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quarta-feira, novembro 05, 2014

AÇÕES DO GOVERNO DO ESTADO PARA COIBIR A VIOLÊNCIA NO PARÁ





Polícia Civil vai investigar possíveis crimes virtuais praticados nas redes sociais
A Polícia Civil vai investigar possíveis crimes virtuais praticados nas redes sociais após as dez mortes registradas em Belém na noite da última terça-feira (4). Os boatos criados com montagens, áudios e vídeos que não correspondem aos fatos ocorridos serão investigados pela Divisão de Repressão e Prevenção a Crimes Tecnológicos, que tem as ferramentas adequadas para achar os usuários que produziram e divulgaram as informações distorcidas.
Segundo o delegado Samuelson Igaki, que atualmente responde pela Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Virtuais, as pessoas que deturpam ou criam informações falsas podem responder judicialmente. “Quem cria e propaga informações inverídicas pode responder criminalmente por estes atos, mas precisamos verificar fato a fato para fazer a tipificação penal. Podem ocorrer diversas situações, como, por exemplo, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, a comunicação falsa de crime ou contravenção e o falso alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente capaz de produzir pânico ou tumulto, que é a situação que estamos vendo hoje”, explica o delegado.
“Com certeza temos como descobrir a origem destas informações, e assim como a propagação foi muito rápida, a investigação para se chegar à autoria delas também pode ser. Não adianta uma pessoa postar algo em uma rede social como, por exemplo, uma falsa comunicação de crime, incitação ao crime, ódio ou qualquer coisa do tipo e depois apagar a postagem”, alerta o delegado.
Segundo ele, é possível investigar e identificar o autor da postagem falsa. “Tudo que é feito na internet deixa rastro, e a Polícia Civil investigará os rastros deixados na internet neste caso. Quando tomamos ciência de alguma infração penal ou crime, pedimos inclusive a preservação dos ‘logs’ de criação do perfil, log de postagem e alteração de perfil. São algumas das metodologias que temos para poder investigar este tipo de contravenção penal”, explica.
Rotina – Juntamente com os dez homicídios registrados em Belém na noite da última terça-feira, foi grande a disseminação de boatos e informações inverídicas sobre os crimes nas redes sociais. Na manhã desta quarta-feira (5), já era possível encontrar diversas mensagens relatando mais de 100 mortes que supostamente teriam ocorrido nos bairros da Terra Firme, Guamá e Jurunas. As falsas informações se espalharam rapidamente e geraram medo entre a população, mudando a rotina da cidade.
A advogada Amanda Carneiro, 25, conta que as primeiras informações que recebeu foi pelo celular. “Soube dos crimes pelo meu grupo da faculdade. O que me deixou mais alarmada foram as fotos encaminhadas por amigos próximos. Fui avisada que 35 pessoas teriam sido executadas. Recebi muitos áudios e vídeos que nitidamente eram de atos de violência no Rio de Janeiro. Dava para perceber pelo sotaque das pessoas. Pela manhã percebi um clima de pânico na cidade. Meu irmão caçula foi dispensado do colégio e meus clientes estavam todos assustados”, relata.
A delegacia de crimes virtuais também apurará a incitação ao ódio e violência de perfis de civis e também militares. Qualquer um que for denunciado ou flagrado com comentários que incentivem à violência está sujeito à investigação.
As denúncias relacionadas aos crimes virtuais podem ser feitas em qualquer delegacia de polícia ou na Delegacia Especializada da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Virtuais, que fica na Rua Oliveira Belo, 807, no Umarizal (entre a Travessa Nove de Janeiro e Avenida Alcindo Cacela). As denúncias podem ser feitas pessoalmente e também de modo anônimo, por meio do Disque Denúncia, no número 181.

Texto:
Diego Andrade


Estado e representantes de entidades discutem formas de esclarecer crimes
Na tarde desta quarta feira, (5), o secretário de Estado de Segurança e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, representantes do Sistema Estadual de Segurança Pública, dos Direitos Humanos e do Conselho Nacional da Juventude, além de entidades dos bairros do Guamá e Terra Firme participaram de reunião na sede da Segup. Estiveram presentes ainda o secretário de Assistência Social, Heitor Pinheiro, e a representante do Comitê Gestor do Pro Paz, Izabela Jatene. O encontro tratou da investigação, solução e encaminhamento das questões em torno da série de mortes ocorridas na noite da última terça feira (4), em Belém.
Luiz Fernandes Rocha afirmou que todas as medidas policiais estão sendo tomadas e que a contribuição da sociedade é fundamental para o esclarecimento do caso e prevenção de atos de violência. “O mais importante em casos de crimes dessa natureza, para que a gente consiga diminuir, ou seja, prevenir, é responsabilizando os autores. Então, precisamos da união de todos, da sociedade e do sistema de Justiça como um todo, para que a gente possa dar uma resposta efetiva e, aí sim, começar a diminuir cada vez mais essas ocorrências”, afirmou.
O evento também discutiu a melhor forma de o Estado acompanhar as famílias das vítimas. “Estamos com a representante do Pro Paz, a professora Izabela Jatene, e o secretário de Assistência Social, ou seja, o Estado também está garantindo a essas famílias toda essa assistência. O próprio secretário está aqui, presente, e vai fazer esse acompanhamento integral agora e o pós que, a gente sabe também, deixa muitas sequelas na família”, reiterou o secretário de Segurança.
A ouvidora do Sistema Estadual de Segurança Pública, Eliana Fonseca, disse que a discussão do caso e o encaminhamento para possíveis políticas públicas para juventude e famílias das vítimas foram algumas das pautas do encontro. “A reunião cumpriu o que a gente tinha planejado, trazendo as instituições para uma recepção positiva do secretário. Sempre trabalhamos dentro de um diálogo crítico propositivo para o bem estar da sociedade, para que ela se sinta realmente representada pelas propostas que discutimos juntos nas organizações de bairros”, frisou.
Para Francisco Batista, membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Belém e morador da Terra Firme, o diálogo da sociedade com os órgãos governamentais é indispensável. “Temos que nos apropriar daquilo que é nosso. Os instrumentos democráticos do estado democrático de direito devem ser apropriados pela população. Viemos aqui ouvir a versão oficial do Estado sobre as questões e também relatar aquilo que testemunhamos. Isso é importante para nós”, afirmou.
Daniele Santa Brígida, do Conselho Nacional da Juventude, disse que a reunião foi um avanço, com boas propostas para o avanço das investigações. “A sociedade civil, os vários movimentos sociais hoje se unem em torno desse problema que atinge a juventude negra, pobre e da periferia, e estamos fazendo uma mobilização nacional, dialogando, para pensar os próximos passos para essa agenda. Esse fato passa a ser uma prioridade dentro do conselho, dentro desse debate da juventude, contra a violência do estado de direito, contra a democracia e, principalmente, contra a juventude”, finalizou.

Texto:
Ana P. Bezerra



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