Total de visualizações de página

quinta-feira, maio 19, 2011

Funpapa e Semec na luta contra a Exploração Sexual Infanto-Juvenil

            A arte através do teatro, da pintura e da música foram alguns dos meios usados pela Fundação Papa João XXIII e pela Secretaria Municipal de Educação para sensibilizar educadores, pais e sociedade para a problemática da violência sexual contra crianças e adolescentes na Praça Batista Campos, em Belém, na manhã desta quarta-feira, 18.
A manifestação cultural que este ano adotou o tema “Direito de Ser Criança e Adolescente”, reuniu centenas de pessoas para mostrar o trabalho de combate à exploração desenvolvido desde o início do ano letivo das escolas da rede municipal, em fevereiro, nas 35 Unidades Educativas Infantis (UEI) e duas escolas que atendem crianças de 0 a 5 anos.
Uma colcha de desenhos infantis formada com 37 pinturas feitas pelos alunos das unidades de educação infantil e costurada pelos professores, iniciada no dia 2 de fevereiro, deu as boas vindas ao público que acompanhou a programação da Praça batizada de “Tecitura do Direito das Crianças e Adolescentes”.
           Rosenilde Oliveira, 21, mãe do Vinícius de 3 anos, participou pela primeira vez do projeto de Enfrentamento à Violência Sexual. “Fui convidada pela escola e não pude deixar de vir acompanhar meu filho e ver esse projeto de perto que é uma coisa boa para a sociedade e com as brincadeiras se torna divertida para as crianças.”
            Mais de 200 crianças das 37 unidades infantis participaram das atividades culturais e lúdicas, dança, apresentação de teatro, roda de conversa, pintura em papel e facial, construção de brinquedos, circuito de brincadeiras e exposição de trabalhos. Este ano, a ação envolveu ainda o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e o Conselho Tutelar para ajudar na orientação das famílias presentes.
Célia Pena, coordenadora de Educação Infantil da Semec, explica que a programação na praça é uma forma de potencializar os direitos das crianças e adolescentes por meio da educação e da prevenção. “Esperamos que a sociedade possa ver nosso trabalho em diferentes bairros de Belém, além de ampliar a forma de prevenção e importância na garantia de uma cultura de paz na nossa sociedade tão carente”, afirma.
            O escritor Juracy Siqueira com o grupo Cirandeiros da Palavra, composto por ele, Sônia Santos, Andréia Pozi e Rodrigo Grilo, deu apoio à ação. “É o início. Temos que intensificar cada vez mais. As estatísticas dizem que 38% dos abusos são feitos pelos próprios pais”, conclui o escritor.
             A diretora da Unidade Educativa Infantil Wilson Baía, Mônica Brito, lembra que a exploração sexual de crianças e adolescentes tem se mostrado uma realidade constante. “Já detectei quatro casos de abuso sexual. Dois desses foram confirmados. Inclusive em um, a vítima era um bebê de um ano de idade”, conta a diretora preocupada. “É importante fazer essa divulgação para a comunidade, professores e pais. Chamar atenção para o combate à violência”, defende.
            As ações de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes continuam durante todo o ano e não só no dia 18 de maio. Em setembro, o trabalho continua com a formação de professores e equipe diretiva das escolas.




******************************************
Funpapa apresenta estratégias contra
 violência sexual na Câmara de Belém
As estratégias da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) contra a violação de direitos sexuais de crianças e adolescentes estiveram em pauta na Câmara Municipal de Belém (CMB) durante sessão especial na tarde desta quarta-feira, dia 18.
Andrea Alves, coordenadora da Proteção Social de Média Complexidade, que representou a presidente da Funpapa, Carolina Ferreira, explicou que só em 2010 mais de 1200 crianças e adolescentes passaram pelos cinco abrigos e uma Casa de Passagem da instituição, boa parte delas vítimas de algum tipo de violência sexual.
“Ano passado tivemos 1.218 crianças e adolescentes em nossos abrigos. Em 2011 já somamos 97 casos de denúncias de violência sexual em nossos Centros de Referência Especializada de Assistência Social”, revelou Andréa que relatou os traumas identificados nas vítimas levadas para os centros onde recebem apoio psicossocial e encaminhamentos para saúde, mas admitiu que muitas seqüelas dificilmente desaparecerão.
“Essa vítima passa a ser uma pessoa que terá dificuldades em se firmar dentro de uma família”, relata. Andrea também alertou mães, professores, estudantes, representantes de entidades e vereadores para que o grande alvo da conscientização, que hoje devem ser as famílias.
“As famílias não podem fechar os olhos para o consumismo que contamina os jovens. Muitos pais não sabem onde os filhos estão indo, o que estão vendo na internet”, criticou Andréa, que informou ser a Funpapa divulgadora de campanhas de prevenção ao trabalho infantil, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, desde 2005, com a intensificação das ações nos últimos dois anos.
A sessão na Câmara Municipal foi presidida pelo vereador Abel Loureiro, presidente da Comissão de Direitos da Criança, Adolescente e Idosos da CMB. Foi solicitada e conduzida pelo vereador Adalberto Aguiar, que motivado pelo grande número de denúncias que vem ocorrendo em todo o Pará decidiu, em alusão ao 18 de Maio – Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, promover a sessão especial. “É importante estarmos atentos aos sinais silenciosos das vítimas, que não denunciam por medo”. Alertou Abel Loureiro.
Ricardo Mello, da Comissão da Criança e Adolescente da OAB-Pará, lembrou os diversos mecanismos de denúncia dessa violência, como o Disque 100, o Disque 181 e sites como o www.safernet.org.br  que permitem comunicados anônimos que são encaminhadas à Central Nacional de Denúncias.
A delegada Cristiane Lobato, Diretora da DATA – Divisão de Atendimento à Criança e Adolescente, informou que diariamente chegam divisão de 30 a 40 denúncias de violação de direitos da criança e adolescente, sendo que os do interior são encaminhados aos órgãos competentes de cada município e os de Belém são investigados na capital, mas alerta que crimes prescrevem por conta da demora nos julgamentos ou por outras motivações no processo de investigação.
Também participaram da sessão estudantes de escolas públicas e particulares, professores e outros representantes da sociedade civil organizada, o secretário da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, José Acreano Júnior, juíza Maria das Graças Fonseca, da Vara de Crimes Contra a Criança e Adolescente, Inácio França, oficial de Comunicação do escritório do Unicef no no Pará, os vereadores Amaury Sousa e Otávio Pinheiro, entre outros, que parabenizaram o trabalho da Funpapa e da Rede de Proteção da Criança e Adolescente.
Texto: Ascom Funpapa
Foto: José Sampaio - Ascom-CM

****************************************
AJUDE SE POSSÍVEL FOR


 BASTA COPIAR ESTA FOTO E
 ENVIAR PARA SEUS AMIGOS

Nenhum comentário:

REVISTAS MEDIUNIDADE

JESUS: "Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...”

Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar. Viu, porém, que Jesus chorava também... E, Eurípedes, falou – Senhor, por que ch...