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quarta-feira, maio 25, 2011

Centro de Perícias utiliza tecnologia avançada no caso de Nova Ipixuna

O trabalho da perícia criminal é peça-chave para a resolução de diversos crimes, principalmente nas investigações que envolvem mortes misteriosas, como no de Nova Ipixuna, onde os extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva, 54, e Maria do Espírito Santo da Silva, 53, foram assassinados brutalmente na manhã de terça-feira, 24. Uma hora após serem acionados pela Superintendência da Polícia Civil de Marabá, os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves chegaram ao local da ocorrência e utilizaram o que há de mais moderno, hoje, quando se fala em perícia criminal.
Inicialmente, o Instituto de Criminalística do CPC Renato Chaves trabalhou com uma equipe que envolveu dois peritos criminais, um auxiliar técnico de perícias e um motorista, que se deslocou ao local do crime, uma vicinal localizada no Km 41 da PA-150, às 10h da manhã de ontem. Os especialistas chegaram ao local equipados com Maletas de Local de Crime , utilizada desde janeiro desse ano pela perícia criminal do Estado.
A perícia criminal do Estado do Pará está equipada com 60 maletas desse tipo, obtidas junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública. As maletas são equipadas com lanternas de luz forense (utilizadas para detectar vestígios como sangue, líquido espermático e qualquer substância biológica invisível a olho nu), componentes e reagentes químicos (muitos deles utilizados para constatar drogas no local da apreensão), câmeras digitais, laptops com programas específicos para local, GPS’s, trenas a laser e itens de proteção individual, como luvas e máscaras.
Em casos de crime contra a vida, o local de crime é considerado um dos principais pontos a serem periciados. Nele, é possível encontrar vários vestígios que podem levar a um criminoso, do projetil de uma arma de fogo a um fio de cabelo deixado em uma cama. Tudo depende da boa preservação do local. Nesses casos, o trabalho das polícias no auxílio ao isolamento da cena do crime é de fundamental importância para a investigação.
Mesmo com a rápida ação das polícias Civil e Militar de Marabá, a perícia criminal teve dificuldades para iniciar os trabalhos em Nova Ipixuna, dada a grande quantidade de curiosos, mas garantiu peças importantes de um quebra-cabeças que pode apontar os responsáveis pelas mortes.  Os ambientalistas foram atingidos principalmente na lateral esquerda dos corpos, o que indica a direção dos disparos, mas não de que arma partiu, já que não foi encontrada.
Segundo o perito criminal, gerente do Instituto de Criminalística de Marabá, José Augusto Andrade, o entorno do atentado também foi todo investigado pelos peritos. “Nos casos de emboscadas, assim como em todos os casos de perícia em locais de crime, se trabalha com um limite do entorno do sinistro". A moto do casal, com manchas de sangue, foi analisada. Hoje, os peritos trabalham na verificação dos pertences encontrados com as vítimas. O CPC Renato Chaves de Marabá trabalha com um prazo legal de 10 dias para a conclusão dessas perícias, mas que pode ser prorrogado caso seja necessário.
Nil Muniz – Ascom CPC Renato Chaves

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