Polícia fecha o cerco a assaltantes de banco no Moju
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Sete, dos oito assaltantes que invadiram a agência do Banpará em Moju,
na manhã desta sexta-feira, 4, estão refugiados em uma estrada vicinal da
rodovia PA-150, em área já cercada pela Polícia Militar. A quadrilha chegou a
fazer reféns durante o assalto, ocorrido por volta de 9h, mas eles foram
libertados durante a fuga, na saída da cidade. Após a liberação, houve troca
de tiros com policiais civis e militares e, no confronto, um dos assaltantes
foi morto e dois ficaram feridos.
Segundo o delegado do Interior, Silvio Maués, a expectativa dos órgãos
de segurança é de que a quadrilha seja presa ainda nesta sexta-feira.
Maués descarta qualquer relação entre a invasão do banco em Moju e outros
casos ocorridos nesta madrugada nos municípios de Parauapebas, também às
margens da PA-150, e de Bom Jesus do Tocantins, cortado pela BR-155. “Há
muita diferença no modus operandi das quadrilhas. Em Moju os assaltantes
foram muito ousados e aterrorizaram a população. Nos outros dois casos,
os bandidos usaram explosivos, mas os assaltos não se consumaram graças à
ação rápida da Polícia Militar”, explica.
Em Moju, os dois assaltantes baleados buscaram refúgio em uma
área de mata a 15 quilômetros da sede do município, onde uma equipe de
policiais da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, vinculada à DRCO
(Divisão de Repressão ao Crime Organizado), e militares do Grupamento Tático,
com apoio do helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp),
fazem buscas. Três armas utilizadas pelo bando foram apreendidas, além de um
dos carros usados na fuga.
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) informa que, para garantir a
segurança e a integridade física da comunidade acadêmica, suspendeu as
aulas no campus de Moju, até que a situação volte ao normal no município. Os
alunos, professores e servidores que estavam no prédio da Uepa no
momento da ação receberam assistência da coordenação do campus, logo após o
ocorrido, e passam bem. Toda a área da Universidade permanece fechada.
Em Parauapebas, no sudeste paraense, os criminosos chegaram a fazer um
buraco na parede dos fundos da agência do Itaú, localizada no bairro da
Cidade Nova. O tempo de resposta da Polícia Militar, acionada pela central de
monitoramento do banco, foi decisivo para evitar a consumação do assalto. A
ação teve início próximo da meia-noite. Os bandidos tentaram instalar uma
banana de dinamite nos caixas eletrônicos, mas acabaram deixando o local sem
levar qualquer valor em dinheiro.
Em Bom Jesus do Tocantins, no sudeste paraense, uma quadrilha tentou
explodir caixas eletrônicos nas agências do Banco do Brasil e do Bradesco,
que ficam uma em frente da outra. A ação ocorreu por volta de três horas da
madrugada, quando cerca de oito homens armados chegaram à cidade em três
veículos - dois carros e uma moto - e atiraram em direção ao Destacamento da
PM e da Delegacia do município.
Parte do grupo seguiu até as duas agências, no centro da cidade, e
detonou explosivos nos caixas eletrônicos e cofres. Mas a carga utilizada não
foi suficiente para abrir os compartimentos e nada foi roubado. Com a chegada
da PM, os assaltantes fugiram por uma estrada conhecida como Vicinal do
Cocal, que dá acesso aos Estados do Maranhão e Tocantins. Um dos carros
usados pelos bandidos foi jogado no Rio Tocantins, onde uma lancha já aguardava
para dar fuga à parte do grupo criminoso. O restante do bando deixou a cidade
pela estrada. As Polícias Civil e Militar fazem cerca nessa região com apoio
das polícias dos Estados vizinhos.
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Texto:
Walrimar Santos |
Hemopa e Funtelpa lançam no domingo a campanha Doadores Futebol Clube
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Com o objetivo de elevar o número de doadores de sangue no Pará, tendo
em vista a baixa de 40% no número de comparecimentos de voluntários
ocasionada pelo aumento das chuvas e incidências de viroses comuns neste
período do ano, o Hemopa e a Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa) se
uniram em prol da solidariedade e criaram a campanha “Doadores Futebol
Clube”.
O lançamento oficial será neste domingo (6), na final do primeiro
turno do Campeonato Paraense, entre Remo e Paysandu. Minutos antes da partida
começar, os apresentadores do programa “Meio de Campo”, da TV Cultura, vão
apresentar o projeto e mostrar o material desenvolvido para a campanha.
Estarão presentes no estúdio representantes do Hemopa e das torcidas dos
times.
Segundo a produtora do programa “Meio de Campo”, Paloma Andrade, a
ideia é fazer com que a paixão pelos times chegue aos hemocentros de todo o
Estado e incentive a doação de sangue. “No fim de cada semana, o Hemopa vai
nos passar o ranking de torcedores que compareceram e quais foram os clubes
que mais mobilizaram a torcida. O resultado será dado durante o programa”,
explica.
Mobilização – Os jogadores também aderiram à campanha. Durante o RexPa
eles vão usar as camisas do projeto. “Elas serão autografadas e sorteadas
pelo Portal Cultura”, diz a produtora. A campanha “Doadores Futebol Clube”
será veiculada ao longo da programação da TV, Rádio e Portal Cultura durante
o segundo turno do Parazão. Entre os objetivos está incentivar o aumento da
doação de sangue no interior do Pará. “Queremos aproveitar a abrangência da
nossa audiência e do nosso sinal”, diz Paloma Andrade.
O Hemopa recebe anualmente a média de 82 mil candidatos à doação. O
Pará tem uma população com mais de oito milhões de habitantes, e 33% deste
total são de mulheres potencialmente doadoras, na faixa etária de 16 a 69
anos. A hemorrede estadual é composta pelo Hemocentro Coordenador em
Belém, Unidade de Coleta no Castanheira e três Hemocentros Regionais
(Marabá, Santarém e Castanhal, que são polos e coordenam o serviço de hemoterapia
em suas respectivas regiões), com o apoio de cinco Hemonúcleos (Abaetetuba,
Altamira, Tucuruí, Redenção e Capanema).
Segundo a gerente de Captação de Doadores do Hemopa, Juciara Farias, a
Funtelpa tem muito a contribuir para a elevação do número de coletas no Pará
com o desenvolvimento de ações permanentes de incentivo à promoção da saúde
em hemoterapia. “Enfrentamos diariamente muitos desafios, entre eles, a
manutenção do atendimento de qualidade. Para fazer frente ao crescimento dos
serviços de saúde no Pará, precisamos elevar em 30% o número de coletas de
bolsas de sangue, que nos colocaria em um patamar mais confortável, em torno
de 3% da população doadora de sangue, atendendo orientação da Organização
Mundial de Saúde (OMS). Isso elevaria nosso Estado a uma referência nacional
do número de voluntários, que atualmente é de 2,2%”, explica.
Podem doar sangue pessoas com boa saúde, que tenham entre 16 e 69 anos
e pesem acima de 50 quilos. Menores de 18 anos podem doar somente com
autorização dos pais ou responsável legal. É necessário portar documento de
identidade original e com foto. Não precisa estar em jejum. O homem pode doar
a cada dois meses e a mulher, a cada três meses. Para fazer o cadastro de
doadores de medula óssea, o candidato deve estar bem de saúde, ter entre 18 e
55 anos e portar documento de identidade original e com foto.
Serviço: A Fundação Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2.109, em
Batista Campos, e a Estação de Coleta Hemopa-Castanheira, no térreo do
Pórtico Metrópole (BR-316, km 1). As coletas são feitas de segunda a
sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h30 às 17h. Alô Hemopa:
0800-2808118.
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Texto:
Bianca Teixeira |
Hospital Galileu leva sessões de cinema para as enfermarias
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A humanização no atendimento é uma premissa do Hospital Público
Estadual Galileu (HPEG). E dentro desse contexto, a mais nova ação são as
sessões de cinema nas enfermarias da unidade. O projeto foi denominado
"Cine Galileu nas Enfermarias" e proporciona aos pacientes,
impossibilitados de saírem de seus leitos, usufruírem do entretenimento. No
hospital, já existe o Cine Galileu, que acontece todas às terças-feiras no
auditório do hospital.
A estudante universitária Daiane Vieira Silva, 23 anos, é fã da
sétima arte e não imaginava que poderia fazer algo que ela tanto gosta
estando internada em um hospital. “Eu gosto muito de assistir filmes e sempre
que posso vou ao cinema. Achei improvável fazer isso em um hospital, mas para
minha surpresa, isso foi possível. É tão bom, sinto-me um pouco mais em casa
e ajuda a me distrair. É como se o tempo passasse mais rápido”, garantiu.
O projeto de cinema nas enfermarias só se torna viável depois de uma
análise da equipe de humanização, com apoio do setor de psicologia do
hospital. É realizada uma visita para conversar com os usuários, a fim de
saber mais sobre seus casos e se estão dispostos a assistir filmes. Caso a
resposta seja positiva, a sessão é iniciada. O projeto começou no último dia
25, e acontecerá uma vez por semana em três sessões, uma para cada enfermaria
da unidade. O primeiro filme exibido foi ‘Desafiando Gigantes’,
produção americana que fala sobre fé e superação.
A coordenadora de humanização do Hospital Galileu, Aline Sampaio,
explicou que a ideia é deixar mais leve o ambiente hospitalar. “Nossa
intenção é preencher com carinho, boas histórias e risadas a estadia de
nossos usuários nas enfermarias da unidade. Os filmes causam sensações boas,
de alegria, reflexão, ajudam a melhorar a autoestima. E em um hospital,
ajuda-se na recuperação dos pacientes de forma muito positiva”, afirmou.
O diretor geral do hospital, Saulo Mengarda, acredita que o projeto
vem somar positivamente a todas as ações de humanização da unidade. “Estes
projetos são muito importantes para auxiliar no processo de recuperação dos
pacientes. Nossa intenção é agregar momentos de alegria ao tratamento deles,
que reflitam bem em sua passagem pelo Galileu e os façam deixar o hospital
mai forte, fisicamente e emocionalmente”.
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Texto:
Rosana Magno |
Escolas de ensino técnico formam profissionais para o mercado de
trabalho
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Com a formatura nos cursos técnicos de Edificações, Eletrotécnica,
Informática, Mecânica, Eletrônica, Manutenção e Suporte e Informática, os
alunos da Escola de Ensino Técnico Magalhães Barata entram mais preparados no
mercado de trabalho e garantem mão de obra qualificada para o Estado. A
cerimônia de formatura ocorreu na quinta-feira (3), às 19h, no auditório da
Escola Anísio Teixeira. Durante este ano de 2016, mais de 580 alunos da rede
de ensino técnico do Pará terminam a formação.
O estudante Mauro de Oliveira, concluinte do curso de Mecânica, já
trabalha há nove meses na área e disse que o curso mostrou um caminho
profissional para seguir. Com a ideia de fazer o curso de Engenharia
Mecânica, ele destacou a importância do ensino técnico. “As escolas técnicas
atuam na formação profissional do jovem e nos ajudam a trilhar um caminho.
Elas são de qualidade e amparam o aluno desde o início do curso, passando
pelo estágio, formatura e principalmente dando oportunidade no mercado de
trabalho”, disse.
A diretora da Escola Magalhães Barata, Missilene Magalhães, frisou o
importante papel das escolas de ensino técnico para o estudante e para a
sociedade. “O aluno sai do ensino fundamental e vai cursar o ensino médio, e
ao mesmo tempo terá uma formação técnica. Concluindo o ensino técnico, já
está habilitado para o mercado de trabalho, e na maioria dos casos os alunos
já conseguem ficar empregados desde o campo de estágio, pois a empresa quer
investir no aluno durante um ano ou mais”, assinalou.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tem atualmente 135 acordos
de cooperação técnica com órgãos e empresas públicas e privadas – além de 18
em tramitação – para serem ofertados este ano estágios aos estudantes do
ensino técnico. O estágio curricular obrigatório contribui para a adequada
formação aos estudantes, que conhecerão todas as peculiaridades com relação à
atividade profissional, tornando-se técnicos ainda mais capacitados.
O estudante Nei Simões, concluinte do curso de Eletrotécnica, trabalha
há um ano na área e disse que a parceria com as empresas na oferta de estágio
curricular é extremamente importante para os estudantes. “A possibilidade de
termos uma boa teoria dentro das escolas e complementarmos tudo isso com o
estágio é imprescindível para uma boa formação, por isso a parceria com as
empresas é essencial para o nosso desenvolvimento”.
“Uma das diretrizes do ensino médio é preparar e qualificar os alunos
para o mercado de trabalho. Sabemos que existe uma carência por mão de obra
qualificada e estamos tentando atender a essa demanda”, destacou a
diretora do Ensino Médio e Educação Profissional da Seduc, Joseane
Figueiredo. Nesta sexta-feira (4), às 19h, a Escola de Ensino Técnico Paes de
Carvalho fará, no auditório da Escola Deodoro de Mendonça, a cerimônia de
formatura dos concluintes dos cursos técnicos em Contabilidade e Logística.
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Texto:
Eliane Cardoso |
Campanha do Hemopa em homenagem à mulher começa neste sábado
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A partir das 7h30 deste sábado (5), o Hemopa abre as portas para
receber os voluntários da campanha "Mulher: beleza e força que doa
sangue", em comemoração alusiva ao Dia Internacional da Mulher,
festejado na terça-feira (8). A ação se estende aos dias 7 e 8 e é destinada,
preferencialmente, à população feminina potencialmente doadora no Pará, que
atualmente é de 33%, na faixa etária de 16 a 69 anos, para suprir o estoque
estratégico do banco de sangue paraense, que enfrenta dificuldades com a
insuficiência do número de coletas há duas semanas.
A mobilização para estimular a participação da mulher no processo da
doação de sangue ocorre, no dia 8, nos hemocentros regionais de Castanhal,
Santarém e Marabá; e nos hemonúcleos de Abaetetuba, Altamira, Tucuruí,
Redenção e Capanema. O locutor Rodrigo Lobo de Figueiredo, 34, de Capanema,
antecipou a colaboração nesta semana. “Doar sangue é fazer a diferença e o
bem à sociedade e, especialmente, todos aqueles que dependem desse gesto
solidário para sobreviver”, diz ele. Rodrigo Lobo – cuja irmã está viva hoje
graças à ação solidária de doadores – elogia a programação dedicada à mulher:
“Elas merecem todo nosso respeito e admiração”.
Na sede do Hemopa, em Belém, Ronaldo Mendes dos Anjos, 38, pai do
paciente Ronald dos Anjos, 12, ressalta o papel do doador voluntário de
sangue. "É muito importante que todos doem sangue. Meu filho precisa
demais. Ele tem anemia falciforme (doença genética e hereditária,
caracterizada por uma alteração nos glóbulos vermelhos) e necessita receber
transfusão de sangue duas vezes ao mês. As doações salvam meu filho e outros
mais. Se deixarem de doar, muitos adoecerão e podem até morrer”, afirma.
Com as mesmas condições físicas de doar sangue, os únicos impedimentos
naturais temporários da doação de mulheres são no período de gravidez e
amamentação, até doze meses. Segundo a gerente de Captação de Doadores da
Fundação Hemopa, Juciara Farias, o voluntariado da doação de sangue do sexo
feminino paraense já saiu de 12% para os atuais 32%. Para ela, as coletas
entre a população feminina podem aumentar mais ainda. Por isso, ela reforça o
convite para adesão à campanha que começa no sábado, com programação variada
e muita solidariedade.
Os três dias de campanha receberão importantes contribuições com a
atuação da “Caravana Solidária”, que é o transporte de pequenos grupos
de doadores de instituições parceiras até a sede do hemocentro, em
micro-ônibus com capacidade para 30 lugares. São elas: Força Sindical da
Mulher; Escola Técnica DNA; projeto Mãos que Ajudam, da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias; projeto Vidas por Vidas, da Igreja
Adventistas; torcedoras do clube do Remo Azulindas; escola
Mais Enfermagem; Faculdade Maurício de Nassau; Associação Lady’s Táxi;
Empresa de Correios; Comando de Missões Especiais da Polícia Militar; Corpo
de Bombeiros do Pará; Instituto Federal do Pará (IFPA) e Instituto Unidos
pelo Pará.
A campanha terá três dias de ações voltadas às mulheres, com
apresentação musical, oferta de serviços de beleza, oficina de customização
de camisetas, ilustrações de caricaturas, lanche especial, distribuição de
brindes e palestras educativas.
Podem doar sangue pessoas com boa saúde, que tenham entre 16 e 69 anos
e pesem acima de 50 quilos. Menores de 18 anos podem doar somente com
autorização dos pais ou responsável legal. É necessário portar documento de
identidade original e com foto. Não precisa estar em jejum. O homem pode doar
a cada dois meses e a mulher, a cada três meses. Para fazer o cadastro de
doadores de medula óssea, o candidato deve estar bem de saúde, ter entre 18 e
55 anos e portar documento de identidade original e com foto.
Serviço: A Fundação Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2.109, em
Batista Campos, e a Estação de Coleta Hemopa-Castanheira, no térreo do
Pórtico Metrópole (BR-316, km 1). As coletas são feitas de segunda a
sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h30 às 17h. Alô
Hemopa: 0800-2808118.
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Texto:
Vera Rojas |
Governo, Vale e Cevital assinam protocolo para implantação de
siderúrgica em Marabá
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O Governo do Estado do Pará e as empresas Vale e Cevital Groupe, esta
última da Argélia, assinaram nesta sexta-feira (4), no Palácio do Governo, um
protocolo de intenções que representa um novo passo no processo de
implantação de uma siderúrgica em Marabá, no sudeste paraense. O documento
foi assinado pelo governador do Estado, Simão Jatene, pelos presidentes das
companhias, Murilo Ferreira, da Vale, e Issad Rebrab, da Cevital, e outras
autoridades, como o senador Flexa Ribeiro e os deputados federais Beto Salame
e Julia Marinho, o presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa),
Márcio Miranda, secretários de Estado, deputados estaduais, prefeitos e
representantes de entidades empresariais.
O protocolo trata dos parâmetros que embasam o projeto de implementação
de uma siderúrgica em Marabá, que vinha sendo estudado pela Vale e agora
passará a ser conduzido pela gigante argelina. A empresa já havia
investido cerca de US$ 300 milhões, incluindo gastos no desenvolvimento
de engenharia, com vistas a construção da siderúrgica em
Marabá. Entre os termos do acordo, a Vale coloca a disposição
da Cevital, além de cooperação técnica, todos os estudos e
projetos já elaborados, a transferência do terreno de sua propriedade
que seria destinado a construção da Alpa, suprimento em bases comerciais de
minério de ferro e serviços logísticos para o empreendimento, além das
licenças ambientais do referido projeto. “A Vale irá ceder tudo isso sem
ônus ao empreendedor. A mineradora está muito satisfeita em manter esse
entendimento mútuo com o Governo do Estado e quer continuar a dar a sua
contribuição para que esse grande empreendimento importante para a região se
torne perene e reduza as disparidades sociais”, apontou o presidente da Vale,
Murilo Ferreira.
Segundo a Cevital Groupe, a expectativa da empresa é que as obras
para a instalação da nova siderúrgica comecem ainda este ano e entre em
operação em 2019. A previsão é que os investimentos na siderúrgica somem o
montante de 2 bilhões de dólares. Esse valor total também deve ser captado
com outros investidores. Quando estiver em funcionamento, a siderúrgica
de Marabá deve gerar 2,5 mil empregos diretos, além de seis a oito mil
empregos indiretos. “Acreditamos que isso vai proporcionar uma reforma muito
grande dentro do setor, em Marabá, através da geração desses empregos. O
panorama social da cidade deve ser sensivelmente modificado com esses
investimentos”, avaliou Paulo Hegg, representante da Cevital no Brasil, para
quem o Pará é a porta de entrada do grupo no país.
Siderúrgica vai fabricar trilhos para ferrovias e aço em pó
A siderúrgica de Marabá terá capacidade para gerar 2,7 milhões de
toneladas de aço com a produção de bobinas de aço, ferro gusa, “biletts”,
“blooms”, entre outros. Issad Rebrad, presidente da Cevital Groupe, anunciou
também que um dos produtos da siderúrgica de Marabá será a fabricação de
trilhos para a estrada de ferro. A empresa é líder na Europa na produção de
trilhos, com uma fábrica sediada na Itália e agora pretende ser a primeira a
produzir trilhos na América Latina. “Marabá será conhecida, brevemente, como
a principal fornecedora de trilhos para estrada de ferro de toda a América
Latina”, garantiu Rebrad ao informar que a empresa também vai trazer para o
Pará a tecnologia de aço em pó, que poucas empresas no mundo detêm.
A Cevital também vai disponibilizar aço com preços competitivos para
empresas implantadas no polo metal mecânico que deve ser desenvolvido em
Marabá, um sonho antigo da população. O prefeito de Marabá, João Salame,
considerou o momento muito importante para o desenvolvimento do estado. “A
verticalização das nossas riquezas é uma luta antiga da nossa sociedade, por
vezes foi tratada de maneira inconsequente, idealista, sem nenhuma base com a
realidade, e eu acho que agora nós estamos encontrando um caminho mais
seguro. Parabenizo o governo do Estado do Pará pelo esforço que tem feito.
Acho que o momento é de superar qualquer divergência e unir esforços”,
reiterou Salame.
O governador Simão Jatene reiterou a responsabilidade de todos os
envolvidos em reportar para a sociedade todos os passos que estão sendo dados
na direção da atração de empresas para o Pará, como é o caso da instalação da
siderúrgica em Marabá. “O que nós não queremos é reproduzir o que se fez no
passado, onde criou-se uma dramática expectativa de negócios que foi
frustrada, machucando muitas pessoas. O que nos queremos é que esse projeto
nasça entranhado não apenas nos desejos dos seus atores, mas no seio da
sociedade”, ponderou Jatene, que pediu para que a população acompanhe cada um
dos movimentos, entendendo as dificuldades de cada passo dessa implantação.
“Isso certamente tornará o ambiente mais amistoso, cooperativo e lucrativo. É
isso que nós estamos querendo. Que cada um saiba os passos que serão dados,
especialmente neste momento de crise. O principal é que esse movimento não é
fruto de mera vontade política, que sempre existiu, mas principalmente
resultado de um esforço para tornar o projeto economicamente viável e
atrativo aos investidores. O Estado deve criar condições para isso e foi o
que buscamos fazer”, disse Jatene, que em maio de 2015 esteve na Argélia
conhecendo a estrutura da Cevital, uma das maiores empresas do continente
africano, com atuação em diversos ramos e segmentos.
Verticalização da produção - A atração de empresas
interessadas em verticalização de matéria prima para o Pará faz parte da
estratégica do Estado em verticalizar a sua produção. A agregação de valor é
a maneira mais eficaz de desenvolver uma economia e, consequentemente,
proporcionar um crescimento mais uniforme, pois gera mais receita, renda e
emprego. Além disso, com produtos mais elaborados, é possível atingir também
mercados mais exigentes.
Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico,
Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, que integrou a comitiva que
esteve na Argélia, resultando no interesse da Cevital em investir no Pará, e
conduziu as negociações entre a empresa e a Vale, esse projeto traduz os
esforços que o governo vem empenhando em busca de diversificação e
desenvolvimento da economia paraense. “O grupo argelino vem realmente ao
anseio do Estado, que é de agregar valor a seus produtos e vários
investimentos de acordo com as potencialidades de cada município. Com isso,
vem a geração de milhares de empregos, e esse é o grande desafio em um
momento em que o país já perdeu milhares de postos de trabalho. Sabemos que
ainda existem muitos desafios pela frente, mas a ideia desse termo de acordo
é justamente unir esforços para superá-los”, explicou o secretário.
O protocolo também prevê um contrato de fornecimento de minério de
ferro pela Vale com preços mais competitivos para a siderúrgica, viabilizando
economicamente a fábrica, com redução do custo de produção. A Vale irá ainda
construir um ramal ligando a área da siderúrgica à Estrada de Ferro Carajás,
reduzindo custos de infraestrutura para a siderúrgica. O Governo do Estado,
além de intermediar a implementação da siderúrgica no sudeste paraense,
firmou compromisso de garantir os incentivos fiscais para a atividade,
conforme já previa lei aprovada na Alepa, e sancionada pelo poder Executivo
Estadual, confirmando com a proposta a estratégia do governo estadual em
criar mecanismos e priorizar as empresas que busquem verticalizar a produção
em território paraense.
Também participaram do evento os prefeitos de Parauapebas e de
Palestina do Pará, Valmir Mariano e Valciney Gomes, respectivamente, e os
deputados estaduais Haroldo Martins, Ana Cunha, Thiago Araújo, João Chamon,
Tião Miranda, Renato Ogawa, Luis Seffer e Milton Campos.
Com a colaboração de Rafael Sobral – Ascom Sedeme
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Texto:
Dani Filgueiras |
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