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terça-feira, maio 24, 2011

Artesãos do Pará, Tocantins, Acre e Rondônia participam de treinamento em Belém

Encerra-se nesta quarta-feira, 25, no auditório da Casa do Trabalhador, em Belém, o “Treinamento do Repasse Metodológico - Cadeia Produtiva do Artesanato”. A promoção é da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), por meio da Diretoria de Economia Solidária (Decosol), em parceria com o Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Instituto Centro Cape), de Brasília.
Em convênio com a Fundação Banco do Brasil, o treinamento vai dar certificação a 10 artesãos de Icoaraci, distrito de Belém e a mais 50 artesãos do Tocantins, Acre e Rondônia. O treinamento, realizado por dois técnicos de cada Estado participante com uma carga horária de 16 horas por núcleo, começou no último sábado e encerra nesta quarta-feira, 25. Nesta terça-feira, técnicos e alunos foram conhecer de perto o trabalho dos artesãos de Icoaraci. Segundo os especialistas, a cadeia produtiva do artesanato é o conjunto de ações que determinam o desenvolvimento dos produtos artesanais, desde os insumos básicos, produção, distribuição, até a comercialização no mercado consumidor. O artesanato tem grande importância cultual e socioeconômica no cenário brasileiro. É reconhecido como fonte geradora de trabalho e renda, formador de mão de obra e forte instrumento de inclusão social.
O Pará, rico em recursos naturais, conhecido celeiro de biodiversidade, apresenta uma cultura diversificada com fortes influências indígena e portuguesa. O folclore, a alimentação e o artesanato demonstram o traço forte de seu povo (indígenas, quilombolas, caboclos e migrantes). A cerâmica, inspirada nas obras marajoara e tapajônica, representa o que há de mais significativo na produção artesanal do Estado, como também os trabalhos em palha, tala, cipó, raízes, sementes, cuia, ouriço, balata, madeira, osso, couro, tecidos, fios e outros, originando a diversidade e o colorido do artesanato paraense. Por entender a necessidade de se preservar a riqueza da nossa cultura aliada ao desenvolvimento do setor artesanal, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), apoia as atividades desenvolvidas na produção, comercialização e elaboração de propostas para potencializar o setor.
O Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), conforme o Decreto 1.508, de 31/05/95. O PAB atua na elaboração de políticas públicas de órgãos das esferas federal, estadual e municipal, além de entidades privadas. Prioriza a geração de ocupação e renda e o desenvolvimento de ações que valorizem o artesão brasileiro, para, assim, melhorar, seus níveis cultural, profissional, social e econômico, em todo o território nacional. O programa ganhou importância na gestão pública com o status de Programa Orçamentário na proposta do Plano Plurianual de Investimentos, no período de 2004 a 2007. Foi renovado para o período de 2008 a 2011. Atualmente, tem representação em cada uma das 27 unidades da federação por meio das Coordenações Estaduais de Artesanato. O programa desenvolve atividades com base em quatro macro-ações: Cadastramento e Capacitação de Artesãos, Feiras e Eventos para Comercialização, Estruturação e Gestão de Núcleos Produtivos no Segmento Artesanal e Administração do Programa.
A Coordenação Estadual do Artesanato Paraense integra a estrutura organizacional da Seter, por meio da Diretoria de Economia Solidária (Decosol). A Seter é o órgão gestor do Programa do Artesanato Paraense. A Decosol é responsável pela gestão das ações para fortalecer o setor, através do resgate da cultura popular e da elevação da qualidade de vida dos artesãos, organização da produção e acesso às informações para a ampliação do mercado. Compete à Decosol subsidiar e coordenar as políticas de economia solidária no âmbito do Governo do Estado; planejar, controlar e avaliar  programas relacionados à economia solidária; colaborar, com outros órgãos do governo, em programas de desenvolvimento e combate  ao desemprego e à pobreza; contribuir com as políticas de micro finanças, estimulando o cooperativismo de crédito e outras formas de organização do setor e sugerir adequações na legislação para fins de fortalecimento dos empreendimentos solidários; e avaliar as parcerias da Seter com movimentos sociais, agências de fomento da economia solidária, entidades financeiras solidárias e representativas do cooperativismo. 
Segundo o Instituto Centro Cape – parceiro neste treinamento -, a cadeia produtiva é uma ferramenta desenvolvida por técnicos junto com os artesãos para que estes adquiram condições de oferecer produtos e serviços competitivos no mercado. Uma cadeia produtiva é constituída de um sistema produtivo que reúne matéria-prima, métodos e processos padronizados. Por meio de mão de obra treinada é obtido um trabalho ou um produto padronizado para ser comercializado. O objetivo do instituto é fazer um diagnóstico sobre os principais problemas da cadeia produtiva que afetam a produção e a qualidade do produto final. Ajudar o artesão a identificar as três fases da cadeia: o antes (tudo o que precisa ter para trabalhar), o durante (todas as fases de produção) e o depois (o que fazer com o produto final).
O Instituto Centro Cape realiza, em todo o território nacional, repasses metodológicos, consultorias e treinamentos presenciais e à distância. Oferece capacitação em gerência empresarial, educacional e de crédito. Subsidia o trabalho dos artesãos e promove oficinas de desenvolvimento e melhoria de produtos artesanais. Desenvolve novos projetos idealizados pelo próprio instituto ou de outras instituições. Outras informações sobre o Instituto Centro Cape podem ser obtidas pelo telefone (61) 3328-0621 ou no site www.centrocape.org.br. E informações sobre as atividades da Diretoria de Economia Solidária, da Seter, pelo endereço eletrônico decosol.seter@hotmail.com, ou na avenida Alcindo Cacela, 1982 B, entre Gentil Bittencourt e Magalhães Barata.

Rusele Mendes - Ascom Seter
Facilitadores do Instituto de Qualidade
Sustentável, Adriana Mello e Lelis
Fonseca, durante a oficina
Técnicos participam da oficina Treinamento
 Metodológico da Cadeia
Produtiva do Artesanato

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