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sexta-feira, maio 20, 2011

Estado articula parcerias para garantir a inclusão do açaí na merenda escolar

Alimento indispensável na mesa de muitos paraenses, o açaí poderá ser incluído também no cardápio dos alunos da rede pública do Estado. Na tarde desta quinta-feira, 19, o chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho, esteve reunido com representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), do Laboratório de Engenharia Química da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Sebrae para tratar sobre a inclusão do açaí na merenda escolar, proposta apresentada pelo associação de vendedores artesanais do produto.
Segundo Zenaldo, é preciso saber qual o tamanho da demanda, o que está sendo demandado e quais as normas que serão impostas para garantir a qualidade do alimento que será servido aos estudantes. Ele sugeriu que uma nova reunião seja realizada na semana que vem. "Será um encontro entre os órgãos do poder público para definir como se dará a execução do projeto", explicou. Em seguida, a proposta voltará a ser discutida com os vendedores para, só então, ser encaminhada à apreciação do governador Simão Jatene.
"Hoje, a gente fica feliz porque tem atenção do poder público para melhorar as nossas condições de trabalho. Nós não estamos discutindo questão de recurso. A gente está tomando essa atitude para defender a nossa cultura. Além disso,  temos que ter essa garantia de que o ribeirinho ainda poder se manter no mercado", declarou Marivaldo Ferreira, presidente da Associação dos Produtores Artesanais de Açaí.
José Croelhas, secretário adjunto de logística da Seduc, informou que a atual gestão já encontrou, ao assumir o Estado, uma aquisição de um milhão de litros de suco artificial concentrado destinada à merenda escolar, e que não foi possível sequer trocar o produto, uma vez que metade dessa cota já havia sido paga no dia 31 de dezembro. Além disso, a administração passada também comprou broa de milho produzida no estado da Bahia, mas o alimento ainda nem chegou ao Pará. "Isso é só um panorama do que nós encontramos", explicou Croelhas.
Ainda de acordo com o secretário adjunto, a Seduc defende a regionalização da merenda. "No entanto, nós temos que nos resguardar em relação à segurança desse alimentos", afirmou. Uma das tarefas é educar alguns vendedores que não tomam certos cuidados para quarantir a qualidade do produto que vai ser servido. "O nosso maior problema ainda é manter as boas práticas, especialmente de higiene. Mas a vigilância está disposta a ajudar no que for possível para tentar acabar com a contaminação e poder incluir esse alimento na merenda escolar, garantindo um produto nutritivo e de qualidade", garantiu.
Professor de engenharia de alimentos da Universidade Federal do Pará, Hervé Rogez lembrou que o problema da contaminação é antigo e a pasteurização é um tratamento técnico que se restringe apena às indústrias de maior porte. "Agora é possível para os batedores fazer um branqueamento, um escaldamento rápido do açaí. Com isso, o Trypanosama Cruzy, responsável pela Doença de Chagas, será eliminado devido ao calor. Acho que também precisa ser feito um estudo sobre o impacto que a inclusão do produto na merenda escolar vai trazer ao preço do alimento. É uma preocupação que sem tem especialmente com relação aos  consumidores de baixa renda", disse.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB) também participou da reunião, a convite de Zenaldo Coutinho, e defendeu a inclusão do produto no cardápio estudantil. "O que eu vejo são vários órgãos tratando do mesmo assunto. Acredito que está faltando uma coordenação para que nós possamos sair do discurso e colocar esse projeto em prática", disse ele, argumentando que não é favorável à contratação, pela Seduc, de uma indústria para servir açaí pausterizado. "Uma das soluções é que seja feito um projeto piloto em algumas escolas e também seja criado um selo de qualidade. Os que não se adequarem não vão sobreviver ao próprio mercado", destacou.

Keila Ferreira - Ascom/Casa Civil

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