Quatro meses após a queda do edifício Real Class, o inquérito realizado pela Polícia Civil do Pará concluiu que o erro de cálculo influenciou, consideravelmente, no desabamento do edifício. Cerca de 40 pessoas foram ouvidas durante as investigações, mas apenas o proprietário da construtora, Carlos Paes e os engenheiros Carlos Junior e Raimundo Lobato serão indiciados por lesão corporal e homicídio culposo.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rogério Moraes, a velocidade do vento não influenciou na queda do edifício. 'Não foi levado em consideração o tempo climático, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), naquele dia a velocidade do vento variou de 30 a 39 km/h. E a construção de um prédio é para suportar ventos de até no máximo 109 km/h', explica.
Para o delegado, o erro no cálculo foi fundamental para a queda do Real Class. 'Houve falha na concepção do engenheiro Raimundo Lobato, mas o proprietário, Carlos Paes e o filho dele, Carlos Junior também tiveram culpa porque no cálculo deles também houve pequenas falhas', afirma.
Ainda de acordo com Rogério Moraes, o trabalho em conjunto foi fundamental para a finalização do inquérito. 'No dia 29 de janeiro nós começamos a apreender materiais, entre eles, documentos e HD's. Nós também tivemos acesso ao circuito interno dos prédios vizinhos e o serviço complexo dos órgãos contribui bastante para agilizar o processo' afirma.
Na próxima segunda-feira (23) o material será encaminhado ao Ministério Público do Estado e ao promotor de justiça. Com o término da apuração, o delegado se diz satisfeito. 'Agora que acabou, a sensação é de dever cumprido', ressalta.
Redação Portal ORM
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