêa, estudou violino com Dorisa Teixeira de Castro, e aperfeiçoou sua técnica pianística com a concertista Iara Ferraz.
Em 2015 passou a ocupar o cargo de maestro titular da Orquestra Juvenil Heliópolis, mesmo ano em que foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo, em seção solene, “pelo seu carinho e dedicação à Música e à Comunidade”. Em 2016 recebeu a comenda da Ordem Cultural Carlos Gomes, na categoria Comendador, por sua atuação como maestro.
O maestro fala sobre a expectativa de vir pela primeira vez à capital paraense e elogia a qualidade da OSTP. “Meu contato com esta Orquestra sempre se deu a distancia. Eu os acompanhava pelo Facebook e Youtube. Estou ansioso por esse primeiro encontro, pois pelo o que observo se trata de uma excelente orquestra e que, assim como a Sinfônica de Heliópolis, é formada por músicos muito interessados em realizar concertos com alto índice de excelência. O Theatro da Paz é um dos palcos tradicionais do Brasil, que mantém um dos mais importantes festivais de ópera do país. Minha expectativa é a de conseguir uma empatia, uma sinergia, com os músicos da OSTP de forma a conseguimos fazer um lindo concerto. Espero que nossa música  proporcione momentos de pura elevação às pessoas que vierem a prestigiar nossa apresentação, e que todos, ao término dela, se sintam em paz”, anseia Edilson.
Serviço: Concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, com o maestro Edilson Ventureli. Local: Theatro da Paz (Avenida da Paz, s/n – Campina). Informações: (91) 4009-8766 / 8754. Entrada franca, com distribuição de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 9h, do dia do evento.

Texto:
Camille Nascimento


Xilogravura e Stop Motion são destaque nas oficinas do Curro Velho
Xilogravura, Desenho de Incisão e Stop-Motion são algumas das oficinas ministradas no mês de junho pelo Curro Velho. O público participante aprovou a iniciativa de trabalhar imagens utilizando técnicas tradicionais, a exemplo da Xilogravura, e mais modernas, como a Stop-Motion, muito usada no cinema de animação.
As prensas utilizadas nas oficinas de Xilogravura foram resgatadas no Museu Emílio Goeldi por um artista plástico de São Paulo, surgindo assim o Núcleo de Xilogravura e Gravura em Metal das Oficinas Curro Velho. É a partir da gravura que surge a serigrafia, a fotografia e processos gráficos mais conhecidos. Durante a oficina, os participantes confeccionam uma matriz de madeira e, a partir dela, várias cópias são reproduzidas. “É como se fizesse um carimbo na madeira. Trabalhamos com gravuras coloridas e monocromáticas e o aluno sai preparado para criar uma produção própria”, diz o professor Jean Ribeiro.
Já a oficina de Desenho de Incisão explora as técnicas de corte básicas, sem suporte, formato pouco explorado e que dialoga com a produção da arte chinesa e japonesa. O instrutor Alexandre Lima Moura ressalta que a experimentação e criatividade são instigadas durante o curso, que valoriza o caráter autoral. “A ideia é deixar os alunos livres para experimentarem em suas criações e aplicar esse conhecimento em suas áreas de atuação”, pontua.
A aposentada Alba Duarte, de 63 anos, é uma das participantes do Desenho de Incisão, técnica que ela considerou ser inovadora. “É algo novo, que eu não conhecia, onde trabalhamos uma percepção micro e macro e, a partir daí, podemos criar”, conta.
Outra oficina que atraiu a atenção do público foi a de Animação Stop-Motion. Nela são trabalhados os movimentos e manipulação de objetos com registro em fotos, criando-se um sincronismo de imagens. A oficina contempla a gramática audiovisual, o enquadramento de planos, os movimentos de câmera, a edição, a montagem e o roteiro, oferecendo aos alunos a oportunidade de conhecerem todo o processo de criação.
“Estudamos os princípios da animação para o Stop-Motion. Nosso produto final é um Pixelation, que é o Stop-Motion com bonecos humanos, e a gente faz todo esse processo de produção. O roteiro é em conjunto. Lapidamos o roteiro, fazemos a decupagem, vamos para o storyboard, fazemos uma nova decupagem e partimos para a prática”, completa o professor Marcus Oliveira.
O estudante Crisan Santos, de 21 anos, soube das oficinas através da TV e veio de Outeiro para participar. “Vi um comercial na TV, vi as listas das oficinas no Curro Velho e imediatamente mergulhei no Stop-Motion, porque sou fã de filmes que usam essa técnica, como a 'A Noiva Cadáver'. A oficina é ótima. Aprendemos várias técnicas de animação. Pretendo seguir carreira com muitos projetos”, afirma o estudante.
Karinne Ribeiro, de 27 anos, é natural de Brasília, está de passagem por Belém e não perdeu a oportunidade de participar da oficina de Stop-Motion, indicação de amigos paraenses. “Eu tenho amigos que fazem teatro e a maioria participa das oficinas no Curro Velho, local que eles têm como referência de formação. Pretendo usar as técnicas que aprendi no teatro de bonecos”, planeja.
As oficinas deste módulo encerram nesta terça-feira, 28 e as próximas inscrições serão no mês de agosto. Estudantes de escolas públicas e idosos com idade acima de 60 anos são isentos da taxa. Para universitários, alunos de escolas particulares e a comunidade em geral o custo é de 20 reais. O Curro Velho fica localizado na rua Professor Nelson Ribeiro, 287, bairro do Telégrafo. Informações: 3184-9100 ou no site www.fcp.pa.gov.br.

Texto:
Andreza Gomes


Café com Planejamento vai discutir educação profissional











A edição de junho do Café com Planejamento, programa mensal de formação continuada desenvolvido pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), terá como tema a “Educação Profissional no Estado: Perspectivas e Desafios Contemporâneos", que vem ao encontro do atual cenário de crise, em que a educação profissional se apresenta como saída viável para elevar o nível de formalização do emprego.
Para expor o assunto foram convidadas Elinéa Ruth Melo Campos, diretora de Qualificação Profissional e Empreendedorismo da Secretaria de Assistência, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster); Mari Elisa Santos Almeida, Especialista em Gestão Escolar, coordenadora do Ensino Médio e Educação Profissional da Secretaria de Educação (Seduc); Sonia Campelo, mestranda em Educação e membro do Grupo Educação e Trabalho da Universidade Federal do Pará (UFPA), e Arinalda Gomes, pedagoga e Especialista em Administração Escolar com atuação no âmbito da educação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O Café com Planejamento é voltado primordialmente aos servidores públicos que atuam nessa área e aberto a todos os interessados pelo tema. A programação será nesta quinta-feira, 30, a partir das 9h, no auditório da Seplan.

Texto:
Maria Christina

Comunidades rurais de Goianésia, Rondon e Dom Eliseu recebem títulos de terras
“É uma forte emoção receber este título, porque há tempo esperava por esse benefício”, disse a agricultora Maria da Silva, uma das que receberam um dos 240 títulos de terras entregues pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa) a pequenos produtores rurais dos municípios de Goianésia, Rondon do Pará e Dom Eliseu, neste final de semana. A programação contou com a presença do presidente do órgão, Daniel Lopes, e do chefe da Casa Civil, José Megale, que representaram o governador Simão Jatene.
Em Goianésia, foram contempladas 94 famílias das comunidades Da Paz, Estrela do Sul e Bom Jesus. Em Rondon, os 104 documentos entregues atenderam as comunidades Castelo dos Sonhos, Voz do Senhor, Nova Jerusalém e Urutum. Já em Dom Eliseu, foram 41 títulos de concessão de direito de uso entregues: 12 na comunidade Nova Esperança e 29 na localidade Alto Bonito.
“É muito bom ver a alegria das famílias recebendo os documentos que vão garantir a eles a posse de suas terras”, disse Daniel Lopes, informando que o Iterpa vem implementando uma força-tarefa para agilizar o processo de regularização fundiária no estado. Para isso, o órgão modificou procedimentos administrativos e criou frentes de trabalho para intensificar as vistorias, fiscalizações, cadastramento e georreferenciamento de áreas no interior paraense. “Com esses títulos, as terras das famílias beneficiadas ganham segurança jurídica, permitindo, entre outras vantagens, que possam acessar linhas de crédito para investir na produção”, ressaltou.
O chefe da Casa Civil disse que aquele momento era muito significativo às famílias, já que com o documento eles ganhavam a certeza da garantia da posse de suas terras. “Ninguém vai tirar o direito de vocês”, frisou.
Em Dom Eliseu, programação contou a presença do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hildegardo Nunes; do presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda; do chefe de gabinete do Iterpa, José Cesário, além de outras autoridades.
No total foram entregues no município 41 títulos, parte dos cerca de 500 que já foram entregues este ano no Estado, alcançando um total 10 mil pessoas beneficiadas, segundo o setor de Planejamento do Iterpa. Em 2015, foram cerca de 900 títulos entregues/emitidos, metade do que foi entregue no período de 2011 a 2014.

Texto:
Tânia Monteiro


Famílias do Riacho Doce são beneficiadas com novas moradias
Três famílias foram beneficiadas no úlrimo dia 24 de junho com a entrega de unidades habitacionais no bairro do Guamá. Os imóveis integram as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, executadas pela Companhia de Habitação do Pará (Cohab) na área do Projeto Riacho Doce. A escolha das famílias contempladas é feita pela equipe do trabalho técnico social da Cohab na área onde estão sendo executadas as obras.
Maria Neuza dos Santos Farias foi uma das beneficiadas. Há cerca de quatro anos ela recebe o auxílio aluguel, uma ajuda financeira que o governo do Estado concede às famílias até a entrega da unidade habitacional. "Fiquei tão emocionada quando recebi a notícia que tive até um pouco de febre. Acho que foi de nervosismo", contou a beneficiada, que não vê a hora de se mudar para a casa nova com o filho, nora e dois netos.
Quem também se emocionou com a entrega foi Benedito Pedro dos Reis Pereira, que vive há treze anos com Martha da Silva Dias. "Eu nem dormi esse final de semana de tão ansiosomque estava", declarou. "Já moramos em duas casas alugadas, mas nada se compara a morar no que é da gente. Agora finalmente vamos poder sossegar", comentou a esposa. O casal esteve na manhã de hoje na sede da Cohab para assinar alguns documentos que garantem a aquisição da nova moradia e já se programam para fazer a mudança no próximo sábado.

Texto:
Rosa Borges


Prêmios da Nota Fiscal Cidadã serão entregues dia 28 de junho
A entrega simbólica dos prêmios do décimo quinto sorteio do Programa Nota Fiscal Cidadã, de estímulo à cidadania fiscal, será nesta terça-feira, 28, às 10h30, no auditório da Secretaria da Fazenda do Pará (Sefa), em Belém.
Os ganhadores dos maiores prêmios que serão entregues no evento são Sidney Jose da Silva Moraes, do bairro Mangueirão, ganhador de R$ 40 mil; Ivonete da Vera Cruz Cordeiro, moradora do bairro Castanheira, e Moisés do Amaral Martins, do Coqueiro, que ganharam R$ 20 mil; e ainda Rosivete Oliveira de Andrade, do município de Óbidos, e Heitor Martins Junior, morador do Marco, em Belém, que receberão R$ 10 mil cada.
Mais de 152 mil consumidores estão cadastrados no programa. Participam deste sorteio 94.157 consumidores, que concorreram com mais de um milhão de bilhetes. Foram distribuídos 1.556 prêmios no valor total de R$ 306,3 mil, estipulados da seguinte forma: um prêmio de R$ 40 mil; dois prêmios de R$ 20 mil e dois prêmios de R$ 10 mil; dez prêmios de R$ 1 mil; quarenta e um prêmios de R$ 500, outros 258 de R$ 200,00 e 1.242 prêmios de R$ 100,00. O montante global da premiação representa até 5% do valor total do ICMS recolhido mensalmente pelos estabelecimentos enquadrados no Programa Nota Fiscal Cidadã.
A coordenadora do programa, fiscal de receitas estaduais Rutilene Garcia, esclarece que nesta edição houve ganhadores em 58 dos 144 municípios, e que a meta do Nota Fiscal Cidadã é ampliar a participação dos consumidores do interior. ?A auditoria do sorteio foi feita pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado. 
Para participar do programa é necessário fazer cadastro no site www.sefa.pa.gov.br/nfc. A cada cem reais em compras com emissão de cupom ou nota fiscal com CPF é gerado um bilhete, sendo que um mesmo consumidor pode ter vários bilhetes contemplados. Os prêmios são depositados na conta bancária do contemplado, informada durante o cadastramento.
Serviço: Para maiores informações o consumidor acesse o site www.sefa.pa.gov.br/nfc ou entre em contato com o call Center 0800 725 5533.

Texto:
Ana M. Pantoja


Famílias da Comunidade Jardim Liberdade receberão títulos de Regularização Fundiária











A ocupação Jardim Liberdade, no bairro do Bengui, abriga aproximadamente 200 famílias em uma área consolidada de 34.494 m². Destas, cem serão beneficiadas com a conclusão do projeto de Regularização Fundiária. De acordo com o Plano Diretor do Município de Belém, implantado em 2008, a área do assentamento localiza-se em Zona do Ambiente Urbano (ZAU-4) e está totalmente inserida em Zona Especial de Interesse Social, passível de ser contemplada com Projetos de Intervenção Urbanística para Fins de Interesses Sociais.
O trabalho desenvolvido na área foi feito por meio do programa Chão Legal, criado pela Prefeitura de Belém e executado pela Codem, para desenvolver atividades de regularização em assentamentos precários, que passam por intervenções urbanísticas.
O projeto de Regularização Fundiária cumpre as seguintes etapas: estudo de dominialidade (para identificar os proprietários da área); adequação da legislação e normativas; levantamento topográfico e cadastro físico (trabalho de campo); cadastro social das famílias; sistematização das informações cadastrais; elaboração, produção, licenciamento e registro do Projeto de Regularização Fundiária; coleta de documentos dos moradores; análise jurídica dos processos; emissão e entrega dos títulos aos beneficiários e registro dos títulos no Cartório.
A cerimônia de entrega de títulos desta terça-feira, 28, contará com a presença do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

Texto:
Rosa Borges


Pará prende 14 traficantes por dia e fecha o cerco ao tráfico de drogas
De mãos dadas, eles cantam as músicas da quadrilha e giram ao redor da árvore enfeitada com bandeirinhas. É ela que faz a vez da fogueira naquela parte do terreno do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) Marajoara que virou um jardim, enfeitado por pneus e outros adornos de material reciclado, caprichosamente ali colocados. As cores dos enfeites de papel se agitam ao vento enquanto rostos se iluminam. Os gestos se animam a cada rompante, em coro: “Anarriê”. Essa foi a festa que aconteceu no último sábado pela manhã, no centro para atendimento a dependentes químicos instalado na Marambaia.
O que comemorou o grupo, formado por jovens, velhos, meninos, garotas, homens e mulheres? Mais que os dez anos de atividades do primeiro Caps a oferecer atenção completa a quem procura apoio para a luta contra o vício ligado ao álcool e a outras drogas, a serem completados em agosto, eles celebram a possibilidade de acesso a cuidados em saúde que lhes permitam refazer suas vidas, ainda que um pouco a cada dia. E assim como fazem nos passos da quadrilha, esses paraenses sabem que essa é uma luta que exige apoio de quem está ao lado, além de movimentos coordenados. E é dessa forma que hoje o Estado do Pará é exigido ao enfrentar esse problema: é preciso coordenar ações e políticas públicas que aliem a repressão ao tráfico aos esforços de prevenção em educação e também atenção à saúde.
Deste domingo (26), é lembrado como o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas. A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para marcar o enfrentamento de um desafio global que, segundo o Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime (Unodc), já mata 200 mil pessoas morrem todos os anos em função do consumo de drogas ilícitas.
Combate - “Desde 2011 o enfrentamento ao narcotráfico se tornou uma das prioridades da segurança pública do Pará. Isso tem surtido grandes resultados, com o aumento significativo do volume de apreensões e prisões ligados a esse tipo de crime. E isso acaba se refletindo em outros números da segurança pública, como crimes contra o patrimônio e contra a vida, que guardam uma relação muito próxima com o problema da dependência da droga e das disputas de territórios e dívidas com o tráfico”, aponta o delegado Silvio Maués, diretor Diretoria de Polícia Especializada da Polícia Civil do Pará.
Em 2015, os agentes do sistema de segurança pública do Estado fizeram 958 operações de combate ao tráfico de drogas no Pará, com apreensão de 1.626 quilos de maconha e 326 quilos de cocaína. Essas operações resultaram em 4.996 prisões – o equivalente a 416 prisões por mês, ou 14 traficantes presos por dia no Pará durante todo o ano de 2015. Apenas nos cinco primeiros meses de 2016, já foram deflagradas outras 416 operações, com 1.788 prisões relacionadas ao tráfico de entorpecentes e um total de 632 quilos de drogas apreendidos.
“O desafio do controle do tráfico no nosso Estado é maior que o de outras unidades da Federação, por suas dimensões territoriais e condições geográficas”, ressalta o delegado Silvio Maués. Por isso mesmo, a Polícia Civil do Pará já está criando a Divisão de Narcóticos, a Denarc, que terá função de centralizar esse enfrentamento e coordenar o combate no interior do Estado, com controle maior de informações. Até final do mês de julho espera-se que o novo espaço físico esteja estruturado. Quando estiver em funcionamento, ele será um avanço para as atividades da atual Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que é a parte da Diretoria de Polícia Especializada que hoje atua para debelar o problema em coordenação com a Diretoria de Polícia do Interior (DPI) e a Diretoria de Polícia Metropolitana, com apoio da Polícia Militar.
Uma via pela educação
“É preciso ressaltar que o papel das polícias é o de controle final. Entendemos que, necessariamente, é preciso trabalhar a prevenção como carro chefe do combate às drogas e ao tráfico no Estado”, pondera o delegado Maués. Sobre esse outro vértice de atenção ao desafio das drogas no Pará, ele reforça o importante papel do estabelecimento de políticas como as garantidas pelo surgimento do Pro Paz como um programa do Governo do Pará, em 2004, que passou depois a política de Estado e hoje está estabelecido como a Fundação Pro Paz, criada em 2015.
“As ações do Pro Paz, dirigindo ações coordenadas do Estado em segurança e na área social, têm tido um grande papel para minimizar o acesso do tráfico e das drogas às zonas onde há maior vulnerabilidade, principalmente entre as populações mais jovens. Quanto maior o alcance desses projetos, com a ajuda dos municípios, maior será o alcance desse braço protetor do Estado no combate aos problemas gerados pelas drogas”.
A educadora Rosemary Nogueira, responsável pela Coordenadoria de Ações Educativas Complementares (Caec), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), é categórica ao afirmar que o avanço do tráfico no entorno das escolas está mudando o ambiente escolar. “Esse é um problema que hoje tem grande incidência hoje sobre o aprendizado dos alunos. E hoje ele precisa ser tratado dentro do currículo, através de abordagens de temas transversais em diversas disciplinas”, pondera.
É esse esforço realizado pelo projeto “Bem Conviver”, que já foi levado pelo Caec e Seduc a 89 escolas do Pará, com oficinas e palestras que envolvem alunos, professores e famílias.  A meta é capacitar comunidades escolares para que preparem projetos de enfrentamento aos problemas ligados ao tráfico e à dependência. O projeto chegou a mais dois bairros neste primeiro semestre: Pratinha e Bengui. No segundo semestre, a ação chegará ao Guamá e Jurunas.  “Tentamos esclarecer os alunos, para que saibam identificar esses abusadores e enxerguem o problema”.
Abrir os olhos dos estudantes para os perigos que rondam as escolas também é o esforço da frente paraense do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). Versão nacional do programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education, o Proerd atua no Pará desde 2003. Desde então, já formou aproximadamente 200 mil crianças e jovens no Estado. Nas salas de aula, dez lições são ministradas por policiais militares: são técnicas eficazes para que jovens possam resistir à abordagem do tráfico e à violência causada pelas drogas nas escolas. O programa da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social é gerido pela Diretoria de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos.
Direito à saúde - Mas e quando o problema já está instalado, para muito além dos alcances dos esforços de combate e prevenção? Como o Pará está preparado hoje para lidar com a necessidade de atenção aos avanços dos que sofrem com a dependência química – a outra ponta do desafio imposto pelo cenário das drogas no Estado? “Sim, devemos caminhar aliando as ações do Estado para a prevenção, mas não apenas no sentido da prevenção pela ameaça. E essas devem ser políticas geradoras de promoção social, de lazer, esportes, de prazer, como o das danças, de protagonismo juvenil. A polícia tem que fazer o seu papel, mas nada disso vai funcionar sem que a prevenção seja reforçada no sentido de prolongamento da vida e também de promoção do direito básico à saúde”, avalia Marilda Couto, chefe da Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).
Especialista em saúde mental e mestranda em psicologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a psicóloga ressalta o papel importante da rede de assistência hoje oferecida pelos Centros de Atenção Psicossocial em todo o Estado, os Caps. 
Além de 85 Caps instalados em todo o Pará, para atender diversas necessidades de atenção em saúde mental, atualmente o Estado dispõe também de sete Caps AD (especializados em atendimento a dependentes de álcool e drogas): dois estão em Belém e também há unidades em Marituba, Santa Izabel, Santarém, Bragança e Abaetetuba. O Pará já dispõe também de outros seis Caps do nível AD2 - que não oferecem possibilidade de abrigo noturno -, além de dois Caps AD3, aqueles que têm capacidade de internação por até duas semanas ou abrigo noturno. São dois desse tipo em todo o Estado: o Caps Marajoara, instalado no bairro da Marambaia, em Belém, e o Caps de Santarém.
O Pará também conta com duas Unidades de Acolhimento, onde pacientes que precisem de atenção podem ficar até seis meses. Já há duas, em Belém e Santarém. Outra deve ser entregue em Belém ainda este ano, planeja a Sespa. “A filosofia da política de atenção estabelecida hoje pelo Estado é oferecer cuidados de modo que se possa garantir o direito fundamental do acesso à saúde. É preciso que tenhamos mais pontes e menos muros, pois a saúde não combate drogas. Ela trata as pessoas”, ressalta a psicóloga Marilda Couto.
“Trabalhamos com a busca da abstinência, mas também principalmente com a chamada redução de danos: trabalhar com o possível e garantir que haja avanço de cada pessoa na recuperação e na busca da sua saúde, para que sua vida possa ir se reorganizando progressivamente. Isso também é uma forma de imunização”, pondera a chefe da Coordenação de Saúde Mental da Sespa.
O reflexo disso está em histórias como a de muitos dos atendidos hoje pelo Caps Marajoara, na Marambaia. O centro de atenção, dedicado totalmente aos cuidados e tratamento de paraenses que lutam contra o vício ligado ao álcool e às drogas, possui cerca de 90 funcionários atendendo cerca de 900 usuários por mês - entre pessoas em tratamento, internados, clientela que busca atendimento clínico e atividades em terapia ocupacional e também familiares e outras pessoas envolvidas nas diversas atividades lá realizadas, como cursos e oficinas.
“Quando cheguei aqui, a primeira coisa que perguntaram é se eu tinha tomado café. Não estava mais acostumado com isso”, emociona-se Ubiratan Lopes Monteiro, 54, que esta semana passou a integrar o quadro dos que passaram ao regime de internação para cuidados especiais por duas semanas no Caps Marambaia.  Ex-gerente do jogo do bicho, há três anos ele passou a morar nas ruas, após ter contato com a cocaína. Quando tomou contato com a droga, ainda ostentava carros de luxo. Hoje vive pedindo ajuda nos sinais de São Brás e Entroncamento. “Já dormi embaixo do viaduto, no Chapéu do Barata. Hoje estou matando um leão por dia, e é uma vitória que só se consegue com apoio de alguém, com ajuda de outros”.
A mão estendida veio de alguém que também passou pelos mesmos problemas e conseguiu ajuda no mesmo CAPS da Marambaia. “Sou usuário e também passei pela necessidade de tratamento interno. Hoje estou muito melhor e me sinto na obrigação de ajudar outros que passam pelo que eu passei”, conta Raí Filho, 36.
Ex-paciente do Caps Marajoara, Raí segue ajudando nas atividades diárias na Marambaia. Conheceu Ubiratan quando também estava nas ruas. Quando voltou a estruturar sua vida, num avanço que significou poder contar de novo com um teto próprio, Raí acolheu o amigo em sua própria casa, enquanto o colega aguardava vaga para conseguir apoio no Caps. “Aqui somos todos iguais, não importa de onde você venha ou qual o seu problema. Essa casa está aberta e você é acolhido. E isso é uma grande diferença quando se está precisando de ajuda”, sorri.

Texto:
Lázaro Magalhães


Pará amplia exportação de frutas regionais e polpas
A exportação de frutas e derivados do Pará tem ganhado cada vez mais destaque nos cenários nacional e internacional. Há um mês 175 toneladas de limão produzidas no município de Monte Alegre, no Baixo Amazonas, foram exportadas para três países europeus. No mesmo período, uma indústria da região metropolitana de Belém enviou 27 toneladas de polpa de açaí para a China. Estes exemplos estão se tornando cada vez mais frequentes graças ao incentivo técnico do Estado à produção da agricultura familiar e em larga escala.
Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), os produtos da agricultura familiar com maior impacto na exportação são açaí, abacaxi, castanha e cítricos (laranja e limão). No caso de Monte Alegre, a produção é resultado do acompanhamento feito no município pela Emater e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), que ajudaram a organizar os cerca de 400 produtores em cooperativas e práticas de melhoria de plantio e armazenamento dos frutos.
Na época da primeira reunião, ocorrida em 2013, nem mesmo os produtores da região sabiam o número de famílias atuando no cultivo do limão, suas variedades e potenciais. “Fizemos um trabalho longo de acompanhamento em Monte Alegre e conseguimos organizar os produtores que já tinham tradição no plantio do limão, que era exportado principalmente para Macapá. A partir daí fizemos diversas reuniões, ajudamos na formação das cooperativas e também no melhoramento do fruto, que tem excelente qualidade devido aos diversos cruzamentos e à riqueza do solo em que é cultivado”, explica o coordenador técnico da Emater, Paulo Lobato.
A variedade de limão taiti produzido na região tem casca grossa e muito suco, o que propicia a conservação no caso de exportações. Com a valorização do produto, até mesmo a casca será aproveitada para fabricação de outros produtos. Segundo a Emater, 85 produtores fornecem limões diretamente para a indústria de exportação.
“Estes cruzamentos acabam gerando variedades de frutos que se adaptam ao mercado e agradam compradores de vários países. Conseguimos um bom resultado também a partir da troca de experiências entre produtores de Capitão Poço e Garrafão do Norte, nossos maiores produtores de cítricos. Conseguimos reunir estes produtores com os de Monte Alegre para falar sobre a experiência do cultivo, além de viabilizar mudas de Capitão Poço. O resultado já pode ser visto hoje”, diz Paulo Lobato.
Segundo a Emater, a organização e orientação técnica fortalece a agricultura familiar, que se desenvolve ainda mais quando consegue usar canais estáveis para escoar a produção, como é o caso de Monte Alegre, que se organizou em cooperativas para vender os produtos.
Variedade – No Pará existem outros produtos que se destacam também com a produção da agricultura familiar, seja pela cultura local ou pela característica do solo. O Pará é o maior produtor de abacaxi do país. No sul do Estado, a produção é forte em regiões como Redenção, Xinguara e Conceição do Araguaia, que têm a terra roxa. A fruta também está presente na região de Salvaterra e Cachoeira do Arari. Só na Central de Abastecimento do Pará (Ceasa), 98% do abacaxi vendido vêm de Salvaterra. Foram produzidos mais de 320 mil frutos em todo Estado na última safra.
A castanha é forte na região do Marajó, na região do Baixo Amazonas, em Almerim, onde a última safra foi de cinco mil toneladas. Sem os efeitos do El Niño, o volume pode alcançar seis mil toneladas. Cerca de 20% do montante vão para o município de Óbidos, onde existe uma cooperativa que faz o beneficiamento da amêndoa, e metade vem para a capital, onde é comprada pela indústria local e em seguida é exportada para todo o mundo.
O açaí é um dos grandes produtores derivados do extrativismo, sendo as regiões do Marajó e Baixo Tocantins as duas maiores fornecedoras do fruto. A produção chega a 795 mil toneladas por ano, 60% proveniente da agricultura familiar, que fornece a produção para indústrias de beneficiamento. Em 2015 o volume de vendas gerado pelo comércio da polpa, mix e açaí em pó no comércio nacional e internacional alcançou o valor de quase R$ 400 milhões.
Beneficiamento – Em Marituba, na região metropolitana de Belém, o empresário e agrônomo Francisco de Jesus Costa Correa investe em uma indústria de polpa de açaí. No momento o Pará está na entressafra do fruto, e a empresa funciona apenas com a estocagem da polpa produzida. Quando está em atividade, a fábrica produz 70 toneladas de polpa por dia. Todo o açaí usado na fábrica vem da agricultura familiar.
“Vejo com muito otimismo o crescimento das exportações dos produtos, principalmente do açaí, que é algo natural, nutritivo e faz parte da nossa vocação produtiva. Nossa demanda está crescendo. Pretendo ampliar ainda mais os nossos galpões de estocagem. Conforme crescemos, nossos fornecedores que vêm da agricultura familiar crescem também. Hoje temos 100 comunidades que nos abastecem com frutos de excelente qualidade”, diz o empresário. Há pouco mais de um mês a empresa fez uma exportação de 27 toneladas de polpa para a China, e também está em contato com uma empresa austríaca interessada em criar iogurtes com o sabor de açaí.
Para o titular da Sedap, Hildegardo Nunes, a produção oriunda tanto da produção familiar quando da agricultura em larga escala tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. “Temos os cítricos como grandes exemplos. O açaí tem se fortificado bastante, assim como o abacaxi e o cacau, mas trabalhamos para incentivar e atrair a instalação de indústrias para o beneficiamento além das polpas. Neste caso entram as bebidas derivadas do açaí e demais frutas e indústrias de chocolate para o cacau. Já temos protocolos de intenção assinados com algumas indústrias interessadas em se instalar no Pará para produzir alguns destes produtos”, explica.
Além de acompanhamento técnico, a Sedap também tem ajudado a fornecer alguns equipamentos, como foi o caso de uma máquina que seleciona a avalia a qualidade dos limões cedida ao município de Monte Alegre em 2013, ação que colaborou com as atividades desenvolvidas pela Emater e os produtores na época.
A instalação e o desenvolvimento de indústrias para produtos derivados resolverão alguns gargalos do Pará, como é o caso da indústria do cacau, que ainda exporta boa parte das amêndoas para Bahia, sul do Brasil, Áustria, Holanda, França e Japão. O cacau é usado na produção dos melhores chocolates, mas perde a identidade da origem quando é misturado às amêndoas originarias de outros países.
“Temos uma produção tímida de chocolate no Estado se comparada à produção de cacau. Imagine se a nossa produção de chocolate fosse proporcional à de cacau? Hoje perdemos a identidade da origem de nossas amêndoas nessa mistura que é feita em outros países. O mesmo acorre com as nossas polpas de frutas regionais, mas em breve pretendemos mudar este cenário”, conclui Hildergardo.

Texto:
Diego Andrade


Emater realiza capacitação para agricultores familiares em criação de galinha caipira em Itaituba
O escritório de Itaituba da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pará), realizou nas comunidades de Boa Vista e São João Batista, um curso de capacitação para agricultores familiares em criação de galinha caipira, ministrado pela médica-veterinária Ângela Cira Lima de Queiroz, extensionista rural da Emater de Santarém. Mais de 80 pessoas participaram, dentre criadores de galinhas caipiras, técnicos e outros interessados. A ação, encerrada na sexta-feira (24), contou com apoio das Associações Comunitárias de Boa Vista e São João Batista e diversos apoiadores.
A demanda pela capacitação surgiu das necessidades apresentadas pelos pequenos criadores de galinha caipira na busca pelo melhoramento do plantel e prevenção de doenças. Alguns criadores (a maioria de subsistência) estavam até abandonando a atividade, “tornando-se imperativo incentivar e estimular a comercialização”, enfatiza o chefe local da Emater, Elienai Carvalho Cardoso.
Ele disse que muitas orientações sobre aspectos do sistema produtivo de aves foram repassadas aos participantes, entre as quais, vacinação de aves, ração alternativa, mistura mineral e PET comedouro. A iniciativa teve o objetivo de contribuir com a ampliação de conhecimentos voltados à produção mais eficiente, na perspectiva de prevenção de doenças e aumento de produtividade.
A Emater local deseja ampliar a capacitação para beneficiar outras comunidades, a partir das ampliações das parcerias. “O intuito é oferecer exemplares de pintos de raças melhoradas aos agricultores capacitados que tenham o interesse de estruturar suas criações, assim como incentivar a comercialização”, explica Elienai Cardoso, que deseja ver o desdobramento do trabalho, “pois a partir do treinamento, o escritório local poderá acompanhar as famílias no desenvolvimento do manejo adequado e das boas práticas”.

Texto:
Edna Moura


Arraial de Todos os Santos gera renda para comerciantes e diversão para o público
As festas juninas sempre foram um bom período do ano para quem deseja fazer uma renda e também para quem busca diversão e lazer com a família. Com o objetivo de oferecer todas essas opções à população, a Fundação Cultural do Pará (FCP) promove, até o dia 2 de julho, uma vasta programação comemorativa, o “Arraial de Todos os Santos”. São diversas apresentações de músicas e danças folclóricas, apresentações teatrais, disputa de quadrilhas, e não poderia faltar a feira de alimentação e artesanato, que é uma grande oportunidade para os comerciantes e artesãos fazerem uma renda e mostrarem seus trabalhos.
A coordenadora das barracas de alimentação, Ana Lúcia Moura Brasil, conta que a movimentação na feira de alimentação está sendo positiva. “O serviço oferecido aqui é de qualidade, todos os trabalhadores são bem selecionados. E a movimentação foi boa, as pessoas têm comparecido e consumido bastante e todas as barracas estão faturando bem”, afirma a coordenadora, que há nove anos é a responsável pela feira de alimentação do Arraial da Fundação Cultural.
Mauricio Bezerra está trabalhando pela primeira vez na feira gastronômica e diz que está sendo muito produtivo, além do prazer em fazer parte do Arraial. “Essa primeira semana foi muito boa, tudo está saindo de acordo com o esperado. Nossa função também é de oferecer cultura para as pessoas que vêm aqui, já que todas as comidas são típicas da região, isso é importante”, conta Mauricio Bezerra.
Segundo a artesã, Juliene Abreu, o Arraial de Todos os Santos está dando bastante visibilidade para seu trabalho. “Esse espaço está sendo bem produtivo, já que a fundação sempre abre espaço para novas pessoas mostrarem seus trabalhos no ramo do artesanato, e isso é muito importante”, conta Juliene Abreu, que participa pela primeira vez do evento.
 A vendedora Mariana da Silva também faz elogios à movimentação do público nas barracas de alimentação. “Esse trabalho da Fundação é muito importante, porque oferece uma opção muito boa para as pessoas virem se divertir junto com a família, e todos os anos estamos aqui fazendo parte desse projeto”, conta a vendedora.
A segurança também está sendo um grande destaque na festividade do Arraial de Todos os Santos. Nas dependências da Fundação foi montado um posto de atendimento de primeiros socorros, há fiscalização direta do Corpo de Bombeiros, apoio da Polícia Militar e os inspetores locais da Fundação, que são os responsáveis diretos pela segurança do evento.
O chefe da inspetoria da Fundação, Sidney Ramos, conta que no total são 22 vigilantes espalhados em pontos estratégicos, como entradas e saídas de emergência, dando suporte na feira de alimentação, segurança para o público e fazendo revista com detectores de metal. “Em termos de segurança, eu avalio de forma positiva, pois não tivemos nenhum incidente na área interna da Fundação, onde ocorre a festa. Para a semana seguinte, manteremos o mesmo efetivo e as mesmas atividades que nos anos anteriores também deram certo”, completa o inspetor Sidney Ramos.
O segurança Francisco da Silva Filho levou a família e disse que toda a Fundação Cultural do Pará está de parabéns pelo evento oferecido à população. “Está tudo ótimo, a comida é excelente, somos bem recebidos, vejo que há toda uma estrutura pra suprir nossas necessidades, segurança principalmente. A Fundação está fazendo um belo arraial junino”, destaca Francisco Silva.
Serviço:
A programação junina da Fundação Cultural segue todos os dias ate o próximo dia 2 de julho, sempre a partir das 17h, com entrada franca.

Texto:
Andreza Gomes


Miss Mix exalta o glamour e combate a discriminação
Muitas cores, brilhos e detalhes cuidadosamente escolhidos destacaram a beleza e o glamour das candidatas ao Concurso Miss Mix, programação que integra o Arraial de Todos os Santos, promovido pela Fundação Cultura do Pará (FCP). Na próxima sexta-feira, 1 de julho, o público vai conhecer a vencedora disputa, realizada no dia 24, durante a apuração do Concurso Estadual de Quadrilhas 2016. A programação começa às 10 horas na Praça dos Artistas, no Centur. A premiação com desfile das quadrilhas e misses vencedoras será no sábado, 2, na Praça do Povo, a partir das 18 horas. A entrada é franca.  
Durante a apresentação de sexta, 10 candidatas de vários bairros de Belém e também do interior do Estado desfilaram suas coreografias na Praça do Povo, do Centur. O espetáculo reuniu um público ávido pelo que já é considerado um dos pontos mais altos de toda a quadra junina. Além da premiação, essas concorrentes buscam reconhecimento e valorização da cultura popular. “É o momento em que elas ficam em evidência e podem passar sua mensagem”, observa Marcelo do Carmo, técnico em gestão cultural da FCP.
É o que diz Danna Morais, representante da quadrilha Sedução Cabocla, do bairro do Tapanã. No traje, a candidata exaltou as frutas da região, fantasia que ela chamou de “Mix Cores e Sabores”. Foi ao som do "Forró da Fruta”, de Carlinhos Brow, que Danna mostrou seu talento. “Nós criamos o grupo junino há cinco anos, como forma de inclusão social para os jovens do Tapanã. E aqui a gente mostra que lá tem pessoas com talento, com cultura, com amor pelas nossas raízes”, afirmou.
O figurino é um dos critérios de decisão no Miss Mix. A campeã do concurso 2015, Julia Lecher, caprichou no tema. Inspirada nos 400 anos de Belém, a miss e sua equipe começaram uma pesquisa meses antes da apresentação. O resultado pôde ser conferido em uma fantasia que valorizou o trabalhador das feiras, os pescadores, o povo simples da Cidade das Mangueiras. Lecher participa de concursos de quadrilha há oito anos. Em 2016, ela representou a Fuzuê, da Pedreira. “É muita dedicação, muito esforço e disciplina na pesquisa do tema, da fantasia, da coreografia. Eu estou confiante”, disse, já ansiosa pelo resultado.
A disputa foi acirrada. Todas querem o primeiro lugar e não medem esforços para isso. Lauanda Branche também já foi primeiro lugar no Mix e desde quando começou a fazer a personagem, há seis anos, sempre ficou entre as três primeiras colocadas. Nesta edição ela referenciou as mulheres negras, trazendo ao concurso muito gingado.
Lauanda, que é bailarina e coreógrafa, representou a “Romance Matuto”, do Canudos, que já existe há quatro anos e tem como fundadora a mãe da miss, Silvia Branche, que foi Miss Caipira em vários grupos e ganhou diversos concursos. O amor pela cultura popular passou de mãe para filho. “Nós unimos meu conhecimento no folclore popular e a experiência dele como bailarino clássico e criamos a 'Romance Matuto'. É um orgulho vê-lo no palco”, emociona-se.
O público lotou as arquibancadas da Praça do Povo e esperou paciente pela apresentação, A consultora Jaqueline Almeida acompanhou o desfile. Para ela, além do brilho, da maquiagem, das cores, da alegria, o concurso Miss Mix traz uma reflexão que vai além das aparências. “É preciso refletir sobre o preconceito que ainda existe em relação à diversidade sexual. Esses jovens ainda sofrem preconceitos. Esse concurso mostra que é possível combater essas práticas discriminatórias”, observou.

Texto:
Andreza Gomes


Governo entrega nova Unidade Integrada de Polícia em Capanema
Mesmo diante da crise econômica nacional, em que os Estados sofrem os efeitos da redução dos repasses da União, o Pará continua investindo em setores essenciais, como segurança e infraestrutura. Neste domingo (26), o governador Simão Jatene entregou à população do município de Capanema, no nordeste paraense, duas obras: a 50ª Unidade Integrada de Polícia (UIP) do Estado e a Avenida Centenário, que foi totalmente revitalizada. As inaugurações tiveram a presença de deputados, vereadores, secretários de Estado e comunidade local.
"Ninguém desconhece que o país está vivendo uma profunda crise, pois os jornais noticiam diariamente. Em um momento como esse ter a possibilidade de entregar para a sociedade duas grandes obras é um sonho histórico para esse município. Isso já é um fato absolutamente relevante de que devemos nos orgulhar", afirmou Simão Jatene.
A agenda teve início com a inauguração da Avenida Centenário, que recebeu pavimentação mista de asfalto e concreto e sinalização. A obra contempla mais de cinco quilômetros de via, passando pelas rodovias BR-316, PA-242 e PA-241, já na estrada de Salinas. A iniciativa representa um investimento de R$ 1.860 milhão, fruto da parceria entre governo do Estado, Poder Legislativo, por meio da emenda parlamentar do deputado estadual Júnior Hage, e de empresas da região. O nome foi uma homenagem ao centenário da Assembleia de Deus no Pará e no Brasil.
Entre os que aprovam a nova via está Expedita da Silva Oliveira, 49 anos, comerciante cearense que há 15 anos adotou o Pará como nova casa. "Lá no Ceará a vida era muito ruim, e o Pará sempre foi visto como uma terra produtiva. Aqui é um município muito bom, mas quando cheguei tinha muita lama e o povo sofria muito. Agora com essa pavimentação melhorou a qualidade de vida da população e do comércio. Melhorou tudo", disse.
Nova UIP – Ainda durante o dia, Simão Jatene inaugurou o novo ponto de segurança de Capanema. O espaço, o maior da região nordeste paraense, se soma a outros 49 já entregues pelo governo, entre Unidades Integradas de Polícia (UIP) e Unidades Integradas Pro Paz (UIPP), entre os anos de 2011 e 2016. No período, o Estado investiu quase R$ 50 milhões na reforma e construções de UIPs e UIPPs.
"Este é mais do que um novo prédio, é um novo conceito, uma demonstração clara do respeito do Estado para com a segurança pública. Faço um pedido, tanto aos que aqui vão trabalhar como àqueles que vão usar este espaço para qualquer serviço: que tratem isso com carinho e cuidado. Isso é fundamental para que a gente possa mantê-lo como hoje é e possamos construir semelhantes em outros municípios", ressaltou o governador.
O prédio de dois andares, localizado na Avenida João Paulo II, no Centro, recebeu investimento de R$ 3,5 milhões na construção, R$ 381 mil em mobiliário e R$ 31 mil em material de informática. A estrutura é composta ainda por uma área de 1,2 mil metros quadrados, com salas de mediação de conflitos, inteligência, reconhecimento, cartório, custódia, arquivo, banheiros, refeitórios, auditório, alojamento para os agentes de segurança das polícias civil e militar, entre outros setores.
A UIP também concentra os serviços das polícias Civil e Militar, Delegacia da Mulher (Deam), Núcleo Integrado de Operações (Niop), Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e Posto de Identificação Civil. Na oportunidade, foi feita a entrega simbólica de dez registros gerais para moradores da região.
"Esse centro de identificação vai atender a toda a região. Com ele o tempo de entrega das identidades será menor, pois ao invés do identificado ir para Belém, ele pode fazer a emissão por aqui. Com isso pretendemos diminuir pela metade o tempo de impressão das identidades, agilizando o serviço e servindo melhor a população", afirmou o delegado Augusto Damasceno, superintendente da 6ª Região Integrada de Segurança Pública.
Para o delegado geral de Polícia Civil, Rilmar Firmino, um dos objetivos é melhorar a qualidade do atendimento e a resposta das ações da polícia. Ele frisou ainda a economia que o Estado terá para manutenção. "Estamos congregando seis unidades que estavam dispersas em outras instalações. Hoje otimizamos os meios, e isso vai facilitar muito mais não só para o servidor policial, como para a população", completou.
O complexo abrange os 19 municípios que integram a 6ª Região Integrada de Segurança. "Com a união de forças vamos otimizar recursos financeiros e humanos, além de ficarmos mais perto da comunidade. Agora temos em um único endereço a delegacia da mulher, grupo tático, superintendência, plantão da delegacia, o plantão da polícia militar. Teremos ainda o Niop, com as câmeras, que será muito mais fácil de ser controlado. Com isso poderemos dar uma resposta mais rápida para a população", avaliou o delegado Augusto Damasceno.
Os serviços do Niop já estão em atividade. O setor é responsável pelo sistema de monitoramento de câmeras de segurança instaladas em pontos estratégicos, para verificar durante 24 horas as ruas da cidade, visando acompanhar ações criminosas, prevenir a violência e identificar infrações no trânsito.
O prefeito de Capanema, Eslon Martins, agradeceu pelo apoio do governo do Estado. "Esta é uma parceria em que todos ganham, mas que tem um significado mais que especial para a população. É nela que temos a razão do nosso trabalho e é a ela que damos esse retorno", complementou. O governador pontuou a importância da parceria entre Estado e municípios para a construção de um Pará melhor. "Parceiro é aquele que procura construir e fazer juntos. O prefeito e o governador são apenas instrumentos. O que queremos é ser boas ferramentas na mão da população, que é quem paga os impostos e é quem faz as obras", finalizou.

Texto:
Lidiane Sousa


Hospital Jean Bitar é referência em cirurgia bariátrica pelo SUS
Conscientizar a população para a necessidade de reduzir os fatores de risco, o desenvolvimento da doença e o número de mortes por hipertensão arterial, obesidade e outras complicações, como acidente vascular cerebral (AVC) e falência dos rins é o objetivo da programação alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Diabetes, comemorado neste domingo (26).
A data é um momento especial para reiterar a importância da manutenção de hábitos saudáveis, mostrando à população formas de prevenção e tratamento do diabetes, que já atinge doze milhões de brasileiros – mais de 60.914 no Pará. O Centro Hospitalar Jean Bitar atua no combate à doença e mensalmente faz dez cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o endocrinologista Fernando Flexa, diretor técnico do hospital, o tratamento da obesidade pode impedir a progressão de pré-diabetes para diabetes mellitus tipo II (quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia), passando a ter papel importante no controle metabólico de pacientes portadores de diabetes mellitus e com aumento de peso.
Peso - O medo de evoluir para o quadro de diabetes tipo II levou o instalador Paulo Henrique Lameira Magalhães, 43 anos, a buscar no ano passado ajuda profissional com um endocrinologista, quando chegou a pesar 133 quilos, e constatar que estava com altas taxas de triglicerídeos e colesterol, além de pressão alta. Após avaliação médica, Paulo Henrique fez a cirurgia bariátrica, em setembro de 2015. Hoje, com 40 quilos a menos e a autoestima elevada, ele comemora essa nova fase da vida. “Minha meta é perder mais doze quilos”, diz ele, confiante na melhoria da qualidade de vida.
Casado e com dois filhos menores, Paulo Henrique garante que agora aproveita muito mais a vida com sua família. “Antes, era tudo era mais difícil. Mas com uma dieta balanceada sinto-me bem melhor. Agora, tenho que seguir o plano de atividade física rigorosamente”, informou, reiterando a importância do apoio profissional para quem, assim como ele, enfrentou a obesidade mórbida.
Para quem está em busca de tratamento, o médico Fernando Flexa orienta que o acesso ao serviço começa por uma consulta na Unidade Básica de Saúde, que encaminha o paciente para avaliação com o endocrinologista, profissional que verifica a necessidade ou não da cirurgia. O procedimento é indicado apenas em casos de obesidade grau 3, quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 40 ou para pacientes cujo IMC está entre 35 e 40, mas que apresentam outras doenças relacionadas à obesidade, como diabetes de difícil controle, hipertensão e doenças osteomusculares.
Acompanhamento – Feita somente pelo Centro Jean Bitar no âmbito do SUS, a cirurgia bariátrica proporciona uma perda de 20 a 30% do peso corporal. No entanto, o médico Fernando Flexa adverte que não se trata de uma cirurgia de urgência, já que é eletiva, e requer um acompanhamento pré e pós-operatório. Após a cirurgia, o paciente permanece internado de cinco a sete dias. A alimentação passa por um processo de evolução. “No geral é uma cirurgia de baixo risco e taxa de mortalidade de apenas 0,5%. Da mesma forma, a taxa de complicações relacionadas à cirurgia é de apenas 3%”, assegura o diretor.
A taxa de reganho de peso é considerada baixa, ficando em torno de 20%. Dessa forma, todo o acompanhamento pré e pós-operatório é realizado por uma equipe multiprofissional, composta por médico, enfermeiro, nutricionista, endocrinologista e psicólogo. Para maior qualidade de vida, Fernando Flexa sugere hábitos mais saudáveis, como maior ingestão de fibras e frutas, evitar carboidrato e praticar atividade física. “Aqui no Jean Bitar o usuário conta com toda a equipe multiprofissional capacitada para o melhor atendimento, acompanhamento e tratamento, principalmente por se tratar do único local com esse serviço pelo SUS no Pará”, enfatiza.
Mutirão – Para agilizar o atendimento aos usuários, a equipe hospitalar está fazendo um levantamento técnico para a realização de cirurgias diversas. “Em uma semana de intenso trabalho conseguimos entrar em contato com 110 pacientes, e 63 deles já tiveram autorização para o procedimento. Apenas sete passarão por nova avaliação”, informou Giovani Merenda, diretor executivo do Jean Bitar. Ele adianta que, a partir de agosto, haverá um mutirão para cirurgias bariátricas, de cabeça e pescoço, e em pacientes ostomizados. A ação deve beneficiar cerca de 600 pessoas.
Com assistência de média e alta complexidade o Centro Hospitalar Jean Bitar dispõe de 60 leitos e mantém o único Laboratório de Habilidades Videolaparoscópicas da região, além de ser referência estadual para endoscopia digestiva, endocrinologia, reumatologia, geriatria, pneumologia e clínica médica. Os usuários do centro contam com uma equipe de especialistas, estrutura, equipamento e tecnologias de ponta para realização de cirurgias de parede abdominal e gástrica, e ainda para cirurgias nas vias biliares e intestino.
Serviço: O Centro Hospitalar Jean Bitar fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, Umarizal, em Belém. Mais informações: (91) 3239-3800.

Texto:
Vera Rojas


Mais de 2 mil pessoas participam do passeio ciclístico Pedal do Fogo
Domingo foi dia de acordar cedo para Francisco e Hilda Nascimento. Às cinco horas da manhã, eles já estavam a pedalar pelas ruas de Belém até o Portal da Amazônia, onde se juntariam a mais 2,5 mil pessoas que se inscreveram na primeira edição do Pedal do Fogo, passeio ciclístico do Corpo de Bombeiros alusivo aos 160 anos da corporação no Brasil. “Fazemos parte de grupos de pedal noturno e sempre que possível participamos desses eventos. É o nosso hobby. Fomos influenciados pelo nosso filho, que pratica ciclismo. Há um ano e meio pegamos gosto pela atividade”, contou o casal.
Vestido a caráter para o passeio, com uma roupinha de “Super Dog”, estava Chorão, o “cãopanheiro” Viralata que está há nove anos com Jorge Cardoso. “Esse aqui é meu amigão. Todo evento a que eu vou, seja corrida ou ciclismo, ele vai comigo, até o final”, disse. Para que o cachorro fique confortável, Jorge até adaptou a bicicleta. “Ele vai tranquilo aqui, às vezes até dorme”.
O 1 º Pedal do Fogo ocorreu na manhã deste domingo (26), com largada às 7h, do Portal da Amazônia. Os participantes, entre civis e militares, fizeram um percurso de 17,9 km, em cerca de duas horas e meia, pelas ruas da capital. Durante o caminho, algumas paradas foram feitas para a hidratação dos participantes. Um destes pontos foi o quartel mais antigo dos bombeiros na cidade, na Travessa Padre Eutíquio. No final do passeio, os inscritos participaram de sorteios de brindes e puderam conferir a demonstração de trabalhos feitos pelos bombeiros.
Para participar do pedal, era preciso doar dois quilos de alimento não perecível. Com isso, cerca de 2,5 toneladas foram arrecadadas. Elas serão doadas para duas comunidades, uma de Outeiro e outra do Guamá, escolhidas pelos próprios membros da corporação militar.
No próximo dia 2 de julho, o Corpo de Bombeiros comemora 160 anos no Brasil. Uma série de eventos foi programada para esta semana no Pará em homenagem à data, e o passeio ciclístico Pedal de Fogo é um deles. O capitão Leonardo Sarges, um dos organizadores do evento, explica que um dos objetivos da programação foi atrelar o nome da corporação às ideias de bem-estar, meio ambiente e transporte saudável. O momento também serviu para conscientizar as pessoas sobre os acidentes de trânsito. “Cerca de 25% das ocorrências que atendemos têm ligação com acidentes. Este pedal também é uma campanha pela redução dessas estatísticas no Estado”, disse o capitão.
Há nove anos na corporação, o capitão Abdolins Xavier trocou a farda e a viatura por bicicleta, short, blusa e tênis e foi prestigiar o Pedal do Fogo. Ele acredita que o passeio também é uma forma de integrar ainda mais a sociedade civil com os militares. “Esta é a primeira vez que estamos promovendo um evento assim, com toda essa integração”, comentou. O Corpo de Bombeiros do Pará tem cerca de três mil militares.

Texto:
Bianca Teixeira


Parlamentares entregam títulos de terras a agricultores de Dom Elizeu
O Presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Márcio Miranda e a deputada Cilene Couto, participaram na tarde de sexta-feira (24/06), no município de Dom Elizeu, da cerimônia de entrega dos Títulos de Terras aos agricultores da Colônia do Alto Bonito...

Leia o texto completo no site. Clique aqui.

Texto:
Rogério Paiva


Grupos se mobilizam a doam sangue no Hemopa neste sábado
A Fundação Hemopa recebeu neste sábado (25) grupos da sociedade civil que se organizaram em caravanas para doar sangue. Segundo a gerente de Captação de Doadores, Juciara Farias, as parcerias são fundamentais para que se cumpra a missão de atender a rede hospitalar do Estado. Somente em Belém, o hemocentro atende a média de 95 hospitais.
Para a gerente, é necessário tratar do tema de forma permanente, por isso as ações de conscientização em prol da doação de sangue incluem palestras, formação de multiplicadores, campanhas internas e mobilização social, entre outras estratégias fundamentais que contribuem para que um candidato em potencial possa fazer a doação de sangue de maneira consciente e voluntária.
“Essa é a primeira vez que fazemos uma ação conjunta com todos os nove clubes federados, seis masculinos e três femininos. A mobilização foi muito bem acolhida pelos atletas, que vestiram a camisa desta causa e fizeram a doação”, disse o vice-presidente da Federação Paraense de Futebol Americano, Otávio Maués, 32.
Um dos atletas e presidente do time de futebol americano Outland Soldiers, Hélio Silva, 32, é doador há cinco anos. Para ele, o ato contribui com a doação de sangue e a prática da responsabilidade social. “Queremos despertar o interesse para esta causa, cada vez mais, para que as pessoas possam se tornar doadores habituais e salvar vidas”, afirmou.
Doadora de primeira viajem, Hérica do Vale, 31, moradora de Quatro Bocas, em Tomé-Açu, no nordeste paraense, foi com a caravana que saiu da cidade com cerca de 40 voluntários. O grupo, que faz um trabalho de auxílio a pacientes e familiares de pessoas com câncer, organizou a mobilização para garantir a doação de sangue regularmente.
Podem doar sangue pessoas com boa saúde, que tenham entre 16 e 69 anos e pesem acima de 50 quilos. Menores de 18 anos podem doar somente com autorização dos pais ou responsável legal. É necessário portar documento de identidade original e com foto, além de estar bem alimentado. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher, a cada três. Para fazer o cadastro de doadores de medula óssea, o candidato deve estar bem de saúde, ter entre 18 e 55 anos e portar documento de identidade original e com foto.
A Fundação Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2.109, em Batista Campos, e a Estação de Coleta Hemopa-Castanheira, no térreo do Pórtico Metrópole (BR-316, km 1). As coletas são feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h30 às 17h. Mais informações pelo Alô Hemopa (0800-2808118).

Texto:
Pâmela Assunção


Arca da Leitura leva mundo de conhecimento para detentos do Pará
O projeto de biblioteca móvel Arca da Leitura, desenvolvido pela Coordenadoria de Educação Prisional da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), vem mudando a vida de detentos no cárcere. Em 2012, o trabalho, iniciado em duas unidades prisionais – centros de Recuperação I e II, em Santa Isabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém –, hoje já conta com 22 bibliotecas móveis na capital e em presídios de dez municípios do interior do Estado.
Atualmente o projeto funciona em Belém, nas unidades dos centros de Detenção Provisório de Icoaraci (CDPI), de Reeducação Feminino (CRF) e de Recuperação do Coqueiro; em Marituba, nas unidades do Presídio Estadual Metropolitano I e II; em Santa Izabel, no Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves (Crecan), Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II e Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP); e nos municípios de Castanhal, Capanema, Salinópolis, Bragança, Cametá, Mocajuba, Marabá, Itaituba, Paragominas e Tomé–Açu.
No projeto, uma estante móvel com 150 livros fica sob a responsabilidade de um interno. O objetivo é viabilizar o acesso à leitura dentro do bloco carcerário, possibilitando que todos os detentos tenham contato com a literatura. Segundo a coordenadora de Educação Prisional da Susipe, Aline Mesquita, cada unidade seleciona um custodiado para ocupar a função de monitor da biblioteca.
“Esse monitor recebe um treinamento da técnica de biblioteconomia da Susipe para fazer atividades referentes a empréstimo e devolução, inserção dos livros no acervo de biblioteca e sobre a preservação de todo material existente. Hoje o projeto conta com 22 monitores de biblioteca, que são supervisionados pelas coordenadoras pedagógicas de cada unidade. O monitor então movimenta a biblioteca dentro do bloco carcerário, oferecendo os livros e fazendo os empréstimos”, explica a coordenadora.
Horizontes – Para o interno Otávio Augusto Pereira, 27 anos, custodiado no Centro de Detenção Provisório de Icoaraci, a leitura é uma forma de mudar de vida. “Estamos em um ambiente no qual precisamos ocupar a nossa mente com coisas positivas, e aqui esse projeto veio para fazer a diferença. Eu já lia algumas coisas antes de ter sido preso, mas foi só aqui dentro do presídio que pude ter acesso a um acervo maior. Com a leitura descobri muitas coisas que só vieram a acrescentar na minha vida. É esse caminho que quero continuar seguindo daqui para frente. Depois que eu sair daqui tenho certeza que outras muitas portas se abrirão, por meio da leitura”, acredita.
As estantes do projeto Arca de Leitura são produzidas também por detentos, em ação da Coordenadoria de Trabalho e Produção da Susipe, nas marcenarias instaladas nos próprios presídios do Estado. Neste ano já foram entregues sete bibliotecas móveis para as seguintes unidades: PEM I, PEM II, CRF Marabá, CRRI, CRRCAST, CRC e CDPI. Os livros são adquiridos por meio da doação de editoras, instituições privadas e públicas ou mesmo por pessoas que ouviram falar do projeto. O acervo é formado por livros de disciplinas obrigatórias e literárias, além de revistas de conteúdo informativo.
O professor Sady Salomão, do CDPI, diz que graças ao projeto muitos detentos melhoraram o desempenho nos estudos. “Depois que o Arca de Leitura chegou até aqui, até as notas do Enem subiram. A educação muda a vida de qualquer pessoa, e ela não pode ser trabalhada isoladamente, não é só na sala de aula, é fora dela também”, acredita.
Para a coordenadora pedagógica do CDPI, Sílvia Palha, quando os internos começam a se interessar pela leitura, é possível ver o crescimento deles enquanto pessoa. “Um projeto desse permite que eles saiam da ociosidade e preencham o tempo com algo para melhorar o futuro. Eles estão plantando hoje para colher mais tarde bons frutos. Percebemos aqui o quanto eles melhoraram enquanto pessoa, o quanto vão adquirindo conhecimento e querem por isso em prática. Fico feliz de ver que ajudamos com que se tornem pessoas melhores e com chances de transformação de vida”, afirma.
“Se a gente não fizer por onde, a sociedade vai continuar nos excluindo. Percebi que com leitura consigo me expressar melhor, entender melhor as coisas. Cometi um erro e acredito que, com esse projeto, posso mostrar que quero fazer diferente quando sair daqui. Todo mundo precisa ler e estudar para conseguir um futuro melhor”, afirma o interno José Felipe Ramos, 19 anos, custodiado no CDPI.

Texto:
Timoteo Lopes


Hospital Ophir Loyola reforça o tratamento das doenças hematológicas
Referência no tratamento das doenças hematológicas malignas no Pará, o Hospital Ophir Loyola implantou um novo conceito de assistência: o Hospital Dia Hematológico. Trata-se de um regime intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial que reduz o tempo de internação e aumenta a rotatividade de leitos, proporcionando melhor suporte terapêutico para os pacientes, juntamente com o Laboratório de Linfomas Indolentes e Leucemias, técnicas do Laboratório de Biologia Molecular e a residência em hematologia.
Em abril deste ano, o engenheiro agrimensor Carlos Augusto Cunha, 35 anos, iniciou tratamento na rede privada para tratar a dor na coluna e descobrir a causa de um “caroço” debaixo do braço. O acompanhamento com traumatologista não surtiu efeito. A tomografia e a ressonância magnética mostraram a presença de linfonodos (ínguas) aumentados na axila direita e no pescoço, porém o médico não conseguiu identificar as causas do problema.
A febre e o inchaço do mediastino (região dentro do tórax) agravaram ainda mais a saúde do engenheiro, que procurou ajuda no Sistema Único de Saúde (SUS). Consultou-se então com uma infectologista, já que o aumento nos gânglios linfáticos é um sintoma provocado frequentemente por infecções. Após exames de imuno-histoquímica e biópsia, veio a precisão do resultado: linfoma não-Hodgkin (mal que atinge as células do sangue chamadas de linfócitos e pode se espalhar por outras regiões, como o baço), mesmo câncer que acomete o ator Edson Celulari.
Com todos os exames em mãos, Carlos Augusto foi encaminhado para o Hospital Ophir Loyola. Após a primeira consulta no Ambulatório de Linfomas Indolentes e Leucemias, ele fez um ciclo com oito horas de quimioterapia, que resultou na diminuição significativa dos linfonodos e melhora no quadro clínico. “Foi muito difícil receber o diagnóstico. Pesquisei o máximo de informações na internet. Eu e minha família ficamos muito assustados. Tenho um tipo específico de linfoma não-Hodgkin, de grau 4, que apresenta um comportamento mais agressivo, porém mesmo assim estou confiante. Estava preocupado com a demora para ser atendido, mas encontrei a agilidade de um serviço bem organizado e profissionais dedicados”, afirma.
Reforço – Carlos recebeu assistência no Serviço de Hematologia do Hospital Ophir Loyola, que recentemente passou por reestruturação, reformulação na maneira de tratar os pacientes e ajustes nos protocolos quimioterápicos. Logo no início do tratamento, ele conheceu o Hospital Dia Hematológico, espaço reservado à aplicação de antibióticos, hidratação e transfusão.
O coordenador do Ambulatório de Linfomas e Leucemias, Thiago Carneiro, explica que o Hospital Dia é um reforço a mais no tratamento. “Alguns itens foram modificados com o advento desse sistema, o que permitiu a alta precoce do paciente, que segue fazendo a medicação e recebendo cuidados sem estar internado. Esse modelo de assistência oferece mais leitos aos novos pacientes, assegurando mais rapidamente a internação nos momentos mais críticos da doença”, enfatiza.
Já os pacientes com leucemia – doença originada na medula óssea que impede o funcionamento normal do organismo –, desde o início do ano recebem planejamento clínico e tratamento individualizado, a partir de informações das análises genéticas obtidas no Laboratório de Biologia Molecular. A redução dos glóbulos brancos ocasionada pela doença deixa o organismo suscetível a infecções e pode agravar o estado do paciente. Dependendo do tipo, o mal pode levar à morte, se não tratado adequadamente. O laboratório reduz os efeitos colaterais da quimioterapia e aumenta a possibilidade de cura.
Outro avanço no tratamento das doenças hematológicas se concretizou com a residência em hematologia e hemoterapia, importante para a atenção no SUS por reparar a carência de profissionais na área. Incorporada ao hospital, melhora a assistência médica e oferece mais oportunidade de qualificação para os residentes. Os futuros especialistas contam com as ferramentas de monitoramento e a análise genética que abrem um banco de dados bem maior de pesquisa, contribuindo para a disseminação de informações e o planejamento das ações de saúde pública.
Subnotificação – O coordenador do Ambulatório de Linfomas e Leucemias do Ophir Loyola, Thiago Carneiro, afirma existir uma subnotificação dos casos de doenças hematológicas malignas na maioria dos Estados brasileiros, dificultando o estabelecimento de um panorama fiel à realidade. “O Brasil tem regiões de difícil acesso, e os casos ficam sem conhecimento. As doenças são subdiagnosticadas, ou seja, o paciente não recebe o tratamento inicial adequado e não é rapidamente encaminhado para a referência, como o Ophir Loyola, que é, sem dúvida, importante hospital para esse atendimento no Pará”, afirma.
Buscando mudar esse quadro, o Serviço de Hematologia está em fase de expansão contínua. Toda a estrutura assistencial sofreu modificações para melhorar o fluxo de atendimento e facilitar o acesso ao tratamento, ao leito de internação ou à quimioterapia. Hoje é possível internar em intervalos muito curtos e agendar consultas ambulatoriais em, no máximo, duas semanas.

Texto:
Leila Cruz


Estado combate o câncer do colo de útero com tratamento e prevenção
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Pará deve registrar 820 novos casos de câncer do colo do útero, 260 só na capital, até o fim de 2016. A estimativa faz parte do relatório de incidência da doença no Brasil. Ano passado, o Estado registrou 311 mortes por esse tipo de câncer, o que mais mata entre mulheres, mas a doença é 100% evitada se for tratada a tempo. Por isso o Governo do Estado trabalha para estimular as mulheres a fazer o preventivo todos os anos.
Criado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) no ano passado para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer do colo do útero, o Núcleo de Apoio à Gestão na Atenção à Mulher no Controle do Câncer do Colo do Útero e Mama (Nagam) atua também na conscientização da rede municipal de saúde de Redenção, Conceição do Araguaia, Cametá, Altamira e Breves. O foco é um: apontar a importância do preventivo.
A recomendação do Ministério da Saúde é que todas as mulheres de 25 a 64 anos façam parte do atendimento de saúde básica dos municípios e o exame preventivo do câncer do colo do útero anualmente. Os exames feitos nos municípios pelas unidades de saúde são encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen), em Belém. Referência estadual em exames que revelam lesões de colo do útero, o Lacen é o único laboratório público do Brasil que, desde 2014, trabalha com o método de coleta líquida, em vez das tradicionais lâminas, o que proporciona uma análise bem mais precisa das células. “As células são imersas no metanol e um aparelho específico filtra o material colhido. Fazendo pelo método tradicional, existe a chance de dar um falso negativo, o que raramente acontece com esse método líquido”, explica a citologista Ana Nizia Aragão.
O Lacen atua há 40 anos em um serviço efetivo de prevenção do câncer de colo do útero. No ano de 2015, foram recolhidas 21.591 lâminas de 43 municípios do Estado. Portel, no Marajó, e Igarapé-Açu, no nordeste paraense, com 2.316 e 1.476 amostras, respectivamente, foram as localidades com maior número de lâminas enviadas. Do total do Estado, 1.142 apresentaram algum tipo de alteração, o que corresponde a 5,3% de atuação na prevenção do câncer. O percentual está dentro do exigido pelo Ministério da Saúde, que é de 5%. “Isso mostra que o Estado faze a cobertura de todos esses 43 municípios do Pará, mas precisamos contar com o empenho dos profissionais de saúde dos municípios para fazer a colheita e envio do material”, reforça a citologista.
Depois da análise dos exames, o Laboratório Central encaminha os resultados aos municípios de origem, onde eles são avaliados por profissionais de saúde. No caso de alguma alteração no material, a mulher é encaminhada à Unidade de Referência Materno-Infantil (Uremia), que funciona na Avenida Alcindo Cacela, em Belém, onde faz a colposcopia, biópsia e, quando necessário, o tratamento imediato, que é o EZT (Exérese de Zona de Transformação do Colo Uterino). Se as células cancerígenas estiverem em estágio avançado, a mulher é encaminhada ao Hospital Ophir Loyola para o tratamento mais específico.
Em 2015, 276 mulheres fizeram tratamento para o câncer não se desenvolver. É feita uma cirurgia para a retirada da área afetada. O tratamento dura de um a dois anos, com 90% de cura. Os 10% restantes são decorrentes de negligência durante o tratamento. “O problema no Estado é que a mulher chega tardiamente às unidades de saúde. Elas só procuram atendimento quando estão sangrando, ou seja, quando já estão com o câncer invasor, que evolui durante sete ou oito anos. O ideal seria que todas as mulheres fizessem a partir dos 25 anos o exame de Papanicolau anualmente”, diz a coordenadora do Nagam, Nazaré Falcão.

Texto:
Syanne Neno


Combate a assaltos a ônibus será intensificado com novo atendimento
Dar celeridade a investigações e à prisão preventiva de criminosos envolvidos em assaltos a ônibus é o objetivo da nova medida anunciada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). A partir da próxima segunda-feira (27), as ocorrências relativas a roubos a coletivos na capital paraense e na área metropolitana serão centralizadas e investigadas pela Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), no prédio da Delegacia Geral de Polícia Civil, e na Superintendência Regional Metropolitana, ficará responsável pelas ocorrências em Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara do Pará e Benevides.
Os usuários de ônibus e os rodoviários continuarão registrando os casos nas delegacias ou seccionais mais próximas dos locais dos crimes, mas os boletins de ocorrências serão encaminhados, imediatamente, às unidades que passam agora a atender os casos. A medida foi definida após várias reuniões entre o secretário de Segurança Pública, Jeannot Jansen, a Secretaria Adjunta de Gestão Operacional e as policias Civil e Militar com representantes dos Sindicatos dos Rodoviários de Belém e Ananindeua, que nas ocasiões solicitaram a criação de uma delegacia especifica para apurar os assaltos praticados na região metropolitana.
Segundo Jeannot Jansen, após análise da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal foi feito o mapeamento com as ocorrências de roubo a coletivos registrados na Grande Belém. Os dados apontam, na capital paraense, 626 registros de assaltos a ônibus de janeiro a maio deste ano. Em 2015, no mesmo período, foram 487 casos. Na região metropolitana, foram contabilizadas em 2015 e 2016, respectivamente, 620 e 850 ocorrências.
“Concluímos que as investigações seriam apuradas com mais agilidade se as ocorrências fossem concentradas, a fim de facilitar o andamento das investigações, que ficarão sob a responsabilidade de uma equipe de delegados e investigadores em cada coordenação”, enfatizou o secretário. A Segup intensificou ainda as ações de policiamento ostensivo nos finais de linhas dos ônibus e em trechos que os rodoviários apontaram como locais mais propensos de ocorrer assaltos.
Além disso, a Polícia Militar tem montado operações com barreiras visando a abordagem direcionadas aos coletivos. As novas medidas também viabilizaram o contato direto dos rodoviários com os comandantes de cada Área Integrada de Segurança, como forma de agilizar o atendimento dos casos.

Texto:
Carla Moura


Cine Libero Luxardo exibe 'Piaf - Um Hino ao Amor' e 'A Árvore da Vida'
Dando continuidade à programação especial em comemoração aos 30 anos de atividade, o Cine Libero Luxardo, da Fundação Cultural do Pará (FCP), exibe neste fim de semana dois sucessos do cinema: “Piaf – Um Hino ao Amor”, no sábado (25), e “A Árvore da Vida”, no domingo (26). Ambas as sessões começam às 21h. A programação segue até 3 de julho, com entrada franca.
“Piaf – Um Hino ao Amor” (2007), de Olivier Dahan, que deu a Marion Cotillard o Oscar de melhor atriz, é baseado na vida da cantora francesa Edith Piaf, que, abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente. Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo ano grava o primeiro disco. A vida sofrida é coroada com o sucesso internacional.
O filme “A Árvore da Vida” (2011), dirigido por Terence Malick e estrelado por Brad Pitt, conta a história dos O'Brien, que tiveram três filhos, criados com grande rigidez pelo pai. O mais velho deles, Jack (Sean Penn), sempre teve atritos com o matriarca, em parte por reconhecer em si mesmo um pouco dele. Já adulto, Jack enfrenta um forte sentimento de culpa devido à morte do irmão.
A programação especial do Líbero inclui ainda as exibições, neste sábado (25), às 17h, de “Scoop – O grande Furo” (2006), de Woody Allen, e às 19h de “Uma simples Formalidade” (1994), de Giuseppe Tornatore. No domingo, serão exibidos “O Dinheiro” (1983), de Robert Bresson, às 17h, e “Últimas Conversas” (2014), de Eduardo Coutinho, às 19h.
No dia da fundação do Cine Líbero Luxardo, segunda-feira (27), ocorre às 18h a mesa redonda “Líbero Luxardo: o cineasta e o cinema”, com a presença do crítico de cinema Pedro Veriano, primeiro gerente da sala; do padre Cláudio Barradas e de Marco Antônio Moreira, da Associação dos Críticos de Cinema do Pará. Durante a programação haverá sorteio de passaportes para o público, dando gratuidade em todas as sessões pelo período de seis meses.

Texto:
Andreza Gomes


Primeira turma de técnico em citopatologia vai atuar no combate ao câncer uterino
A Escola Técnica do Sistema Único de Saúde “Dr. Manuel Ayres” (Etsus) promoveu nesta sexta-feira (24), em seu auditório, a solenidade de conclusão de curso da primeira turma de Formação Técnica em Citopatologia, com 25 alunos. O curso é oferecido pela instituição, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em parceria com o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen). Participaram do curso profissionais de Belém e de outros municípios, como Castanhal, Ananindeua, Bagre, Portel, Breves, Cametá, Tailândia e Salinópolis.
“A Escola Técnica do SUS possui 10 anos de existência e demanda diversos cursos de formação de nível técnico, proporcionando para a Rede do SUS uma excelente condição apropriada à formação e assistência. Esta conjunção insere no mercado pessoas capacitadas tecnicamente e avaliadas com cursos reconhecidos. Exemplo disso é a formação da primeira turma de citopatologistas, que é uma condição excepcional. O Estado se orgulha muito em ter uma escola como esta, que acima de tudo valoriza os profissionais que precisam desta capacitação e habilitação para o exercício da função na Rede do SUS”, ressaltou Vítor Mateus, secretário de Estado de Saúde Pública.
Segundo Raimundo Senna, diretor da Etsus, o objetivo do curso é promover a formação técnica em citopatologia para que servidores da rede pública de saúde possam atuar em laboratório de citopatologia, de acordo com as “especificidades da citologia e da histologia, na perspectiva da promoção da saúde, prevenção de agravos e tratamento de doenças, de forma a atender o usuário de acordo com os princípios do SUS”.
Mão de obra - O curso teve duração de quatro anos e foi composto por módulos teóricos e práticos, incluindo estágios supervisionados e atendimento aos pacientes. A formação é direcionada a profissionais do SUS com experiência em patologia clínica. “Esses técnicos vão suprir uma carência de mão de obra. Há uma deficiência na quantidade desses profissionais para o diagnóstico do teste de Papanicolau. E agora estes profissionais estão capacitados para este procedimento”, informou Sebastião Licínio, diretor geral do Lacen.
A concluinte Maria Tereza Moraes declarou que, “para nós, é uma grande felicidade e satisfação adquirir esta formação. É uma oportunidade única fazer parte dessa primeira turma de citopatologia do Pará, e vamos entrar em ação para ajudar a população nesses casos de câncer no colo do útero”.
Função - Responsável pela análise de laboratório das lâminas do teste de Papanicolau - exame mais conhecido por “preventivo” do câncer uterino -, esse profissional é conhecido como citotécnico, mas, desde a padronização de nomenclatura feita pelo Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, do Ministério da Educação, passou a ser denominado “técnico em citopatologia”. Em 2011, o Ministério da Saúde publicou um conjunto de diretrizes e orientações para a formação do técnico em citopatologia, e vai incentivar financeiramente a criação desses cursos nas Escolas Técnicas do SUS.
Participaram da mesa de formatura o secretário Vítor Mateus; o diretor do Lacen, Sebastião Licínio; o presidente do Comitê Estadual de Prevenção à Morte Materna, Hélio Franco, e o diretor da Etsus, Raimundo Senna.

Texto:
Carla Fischer









REVISTAS MEDIUNIDADE

JESUS: "Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...”

Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar. Viu, porém, que Jesus chorava também... E, Eurípedes, falou – Senhor, por que ch...