As lições musicais que vêm do espiritismo. O caminho da
música celestial. Pelo professor Antônio da Cunha. Conscientização que faz o
progresso da incentiva para música, podendo servir como base a criação de coral
e solistas.
Para o público jovem acima de 12 anos.
Informações e inscrições no local ou pelo zap 9 8091-1612.
Curso grátis, início 12/03, sempre aos domingos, 9h.
Local: Casa de Orações Luzes da Alma
Travessa Padre Eutíquio, esquina da Rua dos Timbiras, no
bairro de Batista Campos, em Belém.
Mais de 800 turistas estrangeiros visitam a Estação das Docas
|
A Estação das Docas recebeu, nesta quarta-feira (15), a visita de mais
de 800 turistas que desembarcaram em Belém no navio transatlântico Veendam.
Para atender a demanda turística, a Estação antecipou o seu horário de
funcionamento e ofereceu o serviço da visita monitorada, com atendimento
bilíngue e distribuição de mapas da capital paraense, com informações que
auxiliaram o visitante a explorar as belezas da cidade e conhecer um pouco
mais sobre o complexo.
Pela primeira vez em Belém, a turista Doroty Sante, do estado da
Flórida, mesmo com pouco tempo, apreciou o complexo. “A vista da baía é muito
bonita, e a segurança do espaço também é boa. O que mais gostei foi do
Memorial do Porto, com peças que nunca tinha visto. Fotografei as informações
para ler posteriormente com calma. Que bom que estão em inglês”, comentou.
Quem também visitou o complexo foi o casal Ayse e Ozayt Aslan, do
Canadá. “Esta é a nossa segunda vez no Brasil, mas a primeira em Belém.
Estamos gostando bastante, as pessoas são simpáticas. E achamos a Estação bem
limpa, clara, com uma vista linda”, ressaltou Ayse.
O navio Veendam atracou no trapiche de Icoaraci. Separados em grupos,
os turistas visitaram os principais pontos turísticos da capital paraense.
A Estação das Docas recebe semanalmente uma média de 20 mil visitantes
e para tornar a visita uma experiência completa, o complexo turístico oferece
opções regionais de cultura, gastronomia, serviços e produtos, além de um
atendimento personalizado e gratuito de orientação ao
público através da visita monitorada que ocorre diariamente, com
saída do Memorial do Porto, no Armazém 1. O serviço pode ser solicitado na hora
ou agendado previamente, via e-mail: agendamento@estacaodasdocas.com.br.
Serviço
Estação das Docas, Boulevard Castilho França, s/n, Campina, Belém/PA
Mais informações pelo telefone (91) 3212-5525
|
Texto:
Fernanda Scaramuzzini |
Oficina de máscaras movimenta Centro de Queimados do Metropolitano
|
Crianças internadas no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do
Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) concluíram, com
sucesso, a tarefa de elaborar máscaras de Carnaval. A oficina de
confecção foi projetada como atividade lúdica para os pacientes. As
peças produzidas serão utilizadas nesta quinta-feira, 16, em uma celebração
de Carnaval na unidade hospitalar. A programação engloba desfile, concurso de
máscaras e trio elétrico.
Conforme explica a psicóloga da unidade Jacqueline China, é fundamental
priorizar o resgate social e de inclusão dos pacientes. “É primordial termos,
junto com eles, esse momento, tirando o foco da dor que se sente, e
diminuindo os problemas relacionados ao isolamento do convívio social”,
afirma a profissional.
O tratamento longo é uma característica de pacientes vítimas de
queimaduras. Nada, porém, que tire o sorriso de uma das crianças internadas.
O menino de 10 anos era um dos participantes mais animados para concluir a
tarefa de elaborar uma máscara de Carnaval. “Ele fica bem animado. Gosta de
Carnaval”, admite a mãe Edileuza de Freitas.
Em 2009, a criança foi vítima de um acidente com queimaduras, no
município de Bagre, região do Marajó. A criança teve parte das pernas
queimadas, segundo a mãe, depois de uma explosão com lamparina. Hoje, de seis
em seis meses, ele retorna ao Hospital Metropolitano. Nesse período, foram,
pelo menos, seis cirurgias de enxertos e correções.
De acordo com a pedagoga Ilma Pinheiro, a oficina gera benefícios para
a criança e, sobretudo, ressalta que, com a atividade, é possível trabalhar
temas próprios de anos letivos, que são abordados na Classe Hospitalar, que é
mantida na unidade em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
“É importante porque a criança se sente amada e, pedagogicamente, sente-se em
um ambiente de escola. Não fica tão distante do mundo dela”, reitera.
A profissional reitera que o momento do Carnaval é um processo
cultural, histórico no Brasil, e por isso são abordadas explicações sobre a
festa. “Além disso, estamos trabalhando o meio ambiente, porque as máscaras
têm um cunho de preservação. É a questão da reciclagem”, detalha.
Além de crianças, o Baile de Carnaval do CTQ também terá a presença
dos adultos. O usuário Sinzenanos Oliveira está ansioso. “É bom demais,
elimina o tédio e nos deixa animado e alegre. O tempo passa mais ligeiro”,
disse. Sinzenanos foi vítima de uma explosão de motor, no município de
Parauapebas, há quase um mês.
Gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social
e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública
(Sespa), o Hospital Metropolitano é referência na região Norte para
atendimento a vítimas de queimaduras. Em 2016, atendeu 533 queimados. O setor
possui 22 leitos, dois de Unidade de Terapia Intensiva, 18 de internação e
dois de urgência, sendo que também possui um bloco cirúrgico com duas salas.
|
Texto:
Nilson Cortinhas |
Governo garante apoio para mais dois lutadores paraenses que vêm se
destacando no UFC
|
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer
(Seel), garantiu apoio para impulsionar as carreiras de dois lutadores
paraenses que estão se destcando no UFC (Ultimate Fighting Championship). O
peso galo D’Silva e o peso leve Michel Trator estiveram na sede da Seel na
tarde de terça-feira (14), onde se reuniram com a titular da Secretaria,
Renilce Nicodemos. O Pará tem ainda mais dois lutadores contratados pelo UFC,
atualmente a principal organização de MMA (artes marciais mistas) do mundo: o
peso galo Iuri Marajó e o peso meio-pesado Henrique Frankenstein.
Douglas D’Silva, natural do município de Castanhal, no nordeste
paraense, esteve na Seel em busca de apoio para participar de um curso de
aperfeiçoamento de técnicas de luta nos Estados Unidos. O camping de
treinamento será realizado na America Top Team, uma das principais academias
do mundo, no período de março a maio deste ano.
D’Silva está em grande momento no UFC, e afirma que o curso será
fundamental para seu desenvolvimento profissional: “Quero, cada vez mais,
fazer valer o nosso Pará e mostrar para o mundo a força do MMA e do esporte
paraense. Quero agradecer sempre com muito carinho à secretária Renilce
Nicodemos. O apoio que ela está dando ao nosso esporte e aos lutadores do
Pará é muito importante para levar o nome do nosso Estado a todo o mundo”,
declarou.
Ele vem de uma vitória por nocaute sobre o mexicano Henry Briones, aos
2m33s do terceiro round, no início de novembro de 2016, na Cidade do México.
O resultado marcou a 24ª vitória do brasileiro em 25 lutas, e o 19º nocaute
da carreira. Ele venceu por nocaute técnico, em combate válido pelo card
preliminar. Por sua atuação, D’Silva foi agraciado com um bônus por uma das
"Performances da Noite" do evento. A luta marcou seu retorno ao
octógono após várias lesões que o mantiveram inativo desde fevereiro de 2015.
Ao final da luta, o peso galo paraense afirmou que estava "faminto"
e queria lutar logo.
Trajetória - “Comecei a treinar no quintal de casa, depois ia pra praça
treinar. Depois fui para uma academia pequena. Comecei a disputar eventos
vale tudo, como Open Fight, Pitbull Fight, depois fui para o Amazon Fight,
para o Shooto Brasil, Advangers Fight e para o Jungle Fight, que me abriu as
portas para entrar no UFC, o maior evento do mundo de MMA, em 2014”, contou
D’Silva sobre sua trajetória.
Ele afirmou que a vitória no México lhe deu ainda mais confiança para
a carreira no octógono. “Eu estou confiante, otimista, com vontade de ir pra
cima. Eu tenho muito a agradecer aos treinadores que deram início à minha
preparação, o Arlindo Favacho, Carlinhos, o Zezé do Boxe, que me acompanham
desde o início. Eu também sou muito grato aos treinadores que estão comigo
agora, o Washington Silva (boxe), o Fernando Maestro (muay thai), o Edson
Ramalho (personal trainer) e o Denis Vieira (wrestling)”, ressaltou.
O paraense deve voltar a lutar pelo UFC ainda neste primeiro semestre.
“Eu estou treinando em Castanhal e Belém, focado muito nas minhas especialidades,
o strike (trocação) com muito boxe e muay thai. A minha próxima luta vai ser
daqui a três ou quatro meses. O UFC é um circuito com nível muito alto, por
isso quero fazer esse treinamento nos EUA, porque no UFC cada detalhe faz a
diferença”, reiterou.
Otimismo - Outro paraense no UFC, o peso leve (de 69,950
até 70,700 kg) Michel Trator também agradeceu à secretária Renilce Nicodemos
pelo apoio que tem recebido. A sua próxima luta será no dia 11 de março, no
evento “UFC Fight Night 106”, em Fortaleza (CE), contra o norte-americano
Josh Burkman. Ele recebeu apoio da Seel para custeio de passagem e estadia na
capital cearense.
O lutador comemora a boa fase no UFC e está otimista em relação a uma
futura disputa do título de sua categoria. “Eu vivo um momento bom, venho de
quatro vitórias e essa luta vai ser um pulo pra disputar o title shot (luta
por título). A minha categoria é a mais concorrida do UFC. Do primeiro ao
trigésimo colocado do ranking é só cara ‘casca grossa’. Já tive apoio várias
vezes da Seel”, garantiu o atleta.
Michel Trator afirmou que o apoio da Seel está sendo fundamental para
o surgimento de uma nova safra de lutadores no Pará. “O momento atual é bom,
estão saindo muitos lutadores bons e, com a secretária apoiando o esporte,
vão surgir mais lutadores do Pará. Não tinha tanto essa sensibilidade antes.
Mas, depois que ela entrou, a história é outra para o esporte paraense”,
acrescentou.
|
Texto:
Antonio Darwich |
Banpará abre primeiro ambiente digital do Brasil
|
O Banco do Estado do Pará (Banpará) inaugurou nesta quarta-feira (15),
no primeiro piso do Shopping Boulevard, em Belém, o primeiro ambiente de
banco totalmente digital do país. A ação pioneira é uma aposta nos novos
conceitos de internet, tecnologia, modernidade e agilidade. No evento,
estiveram presentes superintendentes, diretores, clientes e lojistas do
shopping.
“Esta agência é full, ou seja, ela está apta a atende quase
todos os tipos de serviços que os nossos clientes necessitam através de máquinas
e equipamentos modernos. É o único banco no Brasil a oferecer este serviço.
Com isso, passamos a ser referência no mercado financeiro”, explicou Augusto
Costa, presidente do Banpará.
O espaço conta com duas máquinas In Lobby Teller (ILT), tecnologia
inédita no Brasil, que representa um novo modelo de atendimento para o setor
bancário. Com as ILTs, o cliente pode escolher por usar a máquina sem ou com
interação de um operador da instituição bancária. A máquina é equipada com
scanner para leitura de documentos, dispensador de moedas, dispensador de
cédulas e espaço para depósito de cheques.
Podem ser feitos depósitos mistos em moedas e cédulas, utilizando os
dispensadores específicos. A máquina permite o pagamento de contas utilizando
cédulas e moedas. A máquina também passa troco no pagamento de contas. O
equipamento efetua a troca de moedas por cédulas, e vice-versa, sem
necessidade de envelope.
Já no caso de cheques, mesmo os preenchidos manualmente são colocados
em um local específico, no qual a máquina faz a leitura dos dados e o
depósito. O crédito em conta obedece ao prazo normal de compensação
bancária.
Além das máquinas ILTs, o Espaço Conceito é equipado com duas máquinas
de autoatendimento, que recebem depósito em cédula da mesma forma que as
ILTs, com crédito imediato em conta corrente, e também imprimem cheques e
cartões do banco.
No caso dos cartões, trata-se de uma importante funcionalidade. Hoje
os clientes do Banpará precisam ir à agência de origem retirar os cartões de
crédito e débito. Com o Espaço Conceito, o cliente de qualquer agência poderá
retirar o cartão nas máquinas.
Cláudia Valente é cliente pessoa jurídica na agência Banpará do bairro
do Telégrafo, em Belém. Ela foi uma das primeiras clientes a conhecer a
novidade. “Isso vai ser bom demais! Vamos poder resolver nossas coisas de
forma digital, rápida. Gostei da inovação”, comemorou.
O analista de sistemas Heronildo Santos, cliente da agência
Castanheira, aproveitou a oportunidade e experimentou as máquinas novas.
“Excelente. Essa novidade coloca o banco em outro patamar. Agora ele está
entre os melhores em termos de atendimento com o cliente”, pontuou.
Atendimento personalizado - O espaço também oferece duas
salas de atendimento assistido, equipadas com aparelhos de videoconferência,
mesa e cadeiras, dotadas de isolamento acústico e visual. Nas salas, o
cliente terá atendimento personalizado, exatamente como se estivesse em uma
agência conversando com um gerente de conta.
Para os clientes que ainda não se sentirem confortáveis para usar as
novas máquinas, o espaço contará com três caixas eletrônicos convencionais.
Inicialmente, atendentes auxiliarão os clientes na utilização das máquinas e
novas instalações.
Palestra - A programação contou, inicialmente, com a palestra “Inovação: a
criatividade na era digital”, do jornalista e apresentador Marcelo Tas.
Durante uma hora, ele falou das mudanças de hábitos existentes. Hoje em dia,
segundo Tas, é impossível ignorar o fato de que o digital já tomou conta do
mundo e que sobreviverá a pessoa que souber se adequar ao novo meio.
“A revolução digital muda bastante a maneira e a velocidade com que a
gente se relaciona, isso dá medo, porque cria novos perigos. Eu quero que as
pessoas reflitam sobre esta oportunidade que o digital gera de se ficar mais
próximo de quem a gente atende, como nunca houve antes na história. O Banpará
está sendo vanguardista nisto”, opinou.
|
Texto:
Bianca Teixeira |
Hospital Regional de Marabá alerta sobre sequelas de acidentes de
trânsito
|
Há cerca de um mês a vida da secretária Sueli Almeida Scarano, 42
anos, mudou. Ela sofreu um acidente de motocicleta e, desde então, está
internada no Hospital Regional do Sudeste do Pará Doutor Geraldo Veloso, em
Marabá, onde é acompanhada por uma equipe multiprofissional. Ela diz que a
recuperação é difícil, não somente por conta dos traumas sofridos, mas também
por ficar longe da família. “Estava acostumada a fazer aquele trajeto há mais
de dez anos, e já tinha sofrido outro acidente ali, pelo mesmo motivo:
imprudência de motoristas que não respeitam a preferencial. Dessa vez foi
mais grave”, conta.
A desobediência à sinalização de trânsito, o consumo de bebidas
alcoólicas, o uso de celular e o excesso de velocidade são as principais
causas de acidentes de trânsito no país. Isso significa que a maioria deles
pode ser evitada se todos tiverem responsabilidade no trânsito. Por
isso, às vésperas do Carnaval, período em que aumentam os riscos de
acidentes, o Hospital Regional de Marabá promove a campanha
“Direção viva: você consciente, trânsito mais seguro”. A ação é um
alerta à população sobre as sequelas oriundas de traumas no trânsito.
Como parte da programação, na última terça-feira (14) a unidade
apresentou palestras educativas sobre as principais lesões sofridas por
vítimas de acidentes e os cuidados com o paciente após a alta hospitalar. O
aposentado Manoel Alves Maciel, 59 anos, que acompanhava a filha em um
atendimento, viu as orientações. “Trabalhei como motorista por muitos anos,
sempre tive cuidado, mas sofri alguns acidentes. Sabia que era uma profissão
arriscada, mas amava aquilo. Por isso achei bom demais que o hospital discuta
esse assunto com as pessoas, porque o cuidado no trânsito evita muitos acidentes”,
afirmou.
Segundo o diretor geral do hospital, Valdemir Girato, cerca de 80% dos
leitos são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. O Regional de
Marabá é referência em atendimento de trauma de média e alta complexidades
para 22 municípios da região. Em 2016, atendeu 2.401 pacientes com esse
perfil, a maioria deles motociclistas. Esse número aumentou 6,5% em relação
ao ano anterior, quando foram atendidas 2.253 pessoas. “O custo do
tratamento desses pacientes e o período de permanência na unidade são
superiores aos de usuários com outras patologias. Além disso, as vítimas de
acidentes podem ficar com sequelas permanentes, gerando impactos sociais e
econômicos”, explica.
Nesta sexta-feira (17) os condutores de veículos serão orientados
sobre os perigos na direção. Às 15h, em frente ao shopping Pátio Marabá, o
hospital fará uma blitz educativa, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.
O projeto Direção Viva é uma iniciativa da Pró-Saúde Associação
Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, que administra seis hospitais
públicos do Pará, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde
Pública (Sespa). As unidades atendem cerca de 90% das vítimas de
acidente de trânsito, com perfil de média e alta complexidades. A primeira
edição da campanha ocorreu em novembro de 2016. Cerca de 150 pessoas
participaram da programação, que contou com rodas de conversa, palestras
educativas, missa em memória às vítimas, exposição e memorial.
|
Texto:
Aretha Fernandes |
Estudantes que conquistaram os primeiros lugares na Uepa são
homenageadas
|
Dedicação exclusiva aos estudos, prática recorrente de exercícios e
muito treino na redação permitiram às calouras Beatriz Ishigaki, 16 anos, e
Angélica Alcântara, 17, receberem a medalha “Fernando Guilhon” das mãos do
reitor Juarez Quaresma, em reconhecimento à conquista dos primeiros lugares
nos processos seletivos 2017 da Universidade do Estado do Pará (Uepa). A
honraria é concedida aos estudantes com melhor desempenho no Prise (Programa
de Ingresso Seriado) e Prosel, realizados pela instituição. As medalhas foram
entregues durante a reunião ordinária do Conselho Universitário (Consun), na
manhã desta quarta-feira (15).
As estudantes, acompanhadas de suas mães, receberam a homenagem do
reitor, do vice-reitor Rubens Cardoso e da pró-reitora de Graduação, Ana
Conceição Oliveira. Emocionada, Beatriz conquistou o primeiro lugar geral na
Uepa e na Universidade Federal do Pará (UFPA). “Não esperava ficar em
primeiro. Foi um choque! Fiquei muito feliz com isso tudo. Também não sabia
sobre a medalha. É uma honra para mim”, declarou.
Primeiro lugar no Prise, Angélica Alcântara destacou a importância da
homenagem. “Fiquei muito feliz de ter sido aprovada em primeiro lugar. Essa
medalha é mais um reconhecimento pela nossa dedicação”, ressaltou. Ela também
foi aprovada na UFPA e na Universidade Federal do Ceará (UFC). Ao contrário
de Beatriz, que optou pela Uepa, Angélica fará a graduação em Medicina na
UFPA.
Aos milhares de jovens que tentarão uma vaga nas universidades
públicas este ano, elas recomendam calma. “Manter a saúde mental é o
principal para conseguir um bom desempenho”, afirmou Angélica. Para Beatriz,
evitar o estresse e a sobrecarga de estudos é a chave para alcançar o
objetivo, e também manter uma rotina de exercícios. “Se o candidato se
mantiver calmo, vai sentir a melhora no rendimento. Exercitar bastante a
redação também será de grande ajuda”, aconselhou a caloura.
|
Texto:
Fernanda Martins |
Parlamento paraense debate e aprova Política de Incentivo ao
Agronegócio
|
A comercialização de produtos agropecuários e extrativistas
beneficiados por produtores rurais comprometidos com a sustentabilidade dos
recursos naturais ganha incentivos com a aprovação do Projeto de Lei nº
15/2012, de autoria do deputado Fernando Coimbra, que dispõe sobre a
implantação das Política de Incentivo ao Agronegócio...
Leia o texto completo no site. Clique aqui. |
Texto:
Andreza Batalha |
Pará 2030 firma parcerias com municípios do nordeste paraense
|
Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais,
empresários, comerciantes, dirigentes de entidades de classe do setor
produtivo do nordeste paraense lotaram o auditório Frei Leônidas
Vavassori, na praça matriz de Capanema, para debater o planejamento
estratégico Pará 2030 para a região e celebrar acordos com o Programa
conduzido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), nesta terça-feira,
14. Três Termos de Compromissos foram assinados para validar ações já em
curso no Executivo estadual.
Além do titular da Sedeme, Adnan Demachki, dirigentes estaduais
de sete órgãos públicos, como os secretários de Ciência, Tecnologia
e Inovação (Sectet) e de Turismo, respectivamente, Alex Fiúza de
Melo e Adenauer Góes, participaram das discussões junto às lideranças da
área econômica da região do Caeté, que reúne 4.100 empresas. Desse
total, 1.800 têm cadastro regular na Junta Comercial do Pará (Jucepa) e
2.200 são micro e pequenos estabelecimentos, segundo informações do
vice-presidente da Jucepa, Mauro dos Santos Leônidas, presente
ao evento.
"É importante haver essa integração, essa busca de aproximação
para trabalharmos na mesma direção. O Pará 2030 é o norte da economia e a
partir dele nós estamos buscando parceiros para que possamos caminhar em
direção ao desenvolvimento. A síntese é crescer e verticalizar parte desta
produção, gerando os empregos e a renda à altura do Pará que queremos'',
destacou Adnan Demachki.
"Estou horando e feliz com a presença da comitiva do Estado em
nossa cidade. Capanema é parceira do Pará 2030 e estamos de portas abertas
para crescer juntos'', afirmou Chico Neto, prefeito de Capanema.
Políticas Públicas
O Pará 2030 avança e já apresenta resultados concretos. Alex Fiúza,
por exemplo, apresentou duas políticas públicas que já estão em andamento
para dar praticidade às iniciativas do programa: o ''Pará Profissional'' e o
''Inova Pará''. Como exemplo, Fiúza citou a unica fábrica de açúcar e álcool
que funciona em Ulianópolis, sudeste paraense, cuja cidade não tinha um
técnico formado com perfil para trabalhar na empresa. O Pará Profissional
está formando técnicos locais para a contratação imediata na fábrica. Alguns
já são até contratados pelo grupo, mas não tinham a formação profissional
necessária para ocupar as vagas ofertadas.
"As duas políticas são flexíveis, como nos exige o mundo atual, e
estão disponíveis para toda a região do Caeté, para que trabalhemos de acordo
com a vocação e necessidade dos municípios'', afirmou Alex Fiúza de Melo,
explicando que o Inova Pará organiza o que pode se chamar de polo regional de
inovação, unindo o conhecimento que está disponível, mas não está sendo usado
pelo setor produtivo.
Fiúza informou que há duas semanas o Inova Pará celebrou em Bragança,
nos campi da Universidade Federal do Pará (Ufpa) e do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), na região do Caeté,
um polo de geração de quase 10 espécies de alevinos (peixes recém saídos
do ovo), com alta capacidade científica. "Bragança tem 60 doutores e
PHDs, com formação em engenharia de pesca e biologia ambiental, produzindo em
laboratórios de ponta, escrevendo artigos para revistas internacionais sem
gerar um negócio na região em aquicultura'', observou o secretário da Sectet.
O Inova Pará reuniu as duas instituições, vai completar os
laboratórios com tanques e já está repassando os recursos para que o novo
negócio em aquicultura aconteça na prática, tornando-se referência em
tecnologia e inovação para o nordeste paraense e todo o Pará.
"Nós já estamos seguindo a linha do Pará 2030 em Bragança, nosso
planejamento estratégico municipal está pautado no Programa. O Estado tem
sido nosso parceiro e queremos avançar ainda mais'', informou Mário Júnior,
vice-prefeito de Bragança.
Outras Iniciativas
Um por um, os secretários e dirigentes estaduais apresentaram o que
suas pastas vêm fazendo dentro do Pará 2030, cuja estratégia se
fundamenta no trabalho integrado do setor produtivo do Executivo estadual,
voltado para a vocação natural das economias locais por região, a partir de
uma atuação desburocratizada da máquina pública, com foco no conhecimento da
realidade local e das demandas da população.
O secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas), Ronaldo Lima, falou sobre o licenciamento
ambiental simplificado integrado na Rede Nacional para a Simplificação do
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).
Este licenciamento consiste na concessão das Licenças Prévia (LP), de
Instalação (LI), de Operação (LO) e da Licença de Atividade Rural (LAR), em
um único momento ou isoladamente, para empresas e/ou atividades classificadas
como de baixo impacto ambiental.
O vice-presidente da Jucepa, Mauro dos Santos Leônidas,
reafirmou o esforço que a entidade realiza para também simplificar os
procedimentos de registro de empresa, com foco a tornar o ato cada vez
mais fácil e rápido para o empreendedor.
As apresentações do Pará 2030 são importantes porque os interessados
participam ativamente, são informados sobre o que está em execução no âmbito
do programa e discutem com clareza de opiniões a respeito. Na tarde desta
terça-feira, não foi diferente em Capanema. Empresários e lideranças
políticas buscaram informações, expuseram seus pontos de vista e esclareceram
dúvidas a respeito das ações propostas.
O programa não é estático, frisou Adnan Demachki, ele foi construído
com a sociedade local e segue em construção coletiva. O secretário
informou o site institucional do planejamento estratégico, que já está à
disposição do público no endereço eletrônico: www.para2030.com.br.
Após três horas e meia de conversas e explanações, o evento se
encerrou com a assinatura de três termos de compromissos para dinamizar as
economias municipais, a exemplo da integração de Capanema à Rede Sim, para
facilitar a abertura e formalização de empresas junto à Jucepa e o Sebrae
Pará, grandes parceiros do Pará 2030.
Termos de Compromisso
Outro documento foi assinado reforçando a participação dos municípios
e de Capanema no programa da Setur, "Rota Turística'', e um
terceiro termo de compromisso foi firmado junto ao Instituto de Terras do
Pará (Iterpa), que estreará um projeto piloto em breve em Capanema,
para agilizar o processo de regularização fundiária no município, por
meio do Cadastro Rural Fundiário (Carf).
"Na semana passada foi divulgada a produção industrial do Brasil,
que teve um decréscimo de 6.6%, e o Pará foi o único Estado da Federação com
crescimento positivo de 9.5%, isso é um indicador de que estamos no caminho
certo'', finalizou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Adnan Demachki.
"Sem planejamento não se chega a lugar nenhum, é isso o que o
Pará 2030 nos ensina e estamos felizes de saber que o Estado tem disposição
de trabalhar conosco em parceria'', afirmou Renata Sousa, prefeita de
Primavera.
Participaram também do encontro vereadores e secretários
municipais de Santarém Novo, Augusto Corrêa, São João de Pirabas, Capitão
Poço, Cachoeira do Piriá, Viseu, Vigia, Capanema e Bragança. Na comitiva
estadual, profissionais da Sedeme, Sectet, Setur, Companhia de
Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), Secretarias de Desenvolvimento
Agropecuário e da Pesca (Sedap) e de Planejamento (Seplan), Emater, Iterpa,
bem como os dirigentes do Sebrae Pará, o diretor superintendente Fabrízio
Guaglianone e o presidente da Associação Comercial do Pará, Fábio Lúcio
Costa, entre outras personalidades.
|
Texto:
Valéria Nascimento |
Hospital Oncológico Infantil luta contra o câncer acolhendo famílias
|
O menino Murilo da Silva Caxias, de 8 anos, sorri. Está todo arrumado
e faceiro. Sob o gorro que usa, caretas e expressões: ele é amarelo e
engraçado, propositalmente feito para lembrar os minions - os pequenos
anti-heróis que estão entre os personagens de desenhos animados preferidos do
garoto. “Gosto deles e do homem-aranha. Dos super-heróis, gosto só dele. É
porque ele é forte e sobe as paredes!”, justifica o menino.
Nos últimos meses, Murilo tem sido o maior protagonista de uma
superaventura pessoal - que tem exigido dele e da sua família mais que muitos
roteiros já pensados para os desenhos ou os quadrinhos que povoam seu
universo infantil. Ele é um dos mais de 600 meninos e meninas que hoje passam
diariamente por tratamentos no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo
(HOIOL), a maior referência no atendimento de crianças e adolescentes de zero
a 19 anos com câncer no Pará.
Nesse núcleo, que é hoje um dos maiores centros de atendimento deste
gênero no País, histórias de superação e força de crianças como Murilo e sua
família e também de profissionais de saúde expõem a importância de
investimentos do poder público em unidades de saúde como essa. Desde que foi
aberto pelo governo do Pará, em 12 de outubro de 2015, o hospital impactou
decisivamente o atendimento especializado e a luta contra o câncer na região
Norte. Um trabalho de referência e de excelência que merece ser lembrado
hoje, 15 de fevereiro, Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil.
Dias de bravura
Há dois meses tem sido assim para a dona de casa Soraia Cristina da
Silva Caxias, 31. Desde que o filho caçula Murilo começou seu novo tratamento
no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, praticamente todos os
dias ela recomeça a rotina às três da manhã, na comunidade Novo Horizonte, no
município de Vigia.
É preciso acordar antes do sol sair, ainda tateando até o ponto, no
escuro da madrugada, para não perder o ônibus que parte para a capital às
quatro da manhã. Tudo para que a mãe e o filho possam estar às sete e meia no
hospital. É preciso dar sequência à quimioterapia que está sendo o trunfo
contra o câncer do filho.
Há cinco meses Murilo foi diagnosticado. Sofre com um tipo de câncer
conhecido como linfoma não-Hodgkin. Os linfomas são neoplasias malignas
ligadas aos gânglios (linfonodos), as células que compõem o nosso sistema
linfático - a rede complexa de vasos e pequenas estruturas que é
importantíssima para defesa do organismo, já que produzem os anticorpos que
atuam em nosso sistema circulatório. Entre os linfomas, a neoplasia
não-Hodgkin é o tipo mais incidente na infância, e a quimioterapia e a
radioterapia são os mais importantes recursos para o tratamento da doença.
A vitalidade e os sorrisos de Murilo, espalhados pelo leito onde é
atendido no setor de quimioterapia do Hospital Oncológico Infantil, enchem de
alegria e esperanças os olhos calejados da mãe. No início do tratamento, o
menino passou quase três meses internado no hospital Barros Barreto, antes de
vir para o Oncológico Infantil. “Ele chegou aqui quase morto, muito magro.
Foram 90 dias com um dreno, por conta de um derrame pleural. Graças a Deus
meu filho hoje está ótimo”, comemora de forma singela a mãe. “Sinto que meu
filho está em boas mãos e aqui tenho um grande amparo, tenho até onde buscar
um conselho, um apoio para conversar. Às vezes é preciso”.
A vida de Murilo e de sua mãe pararam nesse momento de esforço
concentrado – e que tem conseguido vitórias diárias contra o câncer. A
rotina, que tomou o tempo da escola e de brincadeiras comuns da infância,
também exigiu sacrifícios da mãe. Os outros dois filhos de Soraia, mais
velhos, são cuidados por uma vizinha amiga durante a sua ausência na casa em
Vigia - para a qual sempre retorna, ao fim das jornadas que podem por vezes
se encerrar apenas no dia seguinte. Além do lar, Soraia precisou fazer mais
sacrifícios. Largou também o trabalho para poder acompanhar o tratamento do
filho.
“No início, passamos quatro semanas vindo de segunda a sexta. Agora
precisamos vir todos os dias, de domingo a domingo. O Murilo às vezes fala
comigo que é difícil. Mas ainda assim meu filho acorda disposto. Meu filho é
um guerreiro”, emociona-se.
Em suas supervitórias, conquistadas nos últimos meses com a ajuda da
quimioterapia oferecida com a ajuda do Hospital Oncológico Infantil,
Murilo pinta, brinca e também vê desenhos na nova rotina diária. Fez do
Oncológico Infantil sua segunda casa. “Mas o que eu gosto mais é de
cantar”, diz sobre seu passatempo preferido.
A música que o menino mais gosta de repetir pelos corredores é
“Conquistando o impossível”, um sucesso da dupla Breno César e Solange que já
foi interpretada por artistas como Jamily e Luan Santana. Ela resume o
espírito da sua nova brincadeira de enfrentar a vida: “Acredite / é hora de
vencer / Essa força vem de dentro de você (...) Acredite / que nenhum de nós
/ Já nasceu com jeito pra super herói”.
Oncológico Infantil quintuplicou número de leitos para tratamento em
menos de dois anos
Para entender melhor o que significou a abertura do Hospital
Oncológico Infantil para o tratamento oncológico no Pará, a partir de 2015, é
preciso lembrar como era o atendimento no Estado antes de seu surgimento -
tendo como referência o trabalho então feito pelo Hospital Ophir Loyola. “Lá,
tínhamos dezoito leitos para pediatria. Aqui, abrimos o Hospital Oncológico
Infantil já com 34 e hoje dispomos de 89 leitos só para crianças e
adolescentes. Por isso tudo, podemos dizer hoje que o Estado do Pará não tem
fila para a internação e o tratamento do câncer voltados a essa clientela. A
criação deste hospital mudou completamente o panorama desse tipo de
atendimento no Estado”, pontua a diretora-geral do Hospital Oncológico
Infantil, Alba Muniz.
O desafio maior agora para o Estado, lembra a gestora, é trabalhar o
diagnóstico precoce, especialmente no interior, através da assistência
básica. Esse é o nó atual para que se consiga elevar a taxa de cura de
crianças e adolescentes com câncer no Pará, que hoje é de 50%, enquanto a
média do resto do País é de 65%. “E essa nossa condição está diretamente
ligada ao tempo de diagnóstico, que ainda ocorre muito tardiamente na nossa
região. As chances de cura aumentam à medida que a doença é detectada mais
cedo”, ressalta Alba Muniz.
Esse desafio específico do combate ao câncer no Brasil é tão
importante que, recentemente, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional
do Câncer (Inca) lançaram, no último dia 10 de fevereiro, o primeiro
Protocolo de Diagnóstico Precoce do Câncer Pediátrico. O objetivo da
publicação é auxiliar os profissionais de saúde pública a conduzirem casos
suspeitos e confirmados dentro de uma linha de cuidados - com definição de
fluxos e ações desde a atenção básica até a assistência de alta complexidade.
Outra meta é justamente incentivar os diagnósticos mais precoces e uma
maior agilidade nos encaminhamentos para início de tratamento. Isso tudo tem
também outra motivação especial: pela natureza da dinâmica do metabolismo na
infância, os cânceres em crianças apresentam crescimento rápido, da mesma
forma que as tentativas de tratamento, por sua vez, podem ter muito mais
possibilidades de sucesso. A equação é simples: quanto menos se enxerga o mal
nessa fase, mais letal ele pode ser – e quanto mais atenção dada, mais as
possibilidades de melhores resultados em tratamentos.
“O que dificulta, em muitos casos, a suspeita e o diagnóstico do
câncer nas crianças e nos adolescentes é o fato dos sinais e sintomas serem
comuns a outras doenças. Há casos em que as famílias recorrem à assistência
médica várias vezes e o paciente pode ser diagnosticado já com doença
avançada”, declarou no início de fevereiro o secretário de Atenção à Saúde do
Ministério da Saúde, Francisco Figueiredo, durante o lançamento do novo
protocolo do MS para diagnóstico precoce do câncer pediátrico.
Entre os sintomas de câncer em crianças, muitas vezes ignorados, estão
palidez, hematomas, sangramentos, dor óssea, suor noturno, perda de peso
inexplicada, caroços ou inchaços, alterações oculares, inchaço abdominal,
dores de cabeça persistente, vômitos, inchaço sem trauma e dores em membros,
entre outros.
No Brasil, o câncer entre crianças e jovens responde por 3% de todos
os tipos diagnosticados no País. Dados do Inca apontam que a mortalidade por
câncer entre crianças e adolescentes no Brasil está estável, mas essa ainda é
a primeira causa de morte por doença na faixa etária de 1 a 19 anos. Os tipos
de cânceres infanto-juvenis mais comuns hoje são as leucemias, seguidos dos
linfomas (gânglios linfáticos) e dos tumores do sistema nervoso central
(conhecidos como cerebrais). O número de óbitos por câncer nesta faixa etária
é menor apenas do que o de mortes ligadas a causas externas - como os
acidentes e violência.
Estimativas indicam ainda que, em 2016, surgiram 12,6 mil novos casos
de câncer em crianças e adolescentes até os 19 anos no Brasil. As regiões
Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores números de casos novos (6.050 e
2.750, respectivamente), seguidas pelas Regiões Sul (1.320 casos novos),
Centro-Oeste (1.270 casos novos) e Norte (1.210 casos novos).
No Pará, especificamente, antes do surgimento do Hospital Oncológico
Infantil, a expectativa média do Estado flutuava entre 120 casos novos
diagnosticados por ano entre crianças e jovens - na época em que esse
atendimento era feito apenas pelo Hospital Ophir Loyola. Após a abertura do
Oncológico Infantil, essa estimativa saltou à marca média de 256 novos casos
registrados ao ano. “Isso significa que está havendo mais acesso à saúde”,
pondera a diretora-geral do hospital, Alba Muniz.
Unidade é considerada a maior do Brasil em volume de serviços
O universo de pacientes atualmente atendidos pelas rotinas diárias
mantidas pelo Hospital Oncológico Infantil de Belém chega hoje a 650 crianças
e jovens. A expectativa média de convívio desses pacientes com a rotina do
hospital pode durar até cinco anos.
Ao todo, o Hospital Oncológico Infantil realiza cerca de 550 consultas
por mês, para acompanhamento constante do esforço concentrado pela cura, além
de 2.500 sessões mensais de tratamentos com quimioterapia. Dos 89 leitos
disponíveis, dez são destinados à UTI, com média constante de 100% de
ocupação. Os 79 leitos restantes têm uma rotina de 80% de ocupação diária,
com média de 18 dias de internação. Ao todo, são cerca de 110 internações
feitas a cada mês.
“E além disso, o paciente em terapia no nosso hospital muitas vezes
precisa de pronto socorro. Para isso, ele não vai a um hospital comum. Ele é
atendido pelo nosso hospital, que fica aberto 24 horas por dia. São cerca de
20 atendimentos diários. Por tudo isso, somos considerados hoje o maior
hospital oncológico pediátrico do Brasil em volume de serviços”, atesta a
diretora-geral do Hospital Oncológico Infantil.
“Esse é o impacto de nosso hospital para a saúde do Pará: acesso
fácil, rápido e de qualidade à assistência em oncologia para as crianças e
jovens do Estado. Poucos serviços de saúde no Brasil dispõem dessa estrutura
assistencial oferecida hoje no Pará, essa segurança especial que dá garantias
aos pacientes que passam por aqui”, avalia Alba Muniz.
“E nós não só tratamos da doença deles, mas também nos preocupamos com
a manutenção da rotina desses pequenos cidadãos”, ressalta a diretora do
hospital, citando aspectos como a continuidade do acesso ao ensino. Como se
sabe, as rotinas de tratamento exigidas muitas vezes acabam afastando essas
crianças e jovens dos bancos das escolas comuns – visto que só podem
frequentar salas de aulas normais com laudos médicos atestando que podem
voltar a fazer isso.
Para isso, o Oncológico Infantil também tem programas como a Classe
Hospitalar, mantido em convênio com a Secretaria de Estado de Educação
(Seduc), que há muito oferece esse tipo de assistência à rede pública de
saúde do Pará - dentro da modalidade educação especial. “Eles são
matriculados pela secretaria de educação e as aulas acontecem dentro do
hospital, com professores da rede, quando estão cumprindo atendimento
ambulatorial e também durante internações”.
Atendimento integral cria laços entre profissionais, familiares e
pacientes
Passa das quatro da tarde no quarto andar do Oncológico Infantil - o
mais sensível do prédio, por abrigar o bloco cirúrgico e a UTI do hospital -
quando a médica Alayde Vieira se detém, ao fim do corredor, diante de uma
maca. Ela se abaixa suavemente, fazendo com que seu rosto entre no campo de
visão de um jovem que acaba de deixar a sala de cirurgia. A médica fala
baixo, suavemente, perguntando se ele está bem. De repente, o sorriso largo
responde ao aceno positivo do paciente. Um flagrante dos laços que se criam
frente à dura rotina de cuidados.
Há dez anos na carreira médica, Alayde Vieira é professora
universitária, mestre e doutoranda em oncologia e responde atualmente pela
coordenação da oncologia pediátrica do Oncológico Infantil. Está na casa
desde a criação do hospital, em 2015. Antes, passou pelo Ophir Loyola.
“Infelizmente, pela dimensão de nosso Estado e pelo desconhecimento da
população, o câncer infantil ainda é detectado muito tardiamente e esse é o
grande problema imposto hoje ao Pará. Precisamos que esses pacientes cheguem
cada vez menos tardiamente ao nosso atendimento para que a sobrevida deles e
as chances de cura sejam cada vez maiores, mas esse não é o desafio
único. O atendimento humanizado é uma grande necessidade”, ressalta a médica.
A oncologista argumenta: o tratamento do câncer envolve mudanças
completas de rotinas e hábitos de não apenas essas crianças e jovens, mas de
famílias inteiras. “Outro grande esforço crucial do Oncológico Infantil é
conseguir abraçar por inteiro essas famílias. Elas precisam ser acolhidas
para vencerem o desconhecimento e o medo frente à doença. Nós precisamos
fazê-las entender o que é o câncer e como lidar com ele. É um grande desafio
diário, mas cujos resultados acabam sendo muito gratificantes para nós
profissionais”, diz Alayde Vieira.
Diante de procedimentos tão invasivos e cotidianos que exigem tanto do
espírito de luta e do moral de familiares e de pequenos pacientes, implantar
rotinas que suavizem essa passagem pelas instalações do hospital vira uma
palavra de ordem. “Nós nos preocupamos com atividades lúdicas para as
crianças tanto quanto com o apoio à família, como salas de atendimento que
incluem vários outros profissionais, de psicólogos e pedagogos a
fonoaudiólogos. É preciso tornar o mais amigável possível essa caminhada, que
é muito difícil e que pode não ter o final esperado. Muitas vezes, uma mãe
procura a sala de psicologia só para desabafar, para conversar. É o que
sempre dizemos: ainda que não consigamos curar 100%, temos que conseguir
acolher e abraçar toda essa clientela”, resume a médica.
Pacto
Esse esforço do Oncológico Infantil Octávio Lobo em entender as
necessidades de seus jovens pacientes e de suas famílias recentemente ganhou
novo crédito. O hospital foi confirmado pela Organização das Nações Unidas
(ONU) como instituição signatária do Pacto Global – iniciativa da ONU que tem
como objetivo mobilizar a comunidade empresarial internacional e instituições
públicas e privadas para a adoção de valores fundamentais e
internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de
trabalho, meio ambiente e combate à corrupção em suas práticas e fomento de
negócios.
Ao ser confirmado como signatário do Pacto Global, o Hospital Oncológico
Infantil Octávio Lobo passou a fazer parte da esfera de instituições de
saúde que já integram uma rede com mais de 12 mil organizações signatárias,
ligadas a vários setores ao redor do mundo.
Administrado desde sua inauguração, em 12 de outubro de 2015, pela
Organização Social de Saúde (OSS) Pró-Saúde Associação Beneficente de
Assistência Social e Hospitalar - através de contrato firmado com o governo
do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) -, o
Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo agora é o terceiro hospital público
paraense a aderir à lista do pacto Global da ONU. Também são signatários no
Pará o Hospital Público Estadual Galileu, de Ananindeua, e o Hospital
Regional do Baixo Amazonas (HRBA), de Santarém. Todos são geridos pela OSS
Pró-Saúde.
Ao serem signatárias do Pacto Global – de forma voluntária -, as
instituições concordam em seguir e defender valores expressos em 10
princípios, ligados às áreas de direitos humanos, trabalho, ambiente e
combate à corrupção. A meta é fortalecer um mercado global mais inclusivo e
igualitário, promover o crescimento sustentável e a cidadania ao redor do
globo.
“Ser signatário do Pacto Global amplia o compromisso do hospital com a
comunidade, tendo como base valores humanitários essenciais para o bem-estar
das pessoas. Isso também mostra o compromisso do governo do Estado, alinhado
com a gestão da Pró-Saúde, em seguir melhorando a assistência oferecida à
população”, avalia a diretora-geral do Hospital Oncológico Infantil, Alba
Muniz. “Isso significa que nos propomos a agir de acordo com esses princípios
e nos permitimos ser auditados em vários aspectos relativos ao respeito aos
direitos humanos e do trabalho, à sustentabilidade e à transparência”.
|
Texto:
Lázaro Magalhães |
Semas repassou em janeiro aos 144 municípios mais de R$ 14 milhões de
ICMS Verde
|
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas)
divulgou a tabela com os valores atualizados do ICMS Verde repassados em
janeiro de 2017 aos 144 municípios do Pará. O Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) possui
critérios ambientais denominados ICMS Verde, correspondente a 8% da cota-parte
distribuída aos 144 municípios. No último dia 8 de fevereiro foi divulgado o
Decreto nº. 1.696, alterando a metodologia de cálculo correspondente.
Em 2014, o repasse do ICMS Verde foi de 2%, equivalente a R$ 35
milhões. Em 2015, o índice subiu para 4%, ficando em torno de R$ 78 milhões.
No ano passado, o percentual aumentou para 6%, atingindo o volume de R$
120 milhões. Este ano, o imposto foi elevado para 8%, e somente no mês de
janeiro o arrecadado pelos municípios somou R$ 14.421.777,97. Este
último percentual será mantido para os anos seguintes.
O novo cálculo engloba variáveis que interagem em sistemas matriciais
em quatro fatores: a regularização ambiental, contemplando áreas de
preservação permanente e reservas legais; o fortalecimento da gestão ambiental,
aprimorando a capacidade de gestão do meio ambiente municipal; o estoque
florestal, notado pelo remanescente florestal ou cobertura vegetal, e a
gestão territorial, que busca abranger no cálculo e privilegiar municípios
que possuem áreas protegidas no seu território.
Uma verba específica para aplicar diretamente em ações destinadas ao
meio ambiente é repassada ao município, fortalecendo a gestão, com base em
legislação estadual e municipal. Os gestores responderão ao Tribunal de
Contas dos Municípios (TCM) quando não aplicarem o montante específico ou não
justificarem sua aplicação.
De acordo com Renato Chaves, gerente de Articulação e Adequação
Ambiental da Semas, “o ICMS Verde incentiva a descentralização municipal, o
combate ao desmatamento e a proteção de unidades de conservação, entre outros
interesses ambientais”.
|
Texto:
Naiana G. F. M. Santos |
Sespa apoia programa que defende o desenvolvimento infantil integral
|
Começou na última segunda-feira (13), na Escola de Governança Pública
do Pará (EGPA), a capacitação para formar multiplicadores do Programa Criança
Feliz, cujo objetivo é promover o desenvolvimento infantil integral,
valorizando o ato de brincar como imprescindível para a infância. A ação tem
o apoio das secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa), Educação (Seduc)
e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), e coordenação da Secretaria de
Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
A capacitação termina no próximo dia 23, quando será formado o comitê
estadual com a participação de representantes das secretarias. O Programa
Criança Feliz, instituído pelo Decreto nº 8.869, de 5 de outubro de 2016, é
uma iniciativa do governo federal para ampliar a rede de atenção e cuidado
integral à primeira infância e dá consequência ao marco legal da primeira
infância, aprovado pela Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016.
“A ação tem a finalidade de promover o desenvolvimento integral
das crianças na primeira infância, considerando a família e o contexto
de vida, priorizando-se as gestantes, crianças de até 3 anos de idade e suas
famílias beneficiarias do programa Bolsa Família; crianças de até 6s anos de
idade e suas famílias beneficiarias do Beneficio de Prestação Continuada; e
crianças de até 6 anos de idade afastadas do convívio familiar em razão da
aplicação de medida protetiva”, explicou a coordenadora Estadual de Saúde da
Criança, Ana Cristina Guzzo.
Outros objetivos do programa são: apoiar a gestante e a família na
preparação para o nascimento e nos cuidados perinatais; fortalecer os
vínculos familiares, preparando as famílias para a parentalidade; mediar o
acesso da gestante e das crianças na primeira infância a políticas e serviços
públicos tais como saúde, educação e assistência social e integrar e ampliar
as redes de políticas públicas a partir do foco na primeira infância.
A ação será estruturada com visitas domiciliares, capacitação e
formação continuada; elaboração de metodologia e material de apoio e
integração local de redes e serviços públicos a partir da atenção à primeira
infância.
|
Texto:
Carla Fischer |
Corpo de Bombeiros forma novos praças e oficiais e aumenta o efetivo
|
Formar novos soldados e oficiais do Corpo de Bombeiros Militar é o
objetivo dos cursos de formação de praças e de oficiais, ministrados no
Instituto de Ensino de Segurança Pública do Pará (Iesp). Atualmente, 287
praças estão em treinamento junto com 30 cadetes. Eles ingressaram mediante
aprovação no último concurso público da corporação, lançado no ano passado.
Os futuros soldados ingressaram no curso de formação de praças, com
carga horária de 900 horas; os cadetes, que futuramente serão oficiais,
ingressaram no curso de formação de oficiais, e se tornarão bacharéis em
risco coletivo. Neste caso, os candidatos devem ter nível médio para
ingressar no curso, que tem duração de três anos e carga horária de 4,6 mil
horas. A chancela de ensino superior concedida aos cadetes é do próprio Iesp.
Os cursos contam com disciplinas específicas e generalistas, teóricas
e práticas, de cunho militarista e humanista. Os praças estarão prontos para
o exercício das funções a partir do dia 7 de setembro deste ano, quando se
formam. A formação de praças compreende disciplinas que abordam a
operacionalização de missões urbanas e florestais e salvamento aquático,
terrestre e em altura, por exemplo”, explica o major Helton Morais,
responsável pelo Centro de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização do
Iesp.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a formação de oficiais garante a
qualidade da futura gestão da corporação, com formação geral sobre conceitos
militares e humanistas, sempre de maneira teórica e prática, para que a
sociedade seja servida da melhor forma possível.
O curso de adaptação de oficiais é específico para oficiais que
ingressaram já com nível superior. Atualmente, o Corpo de Bombeiros tem no
quadro complementar as formações de engenharia elétrica, hidráulica e
mecânica, respectivamente; arquitetura; psicologia; tecnologia da informação
e direito. Na área da saúde, o quadro tem medicina e odontologia.
O Corpo de Bombeiros conta hoje com 309 oficiais e 2.569 praças,
totalizando o efetivo de 2.878 membros, que, com os novos concursados, será
elevado para 3.184 bombeiros. A distribuição das vagas para fins de lotação
após a conclusão do curso será feita conforme a demanda da Região
Metropolitana de Belém, que comporta, neste caso, Breves e Salvaterra. No
interior do Estado, as cidades contempladas serão Abaetetuba, Moju,
Castanhal, Salinópolis, São Miguel do Guamá, Altamira, Canaã dos Carajás,
Marabá, Itaituba, Santarém, Barcarena, Cametá, Tailândia, Bragança, Capanema,
Paragominas, Vigia, Redenção e Tucuruí.
“É fundamental que haja mais um concurso para praças e oficiais do
Corpo de Bombeiros, pois segundo nosso estudo institucional estratégico, em
2021 cerca de 600 bombeiros, mais ou menos 25% do nosso efetivo, entrarão na
reserva, ou seja, deixarão de atuar. O contingente precisará ser reposto na
mesma intensidade”, explica o comandante geral da corporação, Zanelli
Nascimento.
Apesar de o efetivo ainda não ser o ideal, já apresentou crescimento
considerável, o que tem rendido maior abrangência de serviço. “Em 2008,
estávamos com 30 Unidades Bombeiro Militar em 17 municípios, e em 2017
alcançamos 38 em 25 municípios. Dessa forma conseguimos atender mais pessoas
em uma área maior. Com o crescimento do efetivo, esta área pode ser
aumentada”, diz o comandante.
|
Texto:
Sérgio Moraes |
Nenhum comentário:
Postar um comentário