Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar. Viu, porém, que Jesus chorava também... E, Eurípedes, falou – Senhor, por que choras? Jesus não respondeu. Mas, desejando certificar-se de que era ouvido, Eurípedes reiterou: - Choras pelos descrentes do mundo? E, Jesus, após um instante de atenção, respondeu em voz dulcíssima: - Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amar. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...”
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quinta-feira, junho 30, 2016
segunda-feira, junho 27, 2016
Boletim de ocorrência já pode ser registrado com uso de dispositivos móveis
NAÇÃO JURUNENSE SEM ÁGUA NESTA TERÇA
Cosanpa suspende abastecimento para troca de transformador na estação
elétrica do Utinga
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A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informa que nesta
terça-feira, 28, no horário das 10h às 16h, haverá o desligamento da
subestação elétrica da Estação Elevatória de Água Bruta do Utinga, para a
execução de serviço de substituição do transformador.
Será interrompido o fornecimento de água bruta para as estações de
tratamento do 5º setor e São Brás. Onze bairros de Belém serão atingidos. São
eles: Comércio, Campina, Cidade Velha, Reduto, Jurunas, Batista Campos,
Umarizal, Nazaré, Marco, Souza e Curió Utinga. O serviço será efetuado
por uma empresa contratada pela Cosanpa, com acompanhamento técnico de
engenheiros da companhia.
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Texto:
Andrea Cunha |
Boletim de ocorrência já pode ser registrado com uso de dispositivos
móveis
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A tecnologia garante novo serviço na área de segurança à população. Já
é possível registrar boletins de ocorrência usando dispositivos móveis, como
tablets e smartphones, no site da Delegacia Virtual da Polícia Civil (www.delegaciavirtual.pa.gov.br). O usuário
pode, por exemplo, reportar extravio ou perda de documentos e de telefones
celulares, e acidentes de trânsito sem vítimas, além de solicitar a emissão
da segunda via do BO registrado na internet.
Ao acessar o serviço on-line, o usuário não precisará procurar uma
delegacia ou seccional de polícia para solicitar o carimbo do documento, pois
o boletim de ocorrência virtual já vem com número de autenticação digital.
Para registrar o BO virtual, basta preencher os dados pessoais e prestar as
informações da ocorrência. O site gera o boletim, que poderá ser enviado por
e-mail ou ainda salvo no próprio dispositivo.
Outro serviço on-line que a Polícia Civil oferece na internet e que
pode ser acessado por dispositivos móveis é o agendamento eletrônico para
emissão da carteira de identidade civil. Basta acessar o site agendamento.policiacivil.pa.gov.br e preencher
as informações solicitadas.
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Texto:
Walrimar Santos |
Detentos fazem bandeiras de sinalização para o verão em Salinas
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Detentos de duas unidades prisionais da Superintendência do Sistema
Penitenciário (Susipe) estão confeccionando bandeirolas que serão usadas
em julho na sinalização do tráfego de carros na praia do Atalaia, em Salinas,
nordeste do Estado. O projeto é uma parceria entre a Susipe, Secretaria de
Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Polícia Militar e Corpo
de Bombeiros.
No total, 14 presos participam da produção de três mil
bandeirolas, que deverão ficar prontas até a próxima quinta-feira (30). O
projeto tem o objetivo de orientar os banhistas sobre os locais em que é
permitido estacionar e também reorganizar o trânsito na faixa de areia, a fim
de evitar acidentes. Fora da área demarcada pelas bandeirolas não é permitido
circular, apenas estacionar.
No Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), oito detentos estão
responsáveis pelo trabalho, que começaram na semana passada. Até
agora, eles já fizeram cerca de 400 bandeirolas. O detento José Nogueira, 40
anos, diz que o trabalho está em ritmo acelerado. “Trabalhamos o dia todo,
fazemos a limpeza da madeira, cortamos e depois colocamos as bandeirolas. É
um trabalho que eu gosto de fazer, pois sinto que ainda sou útil para a
sociedade. Desperdicei muito da minha vida com coisas que não valiam a
pena, mas agora aprendi, sigo no caminho do trabalho e é assim que quero
continuar. Aprendi o ofício da marcenaria no presídio, gosto da fazer e até
de ensinar,” diz.
Segundo o coordenador de marcenaria do CRC, Rodrigo Teixeira, a
madeira usada no processo de fabricação das bandeirolas é doada pelo
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), e os tecidos são doados pela Fábrica Esperança. Para ele, o projeto
é uma grande oportunidade para os detentos. “Este é o terceiro ano em que estamos
participando dessa produção, e percebemos que os internos se dedicam para
fazer um bom trabalho. Acho importante dar visibilidade ao que é feito por
eles, pois muitos entram aqui sem saber nada, mas aos poucos vão se
interessando, aprendendo, e isso vai ser útil para quando eles saírem daqui e
tentarem se reintegrar a sociedade,” explica.
De acordo com a Lei de Execução Penal, para cada três dias
trabalhados, o detento tem direito a um dia de remissão na pena. “Esse é só
um dos benefícios que os detentos conseguem com os trabalhos feitos aqui. A
marcenaria funciona na Susipe há 25 anos, e eu já vi muitos detentos
conseguirem uma nova oportunidade de vida. Aqui eles são qualificados para o
mercado de trabalho, pois aprendem os tipos de madeira que existem, a
como fazer o beneficiamento e a usar as máquinas”, diz Fábio Barros, técnico
de marcenaria do CRC.
O detento José Flávio, 50 anos, trabalha há cinco anos na marcenaria
do CRC. Ele buscou uma nova profissão a partir da oportunidade na marcenaria.
“Quando entrei aqui era pedreiro e não entendia nada de marcenaria. Hoje dou
conta de qualquer trabalho que apareça. Sei fazer de tudo. Eu me esforcei e
aprendi muito, e na marcenaria o trabalho é mais tranquilo, pois quando eu
trabalhava de pedreiro ficava pegando sol e chuva. Quando sair já posso
trabalhar em casa e produzir o que quiser”, explica.
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Texto:
Timoteo Lopes |
Ambulâncias e ambulanchas vão reforçar o atendimento em 12 municípios
do Pará
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O Governo do Estado realiza, nesta terça-feira, 28, no auditório da
Casa Civil da Governadoria, a entrega de 10 novas ambulâncias e duas
ambulanchas destinadas ao reforço no atendimento em saúde de 12 municípios
do Pará. Os municípios de Tailândia, Brejo Grande do Araguaia, Bragança,
Medicilândia, Ipixuna do Pará, São Miguel do Guamá, Moju, Anapu, Baião e
Terra Alta serão os contemplados das ambulâncias e, os municípios de
Curralinho e Cametá, das duas ambulanchas.
Fruto de R$ 1,156 milhão em investimentos do Estado, as
ambulâncias e ambulanchas foram conquistadas por emendas parlamentares.
Na entrega dos equipamentos, estarão presentes o chefe da Casa Civil, José
Megale, representando o governador do Estado Simão Jatene, o presidente da
Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), deputado Márcio Miranda,
e os 12 autores das emendas parlamentares.
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Texto:
Silvia de S. Leão |
Iasep participa de encontro nacional sobre assistência a servidores
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O envelhecimento da população, os custos da saúde e as perspectivas da
gestão pública no cenário econômico atual são alguns dos temas do encontro
nacional entre 24 entidades públicas que atendem a servidores estaduais e
municipais e seus familiares, na área de saúde, que ocorre em São Paulo na
próxima quinta-feira (30). O Governo do Pará será o único representante da
região Norte no evento, por meio do Instituto de Assistência dos Servidores
do Estado (Iasep).
Com o tema “Sustentabilidade do sistema de saúde dos servidores
públicos”, o evento terá palestras sobre envelhecimento, cenário econômico e
perspectivas de gestão, abordando os impactos na assistência à saúde. Uma
mesa redonda com os gestores irá debater os principais assuntos que fazem
parte da rotina, discutir soluções e apontar diretrizes para temas como o
envelhecimento da população, tratamento de pacientes crônicos e qualidade na
assistência aos servidores.
Para o superintendente do Instituto de Assistência dos Servidores de
São Paulo (Iamspe), Latif Abrão Junior, a reunião permite ampla discussão de
assuntos relevantes às entidades. “A troca de experiências será fundamental
para determinar ações que reflitam em benefícios e melhorias para os
servidores das instituições participantes”, destaca. Segundo ele, o encontro
reunirá 24 instituições, representando doze estados, dez municípios e mais de
6,7 milhões de usuários.
A presidente do Iasep, Iris Gama, destaca a importância do encontro
para as entidades de autogestão em saúde. “Além dos problemas comuns à
administração de órgãos públicos em um cenário de crise econômica nacional,
as instituições que oferecem assistência aos servidores enfrentam ainda os
problemas característicos dos planos privados, como o alto impacto da
inflação em saúde”, diz.
Além do Pará, as entidades confirmadas representam os seguintes
Estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os órgãos
municipais são de Curitiba (PR), Indaiatuba (SP), Jaraguá do Sul (SC), Rio
Verde (GO), Rondonópolis (MT), São Bernardo do Campo (SP), São Paulo (SP),
Santo André (SP), Santos (SP) e Sorocaba (SP).
Autarquia estadual responsável pelo atendimento a mais de 259 mil
servidores e seus familiares, o Iasep oferece atendimento médico,
laboratorial e hospitalar com o credenciamento das principais empresas
privadas em saúde no Estado. Com receitas oriundas do desconto de 6% sobre os
vencimentos dos servidores e o aporte de recursos do governo (100% do valor
pago pelo segurado), a assistência à saúde oferecida pelo Iasep faz parte de
um conjunto de medidas da política de valorização do servidor público.
Mensalmente, o os segurados do Iasep fazem cerca de 62 mil
consultas, 280 mil exames, duas mil cirurgias, mil internações clínicas,
18 mil atendimentos de urgência e 48 mil tratamentos sequenciais
(psico, fono e fisioterapias). Na área hospitalar, o Iasep tem cobertura
completa de atendimentos de alta complexidade sem fila de espera para o
segurado que precisa de serviços como oncologia e hemodiálise. Em 2015, o
Iasep fez cerca de 4,5 milhões de procedimentos em saúde.
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Texto:
Ettiene Angelim |
Sespa apresenta números da dengue, chikungunya e zika no estado até o
mês de junho
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O Pará registrou 4.010 casos de dengue, 163 de
zika e 127 de febre chikungunya entre os dias 1º de janeiro e 24 de junho
deste ano, segundo o nono Informe Epidemiológico de 2016 emitido pela
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) sobre as ocorrências confirmadas
das três doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Dos municípios paraenses com maior ocorrência da dengue, Belém
continua a liderar o ranking, com 483 casos confirmados, seguida
por Alenquer (340), Oriximiná (288), Pacajá (206), Parauapebas (198), Tucuruí
(175) e Novo Repartimento (174). Em todo o Estado, não houve registro de
mortes por dengue em 2016. A Sespa orienta que as Secretarias
Municipais de Saúde informem num período de 24 horas a ocorrência de casos
graves e mortes suspeitas.
Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação
epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do
Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios
credenciados do Estado – como o Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro
Chagas (IEC) –, que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle
da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves
e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A execução de ações contra a dengue é de competência dos
municípios, que devem cumprir metas, entre as quais destacarem agentes de
controle de endemias para fazer visitas domiciliares. Paralelamente, a Sespa
faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério
da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e orienta as
prefeituras quanto ao uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas)
para o controle. A secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para
assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a
capacitação sobre a febre chikungunya e zika.
Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como
bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos
municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da
coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das
ações, atividades de educação e mobilização, visando à participação da
população no controle da dengue.
Ocorrências - O vírus da febre chikungunya foi confirmado por meio de critério
laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas. Em 2015, 14 casos
importados da doença foram confirmados no Pará. Os vírus da dengue,
chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam
a sintomas parecidos, como febre e dores musculares, mas as doenças têm
gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A dengue, que
pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada
por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais
grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas
articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares
podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito
raras. Já a febre por zika leva a sintomas que se limitam a, no máximo, sete
dias e não deixa sequelas. Este ano, não há registro de casos de morte
provocados pela doença no Pará.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os
mesmos procedimentos em relação à dengue e chikungunya. Só em 2015,
foram registrados 42 casos da doença no Estado. Neste ano, até o momento, 163
ocorrências foram confirmadas pelo IEC, mediante critério laboratorial. O
tratamento para a zika é apenas paliativo, de suporte e de correção de
sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor. Em
2016, não houve morte por zika no Pará.
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Texto:
Mozart Lira |
Em operação integrada, Detran autua motoristas embriagados na Praia do
Cruzeiro
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Veículos com licenciamento atrasado e motoristas dirigindo embriagados
foram as principais infrações registradas durante a Operação Lei Seca
realizada na noite do último domingo (26), no Bairro do Cruzeiro, Distrito de
Icoaraci, em Belém. Agentes do Departamento de Trânsito do Estado (Detran)
abordaram 60 veículos, dos quais 22 foram removidos. Seis pessoas foram
autuadas por embriaguez ao volante e duas se recusaram a fazer o conhecido
“teste do bafômetro”.
Porém, mesmo diante da recusa do condutor em se submeter ao teste, a
lei autoriza o agente a lavrar o auto de infração, caso o condutor
apresente sinais de embriaguez. Na Resolução 432, de 23 de janeiro de 2013,
o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) normatiza a aplicação da Lei Seca e
define outros sinais que podem servir de provas, permitindo ao agente
conduzir o motorista a uma delegacia de polícia.
A Operação Lei Seca em Icoaraci foi realizada pela Coordenadoria de
Operações do Detran, com apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e
Defesa Social (Segup), Polícia Militar e Polícia Civil. O objetivo é retirar
das ruas motoristas que insistem em dirigir após o consumo de álcool ou de
outras substâncias psicoativas, podendo causar acidentes.
Documentação - O Bairro do Cruzeiro foi escolhido pela Coordenação do Detran por
sediar bares e casas noturnas, muito frequentados aos finais de semana.
Durante as abordagens, os condutores foram submetidos ao teste do bafômetro
(etilômetro). Os agentes verificaram a data de validade da documentação do
veículo e do condutor, e as condições de trafegabilidade dos veículos (pneus,
faróis, lanternas e outros equipamentos).
A fiscalização foi intensificada na orla da Praia do Cruzeiro e nos
arredores. Barreiras móveis foram montadas na Rua Dois de Dezembro, próximo
ao 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Os condutores flagrados com índices superiores a 0,33 ml/l (miligrama
por litro) de álcool no sangue, dosagem considerada crime de trânsito pela
legislação brasileira, ou em outras situações igualmente previstas em
lei, foram encaminhados à Delegacia de Homicídios em Icoaraci.
O coordenador de Operações do Detran, Walmero Costa, ressaltou a
importância da parceria com órgãos do sistema de segurança pública. “As ações
integradas visam coibir infrações de trânsito e outras práticas delituosas, e
a 'lei seca' é bem recebida. A sociedade tem apoiado nossas ações, e o nosso
compromisso é com a preservação da vida e o direito de ir e vir dos
cidadãos”, disse Walmero Costa.
Autuações no interior - Nos últimos meses, o Detran
intensificou as ações de fiscalização no interior do Estado, realizando nos
finais de semana operações em diversos municípios, com ação ostensiva dos agentes
de trânsito em parceria com os demais órgãos do sistema de segurança pública.
No município de Altamira, na região do Xingu, 196 condutores foram
autuados durante a Operação Duas Rodas, voltada à abordagem de motociclistas.
A mesma operação foi realizada no município de Santa Izabel do Pará (Região
Metropolitana de Belém), resultando na autuação de 107 condutores.
Ainda na Região Metropolitana foram realizadas ações em vários pontos
dos municípios de Ananindeua e Marituba, com a autuação de 70 motoristas.
Agentes de fiscalização do Detran também apoiaram a Operação Minerva,
coordenada pela Polícia Militar no município de Altamira. A operação resultou
em 75 condutores de motocicletas autuados, e dois foram levados à Delegacia
de Polícia acusados de receptação.
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Texto:
Aldirene Gama |
Edilson Ventureli rege OSTP pela primeira vez
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A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) encerra a
agenda de concertos do mês de junho com uma apresentação que terá, pela
primeira vez à frente da OSTP, o maestro Edilson Ventureli, regente da
Orquestra Sinfônica de Heliópolis (SP). O espetáculo será no próximo dia 30,
às 20h, no Theatro da Paz, com entrada franca.
O repertório é formado por composições dos russos Mikhail Ivanovitch
Glinka e Piotr Ilitch Tchaikovsky. Segundo Ventureli, as peças são
desafiadoras. “A abertura ‘Ruslan and Ludmila’, composta por Glinka, é uma
abertura muito empolgante e bastante virtuosística para a seção de cordas. A
sexta sinfonia de Tchaikovsky, ‘Patética’, é uma das obras basilares do
repertório sinfônico, que exige um amadurecimento artístico elevado da
orquestra para se possa criar as atmosferas propostas por Tchaikovsky”,
antecipa o maestro convidado.
Edilson também comenta sobre o diferencial da segunda peça.
“Tchaikovsky veio a suicidar-se alguns dias após a estreia dessa
sinfonia, que, fugindo da forma habitual, onde essas composições terminam com
um allegro, tem em seu último movimento um adagio, bastante introspectivo,
triste. Será que Tchaikovsky estava antevendo sua morte quando compôs essa
sinfonia?”, indaga Ventureli.
Edilson Ventureli iniciou seus estudos musicais aos cinco anos no
curso de piano. Aos treze, ingressou no Coral Baccarelli, um dos mais
tradicionais e conceituados de São Paulo. Sete anos mais
tarde assumiu o cargo de preparador e regente associado da Orquestra de
Concertos de São Paulo e do Coral Baccarelli, posição que ocupou até o ano
2003. Estudou regencia coral com o Maestro Silvio Baccarelli, recebeu
ensinamentos teóricos do Maestro Sergio de Vasconcellos Corrêa, estudou
violino com Dorisa Teixeira de Castro, e aperfeiçoou sua técnica pianística
com a concertista Iara Ferraz.
Em 2015 passou a ocupar o cargo de maestro titular da Orquestra
Juvenil Heliópolis, mesmo ano em que foi homenageado pela Câmara Municipal de
São Paulo, em seção solene, “pelo seu carinho e dedicação à Música e à
Comunidade”. Em 2016 recebeu a comenda da Ordem Cultural Carlos Gomes, na
categoria Comendador, por sua atuação como maestro.
O maestro fala sobre a expectativa de vir pela primeira vez à capital
paraense e elogia a qualidade da OSTP. “Meu contato com esta Orquestra
sempre se deu a distancia. Eu os acompanhava pelo Facebook e
Youtube. Estou ansioso por esse primeiro encontro, pois pelo o que observo se
trata de uma excelente orquestra e que, assim como a Sinfônica de Heliópolis,
é formada por músicos muito interessados em realizar concertos com alto
índice de excelência. O Theatro da Paz é um dos palcos tradicionais do
Brasil, que mantém um dos mais importantes festivais de ópera do país. Minha
expectativa é a de conseguir uma empatia, uma sinergia, com os músicos da
OSTP de forma a conseguimos fazer um lindo concerto. Espero que nossa música
proporcione momentos de pura elevação às pessoas que vierem a
prestigiar nossa apresentação, e que todos, ao término dela, se sintam em
paz”, anseia Edilson.
Serviço: Concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, com o maestro
Edilson Ventureli. Local: Theatro da Paz (Avenida da Paz, s/n – Campina).
Informações: (91) 4009-8766 / 8754. Entrada franca, com
distribuição de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 9h, do dia do
evento.
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Texto:
Camille Nascimento |
Xilogravura e Stop Motion são destaque nas oficinas do Curro Velho
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Xilogravura, Desenho de Incisão e Stop-Motion são algumas das oficinas
ministradas no mês de junho pelo Curro Velho. O público participante aprovou
a iniciativa de trabalhar imagens utilizando técnicas tradicionais,
a exemplo da Xilogravura, e mais modernas, como a Stop-Motion, muito
usada no cinema de animação.
As prensas utilizadas nas oficinas de Xilogravura foram resgatadas no
Museu Emílio Goeldi por um artista plástico de São Paulo, surgindo assim o
Núcleo de Xilogravura e Gravura em Metal das Oficinas Curro Velho. É a partir
da gravura que surge a serigrafia, a fotografia e processos gráficos mais
conhecidos. Durante a oficina, os participantes confeccionam uma matriz de
madeira e, a partir dela, várias cópias são reproduzidas. “É como se fizesse
um carimbo na madeira. Trabalhamos com gravuras coloridas e monocromáticas e
o aluno sai preparado para criar uma produção própria”, diz o professor Jean
Ribeiro.
Já a oficina de Desenho de Incisão explora as técnicas de corte
básicas, sem suporte, formato pouco explorado e que dialoga com a
produção da arte chinesa e japonesa. O instrutor Alexandre Lima Moura
ressalta que a experimentação e criatividade são instigadas durante o curso,
que valoriza o caráter autoral. “A ideia é deixar os alunos livres para
experimentarem em suas criações e aplicar esse conhecimento em suas áreas de
atuação”, pontua.
A aposentada Alba Duarte, de 63 anos, é uma das participantes do
Desenho de Incisão, técnica que ela considerou ser inovadora. “É algo novo,
que eu não conhecia, onde trabalhamos uma percepção micro e macro e, a
partir daí, podemos criar”, conta.
Outra oficina que atraiu a atenção do público foi a de Animação
Stop-Motion. Nela são trabalhados os movimentos e manipulação de objetos com
registro em fotos, criando-se um sincronismo de imagens. A oficina contempla
a gramática audiovisual, o enquadramento de planos, os movimentos de câmera,
a edição, a montagem e o roteiro, oferecendo aos alunos a oportunidade de
conhecerem todo o processo de criação.
“Estudamos os princípios da animação para o Stop-Motion. Nosso produto
final é um Pixelation, que é o Stop-Motion com bonecos humanos, e a gente faz
todo esse processo de produção. O roteiro é em conjunto. Lapidamos o roteiro,
fazemos a decupagem, vamos para o storyboard, fazemos uma nova decupagem e
partimos para a prática”, completa o professor Marcus Oliveira.
O estudante Crisan Santos, de 21 anos, soube das oficinas através da
TV e veio de Outeiro para participar. “Vi um comercial na TV, vi as
listas das oficinas no Curro Velho e imediatamente mergulhei no Stop-Motion,
porque sou fã de filmes que usam essa técnica, como a 'A Noiva Cadáver'. A
oficina é ótima. Aprendemos várias técnicas de animação. Pretendo seguir
carreira com muitos projetos”, afirma o estudante.
Karinne Ribeiro, de 27 anos, é natural de Brasília, está de passagem por
Belém e não perdeu a oportunidade de participar da oficina de
Stop-Motion, indicação de amigos paraenses. “Eu tenho amigos que
fazem teatro e a maioria participa das oficinas no Curro Velho, local que
eles têm como referência de formação. Pretendo usar as técnicas que aprendi
no teatro de bonecos”, planeja.
As oficinas deste módulo encerram nesta terça-feira, 28 e as próximas
inscrições serão no mês de agosto. Estudantes de escolas públicas e idosos
com idade acima de 60 anos são isentos da taxa. Para universitários, alunos
de escolas particulares e a comunidade em geral o custo é de 20 reais. O
Curro Velho fica localizado na rua Professor Nelson Ribeiro, 287, bairro do
Telégrafo. Informações: 3184-9100 ou no site www.fcp.pa.gov.br.
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Texto:
Andreza Gomes |
Café com Planejamento vai discutir educação profissional
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A edição de junho do Café com Planejamento, programa mensal de
formação continuada desenvolvido pela Secretaria de Estado de Planejamento
(Seplan), terá como tema a “Educação Profissional no Estado: Perspectivas e
Desafios Contemporâneos", que vem ao encontro do atual cenário de crise,
em que a educação profissional se apresenta como saída viável para
elevar o nível de formalização do emprego.
Para expor o assunto foram convidadas Elinéa Ruth Melo Campos,
diretora de Qualificação Profissional e Empreendedorismo da Secretaria de
Assistência, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster); Mari Elisa Santos
Almeida, Especialista em Gestão Escolar, coordenadora do Ensino Médio e
Educação Profissional da Secretaria de Educação (Seduc); Sonia Campelo,
mestranda em Educação e membro do Grupo Educação e Trabalho da Universidade
Federal do Pará (UFPA), e Arinalda Gomes, pedagoga e Especialista em
Administração Escolar com atuação no âmbito
da educação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai).
O Café com Planejamento é voltado primordialmente aos servidores
públicos que atuam nessa área e aberto a todos os interessados pelo tema. A
programação será nesta quinta-feira, 30, a partir das 9h, no auditório
da Seplan.
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Texto:
Maria Christina |
Comunidades rurais de Goianésia, Rondon e Dom Eliseu recebem títulos
de terras
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“É uma forte emoção receber este título, porque há tempo esperava por
esse benefício”, disse a agricultora Maria da Silva, uma das que receberam um
dos 240 títulos de terras entregues pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa)
a pequenos produtores rurais dos municípios de Goianésia, Rondon do Pará
e Dom Eliseu, neste final de semana. A programação contou com a presença do
presidente do órgão, Daniel Lopes, e do chefe da Casa Civil, José Megale, que
representaram o governador Simão Jatene.
Em Goianésia, foram contempladas 94 famílias das comunidades Da
Paz, Estrela do Sul e Bom Jesus. Em Rondon, os 104 documentos entregues atenderam
as comunidades Castelo dos Sonhos, Voz do Senhor, Nova Jerusalém e Urutum. Já
em Dom Eliseu, foram 41 títulos de concessão de direito de uso entregues: 12
na comunidade Nova Esperança e 29 na localidade Alto Bonito.
“É muito bom ver a alegria das famílias recebendo os documentos que
vão garantir a eles a posse de suas terras”, disse Daniel Lopes, informando
que o Iterpa vem implementando uma força-tarefa para agilizar o processo
de regularização fundiária no estado. Para isso, o órgão modificou procedimentos
administrativos e criou frentes de trabalho para intensificar as vistorias,
fiscalizações, cadastramento e georreferenciamento de áreas no interior
paraense. “Com esses títulos, as terras das famílias beneficiadas ganham
segurança jurídica, permitindo, entre outras vantagens, que possam acessar
linhas de crédito para investir na produção”, ressaltou.
O chefe da Casa Civil disse que aquele momento era muito significativo
às famílias, já que com o documento eles ganhavam a certeza da garantia da posse
de suas terras. “Ninguém vai tirar o direito de vocês”, frisou.
Em Dom Eliseu, programação contou a presença do secretário de
Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hildegardo Nunes; do presidente da
Assembleia Legislativa, Márcio Miranda; do chefe de gabinete do Iterpa, José
Cesário, além de outras autoridades.
No total foram entregues no município 41 títulos, parte dos cerca de
500 que já foram entregues este ano no Estado, alcançando um total 10 mil
pessoas beneficiadas, segundo o setor de Planejamento do Iterpa. Em 2015,
foram cerca de 900 títulos entregues/emitidos, metade do que foi entregue no
período de 2011 a 2014.
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Texto:
Tânia Monteiro |
Famílias do Riacho Doce são beneficiadas com novas moradias
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Três famílias foram beneficiadas no úlrimo dia 24 de
junho com a entrega de unidades habitacionais no bairro do
Guamá. Os imóveis integram as obras do Programa de Aceleração do
Crescimento, executadas pela Companhia de Habitação do Pará (Cohab) na
área do Projeto Riacho Doce. A escolha das famílias
contempladas é feita pela equipe do trabalho técnico social da
Cohab na área onde estão sendo executadas as obras.
Maria Neuza dos Santos Farias foi uma das beneficiadas. Há cerca de
quatro anos ela recebe o auxílio aluguel, uma ajuda financeira que o governo
do Estado concede às famílias até a entrega da unidade habitacional.
"Fiquei tão emocionada quando recebi a notícia que tive até um
pouco de febre. Acho que foi de nervosismo", contou a beneficiada, que
não vê a hora de se mudar para a casa nova com o filho, nora e dois
netos.
Quem também se emocionou com a entrega foi Benedito Pedro dos Reis
Pereira, que vive há treze anos com Martha da Silva Dias. "Eu nem dormi
esse final de semana de tão ansiosomque estava", declarou. "Já
moramos em duas casas alugadas, mas nada se compara a morar no que é da
gente. Agora finalmente vamos poder sossegar", comentou a esposa. O
casal esteve na manhã de hoje na sede da Cohab para assinar alguns documentos
que garantem a aquisição da nova moradia e já se programam
para fazer a mudança no próximo sábado.
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Texto:
Rosa Borges |
Prêmios da Nota Fiscal Cidadã serão entregues dia 28 de junho
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A entrega simbólica dos prêmios do décimo quinto sorteio do Programa
Nota Fiscal Cidadã, de estímulo à cidadania fiscal, será nesta
terça-feira, 28, às 10h30, no auditório da Secretaria da Fazenda do Pará
(Sefa), em Belém.
Os ganhadores dos maiores prêmios que serão entregues no evento
são Sidney Jose da Silva Moraes, do bairro Mangueirão, ganhador
de R$ 40 mil; Ivonete da Vera Cruz Cordeiro, moradora do bairro
Castanheira, e Moisés do Amaral Martins, do Coqueiro, que ganharam R$ 20
mil; e ainda Rosivete Oliveira de Andrade, do município de Óbidos, e Heitor
Martins Junior, morador do Marco, em Belém, que receberão R$ 10 mil
cada.
Mais de 152 mil consumidores estão cadastrados no programa. Participam
deste sorteio 94.157 consumidores, que concorreram com mais de um milhão
de bilhetes. Foram distribuídos 1.556 prêmios no valor total de R$
306,3 mil, estipulados da seguinte forma: um prêmio de R$ 40 mil; dois
prêmios de R$ 20 mil e dois prêmios de R$ 10 mil; dez prêmios de R$ 1 mil;
quarenta e um prêmios de R$ 500, outros 258 de R$ 200,00
e 1.242 prêmios de R$ 100,00. O montante global da premiação representa
até 5% do valor total do ICMS recolhido mensalmente pelos estabelecimentos
enquadrados no Programa Nota Fiscal Cidadã.
A coordenadora do programa, fiscal de receitas estaduais Rutilene
Garcia, esclarece que nesta edição houve ganhadores em 58 dos 144
municípios, e que a meta do Nota Fiscal Cidadã é ampliar a participação dos
consumidores do interior. ?A auditoria do sorteio foi feita
pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado.
Para participar do programa é necessário fazer cadastro no site www.sefa.pa.gov.br/nfc.
A cada cem reais em compras com emissão de cupom ou nota fiscal com
CPF é gerado um bilhete, sendo que um mesmo consumidor pode ter vários
bilhetes contemplados. Os prêmios são depositados na conta bancária do
contemplado, informada durante o cadastramento.
Serviço: Para maiores informações o consumidor acesse o site www.sefa.pa.gov.br/nfc
ou entre em contato com o call Center 0800 725 5533.
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Texto:
Ana M. Pantoja |
Famílias da Comunidade Jardim Liberdade receberão títulos de
Regularização Fundiária
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A ocupação Jardim Liberdade, no bairro do Bengui, abriga
aproximadamente 200 famílias em uma área consolidada de 34.494 m². Destas,
cem serão beneficiadas com a conclusão do projeto de Regularização
Fundiária. De acordo com o Plano Diretor do Município de Belém,
implantado em 2008, a área do assentamento localiza-se em Zona do Ambiente
Urbano (ZAU-4) e está totalmente inserida em Zona Especial de Interesse
Social, passível de ser contemplada com Projetos de Intervenção Urbanística
para Fins de Interesses Sociais.
O trabalho desenvolvido na área foi feito por meio do programa
Chão Legal, criado pela Prefeitura de Belém e executado pela Codem, para
desenvolver atividades de regularização em assentamentos precários, que
passam por intervenções urbanísticas.
O projeto de Regularização Fundiária cumpre as seguintes etapas:
estudo de dominialidade (para identificar os proprietários da área);
adequação da legislação e normativas; levantamento topográfico e cadastro
físico (trabalho de campo); cadastro social das famílias; sistematização das
informações cadastrais; elaboração, produção, licenciamento e registro do
Projeto de Regularização Fundiária; coleta de documentos dos moradores;
análise jurídica dos processos; emissão e entrega dos títulos aos
beneficiários e registro dos títulos no Cartório.
A cerimônia de entrega de títulos desta terça-feira, 28, contará
com a presença do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.
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Texto:
Rosa Borges |
Pará prende 14 traficantes por dia e fecha o cerco ao tráfico de
drogas
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De mãos dadas, eles cantam as músicas da quadrilha e giram ao redor da
árvore enfeitada com bandeirinhas. É ela que faz a vez da fogueira naquela
parte do terreno do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) Marajoara que
virou um jardim, enfeitado por pneus e outros adornos de material reciclado,
caprichosamente ali colocados. As cores dos enfeites de papel se agitam ao
vento enquanto rostos se iluminam. Os gestos se animam a cada rompante, em
coro: “Anarriê”. Essa foi a festa que aconteceu no último sábado pela manhã,
no centro para atendimento a dependentes químicos instalado na Marambaia.
O que comemorou o grupo, formado por jovens, velhos, meninos, garotas,
homens e mulheres? Mais que os dez anos de atividades do primeiro Caps a
oferecer atenção completa a quem procura apoio para a luta contra o vício
ligado ao álcool e a outras drogas, a serem completados em agosto, eles
celebram a possibilidade de acesso a cuidados em saúde que lhes permitam
refazer suas vidas, ainda que um pouco a cada dia. E assim como fazem nos
passos da quadrilha, esses paraenses sabem que essa é uma luta que exige
apoio de quem está ao lado, além de movimentos coordenados. E é dessa forma
que hoje o Estado do Pará é exigido ao enfrentar esse problema: é preciso
coordenar ações e políticas públicas que aliem a repressão ao tráfico aos
esforços de prevenção em educação e também atenção à saúde.
Deste domingo (26), é lembrado como o Dia Internacional contra o Abuso
e Tráfico Ilícito de Drogas. A data foi estabelecida pela Organização das
Nações Unidas (ONU) para marcar o enfrentamento de um desafio global que,
segundo o Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime (Unodc), já
mata 200 mil pessoas morrem todos os anos em função do consumo de drogas
ilícitas.
Combate - “Desde 2011 o enfrentamento ao narcotráfico se tornou uma
das prioridades da segurança pública do Pará. Isso tem surtido grandes
resultados, com o aumento significativo do volume de apreensões e prisões
ligados a esse tipo de crime. E isso acaba se refletindo em outros números da
segurança pública, como crimes contra o patrimônio e contra a vida, que
guardam uma relação muito próxima com o problema da dependência da droga e
das disputas de territórios e dívidas com o tráfico”, aponta o delegado
Silvio Maués, diretor Diretoria de Polícia Especializada da Polícia Civil do
Pará.
Em 2015, os agentes do sistema de segurança pública do Estado fizeram
958 operações de combate ao tráfico de drogas no Pará, com apreensão de 1.626
quilos de maconha e 326 quilos de cocaína. Essas operações resultaram em
4.996 prisões – o equivalente a 416 prisões por mês, ou 14 traficantes presos
por dia no Pará durante todo o ano de 2015. Apenas nos cinco primeiros meses
de 2016, já foram deflagradas outras 416 operações, com 1.788 prisões
relacionadas ao tráfico de entorpecentes e um total de 632 quilos de drogas
apreendidos.
“O desafio do controle do tráfico no nosso Estado é maior que o de
outras unidades da Federação, por suas dimensões territoriais e condições
geográficas”, ressalta o delegado Silvio Maués. Por isso mesmo, a Polícia
Civil do Pará já está criando a Divisão de Narcóticos, a Denarc, que terá
função de centralizar esse enfrentamento e coordenar o combate no interior do
Estado, com controle maior de informações. Até final do mês de julho
espera-se que o novo espaço físico esteja estruturado. Quando estiver em
funcionamento, ele será um avanço para as atividades da atual Delegacia de
Repressão a Entorpecentes (DRE), que é a parte da Diretoria de Polícia
Especializada que hoje atua para debelar o problema em coordenação com a
Diretoria de Polícia do Interior (DPI) e a Diretoria de Polícia
Metropolitana, com apoio da Polícia Militar.
Uma via pela educação
“É preciso ressaltar que o papel das polícias é o de controle final.
Entendemos que, necessariamente, é preciso trabalhar a prevenção como carro
chefe do combate às drogas e ao tráfico no Estado”, pondera o delegado Maués.
Sobre esse outro vértice de atenção ao desafio das drogas no Pará, ele reforça
o importante papel do estabelecimento de políticas como as garantidas pelo
surgimento do Pro Paz como um programa do Governo do Pará, em 2004, que
passou depois a política de Estado e hoje está estabelecido como a Fundação
Pro Paz, criada em 2015.
“As ações do Pro Paz, dirigindo ações coordenadas do Estado em
segurança e na área social, têm tido um grande papel para minimizar o acesso
do tráfico e das drogas às zonas onde há maior vulnerabilidade,
principalmente entre as populações mais jovens. Quanto maior o alcance desses
projetos, com a ajuda dos municípios, maior será o alcance desse braço
protetor do Estado no combate aos problemas gerados pelas drogas”.
A educadora Rosemary Nogueira, responsável pela Coordenadoria de Ações
Educativas Complementares (Caec), da Secretaria de Estado de Educação
(Seduc), é categórica ao afirmar que o avanço do tráfico no entorno das
escolas está mudando o ambiente escolar. “Esse é um problema que hoje tem
grande incidência hoje sobre o aprendizado dos alunos. E hoje ele precisa ser
tratado dentro do currículo, através de abordagens de temas transversais em
diversas disciplinas”, pondera.
É esse esforço realizado pelo projeto “Bem Conviver”, que já foi
levado pelo Caec e Seduc a 89 escolas do Pará, com oficinas e palestras que
envolvem alunos, professores e famílias. A meta é capacitar comunidades
escolares para que preparem projetos de enfrentamento aos problemas ligados
ao tráfico e à dependência. O projeto chegou a mais dois bairros neste
primeiro semestre: Pratinha e Bengui. No segundo semestre, a ação chegará ao
Guamá e Jurunas. “Tentamos esclarecer os alunos, para que saibam
identificar esses abusadores e enxerguem o problema”.
Abrir os olhos dos estudantes para os perigos que rondam as escolas
também é o esforço da frente paraense do Programa Educacional de Resistência
às Drogas (Proerd). Versão nacional do programa norte-americano Drug Abuse
Resistence Education, o Proerd atua no Pará desde 2003. Desde então, já
formou aproximadamente 200 mil crianças e jovens no Estado. Nas salas de
aula, dez lições são ministradas por policiais militares: são técnicas
eficazes para que jovens possam resistir à abordagem do tráfico e à violência
causada pelas drogas nas escolas. O programa da Secretaria de Estado de
Segurança Pública e Defesa Social é gerido pela Diretoria de Polícia
Comunitária e de Direitos Humanos.
Direito à saúde - Mas e quando o problema já está instalado, para
muito além dos alcances dos esforços de combate e prevenção? Como o Pará está
preparado hoje para lidar com a necessidade de atenção aos avanços dos que
sofrem com a dependência química – a outra ponta do desafio imposto pelo
cenário das drogas no Estado? “Sim, devemos caminhar aliando as ações do
Estado para a prevenção, mas não apenas no sentido da prevenção pela ameaça.
E essas devem ser políticas geradoras de promoção social, de lazer, esportes,
de prazer, como o das danças, de protagonismo juvenil. A polícia tem que
fazer o seu papel, mas nada disso vai funcionar sem que a prevenção seja
reforçada no sentido de prolongamento da vida e também de promoção do direito
básico à saúde”, avalia Marilda Couto, chefe da Coordenação de Saúde Mental
da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).
Especialista em saúde mental e mestranda em psicologia pela Universidade
Federal do Pará (UFPA), a psicóloga ressalta o papel importante da rede de
assistência hoje oferecida pelos Centros de Atenção Psicossocial em todo o
Estado, os Caps.
Além de 85 Caps instalados em todo o Pará, para atender diversas
necessidades de atenção em saúde mental, atualmente o Estado dispõe também de
sete Caps AD (especializados em atendimento a dependentes de álcool e
drogas): dois estão em Belém e também há unidades em Marituba, Santa Izabel,
Santarém, Bragança e Abaetetuba. O Pará já dispõe também de outros seis Caps
do nível AD2 - que não oferecem possibilidade de abrigo noturno -, além de
dois Caps AD3, aqueles que têm capacidade de internação por até duas semanas
ou abrigo noturno. São dois desse tipo em todo o Estado: o Caps Marajoara, instalado
no bairro da Marambaia, em Belém, e o Caps de Santarém.
O Pará também conta com duas Unidades de Acolhimento, onde pacientes
que precisem de atenção podem ficar até seis meses. Já há duas, em Belém e
Santarém. Outra deve ser entregue em Belém ainda este ano, planeja a Sespa.
“A filosofia da política de atenção estabelecida hoje pelo Estado é oferecer
cuidados de modo que se possa garantir o direito fundamental do acesso à
saúde. É preciso que tenhamos mais pontes e menos muros, pois a saúde não combate
drogas. Ela trata as pessoas”, ressalta a psicóloga Marilda Couto.
“Trabalhamos com a busca da abstinência, mas também principalmente com
a chamada redução de danos: trabalhar com o possível e garantir que haja
avanço de cada pessoa na recuperação e na busca da sua saúde, para que sua
vida possa ir se reorganizando progressivamente. Isso também é uma forma de
imunização”, pondera a chefe da Coordenação de Saúde Mental da Sespa.
O reflexo disso está em histórias como a de muitos dos atendidos hoje
pelo Caps Marajoara, na Marambaia. O centro de atenção, dedicado totalmente
aos cuidados e tratamento de paraenses que lutam contra o vício ligado ao
álcool e às drogas, possui cerca de 90 funcionários atendendo cerca de 900
usuários por mês - entre pessoas em tratamento, internados, clientela que
busca atendimento clínico e atividades em terapia ocupacional e também
familiares e outras pessoas envolvidas nas diversas atividades lá realizadas,
como cursos e oficinas.
“Quando cheguei aqui, a primeira coisa que perguntaram é se eu tinha
tomado café. Não estava mais acostumado com isso”, emociona-se Ubiratan Lopes
Monteiro, 54, que esta semana passou a integrar o quadro dos que passaram ao
regime de internação para cuidados especiais por duas semanas no Caps Marambaia.
Ex-gerente do jogo do bicho, há três anos ele passou a morar nas ruas,
após ter contato com a cocaína. Quando tomou contato com a droga, ainda
ostentava carros de luxo. Hoje vive pedindo ajuda nos sinais de São Brás e
Entroncamento. “Já dormi embaixo do viaduto, no Chapéu do Barata. Hoje estou
matando um leão por dia, e é uma vitória que só se consegue com apoio de
alguém, com ajuda de outros”.
A mão estendida veio de alguém que também passou pelos mesmos
problemas e conseguiu ajuda no mesmo CAPS da Marambaia. “Sou usuário e também
passei pela necessidade de tratamento interno. Hoje estou muito melhor e me
sinto na obrigação de ajudar outros que passam pelo que eu passei”, conta Raí
Filho, 36.
Ex-paciente do Caps Marajoara, Raí segue ajudando nas atividades
diárias na Marambaia. Conheceu Ubiratan quando também estava nas ruas. Quando
voltou a estruturar sua vida, num avanço que significou poder contar de novo
com um teto próprio, Raí acolheu o amigo em sua própria casa, enquanto o
colega aguardava vaga para conseguir apoio no Caps. “Aqui somos todos iguais,
não importa de onde você venha ou qual o seu problema. Essa casa está aberta
e você é acolhido. E isso é uma grande diferença quando se está precisando de
ajuda”, sorri.
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Texto:
Lázaro Magalhães |
Pará amplia exportação de frutas regionais e polpas
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A exportação de frutas e derivados do Pará tem ganhado cada vez mais
destaque nos cenários nacional e internacional. Há um mês 175 toneladas de
limão produzidas no município de Monte Alegre, no Baixo Amazonas, foram
exportadas para três países europeus. No mesmo período, uma indústria da
região metropolitana de Belém enviou 27 toneladas de polpa de açaí para a
China. Estes exemplos estão se tornando cada vez mais frequentes graças ao
incentivo técnico do Estado à produção da agricultura familiar e em larga
escala.
Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará
(Emater), os produtos da agricultura familiar com maior impacto na exportação
são açaí, abacaxi, castanha e cítricos (laranja e limão). No caso de Monte
Alegre, a produção é resultado do acompanhamento feito no município pela
Emater e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca
(Sedap), que ajudaram a organizar os cerca de 400 produtores em cooperativas
e práticas de melhoria de plantio e armazenamento dos frutos.
Na época da primeira reunião, ocorrida em 2013, nem mesmo os
produtores da região sabiam o número de famílias atuando no cultivo do limão,
suas variedades e potenciais. “Fizemos um trabalho longo de acompanhamento em
Monte Alegre e conseguimos organizar os produtores que já tinham tradição no
plantio do limão, que era exportado principalmente para Macapá. A partir daí
fizemos diversas reuniões, ajudamos na formação das cooperativas e também no
melhoramento do fruto, que tem excelente qualidade devido aos diversos
cruzamentos e à riqueza do solo em que é cultivado”, explica o coordenador
técnico da Emater, Paulo Lobato.
A variedade de limão taiti produzido na região tem casca grossa e
muito suco, o que propicia a conservação no caso de exportações. Com a
valorização do produto, até mesmo a casca será aproveitada para fabricação de
outros produtos. Segundo a Emater, 85 produtores fornecem limões diretamente
para a indústria de exportação.
“Estes cruzamentos acabam gerando variedades de frutos que se adaptam
ao mercado e agradam compradores de vários países. Conseguimos um bom
resultado também a partir da troca de experiências entre produtores de
Capitão Poço e Garrafão do Norte, nossos maiores produtores de cítricos.
Conseguimos reunir estes produtores com os de Monte Alegre para falar sobre a
experiência do cultivo, além de viabilizar mudas de Capitão Poço. O resultado
já pode ser visto hoje”, diz Paulo Lobato.
Segundo a Emater, a organização e orientação técnica fortalece a
agricultura familiar, que se desenvolve ainda mais quando consegue usar
canais estáveis para escoar a produção, como é o caso de Monte Alegre, que se
organizou em cooperativas para vender os produtos.
Variedade – No Pará existem outros produtos que se destacam também com
a produção da agricultura familiar, seja pela cultura local ou pela
característica do solo. O Pará é o maior produtor de abacaxi do país. No sul
do Estado, a produção é forte em regiões como Redenção, Xinguara e Conceição
do Araguaia, que têm a terra roxa. A fruta também está presente na região de
Salvaterra e Cachoeira do Arari. Só na Central de Abastecimento do Pará
(Ceasa), 98% do abacaxi vendido vêm de Salvaterra. Foram produzidos mais de
320 mil frutos em todo Estado na última safra.
A castanha é forte na região do Marajó, na região do Baixo Amazonas,
em Almerim, onde a última safra foi de cinco mil toneladas. Sem os efeitos do
El Niño, o volume pode alcançar seis mil toneladas. Cerca de 20% do montante
vão para o município de Óbidos, onde existe uma cooperativa que faz o
beneficiamento da amêndoa, e metade vem para a capital, onde é comprada pela
indústria local e em seguida é exportada para todo o mundo.
O açaí é um dos grandes produtores derivados do extrativismo, sendo as
regiões do Marajó e Baixo Tocantins as duas maiores fornecedoras do fruto. A
produção chega a 795 mil toneladas por ano, 60% proveniente da agricultura
familiar, que fornece a produção para indústrias de beneficiamento. Em 2015 o
volume de vendas gerado pelo comércio da polpa, mix e açaí em pó no comércio
nacional e internacional alcançou o valor de quase R$ 400 milhões.
Beneficiamento – Em Marituba, na região metropolitana de Belém, o empresário
e agrônomo Francisco de Jesus Costa Correa investe em uma indústria de polpa
de açaí. No momento o Pará está na entressafra do fruto, e a empresa funciona
apenas com a estocagem da polpa produzida. Quando está em atividade, a
fábrica produz 70 toneladas de polpa por dia. Todo o açaí usado na fábrica
vem da agricultura familiar.
“Vejo com muito otimismo o crescimento das exportações dos produtos,
principalmente do açaí, que é algo natural, nutritivo e faz parte da nossa
vocação produtiva. Nossa demanda está crescendo. Pretendo ampliar ainda mais
os nossos galpões de estocagem. Conforme crescemos, nossos fornecedores que
vêm da agricultura familiar crescem também. Hoje temos 100 comunidades que
nos abastecem com frutos de excelente qualidade”, diz o empresário. Há pouco
mais de um mês a empresa fez uma exportação de 27 toneladas de polpa para a
China, e também está em contato com uma empresa austríaca interessada em
criar iogurtes com o sabor de açaí.
Para o titular da Sedap, Hildegardo Nunes, a produção oriunda tanto da
produção familiar quando da agricultura em larga escala tem ganhado cada vez
mais espaço no mercado. “Temos os cítricos como grandes exemplos. O açaí tem
se fortificado bastante, assim como o abacaxi e o cacau, mas trabalhamos para
incentivar e atrair a instalação de indústrias para o beneficiamento além das
polpas. Neste caso entram as bebidas derivadas do açaí e demais frutas e
indústrias de chocolate para o cacau. Já temos protocolos de intenção
assinados com algumas indústrias interessadas em se instalar no Pará para
produzir alguns destes produtos”, explica.
Além de acompanhamento técnico, a Sedap também tem ajudado a fornecer
alguns equipamentos, como foi o caso de uma máquina que seleciona a avalia a
qualidade dos limões cedida ao município de Monte Alegre em 2013, ação que
colaborou com as atividades desenvolvidas pela Emater e os produtores na
época.
A instalação e o desenvolvimento de indústrias para produtos derivados
resolverão alguns gargalos do Pará, como é o caso da indústria do cacau, que
ainda exporta boa parte das amêndoas para Bahia, sul do Brasil, Áustria,
Holanda, França e Japão. O cacau é usado na produção dos melhores chocolates,
mas perde a identidade da origem quando é misturado às amêndoas originarias
de outros países.
“Temos uma produção tímida de chocolate no Estado se comparada à
produção de cacau. Imagine se a nossa produção de chocolate fosse
proporcional à de cacau? Hoje perdemos a identidade da origem de nossas
amêndoas nessa mistura que é feita em outros países. O mesmo acorre com as
nossas polpas de frutas regionais, mas em breve pretendemos mudar este
cenário”, conclui Hildergardo.
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Texto:
Diego Andrade |
Emater realiza capacitação para agricultores familiares em criação de
galinha caipira em Itaituba
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O escritório de Itaituba da Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pará), realizou nas comunidades
de Boa Vista e São João Batista, um curso de capacitação para agricultores
familiares em criação de galinha caipira, ministrado pela médica-veterinária
Ângela Cira Lima de Queiroz, extensionista rural da Emater de Santarém. Mais
de 80 pessoas participaram, dentre criadores de galinhas caipiras, técnicos e
outros interessados. A ação, encerrada na sexta-feira (24), contou com
apoio das Associações Comunitárias de Boa Vista e São João Batista e
diversos apoiadores.
A demanda pela capacitação surgiu das necessidades apresentadas pelos
pequenos criadores de galinha caipira na busca pelo melhoramento do
plantel e prevenção de doenças. Alguns criadores (a maioria de
subsistência) estavam até abandonando a atividade, “tornando-se imperativo
incentivar e estimular a comercialização”, enfatiza o chefe local da Emater,
Elienai Carvalho Cardoso.
Ele disse que muitas orientações sobre aspectos do sistema produtivo
de aves foram repassadas aos participantes, entre as quais, vacinação de
aves, ração alternativa, mistura mineral e PET comedouro. A iniciativa teve o
objetivo de contribuir com a ampliação de conhecimentos voltados à produção
mais eficiente, na perspectiva de prevenção de doenças e aumento de
produtividade.
A Emater local deseja ampliar a capacitação para beneficiar outras
comunidades, a partir das ampliações das parcerias. “O intuito é oferecer
exemplares de pintos de raças melhoradas aos agricultores capacitados que
tenham o interesse de estruturar suas criações, assim como incentivar a
comercialização”, explica Elienai Cardoso, que deseja ver o desdobramento do
trabalho, “pois a partir do treinamento, o escritório local poderá acompanhar
as famílias no desenvolvimento do manejo adequado e das boas práticas”.
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Texto:
Edna Moura |
Arraial de Todos os Santos gera renda para comerciantes e diversão
para o público
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As festas juninas sempre foram um bom período do ano para quem deseja
fazer uma renda e também para quem busca diversão e lazer com a família. Com
o objetivo de oferecer todas essas opções à população, a Fundação Cultural do
Pará (FCP) promove, até o dia 2 de julho, uma vasta programação
comemorativa, o “Arraial de Todos os Santos”. São diversas apresentações de
músicas e danças folclóricas, apresentações teatrais, disputa de quadrilhas,
e não poderia faltar a feira de alimentação e artesanato, que é uma grande
oportunidade para os comerciantes e artesãos fazerem uma renda e mostrarem
seus trabalhos.
A coordenadora das barracas de alimentação, Ana Lúcia Moura Brasil, conta
que a movimentação na feira de alimentação está sendo positiva. “O serviço
oferecido aqui é de qualidade, todos os trabalhadores são bem selecionados. E
a movimentação foi boa, as pessoas têm comparecido e consumido
bastante e todas as barracas estão faturando bem”, afirma a
coordenadora, que há nove anos é a responsável pela feira de alimentação
do Arraial da Fundação Cultural.
Mauricio Bezerra está trabalhando pela primeira vez na feira
gastronômica e diz que está sendo muito produtivo, além do prazer em
fazer parte do Arraial. “Essa primeira semana foi muito boa, tudo está saindo
de acordo com o esperado. Nossa função também é de oferecer cultura para as
pessoas que vêm aqui, já que todas as comidas são típicas da região, isso é
importante”, conta Mauricio Bezerra.
Segundo a artesã, Juliene Abreu, o Arraial de Todos os Santos está
dando bastante visibilidade para seu trabalho. “Esse espaço está sendo bem
produtivo, já que a fundação sempre abre espaço para novas pessoas mostrarem
seus trabalhos no ramo do artesanato, e isso é muito importante”, conta
Juliene Abreu, que participa pela primeira vez do evento.
A vendedora Mariana da Silva também faz elogios à
movimentação do público nas barracas de alimentação. “Esse trabalho da
Fundação é muito importante, porque oferece uma opção muito boa para as
pessoas virem se divertir junto com a família, e todos os anos estamos aqui
fazendo parte desse projeto”, conta a vendedora.
A segurança também está sendo um grande destaque na festividade do
Arraial de Todos os Santos. Nas dependências da Fundação foi montado um posto
de atendimento de primeiros socorros, há fiscalização direta do Corpo de
Bombeiros, apoio da Polícia Militar e os inspetores locais da Fundação, que
são os responsáveis diretos pela segurança do evento.
O chefe da inspetoria da Fundação, Sidney Ramos, conta que no total
são 22 vigilantes espalhados em pontos estratégicos, como entradas e saídas
de emergência, dando suporte na feira de alimentação, segurança para o
público e fazendo revista com detectores de metal. “Em termos de segurança,
eu avalio de forma positiva, pois não tivemos nenhum incidente na área
interna da Fundação, onde ocorre a festa. Para a semana seguinte, manteremos
o mesmo efetivo e as mesmas atividades que nos anos anteriores também
deram certo”, completa o inspetor Sidney Ramos.
O segurança Francisco da Silva Filho levou a família e disse
que toda a Fundação Cultural do Pará está de parabéns pelo evento oferecido à
população. “Está tudo ótimo, a comida é excelente, somos bem recebidos, vejo
que há toda uma estrutura pra suprir nossas necessidades, segurança
principalmente. A Fundação está fazendo um belo arraial junino”, destaca
Francisco Silva.
Serviço:
A programação junina da Fundação Cultural segue todos os dias ate o próximo dia 2 de julho, sempre a partir das 17h, com entrada franca. |
Texto:
Andreza Gomes |
Miss Mix exalta o glamour e combate a discriminação
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Muitas cores, brilhos e detalhes cuidadosamente escolhidos
destacaram a beleza e o glamour das candidatas ao Concurso Miss Mix,
programação que integra o Arraial de Todos os Santos, promovido pela Fundação
Cultura do Pará (FCP). Na próxima sexta-feira, 1 de julho, o
público vai conhecer a vencedora disputa, realizada no dia 24, durante a
apuração do Concurso Estadual de Quadrilhas 2016. A programação começa às 10
horas na Praça dos Artistas, no Centur. A premiação com desfile das
quadrilhas e misses vencedoras será no sábado, 2, na Praça do Povo, a
partir das 18 horas. A entrada é franca.
Durante a apresentação de sexta, 10 candidatas de vários bairros de
Belém e também do interior do Estado desfilaram suas coreografias na
Praça do Povo, do Centur. O espetáculo reuniu um público ávido pelo que já é
considerado um dos pontos mais altos de toda a quadra junina. Além da
premiação, essas concorrentes buscam reconhecimento e valorização da cultura
popular. “É o momento em que elas ficam em evidência e podem passar sua
mensagem”, observa Marcelo do Carmo, técnico em gestão cultural da FCP.
É o que diz Danna Morais, representante da quadrilha Sedução Cabocla,
do bairro do Tapanã. No traje, a candidata exaltou as frutas da região,
fantasia que ela chamou de “Mix Cores e Sabores”. Foi ao som do "Forró
da Fruta”, de Carlinhos Brow, que Danna mostrou seu talento. “Nós criamos o
grupo junino há cinco anos, como forma de inclusão social para os jovens
do Tapanã. E aqui a gente mostra que lá tem pessoas com talento, com cultura,
com amor pelas nossas raízes”, afirmou.
O figurino é um dos critérios de decisão no Miss Mix. A campeã do
concurso 2015, Julia Lecher, caprichou no tema. Inspirada nos 400 anos de
Belém, a miss e sua equipe começaram uma pesquisa meses antes da
apresentação. O resultado pôde ser conferido em uma fantasia que valorizou o
trabalhador das feiras, os pescadores, o povo simples da Cidade das
Mangueiras. Lecher participa de concursos de quadrilha há oito anos. Em
2016, ela representou a Fuzuê, da Pedreira. “É muita dedicação, muito esforço
e disciplina na pesquisa do tema, da fantasia, da coreografia. Eu estou
confiante”, disse, já ansiosa pelo resultado.
A disputa foi acirrada. Todas querem o primeiro lugar e não medem
esforços para isso. Lauanda Branche também já foi primeiro lugar no Mix e desde
quando começou a fazer a personagem, há seis anos, sempre ficou entre as
três primeiras colocadas. Nesta edição ela referenciou as mulheres negras,
trazendo ao concurso muito gingado.
Lauanda, que é bailarina e coreógrafa, representou a “Romance Matuto”,
do Canudos, que já existe há quatro anos e tem como fundadora a mãe da
miss, Silvia Branche, que foi Miss Caipira em vários grupos e ganhou diversos
concursos. O amor pela cultura popular passou de mãe para filho. “Nós unimos
meu conhecimento no folclore popular e a experiência dele como bailarino
clássico e criamos a 'Romance Matuto'. É um orgulho vê-lo no palco”,
emociona-se.
O público lotou as arquibancadas da Praça do Povo e esperou paciente
pela apresentação, A consultora Jaqueline Almeida acompanhou o desfile. Para
ela, além do brilho, da maquiagem, das cores, da alegria, o concurso Miss Mix
traz uma reflexão que vai além das aparências. “É preciso refletir sobre o
preconceito que ainda existe em relação à diversidade sexual. Esses
jovens ainda sofrem preconceitos. Esse concurso mostra que é possível
combater essas práticas discriminatórias”, observou.
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Texto:
Andreza Gomes |
Governo entrega nova Unidade Integrada de Polícia em Capanema
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Mesmo diante da crise econômica nacional, em que os Estados sofrem os
efeitos da redução dos repasses da União, o Pará continua investindo em
setores essenciais, como segurança e infraestrutura. Neste domingo (26), o
governador Simão Jatene entregou à população do município de Capanema, no
nordeste paraense, duas obras: a 50ª Unidade Integrada de Polícia (UIP) do
Estado e a Avenida Centenário, que foi totalmente revitalizada. As
inaugurações tiveram a presença de deputados, vereadores, secretários de
Estado e comunidade local.
"Ninguém desconhece que o país está vivendo uma profunda crise,
pois os jornais noticiam diariamente. Em um momento como esse ter a
possibilidade de entregar para a sociedade duas grandes obras é um sonho histórico
para esse município. Isso já é um fato absolutamente relevante de que devemos
nos orgulhar", afirmou Simão Jatene.
A agenda teve início com a inauguração da Avenida Centenário, que
recebeu pavimentação mista de asfalto e concreto e sinalização. A obra
contempla mais de cinco quilômetros de via, passando pelas rodovias BR-316,
PA-242 e PA-241, já na estrada de Salinas. A iniciativa representa um
investimento de R$ 1.860 milhão, fruto da parceria entre governo do Estado,
Poder Legislativo, por meio da emenda parlamentar do deputado estadual Júnior
Hage, e de empresas da região. O nome foi uma homenagem ao centenário da
Assembleia de Deus no Pará e no Brasil.
Entre os que aprovam a nova via está Expedita da Silva Oliveira, 49
anos, comerciante cearense que há 15 anos adotou o Pará como nova casa.
"Lá no Ceará a vida era muito ruim, e o Pará sempre foi visto como uma
terra produtiva. Aqui é um município muito bom, mas quando cheguei tinha
muita lama e o povo sofria muito. Agora com essa pavimentação melhorou a
qualidade de vida da população e do comércio. Melhorou tudo", disse.
Nova UIP – Ainda durante o dia, Simão Jatene inaugurou o novo ponto de
segurança de Capanema. O espaço, o maior da região nordeste paraense, se soma
a outros 49 já entregues pelo governo, entre Unidades Integradas de Polícia
(UIP) e Unidades Integradas Pro Paz (UIPP), entre os anos de 2011 e 2016. No
período, o Estado investiu quase R$ 50 milhões na reforma e construções de
UIPs e UIPPs.
"Este é mais do que um novo prédio, é um novo conceito, uma
demonstração clara do respeito do Estado para com a segurança pública. Faço
um pedido, tanto aos que aqui vão trabalhar como àqueles que vão usar este
espaço para qualquer serviço: que tratem isso com carinho e cuidado. Isso é
fundamental para que a gente possa mantê-lo como hoje é e possamos construir
semelhantes em outros municípios", ressaltou o governador.
O prédio de dois andares, localizado na Avenida João Paulo II, no
Centro, recebeu investimento de R$ 3,5 milhões na construção, R$ 381 mil em
mobiliário e R$ 31 mil em material de informática. A estrutura é composta
ainda por uma área de 1,2 mil metros quadrados, com salas de mediação de
conflitos, inteligência, reconhecimento, cartório, custódia, arquivo,
banheiros, refeitórios, auditório, alojamento para os agentes de segurança
das polícias civil e militar, entre outros setores.
A UIP também concentra os serviços das polícias Civil e Militar,
Delegacia da Mulher (Deam), Núcleo Integrado de Operações (Niop), Centro de
Perícias Científicas Renato Chaves e Posto de Identificação Civil. Na
oportunidade, foi feita a entrega simbólica de dez registros gerais para
moradores da região.
"Esse centro de identificação vai atender a toda a região. Com
ele o tempo de entrega das identidades será menor, pois ao invés do
identificado ir para Belém, ele pode fazer a emissão por aqui. Com isso
pretendemos diminuir pela metade o tempo de impressão das identidades,
agilizando o serviço e servindo melhor a população", afirmou o delegado
Augusto Damasceno, superintendente da 6ª Região Integrada de Segurança
Pública.
Para o delegado geral de Polícia Civil, Rilmar Firmino, um dos
objetivos é melhorar a qualidade do atendimento e a resposta das ações da
polícia. Ele frisou ainda a economia que o Estado terá para manutenção.
"Estamos congregando seis unidades que estavam dispersas em outras
instalações. Hoje otimizamos os meios, e isso vai facilitar muito mais não só
para o servidor policial, como para a população", completou.
O complexo abrange os 19 municípios que integram a 6ª Região Integrada
de Segurança. "Com a união de forças vamos otimizar recursos financeiros
e humanos, além de ficarmos mais perto da comunidade. Agora temos em um único
endereço a delegacia da mulher, grupo tático, superintendência, plantão da
delegacia, o plantão da polícia militar. Teremos ainda o Niop, com as
câmeras, que será muito mais fácil de ser controlado. Com isso poderemos dar
uma resposta mais rápida para a população", avaliou o delegado Augusto
Damasceno.
Os serviços do Niop já estão em atividade. O setor é responsável pelo
sistema de monitoramento de câmeras de segurança instaladas em pontos
estratégicos, para verificar durante 24 horas as ruas da cidade, visando
acompanhar ações criminosas, prevenir a violência e identificar infrações no
trânsito.
O prefeito de Capanema, Eslon Martins, agradeceu pelo apoio do governo
do Estado. "Esta é uma parceria em que todos ganham, mas que tem um
significado mais que especial para a população. É nela que temos a razão do
nosso trabalho e é a ela que damos esse retorno", complementou. O
governador pontuou a importância da parceria entre Estado e municípios para a
construção de um Pará melhor. "Parceiro é aquele que procura construir e
fazer juntos. O prefeito e o governador são apenas instrumentos. O que
queremos é ser boas ferramentas na mão da população, que é quem paga os
impostos e é quem faz as obras", finalizou.
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Texto:
Lidiane Sousa |
Hospital Jean Bitar é referência em cirurgia bariátrica pelo SUS
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Conscientizar a população para a necessidade de reduzir os fatores de
risco, o desenvolvimento da doença e o número de mortes por hipertensão
arterial, obesidade e outras complicações, como acidente vascular cerebral
(AVC) e falência dos rins é o objetivo da programação alusiva ao Dia Nacional
de Combate ao Diabetes, comemorado neste domingo (26).
A data é um momento especial para reiterar a importância da manutenção
de hábitos saudáveis, mostrando à população formas de prevenção e tratamento
do diabetes, que já atinge doze milhões de brasileiros – mais de
60.914 no Pará. O Centro Hospitalar Jean Bitar atua no combate à doença
e mensalmente faz dez cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
Segundo o endocrinologista Fernando Flexa, diretor técnico do hospital, o tratamento da obesidade pode impedir a progressão de pré-diabetes para diabetes mellitus tipo II (quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia), passando a ter papel importante no controle metabólico de pacientes portadores de diabetes mellitus e com aumento de peso.
Peso - O medo de evoluir para o quadro de diabetes tipo II levou o
instalador Paulo Henrique Lameira Magalhães, 43 anos, a buscar no ano passado
ajuda profissional com um endocrinologista, quando chegou a pesar 133 quilos,
e constatar que estava com altas taxas de triglicerídeos e colesterol, além
de pressão alta. Após avaliação médica, Paulo Henrique fez a cirurgia
bariátrica, em setembro de 2015. Hoje, com 40 quilos a menos e a autoestima
elevada, ele comemora essa nova fase da vida. “Minha meta é perder mais doze
quilos”, diz ele, confiante na melhoria da qualidade de vida.
Casado e com dois filhos menores, Paulo Henrique garante que agora
aproveita muito mais a vida com sua família. “Antes, era tudo era mais
difícil. Mas com uma dieta balanceada sinto-me bem melhor. Agora, tenho que
seguir o plano de atividade física rigorosamente”, informou, reiterando a
importância do apoio profissional para quem, assim como ele, enfrentou a
obesidade mórbida.
Para quem está em busca de tratamento, o médico Fernando Flexa orienta
que o acesso ao serviço começa por uma consulta na Unidade Básica de Saúde,
que encaminha o paciente para avaliação com o endocrinologista,
profissional que verifica a necessidade ou não da cirurgia. O
procedimento é indicado apenas em casos de obesidade grau 3, quando
o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 40 ou para pacientes cujo IMC
está entre 35 e 40, mas que apresentam outras doenças relacionadas à
obesidade, como diabetes de difícil controle, hipertensão e doenças
osteomusculares.
Acompanhamento – Feita somente pelo Centro Jean Bitar
no âmbito do SUS, a cirurgia bariátrica proporciona uma perda de 20 a 30% do
peso corporal. No entanto, o médico Fernando Flexa adverte que não se trata
de uma cirurgia de urgência, já que é eletiva, e requer um acompanhamento pré
e pós-operatório. Após a cirurgia, o paciente permanece internado de cinco a
sete dias. A alimentação passa por um processo de evolução. “No geral é uma
cirurgia de baixo risco e taxa de mortalidade de apenas 0,5%. Da mesma forma,
a taxa de complicações relacionadas à cirurgia é de apenas 3%”, assegura o
diretor.
A taxa de reganho de peso é considerada baixa, ficando em torno de
20%. Dessa forma, todo o acompanhamento pré e pós-operatório é realizado por
uma equipe multiprofissional, composta por médico, enfermeiro, nutricionista,
endocrinologista e psicólogo. Para maior qualidade de vida, Fernando Flexa
sugere hábitos mais saudáveis, como maior ingestão de fibras e frutas, evitar
carboidrato e praticar atividade física. “Aqui no Jean Bitar o usuário
conta com toda a equipe multiprofissional capacitada para o melhor atendimento,
acompanhamento e tratamento, principalmente por se tratar do único local com
esse serviço pelo SUS no Pará”, enfatiza.
Mutirão – Para agilizar o atendimento aos usuários, a equipe hospitalar
está fazendo um levantamento técnico para a realização de cirurgias diversas.
“Em uma semana de intenso trabalho conseguimos entrar em contato com 110
pacientes, e 63 deles já tiveram autorização para o procedimento. Apenas sete
passarão por nova avaliação”, informou Giovani Merenda, diretor executivo do Jean
Bitar. Ele adianta que, a partir de agosto, haverá um mutirão para
cirurgias bariátricas, de cabeça e pescoço, e em pacientes ostomizados. A
ação deve beneficiar cerca de 600 pessoas.
Com assistência de média e alta complexidade o Centro Hospitalar Jean
Bitar dispõe de 60 leitos e mantém o único Laboratório de Habilidades
Videolaparoscópicas da região, além de ser referência estadual para
endoscopia digestiva, endocrinologia, reumatologia, geriatria, pneumologia e
clínica médica. Os usuários do centro contam com uma equipe de especialistas,
estrutura, equipamento e tecnologias de ponta para realização de cirurgias de
parede abdominal e gástrica, e ainda para cirurgias nas vias biliares e
intestino.
Serviço: O Centro Hospitalar Jean Bitar fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel,
Umarizal, em Belém. Mais informações: (91) 3239-3800.
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Texto:
Vera Rojas |
Mais de 2 mil pessoas participam do passeio ciclístico Pedal do Fogo
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Domingo foi dia de acordar cedo para Francisco e Hilda Nascimento. Às
cinco horas da manhã, eles já estavam a pedalar pelas ruas de Belém até o
Portal da Amazônia, onde se juntariam a mais 2,5 mil pessoas que se
inscreveram na primeira edição do Pedal do Fogo, passeio ciclístico do Corpo
de Bombeiros alusivo aos 160 anos da corporação no Brasil. “Fazemos parte de
grupos de pedal noturno e sempre que possível participamos desses eventos. É
o nosso hobby. Fomos influenciados pelo nosso filho, que pratica ciclismo. Há
um ano e meio pegamos gosto pela atividade”, contou o casal.
Vestido a caráter para o passeio, com uma roupinha de “Super Dog”,
estava Chorão, o “cãopanheiro” Viralata que está há nove anos com Jorge Cardoso.
“Esse aqui é meu amigão. Todo evento a que eu vou, seja corrida ou ciclismo,
ele vai comigo, até o final”, disse. Para que o cachorro fique confortável,
Jorge até adaptou a bicicleta. “Ele vai tranquilo aqui, às vezes até dorme”.
O 1 º Pedal do Fogo ocorreu na manhã deste domingo (26), com largada
às 7h, do Portal da Amazônia. Os participantes, entre civis e militares,
fizeram um percurso de 17,9 km, em cerca de duas horas e meia, pelas ruas da
capital. Durante o caminho, algumas paradas foram feitas para a hidratação
dos participantes. Um destes pontos foi o quartel mais antigo dos bombeiros
na cidade, na Travessa Padre Eutíquio. No final do passeio, os inscritos
participaram de sorteios de brindes e puderam conferir a demonstração de
trabalhos feitos pelos bombeiros.
Para participar do pedal, era preciso doar dois quilos de alimento não
perecível. Com isso, cerca de 2,5 toneladas foram arrecadadas. Elas serão
doadas para duas comunidades, uma de Outeiro e outra do Guamá, escolhidas
pelos próprios membros da corporação militar.
No próximo dia 2 de julho, o Corpo de Bombeiros comemora 160 anos no
Brasil. Uma série de eventos foi programada para esta semana no Pará em
homenagem à data, e o passeio ciclístico Pedal de Fogo é um deles. O capitão
Leonardo Sarges, um dos organizadores do evento, explica que um dos objetivos
da programação foi atrelar o nome da corporação às ideias de bem-estar, meio
ambiente e transporte saudável. O momento também serviu para conscientizar as
pessoas sobre os acidentes de trânsito. “Cerca de 25% das ocorrências que
atendemos têm ligação com acidentes. Este pedal também é uma campanha pela
redução dessas estatísticas no Estado”, disse o capitão.
Há nove anos na corporação, o capitão Abdolins Xavier trocou a farda e
a viatura por bicicleta, short, blusa e tênis e foi prestigiar o Pedal do
Fogo. Ele acredita que o passeio também é uma forma de integrar ainda mais a
sociedade civil com os militares. “Esta é a primeira vez que estamos
promovendo um evento assim, com toda essa integração”, comentou. O Corpo de
Bombeiros do Pará tem cerca de três mil militares.
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Texto:
Bianca Teixeira |
Parlamentares entregam títulos de terras a agricultores de Dom Elizeu
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O Presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Márcio
Miranda e a deputada Cilene Couto, participaram na tarde de sexta-feira
(24/06), no município de Dom Elizeu, da cerimônia de entrega dos Títulos de
Terras aos agricultores da Colônia do Alto Bonito...
Leia o texto completo no site. Clique aqui. |
Texto:
Rogério Paiva |
Grupos se mobilizam a doam sangue no Hemopa neste sábado
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A Fundação Hemopa recebeu neste sábado (25) grupos da sociedade civil que
se organizaram em caravanas para doar sangue. Segundo a gerente de Captação
de Doadores, Juciara Farias, as parcerias são fundamentais para que se cumpra
a missão de atender a rede hospitalar do Estado. Somente em Belém, o
hemocentro atende a média de 95 hospitais.
Para a gerente, é necessário tratar do tema de forma permanente, por
isso as ações de conscientização em prol da doação de sangue incluem
palestras, formação de multiplicadores, campanhas internas e mobilização
social, entre outras estratégias fundamentais que contribuem para que um
candidato em potencial possa fazer a doação de sangue de maneira consciente e
voluntária.
“Essa é a primeira vez que fazemos uma ação conjunta com todos os nove
clubes federados, seis masculinos e três femininos. A mobilização foi muito
bem acolhida pelos atletas, que vestiram a camisa desta causa e fizeram a
doação”, disse o vice-presidente da Federação Paraense de Futebol Americano,
Otávio Maués, 32.
Um dos atletas e presidente do time de futebol americano Outland
Soldiers, Hélio Silva, 32, é doador há cinco anos. Para ele, o ato contribui
com a doação de sangue e a prática da responsabilidade social. “Queremos
despertar o interesse para esta causa, cada vez mais, para que as pessoas
possam se tornar doadores habituais e salvar vidas”, afirmou.
Doadora de primeira viajem, Hérica do Vale, 31, moradora de Quatro
Bocas, em Tomé-Açu, no nordeste paraense, foi com a caravana que saiu da
cidade com cerca de 40 voluntários. O grupo, que faz um trabalho de auxílio a
pacientes e familiares de pessoas com câncer, organizou a mobilização para
garantir a doação de sangue regularmente.
Podem doar sangue pessoas com boa saúde, que tenham entre 16 e 69 anos
e pesem acima de 50 quilos. Menores de 18 anos podem doar somente com autorização
dos pais ou responsável legal. É necessário portar documento de identidade
original e com foto, além de estar bem alimentado. O homem pode doar a cada
dois meses e a mulher, a cada três. Para fazer o cadastro de doadores de
medula óssea, o candidato deve estar bem de saúde, ter entre 18 e 55 anos e
portar documento de identidade original e com foto.
A Fundação Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2.109, em Batista
Campos, e a Estação de Coleta Hemopa-Castanheira, no térreo do Pórtico
Metrópole (BR-316, km 1). As coletas são feitas de segunda a sexta-feira, das
7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h30 às 17h. Mais informações pelo Alô Hemopa
(0800-2808118).
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Texto:
Pâmela Assunção |
Arca da Leitura leva mundo de conhecimento para detentos do Pará
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O projeto de biblioteca móvel Arca da Leitura, desenvolvido pela
Coordenadoria de Educação Prisional da Superintendência do Sistema Penitenciário
(Susipe), vem mudando a vida de detentos no cárcere. Em 2012, o trabalho,
iniciado em duas unidades prisionais – centros de Recuperação I e II, em
Santa Isabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém –, hoje já conta com
22 bibliotecas móveis na capital e em presídios de dez municípios do interior
do Estado.
Atualmente o projeto funciona em Belém, nas unidades dos centros de
Detenção Provisório de Icoaraci (CDPI), de Reeducação Feminino (CRF) e de
Recuperação do Coqueiro; em Marituba, nas unidades do Presídio Estadual
Metropolitano I e II; em Santa Izabel, no Centro de Recuperação Coronel
Anastácio das Neves (Crecan), Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II
e Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP); e nos municípios de Castanhal,
Capanema, Salinópolis, Bragança, Cametá, Mocajuba, Marabá, Itaituba,
Paragominas e Tomé–Açu.
No projeto, uma estante móvel com 150 livros fica sob a
responsabilidade de um interno. O objetivo é viabilizar o acesso à leitura
dentro do bloco carcerário, possibilitando que todos os detentos tenham
contato com a literatura. Segundo a coordenadora de Educação Prisional da
Susipe, Aline Mesquita, cada unidade seleciona um custodiado para ocupar a
função de monitor da biblioteca.
“Esse monitor recebe um treinamento da técnica de biblioteconomia da
Susipe para fazer atividades referentes a empréstimo e devolução, inserção
dos livros no acervo de biblioteca e sobre a preservação de todo material
existente. Hoje o projeto conta com 22 monitores de biblioteca, que são
supervisionados pelas coordenadoras pedagógicas de cada unidade. O monitor
então movimenta a biblioteca dentro do bloco carcerário, oferecendo os livros
e fazendo os empréstimos”, explica a coordenadora.
Horizontes – Para o interno Otávio Augusto Pereira, 27 anos, custodiado no Centro
de Detenção Provisório de Icoaraci, a leitura é uma forma de mudar de vida.
“Estamos em um ambiente no qual precisamos ocupar a nossa mente com coisas
positivas, e aqui esse projeto veio para fazer a diferença. Eu já lia algumas
coisas antes de ter sido preso, mas foi só aqui dentro do presídio que pude
ter acesso a um acervo maior. Com a leitura descobri muitas coisas que só
vieram a acrescentar na minha vida. É esse caminho que quero continuar
seguindo daqui para frente. Depois que eu sair daqui tenho certeza que outras
muitas portas se abrirão, por meio da leitura”, acredita.
As estantes do projeto Arca de Leitura são produzidas também por
detentos, em ação da Coordenadoria de Trabalho e Produção da Susipe, nas
marcenarias instaladas nos próprios presídios do Estado. Neste ano já foram
entregues sete bibliotecas móveis para as seguintes unidades: PEM I, PEM II,
CRF Marabá, CRRI, CRRCAST, CRC e CDPI. Os livros são adquiridos por meio da
doação de editoras, instituições privadas e públicas ou mesmo por pessoas que
ouviram falar do projeto. O acervo é formado por livros de disciplinas
obrigatórias e literárias, além de revistas de conteúdo informativo.
O professor Sady Salomão, do CDPI, diz que graças ao projeto muitos detentos
melhoraram o desempenho nos estudos. “Depois que o Arca de Leitura chegou até
aqui, até as notas do Enem subiram. A educação muda a vida de qualquer
pessoa, e ela não pode ser trabalhada isoladamente, não é só na sala de aula,
é fora dela também”, acredita.
Para a coordenadora pedagógica do CDPI, Sílvia Palha, quando os
internos começam a se interessar pela leitura, é possível ver o crescimento
deles enquanto pessoa. “Um projeto desse permite que eles saiam da ociosidade
e preencham o tempo com algo para melhorar o futuro. Eles estão plantando
hoje para colher mais tarde bons frutos. Percebemos aqui o quanto eles
melhoraram enquanto pessoa, o quanto vão adquirindo conhecimento e querem por
isso em prática. Fico feliz de ver que ajudamos com que se tornem pessoas
melhores e com chances de transformação de vida”, afirma.
“Se a gente não fizer por onde, a sociedade vai continuar nos
excluindo. Percebi que com leitura consigo me expressar melhor, entender
melhor as coisas. Cometi um erro e acredito que, com esse projeto, posso
mostrar que quero fazer diferente quando sair daqui. Todo mundo precisa ler e
estudar para conseguir um futuro melhor”, afirma o interno José Felipe Ramos,
19 anos, custodiado no CDPI.
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Texto:
Timoteo Lopes |
Hospital Ophir Loyola reforça o tratamento das doenças hematológicas
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Referência no tratamento das doenças hematológicas malignas no Pará, o
Hospital Ophir Loyola implantou um novo conceito de assistência: o Hospital
Dia Hematológico. Trata-se de um regime intermediário entre a internação e o
atendimento ambulatorial que reduz o tempo de internação e aumenta a
rotatividade de leitos, proporcionando melhor suporte terapêutico para os
pacientes, juntamente com o Laboratório de Linfomas Indolentes e Leucemias,
técnicas do Laboratório de Biologia Molecular e a residência em hematologia.
Em abril deste ano, o engenheiro agrimensor Carlos Augusto Cunha, 35
anos, iniciou tratamento na rede privada para tratar a dor na coluna e descobrir
a causa de um “caroço” debaixo do braço. O acompanhamento com traumatologista
não surtiu efeito. A tomografia e a ressonância magnética mostraram a
presença de linfonodos (ínguas) aumentados na axila direita e no pescoço,
porém o médico não conseguiu identificar as causas do problema.
A febre e o inchaço do mediastino (região dentro do
tórax) agravaram ainda mais a saúde do engenheiro, que procurou ajuda no
Sistema Único de Saúde (SUS). Consultou-se então com uma infectologista, já
que o aumento nos gânglios linfáticos é um sintoma provocado frequentemente
por infecções. Após exames de imuno-histoquímica e biópsia, veio a precisão
do resultado: linfoma não-Hodgkin (mal que atinge as células do sangue
chamadas de linfócitos e pode se espalhar por outras regiões, como
o baço), mesmo câncer que acomete o ator Edson Celulari.
Com todos os exames em mãos, Carlos Augusto foi encaminhado para o
Hospital Ophir Loyola. Após a primeira consulta no Ambulatório de Linfomas
Indolentes e Leucemias, ele fez um ciclo com oito horas de quimioterapia, que
resultou na diminuição significativa dos linfonodos e melhora no quadro
clínico. “Foi muito difícil receber o diagnóstico. Pesquisei o máximo de
informações na internet. Eu e minha família ficamos muito assustados. Tenho
um tipo específico de linfoma não-Hodgkin, de grau 4, que apresenta um
comportamento mais agressivo, porém mesmo assim estou confiante. Estava
preocupado com a demora para ser atendido, mas encontrei a agilidade de
um serviço bem organizado e profissionais dedicados”, afirma.
Reforço – Carlos recebeu assistência no Serviço de Hematologia do Hospital
Ophir Loyola, que recentemente passou por reestruturação, reformulação na
maneira de tratar os pacientes e ajustes nos protocolos quimioterápicos. Logo
no início do tratamento, ele conheceu o Hospital Dia Hematológico, espaço
reservado à aplicação de antibióticos, hidratação e transfusão.
O coordenador do Ambulatório de Linfomas e Leucemias, Thiago Carneiro,
explica que o Hospital Dia é um reforço a mais no tratamento. “Alguns itens
foram modificados com o advento desse sistema, o que permitiu a alta precoce
do paciente, que segue fazendo a medicação e recebendo cuidados sem estar
internado. Esse modelo de assistência oferece mais leitos aos novos pacientes,
assegurando mais rapidamente a internação nos momentos mais críticos da
doença”, enfatiza.
Já os pacientes com leucemia – doença originada na medula óssea que
impede o funcionamento normal do organismo –, desde o início do ano recebem
planejamento clínico e tratamento individualizado, a partir de informações
das análises genéticas obtidas no Laboratório de Biologia Molecular. A
redução dos glóbulos brancos ocasionada pela doença deixa o organismo
suscetível a infecções e pode agravar o estado do paciente. Dependendo do
tipo, o mal pode levar à morte, se não tratado adequadamente. O laboratório
reduz os efeitos colaterais da quimioterapia e aumenta a possibilidade de
cura.
Outro avanço no tratamento das doenças hematológicas se concretizou
com a residência em hematologia e hemoterapia, importante para a atenção no
SUS por reparar a carência de profissionais na área. Incorporada ao hospital,
melhora a assistência médica e oferece mais oportunidade de qualificação para
os residentes. Os futuros especialistas contam com as ferramentas de
monitoramento e a análise genética que abrem um banco de dados bem maior de
pesquisa, contribuindo para a disseminação de informações e o planejamento
das ações de saúde pública.
Subnotificação – O coordenador do Ambulatório de Linfomas e
Leucemias do Ophir Loyola, Thiago Carneiro, afirma existir uma subnotificação
dos casos de doenças hematológicas malignas na maioria dos Estados
brasileiros, dificultando o estabelecimento de um panorama fiel à realidade.
“O Brasil tem regiões de difícil acesso, e os casos ficam sem conhecimento.
As doenças são subdiagnosticadas, ou seja, o paciente não recebe o
tratamento inicial adequado e não é rapidamente encaminhado para a
referência, como o Ophir Loyola, que é, sem dúvida, importante hospital para
esse atendimento no Pará”, afirma.
Buscando mudar esse quadro, o Serviço de Hematologia está em fase de
expansão contínua. Toda a estrutura assistencial sofreu modificações para
melhorar o fluxo de atendimento e facilitar o acesso ao tratamento, ao leito
de internação ou à quimioterapia. Hoje é possível internar em intervalos
muito curtos e agendar consultas ambulatoriais em, no máximo, duas semanas.
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Texto:
Leila Cruz |
Estado combate o câncer do colo de útero com tratamento e prevenção
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Pará deve registrar
820 novos casos de câncer do colo do útero, 260 só na capital, até o fim de
2016. A estimativa faz parte do relatório de incidência da doença no Brasil.
Ano passado, o Estado registrou 311 mortes por esse tipo de câncer, o que
mais mata entre mulheres, mas a doença é 100% evitada se for tratada a tempo.
Por isso o Governo do Estado trabalha para estimular as mulheres a fazer o
preventivo todos os anos.
Criado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) no ano
passado para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer do colo do útero, o
Núcleo de Apoio à Gestão na Atenção à Mulher no Controle do Câncer do Colo do
Útero e Mama (Nagam) atua também na conscientização da rede municipal de
saúde de Redenção, Conceição do Araguaia, Cametá, Altamira e Breves. O foco é
um: apontar a importância do preventivo.
A recomendação do Ministério da Saúde é que todas as mulheres de 25 a
64 anos façam parte do atendimento de saúde básica dos municípios e o exame
preventivo do câncer do colo do útero anualmente. Os exames feitos nos
municípios pelas unidades de saúde são encaminhados ao Laboratório Central do
Estado (Lacen), em Belém. Referência estadual em exames que revelam lesões de
colo do útero, o Lacen é o único laboratório público do Brasil que, desde
2014, trabalha com o método de coleta líquida, em vez das tradicionais
lâminas, o que proporciona uma análise bem mais precisa das células. “As
células são imersas no metanol e um aparelho específico filtra o material
colhido. Fazendo pelo método tradicional, existe a chance de dar um falso
negativo, o que raramente acontece com esse método líquido”, explica a
citologista Ana Nizia Aragão.
O Lacen atua há 40 anos em um serviço efetivo de prevenção do câncer
de colo do útero. No ano de 2015, foram recolhidas 21.591 lâminas de 43
municípios do Estado. Portel, no Marajó, e Igarapé-Açu, no nordeste paraense,
com 2.316 e 1.476 amostras, respectivamente, foram as localidades com maior
número de lâminas enviadas. Do total do Estado, 1.142 apresentaram algum tipo
de alteração, o que corresponde a 5,3% de atuação na prevenção do câncer. O
percentual está dentro do exigido pelo Ministério da Saúde, que é de
5%. “Isso mostra que o Estado faze a cobertura de todos esses 43
municípios do Pará, mas precisamos contar com o empenho dos profissionais de
saúde dos municípios para fazer a colheita e envio do material”, reforça a
citologista.
Depois da análise dos exames, o Laboratório Central encaminha os
resultados aos municípios de origem, onde eles são avaliados por
profissionais de saúde. No caso de alguma alteração no material, a mulher é
encaminhada à Unidade de Referência Materno-Infantil (Uremia), que funciona
na Avenida Alcindo Cacela, em Belém, onde faz a colposcopia, biópsia e,
quando necessário, o tratamento imediato, que é o EZT (Exérese de Zona de
Transformação do Colo Uterino). Se as células cancerígenas estiverem em
estágio avançado, a mulher é encaminhada ao Hospital Ophir Loyola para o
tratamento mais específico.
Em 2015, 276 mulheres fizeram tratamento para o câncer não se
desenvolver. É feita uma cirurgia para a retirada da área afetada. O
tratamento dura de um a dois anos, com 90% de cura. Os 10% restantes são
decorrentes de negligência durante o tratamento. “O problema no Estado é que
a mulher chega tardiamente às unidades de saúde. Elas só procuram atendimento
quando estão sangrando, ou seja, quando já estão com o câncer invasor, que
evolui durante sete ou oito anos. O ideal seria que todas as mulheres
fizessem a partir dos 25 anos o exame de Papanicolau anualmente”, diz a
coordenadora do Nagam, Nazaré Falcão.
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Texto:
Syanne Neno |
Combate a assaltos a ônibus será intensificado com novo atendimento
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Dar celeridade a investigações e à prisão preventiva de criminosos
envolvidos em assaltos a ônibus é o objetivo da nova medida anunciada pela
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). A partir
da próxima segunda-feira (27), as ocorrências relativas a roubos a coletivos
na capital paraense e na área metropolitana serão centralizadas e
investigadas pela Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), no prédio da
Delegacia Geral de Polícia Civil, e na Superintendência Regional Metropolitana,
ficará responsável pelas ocorrências em Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara
do Pará e Benevides.
Os usuários de ônibus e os rodoviários continuarão registrando os
casos nas delegacias ou seccionais mais próximas dos locais dos crimes, mas
os boletins de ocorrências serão encaminhados, imediatamente, às unidades que
passam agora a atender os casos. A medida foi definida após várias reuniões
entre o secretário de Segurança Pública, Jeannot Jansen, a Secretaria Adjunta
de Gestão Operacional e as policias Civil e Militar com representantes dos
Sindicatos dos Rodoviários de Belém e Ananindeua, que nas ocasiões
solicitaram a criação de uma delegacia especifica para apurar os
assaltos praticados na região metropolitana.
Segundo Jeannot Jansen, após análise da Secretaria Adjunta de
Inteligência e Análise Criminal foi feito o mapeamento com as ocorrências de
roubo a coletivos registrados na Grande Belém. Os dados apontam, na
capital paraense, 626 registros de assaltos a ônibus de janeiro a maio
deste ano. Em 2015, no mesmo período, foram 487 casos. Na região
metropolitana, foram contabilizadas em 2015 e 2016, respectivamente, 620 e
850 ocorrências.
“Concluímos que as investigações seriam apuradas com mais agilidade se
as ocorrências fossem concentradas, a fim de facilitar o andamento das
investigações, que ficarão sob a responsabilidade de uma equipe de delegados
e investigadores em cada coordenação”, enfatizou o secretário. A Segup
intensificou ainda as ações de policiamento ostensivo nos finais de linhas
dos ônibus e em trechos que os rodoviários apontaram como locais mais
propensos de ocorrer assaltos.
Além disso, a Polícia Militar tem montado operações com barreiras
visando a abordagem direcionadas aos coletivos. As novas medidas também
viabilizaram o contato direto dos rodoviários com os comandantes de cada Área
Integrada de Segurança, como forma de agilizar o atendimento dos casos.
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Texto:
Carla Moura |
Cine Libero Luxardo exibe 'Piaf - Um Hino ao Amor' e 'A Árvore da
Vida'
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Dando continuidade à programação especial em comemoração aos 30 anos
de atividade, o Cine Libero Luxardo, da Fundação Cultural do Pará (FCP), exibe
neste fim de semana dois sucessos do cinema: “Piaf – Um Hino ao Amor”, no
sábado (25), e “A Árvore da Vida”, no domingo (26). Ambas as sessões começam
às 21h. A programação segue até 3 de julho, com entrada franca.
“Piaf – Um Hino ao Amor” (2007), de Olivier Dahan, que deu a Marion
Cotillard o Oscar de melhor atriz, é baseado na vida da cantora francesa
Edith Piaf, que, abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel
na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente.
Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar
nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo
ano grava o primeiro disco. A vida sofrida é coroada com o sucesso
internacional.
O filme “A Árvore da Vida” (2011), dirigido por Terence Malick e
estrelado por Brad Pitt, conta a história dos O'Brien, que tiveram três
filhos, criados com grande rigidez pelo pai. O mais velho deles, Jack (Sean
Penn), sempre teve atritos com o matriarca, em parte por reconhecer em si
mesmo um pouco dele. Já adulto, Jack enfrenta um forte sentimento de culpa
devido à morte do irmão.
A programação especial do Líbero inclui ainda as exibições, neste
sábado (25), às 17h, de “Scoop – O grande Furo” (2006), de Woody Allen, e às
19h de “Uma simples Formalidade” (1994), de Giuseppe Tornatore. No domingo,
serão exibidos “O Dinheiro” (1983), de Robert Bresson, às 17h, e “Últimas
Conversas” (2014), de Eduardo Coutinho, às 19h.
No dia da fundação do Cine Líbero Luxardo, segunda-feira (27), ocorre
às 18h a mesa redonda “Líbero Luxardo: o cineasta e o cinema”, com a presença
do crítico de cinema Pedro Veriano, primeiro gerente da sala; do padre
Cláudio Barradas e de Marco Antônio Moreira, da Associação dos Críticos de
Cinema do Pará. Durante a programação haverá sorteio de passaportes para o
público, dando gratuidade em todas as sessões pelo período de seis meses.
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Texto:
Andreza Gomes |
Primeira turma de técnico em citopatologia vai atuar no combate ao
câncer uterino
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A Escola Técnica do Sistema Único de Saúde “Dr. Manuel Ayres”
(Etsus) promoveu nesta sexta-feira (24), em seu auditório, a
solenidade de conclusão de curso da primeira turma de Formação Técnica em
Citopatologia, com 25 alunos. O curso é oferecido pela instituição, vinculada
à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em parceria com o
Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen). Participaram do curso
profissionais de Belém e de outros municípios, como Castanhal,
Ananindeua, Bagre, Portel, Breves, Cametá, Tailândia e Salinópolis.
“A Escola Técnica do SUS possui 10 anos de existência e demanda
diversos cursos de formação de nível técnico, proporcionando para a Rede do
SUS uma excelente condição apropriada à formação e assistência. Esta
conjunção insere no mercado pessoas capacitadas tecnicamente e avaliadas com
cursos reconhecidos. Exemplo disso é a formação da primeira turma de
citopatologistas, que é uma condição excepcional. O Estado se orgulha muito
em ter uma escola como esta, que acima de tudo valoriza os profissionais que
precisam desta capacitação e habilitação para o exercício da função na Rede
do SUS”, ressaltou Vítor Mateus, secretário de Estado de Saúde Pública.
Segundo Raimundo Senna, diretor da Etsus, o objetivo do curso é
promover a formação técnica em citopatologia para que servidores da rede
pública de saúde possam atuar em laboratório de citopatologia, de acordo com
as “especificidades da citologia e da histologia, na perspectiva da promoção
da saúde, prevenção de agravos e tratamento de doenças, de forma a atender o
usuário de acordo com os princípios do SUS”.
Mão de obra - O curso teve duração de quatro anos e foi composto por módulos
teóricos e práticos, incluindo estágios supervisionados e atendimento aos
pacientes. A formação é direcionada a profissionais do SUS com experiência em
patologia clínica. “Esses técnicos vão suprir uma carência de mão de obra. Há
uma deficiência na quantidade desses profissionais para o diagnóstico do
teste de Papanicolau. E agora estes profissionais estão capacitados para este
procedimento”, informou Sebastião Licínio, diretor geral do Lacen.
A concluinte Maria Tereza Moraes declarou que, “para nós, é uma grande
felicidade e satisfação adquirir esta formação. É uma oportunidade única
fazer parte dessa primeira turma de citopatologia do Pará, e vamos entrar em
ação para ajudar a população nesses casos de câncer no colo do útero”.
Função - Responsável pela análise de laboratório das lâminas do teste de
Papanicolau - exame mais conhecido por “preventivo” do câncer uterino -, esse
profissional é conhecido como citotécnico, mas, desde a padronização de
nomenclatura feita pelo Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, do Ministério
da Educação, passou a ser denominado “técnico em citopatologia”. Em 2011, o
Ministério da Saúde publicou um conjunto de diretrizes e orientações para a
formação do técnico em citopatologia, e vai incentivar financeiramente a
criação desses cursos nas Escolas Técnicas do SUS.
Participaram da mesa de formatura o secretário Vítor Mateus; o diretor
do Lacen, Sebastião Licínio; o presidente do Comitê Estadual de Prevenção à
Morte Materna, Hélio Franco, e o diretor da Etsus, Raimundo Senna.
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Texto:
Carla Fischer |
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