Governo acena com a liberação provisória do embarque de boi vivo em
Vila do Conde
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Pecuaristas do segmento da exportação de gado vão apresentar, nos
próximos dias, um plano emergencial de contingenciamento para ser aplicado no
Porto de Vila do Conde. O documento será avaliado e sua execução monitorada
pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) e pelo
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama). O plano é fruto de um entendimento entre o setor produtivo e o
Governo do Estado, ambos interessados em acabar com o impasse provocado pela
Companhia das Docas do Pará (CDP), que ainda reluta em dizer como, quando e
quem vai retirar os bois em decomposição no navio Haidar, afundado no Rio
Pará há quase dois meses.
O acidente transformou o berço 300 do porto em área de risco, pois até
hoje permanecem submersos o navio e parte de sua carga. A situação provocou a
interdição do Porto do Conde para operações com carga viva. A restrição é uma
medida preventiva. O naufrágio do Haidar evidenciou a fragilidade dos
protocolos de segurança da CDP para lidar com situações emergenciais. Para
que o porto retome a rotina, é preciso que a Companhia das Docas diga como
pretende evitar novos acidentes e de que modo vai agir se eles acontecerem.
Além disso, é indispensável tomar uma decisão acerca da retirada, transporte
e destinação dos animais submersos. São protocolos de segurança necessários à
preservação do meio ambiente e proteção da vida das pessoas.
Em reunião convocada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico,
Adnan Demachki, debateu-se na terça-feira (24) uma solução temporária, de
modo a não prejudicar os exportadores. Cerca de 51 mil bois destinados à
exportação aguardam liberação do embarque em Vila do Conde. São animais já
comercializados, e a demora embaraça os exportadores. Por isso, eles propuseram
a apresentação do plano de emergência, que não atende a todos os protocolos
necessários no contexto do acidente com o Haidar, mas ao menos garante
condições de segurança para o transporte dos animais confinados em áreas de
pré-embarque.
Participaram da reunião técnicos da Semas, do Ibama, da Sedeme e
representantes das empresas exportadoras Agropexport, Minerva Foods, Mercurio
e da Associação Brasileira de Exportadores de Gado (Abeg). A solução
apresentada evita prejuízos ao setor, como a quebra de contratos, e atende à
preocupação das autoridades com a questão ambiental. É uma manifestação de
boa vontade de ambos os lados.
“Não estamos liberando o porto em definitivo. Isso dependerá do
cumprimento total das exigências feitas pelos órgãos ambientais. Trata-se de
liberação provisória, emergencial, a ser consolidada até a semana que vem,
para evitar novos danos econômicos e ambientais’’, afirmou o secretário de
Meio Ambiente e Sustentabilidade, Luiz Fernandes da Rocha.
O Pará é o maior exportador de boi vivo do Brasil. Em 2014, foram
exportadores 547 mil bois em 1,2 mil operações de embarque. O gado é retirado
das fazendas e enviado para estações de pré-embarque, onde recebe tratamento
para engordar até seguir viagem para o exterior. Atualmente, a produção de
bois vivos do Pará abastece 75% do consumo total da Venezuela e 65% do
Líbano. Além disso, 400 mil cabeças saem daqui, todos os anos, para o
Nordeste brasileiro. “Temos o boi mais sadio do País. A exportação do boi em
pé é a chancela da qualidade do boi do Pará”, disse Gastão Carvalho,
fazendeiro e representante da Abeg no Pará.
A exportação de boi vivo ajuda a regular os preços para a pecuária e
inclusive contribui com a própria agricultura de grãos, pois se produz ração
do milho e soja produzidos no Pará para servir de alimentação para o gado no
transporte de navio. “O desastre foi prejudicial a esse ramo da economia
paraense, como também foi prejudicial à economia local em Barcarena,
prejudicial a todos que exportam pelo porto, atingiu a população de Vila do
Conde e até mesmo a imagem do Pará'', comentou Adnan Demachki”.
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Texto:
Paulo Silber |
Governadores debatem pacto por uma reforma nos Estados
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O Movimento Brasil Competitivo (MBC) promoveu nesta quarta-feira (25)
uma reunião de trabalho no World Trade Center, em São Paulo, entre lideranças
do setor privado e gestores públicos, incluindo os governadores de quinze
Unidades da Federação para definir metas que possam gerar um Pacto pela
Reforma do Estado.
De acordo com Cláudio Gastal, secretário-executivo do MBC, a reunião
tem o objetivo de definir a estratégia de encaminhamento político da possível
reforma, propondo uma agenda de trabalho que inclui planejamento, orçamento e
governança; gestão de pessoas e força de trabalho; receitas e gastos
públicos; contratos e aquisições e instituições e resultados. A ideia é
avançar para se definir os pontos principais de um pacto pela reforma, que
ainda será apresentado em conjunto com os gestores públicos.
Dez reuniões de trabalho preparatórias antecederam o encontro com os
governadores, que aderiram ao movimento. “Temos eixos temáticos com propostas
claras que podem ser encaminhadas, mas é necessária maior adesão de gestores
e da sociedade para que os serviços públicos sejam melhores e o mercado possa
conquistar maior competitividade, com geração de emprego, renda e crescimento
econômico”, destacou Gastal.
REMÉDIO AMARGO - “Acho que esse é um bom combate e é por isso que
estamos todos aqui. Mas não é um combate fácil. Será preciso tomar medidas
difíceis e prescrever remédios amargos. É por isso que vai nos exigir muito”,
avaliou o governador Simão Jatene. “Vivemos em uma sociedade descrente e
impaciente. Por isso, um ponto fundamental é a questão da retomada de
investimento. Vamos ter que sentar juntos, setor público, estatal e setor
privado, para discutir fontes e formas de investimentos. Não dá para tratar
um país com a heterogeneidade que o Brasil tem de forma homogênea”,
ressaltou. “Eu tenho dito que o dia que nós formos inteligentes o suficiente,
a ponto de utilizar a nossa diversidade para reduzir as nossas desigualdades,
teremos encontrado um caminho mais razoável para todos”.
Para o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, a
própria crise pode servir como motivador das reformas que precisam ser
feitas. “O ambiente de dificuldade e as necessidades da sociedade são claras.
Temos que trabalhar a questão do federalismo, com melhor divisão das receitas
entre os entes federados, além da definição das responsabilidade de cada um”,
destacou. O gestor gaúcho lembrou que, a exemplo do Pará, o Rio Grande do Sul
também é exportador e por conta da desoneração das exportações convive com um
hiato de arrecadação. “O país não vai sair da crise se não tiver a
participação dos Estados e por isso um pacto entre nós é fundamental para que
possamos propor as iniciativas que são necessárias”, afirmou.
Na opinião do governador do Paraná, Beto Richa, os problemas comuns podem
ser enfrentados em conjunto, por meio de uma só agenda. “Temos a necessidade
de nos unir, por uma questão de sobrevivência. Ou nós quebramos os paradigmas
ou os Estados poderão ser quebrados”, comentou. “A crise é muito dolorosa e
temos de encontrar nela os mecanismos para propor as reformas necessárias,
impedindo que a situação se agrave”, acrescentou Geraldo Alckmin, governador
de São Paulo.
CULTURA INOVADORA - Entre as propostas do MBC, está a ideia de tornar
a gestão mais estratégica, colocando o Estado a serviço da produção e
produtividade, com cultura inovadora; permitir que o Estado seja mais
flexível e descentralizado, com menos burocracia e mais agilidade, além de
pertencer mais à sociedade e não às corporações, entre outros conceitos e diretrizes.
“Acredito que o esforço por estabelecer os conceitos e metas está bem
delineado e agora devemos trabalhar numa agenda que seja capaz de implementar
as ações para concretizar esse esforço desde já”, afirmou Marconi Perillo,
governador de Goiás. “A ideia é de convergência, buscando aquilo que nos une
– que é a procura por soluções – e não as nossas diferenças. É por isso que
estamos aqui”, destacou Fernando Pimentel, de Minas Gerais.
O presidente do Conselho Superior do MBC, Jorge Gerdau, destacou que os
debates do encontro superaram as expectativas, o que ocorreu mais pelo
empenho dos governadores em buscar soluções aos problemas gerados pela crise.
“Houve uma identificação total, independente da coloraçãoo partidária
ou política. Isso é algo muito positivo. Vamos preparar um resumo com as
prioridades elencadas por todos, criando uma pauta de curto, médio e longo
prazo. Vamos elencar dois ou três pontos que possam nos unir ainda mais. Vejo
um padrão nas falas dos governadores e percebo que todos temos esperança de
que esse esforço coletivo produza resultados que a sociedade está exigindo.
Os temas precisam de condução e apoio político”, apontou Gerdau.
Estiveram presentes os governadores Simão Jatene (Pará), Ricardo
Coutinho (Paraíba), Pedro Taques (Mato Grosso), Confúcio Moura (Rondônia),
Luís Fernando Pezão (Rio de Janeiro), Fernando Pimentel (Minas Gerais), Paulo
Hartung (Espírito Santo), Beto Richa (Paraná), Geraldo Alckmin (São Paulo),
Marconi Perillo (Goiás), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Marcelo
Miranda (Tocantins), Paulo Câmara (Pernambuco) e José Ivo Sartori (Rio Grande
do Sul).
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Texto:
Daniel Nardin |
Marajó recebe serviços de saúde e cidadania da Caravana Pro Paz
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Começou na segunda-feira (23) a Caravana Pro Paz Cidadania no Marajó.
São 16 dias de ações nos municípios de Bagre, Curralinho, Portel, Breves e
Melgaço, com serviços de saúde e emissão de documentos. A ação é uma
iniciativa do Governo do Pará, por meio da Fundação Pro Paz em parceria com
as secretarias de Estado de Assistência, Trabalho, Emprego e Renda
(Seaster), Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Saúde Pública (Sespa) e
Segurança Pública e Defesa Social (Segup), e Defensoria Pública.
O primeiro município beneficiado foi Bagre, que recebeu três dias de
ações, encerradas nesta quarta-feira (25). No período foram emitidas 690
carteiras de identidade, 222 carteiras de trabalho, 325 certidões de
nascimento e 825 fotos 3x4, além de 190 atendimentos jurídicos. Além disso, a
caravana oferece serviços de saúde especializados, com atendimento médico
de clinico geral, pediatra e ginecologista. A equipe da Sespa oferece
medicamentos básicos para a população.
Para Maria José, 51 anos, moradora de Bagre, a Caravana Pro Paz vem
para beneficiar a população que mora no Marajó. “Nossa região fica muito
longe da capital, e quando o Pro Paz traz estes serviços itinerantes até
nós, toda a população é beneficiada. Fiz minha consulta de forma rápida e fui
muito bem atendida. Estou muito feliz com esse trabalho do Governo do
Estado”, afirmou.
A próxima parada da caravana será em Curralinho, de sexta-feira (27) a
domingo (29). Depois, segue para Portel (1 a 3 de dezembro), Breves (5 a 8) e
Melgaço (10 a 12). A estimativa é fazer, nos 16 dias de programação, cerca de
15 mil atendimentos.
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Texto:
Mayara Albuquerque |
Jornada psiquiátrica no Hospital de Clínicas discute os males da
internet
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A Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) recebe um dos
maiores eventos na área da medicina psiquiátrica da região Norte. Durante
três dias, de quinta-feira (26) a sábado (28), um conjunto de três jornadas
discute os principais causadores dos transtornos mentais. O tema será ‘’Os
desafios da saúde mental no Brasil do século XXI’’.
Entre os principais convidados está o psiquiatra Daniel Cruz Cordeiro,
uma das grandes autoridades na área da emergência psiquiátrica, comorbidade
psiquiátrica e dependência química. A abertura da jornada será a partir das
18h, no auditório Ronaldo de Araújo, no prédio administrativo do hospital,
que fica na Travessa Alferes Costa, s/n.
A programação será dividida em conferências, mesas redondas e debates.
Uma delas vai discutir os riscos que a dependência, ou o uso em excesso da
internet, pode causar aos usuários. Entre os participantes estará Daniel Cruz
Cordeiro, que abordará o tema “Quando o uso da internet passa a ser
patológico?”.
A XII Jornada de Psiquiatria da FHCGV ocorre paralelamente à XII
Jornada Paraense de Psiquiatria e à III Jornada da Liga Acadêmica de
Psiquiatria. Os principais objetivos do evento são
oportunizar discussões para melhoria da qualidade de atenção
em saúde mental e psiquiátrica na região e fornecer troca de
experiências e informações entre os profissionais da área de saúde mental
e psiquiátrica.
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Texto:
Felipe Gillet |
Unidade da Jucepa em Jacundá agiliza regularização da atividade
empresarial no município
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Os empreendedores do município de Jacundá, na região Sudeste do
Estado, não precisam mais se deslocar até a cidade de Marabá, distante cerca
de 100km, para regularizar seus empreendimentos. A partir de agora o serviço
de registro mercantil pode ser feito no próprio município, que ganhou nesta
quarta-feira, 25, uma Unidade Desconcentrada (UD) da Junta Comercial do Pará
(Jucepa).
“A missão da Jucepa, hoje, não é mais simplesmente fazer um registro
de empresas, mas sim fomentar o desenvolvimento. Por isso a desconcentração é
tão importante. À medida que nós implantamos unidades desconcentradas em
qualquer município, nós temos certeza que esse município vai se desenvolver
mais ainda”, afirmou o vice-presidente da Junta Comercial, Mauro Leônidas,
que representou a presidente, Cilene Sabino, na cerimônia de inauguração.
As UD's funcionam como coordenadorias regionais da Jucepa e permitem
que o registro das empresas passe a ser feito na própria cidade. Segundo o
secretário geral da mais nova unidade, José Cláudio Alves, isso representa
mais facilidade para a regularização da atividade empresarial nos municípios
e, consequentemente, uma melhoria de arrecadação tanto para o Estado quanto
para os municípios. “Nas quatro últimas unidades implantadas nós constatamos
um crescimento de 30 a 40% da receita municipal, entre impostos e tributos
relativos a atividade empresarial”, informou José Cláudio.
A UD Jacundá é a segunda Unidade Desconcentrada inaugurada esse ano.
Com ela, já são 19 postos de atendimento da Jucepa em funcionamento no
interior do Estado e Região Metropolitana. Estão previstas ainda inaugurações
em Breves, Eldorado dos Carajás e São Miguel do Guamá, até o final do ano, e
já foram iniciados os processos de implantação em Dom Eliseu, Anajás e Acará.
“Esses empresários terão menos despesas para regularizar suas empresas, uma
vez que você evita os custos com deslocamentos, principalmente em um estado
com grandes dimensões como o nosso”, ressalta o vice-presidente da Jucepa,
Mauro Leônidas.
Essa é justamente a expectativa da administração municipal. “Para as
empresas, para o comércio, para o município, é uma realização muito grande.
Nós vamos evitar que as pessoas tenham que se deslocar para outro município,
já que ela vai poder fazer o serviço aqui mesmo na cidade”, comentou o
vice-prefeito Itonir Tavares. “É mais facilidade para que o empreendedor
informal se legalize e isso gera um incremento real para o seu negócio. O
empresário que comprava com o seu CPF e não podia vender para o poder público
e para os grandes empreendimentos, hoje, legalizado, totalmente formalizado,
tem a oportunidade de oferecer o seu produto para todo esse mercado”,
completou o secretário geral José Cláudio.
A unidade de Jacundá funciona na sede da Secretaria Municipal de
Industria, Comércio e Agronegócio (Semica), localizada na Rua Bahia, S/N, na
área central do município. O horário de funcionamento é das 8h às 14 horas.
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Texto:
Anna Peres |
Hemopa já recebeu mais de 1,5 mil voluntários na Semana do Doador de
Sangue
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Desde a abertura, no último dia 21, a campanha “Eu sou sangue bom”, do
Hemopa, registrou o comparecimento de 1.560 voluntários, 560 apenas até as
16h30 desta quarta-feira (25), Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.
Os candidatos que compareceram à sede do hemocentro e à unidade de coleta do
Castanheira foram recepcionados em clima de festa e agradecimento, com bolo e
apresentações da Banda de Música dos Bombeiros, da Escola de Música da
Universidade Federal do Pará (Emufpa), do Conservatório Carlos Gomes e do
Coral do Hemopa.
A presidente do Hemopa, Ana Suely Saraiva, lembrou que a data é
comemorada em toda a hemorrede nacional, estimulada pelo Ministério da Saúde,
por meio da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados. “O doador voluntário
é a razão de ser do Hemopa. Sintam-se abraçados por todos aqueles que
precisam de uma doação de sangue para viver”, disse.
Doador de sangue há dez anos e aniversariante do dia, Ivo Barreto
Pinheiro, 43, doa regularmente a cada dois meses, deixando sempre a última
doação do ano para a campanha em homenagem ao Dia Nacional do Doador
Voluntário de Sangue. ‘’Comecei a doar sangue quando meu tio precisou de uma
transfusão, mas naquele dia percebi a importância do ato. Pensei nas outras
pessoas que dependem desse ato solidário e, desde então, doo frequentemente.
É gratificante e faz bem’’, ressaltou.
A também aniversariante Giselle Cruz Brito, 33, que doa sangue há seis
anos, conta que se tornou voluntária quando entrou no curso de técnico em
enfermagem e percebeu a realidade da demanda transfusional. “É muito difícil
captar doadores. A demanda aumenta a cada ano, e repor o estoque é muito
importante. Doar sangue é simples, não há o que temer. Não nos custa nada,
mas pode custar o amanhã de alguém’’, comentou.
A esteticista Maria Telma Magalhães da Silva é doadora de medula
óssea. Ela fez o cadastro em 2011, e após dois anos foi contatada. Há seis
meses viajou para Natal (RN), onde foi feito o transplante. ”Depois que me
cadastrei fiquei muito ansiosa. Quando me ligaram, fui para ajudar uma pessoa
que tinha leucemia. Foi importante, pois estes pacientes dependem diretamente
da nossa boa vontade. É uma esperança se renova”, afirmou ela, que nesta
quarta aproveitou as comemorações e fez a primeira doação de sangue.
A programação segue nesta quinta (26) e sexta-feira (27), com a
recepção de caravanas solidárias no Hemopa, das 7h30 às 18h, e se encerra no
sábado (28), com a oferta de serviços de beleza aos doadores, na sede do
hemocentro, das 7h30 às 17h.
O Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2.109, em Batista Campos, e
no acesso ao Pórtico Metrópole, na entrada do shopping Castanheira (BR-316,
km 1). As coletas são feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos
sábados, das 7h30 às 17h. Mais informações pelo Alô Hemopa: 0800-2808118.
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Texto:
Mário Costa |
Escola de educaçao tecnológica prepara alunos para atuação
profissional
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Duzentos estudantes da Escola Estadual de Educação Tecnológica
Professor Anísio Teixeira, no Umarizal, participaram nesta quarta-feira (25)
de programação que abordou o ingresso no mercado formal de trabalho. “Segundo
pesquisadores, há oportunidades para aqueles que têm curso técnico. Então
decidimos promover esse evento inédito na escola, o ciclo de palestras e
oficinas ‘A escola de portas abertas para o conhecimento’“, disse o diretor
da escola, Dário Merca.
Foram ministradas oficinas e palestras sobre elaboração de currículo e
postura assertiva em entrevistas; Você S. A. – Você como seu melhor produto;
elaboração de documentos oficiais; marketing pessoal e profissional e leitura
e comunicação. Na oficina sobre currículos e entrevistas, os estudantes receberam
orientações das professoras Zaira Venâncio e Geisa Begot.
“Na formatação do currículo é importante a veracidade das informações
fornecidas pelos estudantes e colocar os pontos principais sobre o
desenvolvimento acadêmico, as qualificações. Com relação à entrevista, é
preciso ter tranquilidade, postura adequada, vestimenta e aparência, entre
outros aspectos”, afirmou Zaira.
A estudante Melissa Ferraz, 14 anos, do curso de Secretariado,
ofertado pela escola, disse que a oficina é uma oportunidade para que os
alunos possam aprender aspectos fundamentais na busca por empregos, no começo
da carreira profissional. “Ela é importante nessa preparação”, frisou.
Na oficina Você S. A. – Você como seu melhor produto, os professores
Neldson Neves e Paloma Lobato discorreram sobre como é determinante para o
estudante e mesmo aos profissionais assimilarem conhecimentos e revisarem
conceitos e processos na busca de melhor atuação profissional.
“A oficina trabalhou o desenvolvimento de cada um, as habilidades,
assim como o trabalho em equipe. Quem não investe m si tem sérias
dificuldades. Isso a gente tem que fazer desde agora. O jovem recebe muitas
informações, mas precisa refletir sobre elas. É todo dia aprender alguma
coisa e entender que não pode parar”, afirmou Paloma Lobato. A programação na
Escola Anísio Teixeira foi acompanhada pela pedagoga Lívia Melo, da
Coordenação de Educação Profissional da Seduc.
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Texto:
Eduardo Rocha |
Seduc debate a inclusão da cultura negra no currículo escolar
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A Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial
(Copir) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) deu início, nesta
quarta-feira (25), ao Seminário para Elaboração de Conteúdos Étnico-Raciais,
que destaca a aplicabilidade da Lei 10.639, que estabelece o ensino da
história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas do País.
Integrante do Centro de Estudos de Defesa do Negro no Pará (Cedenpa),
a professora doutora Zélia Amador de Deus abriu o seminário ao falar que o
Brasil precisa conhecer sua própria história, com ênfase para a participação
da população negra na construção do País. “Os currículos escolares precisam
privilegiar essa participação. Por isso, é importante que a Secretaria de
Educação discuta. É importante que os professores trabalhem nessa linha,
porque essa é uma linha de descolonização do ensino”, frisou a educadora.
Creusa Santos, da Copir Seduc, informa que o evento visa orientar os
professores das escolas públicas estaduais, em Belém e no interior, sobre a
inclusão da temática racial no currículo escolar, bem como a história da
África e dos africanos e sua contribuição para a formação da sociedade
brasileira. “Estamos fazendo um movimento para que todas as disciplinas do
currículo alcancem a temática étnico-racial, porque consideramos que esse
conteúdo deverá perpassar o currículo como um todo e não apenas as
disciplinas que a lei coloca como prioritárias”, afirmou Creusa Santos, ao
ressaltar que a legislação vigente diz que, preferencialmente, esse conteúdo
seja trabalhado na disciplina de Arte, História e Literatura.
O evento acontece no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Pará (IFPA), e prossegue nesta quinta-feira (26) quando será
homenageado o professor Vinícius Darlan Andrade, um dos vencedores do 7º
Prêmio Educar para a Igualdade Racial e de Gênero: experiências de promoção
da igualdade étnico-racial em ambiente escolar, do Centro de Estudos de
Relações do Trabalho e Desigualdades (CEERT).
Instituída em 2003, a Lei 10.639 é reconhecida pelo Conselho Estadual
de Educação (CEE) e recentemente essa demanda foi incluída na dinâmica
curricular do Estado via Plano Estadual de Educação (PEE), em sintonia com o
Plano Nacional de Educação (PNE). Cento e sessenta professores da rede
pública e convidados de instituições participam da programação.
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Texto:
Eduardo Rocha |
Mistura Regional apresenta espetáculo regional na Estação das Docas
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Nesta sexta-feira (27), a última edição de novembro do projeto Pôr do
Som, da Estação das Docas, recebe a Companhia de Danças
Folclóricas Mistura Regional, com o espetáculo “Cultura e arte em
toda parte”. A apresentação começa às 18h30, na orla do Armazém 3 do espaço.
A entrada é franca.
Para os espetáculos foram selecionadas as lendas do boto, iara e
vitória régia. Toada e merengue também farão parte da apresentação, que
reunirá 30 pessoas, entre músicos e dançarinos. O
carimbó, patrimônio cultural imaterial do Brasil, terá um
bloco especial. O Mistura Regional foi fundado no bairro
do Marco, em Belém, há 13 anos.
“Para essa apresentação vamos levar dois grupos convidados, um de
senhoras da melhor idade e dez meninas que vão mostrar coreografias de balé
folclórico. Essa é uma iniciativa para estimular cada vez mais o surgimento
de outros grupos”, diz o fundador do grupo Mistura Regional, Cleber Raiol.
Serviço: A Estação das Docas fica no Boulverd Castilhos França,
s/n, bairro Campina. Informações: (91) 3212-5525, ramal
30, ou no site www.estacaodasdocas.com.br.
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Texto:
Fernanda Scaramuzzini |
Convênio garante qualificação profissional a trabalhadores de
frigoríficos
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A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e
Renda (Seaster) firmou convênio nesta quarta-feira (25) com o Serviço
Nacional de Aprendizagem (Senar) para a oferta de nove cursos de capacitação
social e profissional para 200 pessoas, entre jovens e adultos, que atuam em
frigoríficos nos municípios de Altamira, Benevides, Bragança,
Igarapé-Açu, Marabá e Marituba.
A assinatura ocorreu na abertura do 44º Encontro Ruralista, na
Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), reunindo o secretário
adjunto da Seaster, Everson Costa, o presidente da Faepa, Carlos Xavier, o
superintende do Senar, Walter Cardoso, e a presidente da União Nacional da
Indústria e Empresa das Carnes (Uniec), Karen Destro.
Segundo Everson Costa, o convênio foi firmado para suprir a demanda de
qualificação dos frigoríficos. “O investimento em qualificação profissional
em segmentos como agroindústria e agricultura familiar, visando à inclusão
social e o acesso ao mundo do trabalho, é uma resposta do governo à crise. A
indústria é a área que mais cresce no Estado, então temos que colocar pessoas
capacitadas para ocuparem essas vagas de emprego”, destacou.
Karen Destro frisou que a qualificação será fundamental para que as
vagas de emprego que estão sendo ofertadas nos frigoríficos sejam ocupadas.
“Temos muitas vagas de emprego nos frigoríficos, que não estavam sendo
ocupadas devido à falta de trabalhadores qualificados”, explicou.
O superintendente do Senar espera que sejam firmados mais convênios
que busquem garantir mais emprego no Pará. “A qualificação dos profissionais
é importante para que aumente o número de trabalhadores com carteira
assinada. Esperamos que cada vez mais possamos firmar parcerias como essa
para o crescimento do Estado”, disse.
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Texto:
Inara Soares |
Biblioteca de Detran faz 15 anos e promove atividades em escola
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A Biblioteca Irmãos Guimarães, do Departamento de Trânsito do Estado
(Detran), promoveu atividades do Projeto Trânsito Livre para a Leitura, na
manhã desta quarta-feira (25), destinadas a estudantes do ensino fundamental
da Escola Municipal Professora Alda Eutrópio de Souza. O evento faz parte das
homenagens alusivas aos 15 anos de criação do espaço, completados no último
dia 16. Os alunos participaram de atividades lúdicas, assistiram a vídeos
educativos e palestras sobre a temática do trânsito e também interagiram com
os pedagogos durante demonstrações sobre o uso de equipamentos de segurança e
a condução de menores em veículos.
Segundo a gerente em exercício da biblioteca, Fátima Guerreiro, os
palestrantes usam uma linguagem mais acessível às crianças, que consiste em
explicações simples, com teatro de marionetes, vídeos e jogos educativos
voltados a este segmento. “O objetivo da biblioteca é despertar na criança a
atenção e os cuidados que devem ser adotados ao caminhar nas ruas, por
exemplo, além de ensinar a elas regras básicas sobre trânsito e fazer com que
conheçam os equipamentos obrigatórios, como o cinto de segurança e a
cadeirinha”, disse.
Cerca de 30 crianças, entre 8 e 9 anos, participaram da programação e
se mostraram bastante entusiasmadas durante as demonstrações. “Não vejo a
hora de chegar em casa e contar para minha mãe todas as coisas legais que
aprendi”, disse a estudante Jamily Lisboa, 9 anos. Para a professora Rosalina
Albuquerque, o contato dos pequenos com os livros, desde cedo, é muito
importante, assim como o conhecimento sobre as regras básicas de trânsito.
“Durante o mês de setembro fizemos uma programação especialmente dedicada ao
trânsito, com o objetivo de auxiliar na boa formação de futuros condutores e,
desta forma, também conseguimos alcançar os pais das crianças”, ressaltou a
professora.
História – O nome dado à biblioteca é uma homenagem a
Joaquim Guimarães Neto e Jaqueline de Sousa Guimarães, jovens irmãos que
morreram vitimados por um acidente de trânsito, em novembro de 1999, em
Belém. Após a tragédia, os pais iniciaram uma forte campanha de
conscientização, que mobilizou a sociedade e culminou com a homenagem do Detran.
Com a intenção de resgatar a memória do Detran no Pará, a biblioteca
foi aberta ao público, em novembro de 2000. É a primeira no país a oferecer
aos visitantes assuntos referentes ao trânsito. O pioneirismo mereceu a
visitação de diretores de demais Detrans do país, interessados em conhecer a
estrutura e o funcionamento da biblioteca e adaptar o modelo paraense em
outros Estados.
Situada em uma área carente de bibliotecas públicas, a Irmãos
Guimarães desempenha um papel relevante para a comunidade do entorno do
Detran, onde o público tem acesso a periódicos diários, revistas, pesquisas,
estudos e também à internet. O acervo, com cerca de cinco mil títulos, é
constituído por centenas de obras de conhecimentos gerais, português,
matemática, literatura, história e ficção, além de publicações sobre o
trânsito que subsidiam trabalhos e incentivam atitudes seguras.
Além do material bibliográfico, a biblioteca dispõe de um vasto
material direcionado, exclusivamente, ao público infantil, entre brinquedos,
DVDs, desenhos, pinturas, jogos educativos e obras de assuntos variados, com
foco nas temáticas sobre trânsito e meio ambiente. Qualquer pessoa pode
visitar, consultar ou pesquisar o acervo da biblioteca do Detran. A
biblioteca fica no segundo andar da sede do Detran, na Avenida Augusto
Montenegro, aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
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Texto:
Lene Alves |
Iterpa investe em tecnologia e melhora acesso à informação aos
usuários dos serviços do órgão
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Para melhorar o acesso à informação em relação aos dados fundiários e
aos serviços prestados pelo órgão, o Instituto de Terras do Pará (Iterpa)
implementou novas normas e procedimentos a fim de tornar mais ágil o trâmite
dos processos cadastrados no Instituto. Além do reforço da equipe de
protocolo para encaminhamento dos documentos, a direção vem investindo em
tecnologia para dar mais celeridade aos processos.
Em parceria com a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do
Estado do Pará (Prodepa), o órgão lançou uma plataforma digital que vem
garantindo ao público, de qualquer lugar onde esteja, acesso às informações
sobre o andamento e os despachos dos seus processos. Antes, a consulta
informava apenas o local onde o documento se encontrava, não identificando,
por exemplo, as pendências. Hoje, as informações são apresentadas de forma
mais detalhada. “Isso é um grande avanço porque assegura mais agilidade ao
trâmite dos processos, permitindo que o usuário, em tempo real, possa
identificar e sanar alguma pendência em seus documentos, se esse for o caso”,
afirma o presidente do Iterpa, Daniel Lopes.
O Iterpa também lançou um novo site para melhorar e facilitar o acesso
do público às informações fundiárias do Estado. O novo portal traz
informações sobre legislação, notícias, consultas à documentos e outros
assuntos de interesse do setor. Todas as ações vêm se somar a implantação, em
breve, do Cadastro Rural Fundiário (Carf), um moderno sistema de base digital
que vai funcionar como um banco de dados de referência e inovador do setor e,
também, vai agilizar o trâmite dos processos em andamento no órgão. O Carf
vem sendo construído em parceria com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon), por meio de um termo de cooperação técnica que foi assinado
para esse fim.
O Instituto, também em parceria com a Auditoria Geral do Estado (AGE)
e Secretaria Estadual de Comunicação (Secom), começa a disponibilizar em
seu site e em seu espaço físico o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC),
conforme é exigido pela Lei de Acesso à Informação a fim de garantir maior
transparência em todas as informações fundiárias de interesse da sociedade.
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Texto:
Tânia Monteiro |
Justiça determina efetivo mínimo de 50% durante greve dos servidores
da Adepará
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O Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA) determinou
nesta segunda-feira (23) que o Sindicato dos Trabalhadores do Setor
Público Agropecuário e Fundiário do Estado do Pará (Stafpa) mantenha, durante
a greve dos servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
(Adepará), um efetivo mínimo de 50% do quadro em atividade, sob pena de R$ 5
mil por dia ao sindicato em caso de descumprimento da decisão.
A decisão, em caráter liminar, deixa claro que a greve vem
prejudicando a economia e o serviço à população nas áreas de atuação da
Adepará, de defesa e proteção agropecuária. No despacho do desembargador José
Roberto Bezerra Júnior, determina que "o sindicato agravado mantenha 50%
dos servidores nas atividades essenciais relativas à emissão de Guia de
Trânsito Animal (GTA), atividades de inspeção e defesa animal desenvolvidas
nos estabelecimentos frigoríficos do Estado e atividades de inspeção e defesa
vegetal, para resguardar a segurança alimentar nos municípios do interior e
nos que integram a Região Metropolitana de Belém, devendo ainda a entidade
agravada garantir a regular e ininterrupta execução dos trabalhos
desenvolvidos pelos servidores da Adepará".
O sindicato tem que, imediatamente, cumprir a decisão liminar tão logo
seja citado e intimado oficialmente. A diretoria geral da Adepará, assim como
representantes das secretarias de Estado de Administração e a de Fazenda, já
se reuniu com representantes do movimento grevista, mantendo sempre aberto o
espaço ao diálogo, explicando as limitações burocráticas e legais para que
não seja possível atender a todas as reivindicações.
A ação cautelar protocolada pela Adepará visa a manutenção dos
serviços essenciais da agência, impedindo a abusividade da greve e para que
não haja prejuízo algum à população paraense, como a perda de empregos e
perigo à saúde pública. Com a greve, a agência estava impossibilitada de
atender plenamente os serviços de segurança alimentar, com a população
sujeita a consumir produtos sem a necessária aferição sanitária exercida pela
Adepará. Além disso, a ação cita a suspensão de emissões de GTAs como já
prejudicial à economia estadual, com perdas acumuladas de mais de R$ 10
milhões.
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Texto:
Josué Cidade |
Workshop com palestrantes nacionais discute Educação no Sistema
Prisional
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Cerca de 100 servidores da Superintendência do Sistema Penitenciário
do Estado (Susipe) participam do I Workshop de Formação dos Profissionais da
Educação das Prisões do Estado do Pará, iniciado nesta terça-feira (24), no
Hotel Gold Mar, localizado no bairro do Telégrafo, em Belém. Promovido pela
Susipe, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o evento
conta com o apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação (MEC).
Com o tema “Saberes necessários à prática educacional”, o Workshop
reúne na capital, diretores, agentes prisionais, técnicos e coordenadores
pedagógicos de 32 unidades prisionais. Através de palestras, oficinas, mesas
redondas, rodas de conversa e mostras de experiências, o evento pretende
apresentar novas perspectivas para a educação prisional no Pará.
Participaram da mesa de abertura do evento, o superintendente da
Susipe, Cel. André Cunha, o diretor do Núcleo de Reinserção Social da Susipe
(NRS), Ivaldo Capeloni, a coordenadora da Educação de Jovens e Adultos da
Seduc, Núlcia Azevedo, a gerente da Divisão de Educação Prisional (DEP),
Aline Mesquita e o professor adjunto da Universidade Federal Fluminense
(UFF), Elionaldo Julião.
Para debater ações e inspirar os servidores, o Workshop conta com a
presença de palestrantes nacionais, com ampla experiência na educação para
pessoas privadas de liberdade. A intenção é, cada vez mais, proporcionar a
compreensão de como as atividades educacionais podem transformar os
indivíduos encarcerados.
“O evento foi pensado para poder sensibilizar os diretores, os agentes
e os técnicos com a relação à necessidade de oferta da educação. Conseguir
trazer diretores de várias casas penais, até mesmo das que ainda não possuem
aulas regulares, faz com que nós deixemos ainda mais claro da importância que
a educação tem no processo de reinserção social”, afirma a coordenadora da
Seduc, Núlcia Azevedo.
Educação Prisional - Os resultados positivos de educação
prisional nas penitenciárias do Pará têm crescido desde 2011. Com o workshop
se espera que essa evolução seja ainda maior. “Este evento é um marco que
coroa todo o trabalho feito neste período. Hoje temos um aumento de 106% de
envolvimento nas atividades educacionais. São 14% dos detentos de todo o
Estado estudando, enquanto essa média, no Brasil, é de 10,7%. Nosso papel é
fazer com que a Educação nas casas penais flua cada vez mais”, diz o diretor
do NRS, Ivaldo Capeloni.
Abrindo a programação do evento, o professor da UFF falou ao público
sobre os desafios existentes, e já vivenciados, na história da educação
prisional brasileira. Mestre em Educação e Doutor em Ciências Sociais,
Elionaldo Julião é reconhecido pelo empenho e dedicação no estudo da educação
voltada para as pessoas privadas de liberdade.
“O número de pessoas presas tem crescido ao longo dos anos e não é
raro ver que os sistemas prisionais dos Estados não conseguem acompanhar esse
ritmo. Fico feliz em conhecer os números atuais do Pará na Educação. Saber
que o sistema, o Estado, está interessado em melhorar a cada dia é animador.
É inadmissível que profissionais que atuam na educação prisional não sejam
capacitados para isso”, afirma o professor.
Expectativa - Entre os participantes do workshop, a expectativa por novas
experiências era unânime. Para o diretor do Centro de Recuperação Regional de
Redenção (CRRR), Kleber de Sousa, os exemplos apresentados no evento poderão
ser aplicados para aprimorar as atividades e o desempenho dos internos na
educação.
“A gente espera, em um breve período, colocar em prática tudo aquilo
que aprendemos aqui. A educação no sistema prisional deve ser vista como
estratégia de trabalho. Penso que através da educação é que nós conseguimos
mudar o comportamento de alguns internos e é através dessa mudança que nós
podemos ter posteriormente um interno mais bem preparado para a sociedade”,
observa Kleber.
Potencializar as atividades educacionais dentro das unidades
carcerárias tem sido uma das prioridades da atual gestão da Susipe. “Nós não
podemos esperar que uma pessoa saia diferente do sistema carcerário, sem
oferecer condições para diminuir a vulnerabilidade dela e educação tem esse
papel. Nossas ações mostram que temos trabalhado muito para isso e os
resultados estão nos números crescentes que temos alcançado. Mas é preciso
fazer muito mais, já que a grande maioria dos detentos já perdeu o interesse
pela educação antes mesmo de chegar ao cárcere”, afirmou o titular da Susipe.
Para André Cunha, ainda, o empenho dos detentos está envolvido
diretamente no trabalho desenvolvido não só pelos professores, mas por também
pelos agentes prisionais, formando assim uma corrente de responsáveis pelo
êxito destas ações.
Programação – O Workshop de Formação dos Profissionais da Educação das
Prisões do Estado do Pará segue até quinta-feira (26), com atividades nos
períodos da manhã e da tarde.
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Texto:
Timoteo Lopes |
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