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terça-feira, abril 19, 2011

Sesma capacita técnicos para Redução de Danos de Álcool e Drogas

Por Renata Reis (Ascom / Sesma)

A redução de danos para dependentes de álcool e outras drogas é a atualmente a principal estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para o tratamento dessa doença. O objetivo é estabelecer medidas que minimizem os efeitos prejudiciais de quem faz uso dessas substâncias, lícitas ou ilícitas. A estratégia de redução de danos é destinada para quem deseja parar de fazer uso de álcool e outras drogas e não consegue, para os que não querem e para os que não podem parar de usar as substâncias. Belém está em fase de implantação da Redução de Danos, e para isso toda a rede municipal de saúde está sendo capacitada.
Com a finalidade de capacitar mais de 100 profissionais que atuam no atendimento à rede de saúde mental do município de Belém, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), promove desde ontem (18) até amanhã (20), o III Módulo de Sensibilização para Implantação do Programa de Redução de Danos na Rede Municipal de Saúde de Belém e Ananindeua, em dois turnos, no Centro de Cuidados ao Dependente Químicos – CCDQ, no bairro da Marambaia.
Segundo Paulo Peixoto, coordenador da Referência Técnica em Saúde Mental de Belém, a redução de danos consiste em estratégias de orientação e aconselhamento, que acarretem menos prejuízo no uso das substâncias de vulnerabilidade. “É uma estratégia já praticada no Brasil, mas polêmica, na medida em que orienta os usuários a fazer uso de forma segura e garante o atendimento desse dependente em toda a rede municipal de saúde, sem preconceitos”, explica Peixoto.
A capacitação ainda terá mais três módulos e deve terminar no final desse semestre. Em agosto deste ano, Belém deve sediar o Encontro Norte de Redução de Danos (Enord), fechando a fase de implantação da estratégia na rede municipal. Atualmente o Acre é o principal estado do norte a adotar a redução de danos. Em Belém, Paulo Peixoto estima que esta estratégia encontre um pouco de resistência por parte dos setores mais conservadores da sociedade, mas frisa que o direito à saúde é de todos, e não deve haver discriminação.
A socióloga e consultora da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para drogas e crimes de São Paulo, Graziela Barreiros, é a facilitadora deste módulo, que tem a participação de profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), entre psicólogos, psiquiatras, médicos e enfermeiros, entre outros.
A Sesma atualmente dispõe de quatro Centros de Saúde Mental: o Centro de Atenção Psicossocial do Adulto – Caps III, Centro de Atenção Psicossocial a Saúde do usuário de Álcool e outras drogas- Casa AD, Centro de Atenção Psicossocial da criança e do adolescente, e Centro de Atenção Psicossocial de Mosqueiro – Caps Sol e Mar
No Centro de Atenção Psicossocial do Adulto – Caps III, os cuidados são voltados às pessoas com sofrimento psíquico a partir dos 18 anos de idade. Cerca de 10.000 usuários estão cadastrados. No Centro de Atenção Psicossocial a Saúde do usuário de Álcool e outras drogas- Casa AD, o trabalho é voltado às pessoas que fazem o uso prejudicial de álcool e outras drogas a partir dos 12 anos de idade. Este centro atende hoje cerca de 7.000 usuários.
No Centro de Atenção Psicossocial da criança e do adolescente, que atende cerca de 8.500 pessoas atualmente, a atenção é voltada para a criança e o adolescente na faixa etária dos 05 aos 17 anos com sofrimento mental. Já no Centro de Atenção Psicossocial de Mosqueiro – Caps Sol e Mar, os cuidados são direcionados às pessoas com sofrimento psíquico a partir dos 18 anos de idade. Aproximadamente 2.000 usuários estão cadastrados neste espaço.
No total, cerca de 27.500 usuários estão cadastrados nas casas de saúde mental da Sesma. O atendimento aos portadores de transtornos psíquicos é realizado em 13 Unidades Municipais de Saúde (UMS) e em 48 Casas Saúde da Família (PSF). Todos recebem atendimento médico e psicológico na área da saúde mental.

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