Belém é a primeira cidade da Região Norte do Brasil a implantar o serviço de Motolância, iniciativa que já promove grandes benefícios ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de cidades do Sul e Sudeste do país, como São Paulo, onde a novidade teve origem.
Até agora, os socorristas de duas rodas, ou “Anjos do Asfalto”, como foram batizados, já realizaram 20 atendimentos. Sempre em duplas, uma vez que a maioria dos procedimentos requer mais de uma pessoa no atendimento a vítimas de acidentes, os quatro técnicos de enfermagem das motolâncias foram submetidos a treinamentos especiais com a Polícia Rodoviária Federal para a condução das motos.
Eles estão preparados para fazer o primeiro atendimento e avaliação do paciente enquanto a ambulância está chegando. A intenção é avaliar o mais rápido o grau de cuidados necessários aos pacientes.
No primeiro dia de atendimento, as motolâncias realizaram 20 atendimentos. O técnico de enfermagem André Abreu estreou na função de “Anjo do Asfalto” após quatro anos atuando no Resgate do Samu. André e o companheiro de resgate presenciaram um acidente de trânsito entre uma moto e um carro.
“Com a colisão a motoqueira foi jogada da moto e apresentou uma fratura no tornozelo direito. Estabilizamos a paciente e realizamos o primeiro atendimento imediatamente até a chegada da ambulância, que não demorou nem cinco minutos”, relata André, feliz com o atendimento imediato prestado à paciente.
As motolâncias vão atender toda a Região Metropolitana de Belém no horário das 7h às 19h. São cinco motos equipadas com desfibrilador automático, colar cervical, oxímetro de pulso, talas de imobilização, kit para hidratação, curativos e bala de oxigênio.
Além das situações de acidentes e catástrofes as motolâncias podem atender também ocorrências de casos clínicos como Infartos, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Edema Agudo do Pulmão, dando apoio as ambulâncias em toda a região Metropolitana.
Segundo o Coordenador Assistencial do Samu 192 Belém, o médico Afonso Rocha, o uso das “motolâncias” irá ajudar no tempo de resposta dos atendimentos prestados.
“Muitas vezes uma ambulância é enviada e quando ela chega ao local o paciente já foi removido por meios próprios ou o paciente nem mesmo precisa de atendimento. Então a função dos anjos do asfalto é fazer uma avaliação antecipada do grau de necessidade desse atendimento”, explica Afonso Rocha, que garante que a medida vai ajudar a aperfeiçoar os esforços do Samu, onde eles sejam realmente necessários.
Texto: Ascom / Sesma
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