Rio de Janeiro (RJ) - 18-08-14
Assuntos: eleições 2014; UPPs; eleições 2014
Sobre visita à Upp do Santa Marta, no Rio de Janeiro.
Estamos aqui visitando a UPP do Santa Marta e as UPPs, não
apenas do Santa Marta, do Rio de Janeiro são uma experiência extraordinária e
que devemos reconhecer. Mas precisamos dar o segundo passo. E o segundo passo,
em primeiro lugar, é garantir renda para as famílias que vivem nessas
comunidades, para as mulheres que vivem nessas comunidades, através da
qualificação. Precisamos ampliar as creches em cada uma dessas comunidades.
Precisamos levar serviços de melhor qualidade. Como diziam as lideranças
comunitárias, é preciso que as outras secretarias e que os outros órgãos
públicos venham também para essas comunidades. E também, de forma muito
específica, temos que tratar da juventude, dos jovens para acabarmos com esse
verdadeiro genocídio que ocorre hoje não apenas aqui, nessas comunidades, mas
em várias partes do Brasil. E aí entra o governo federal, que até hoje tem sido
omisso na questão da segurança pública. O governo federal tem que coordenar um
trabalho que permita que as UPPs vivam a sua segunda etapa: geração de renda,
equipamentos de saúde pública de melhor qualidade, educação de melhor
qualidade. Isso é possível fazer desde que o governo federal assuma a sua responsabilidade.
Quero reiterar o meu compromisso de ampliar esse tipo de
iniciativa para outras regiões metropolitanas do Brasil, outros aglomerados
urbanos que vivem problemas de criminalidade, áreas controladas pelo tráfico, e
isso em várias dessas comunidades deixou de acontecer. Quero reconhecer os
avanços que as UPPs proporcionaram a essas comunidades, a essas famílias, mas
vamos cuidar da segunda etapa. Emprego, saúde, educação de qualidade e cuidar
das mulheres, pois elas são as mantenedoras da maioria das casas nessas
comunidades. Elas precisam ter também oportunidade de geração de renda. Meu
governo vai planejar e articular uma política nacional de segurança e vai
aproveitar de forma muito positiva essa experiência das UPPs, conduzida pelo
governo do Estado do Rio de Janeiro.
Sobre pesquisa DataFolha.
É algo absolutamente esperado. Vejo um certo açodamento de
prospectar cenários futuros. Hoje, sou condutor de um projeto para o Brasil. Um
projeto que passa pela retomada do crescimento, pela melhoria dos nossos
indicadores sociais, pela eficiência do setor público. E esse projeto vai
continuar a ser discutido com o Brasil com absoluta determinação. Tenho muita
confiança que estaremos no segundo turno e, do segundo turno, estaremos prontos
para vencer as eleições.
Sobre a possibilidade de segundo turno.
Acho que o que ficou claro nas pesquisas, e já antevia isso,
é que teremos segundo turno. O segundo turno era uma perspectiva cada vez mais
provável. Hoje é uma certeza. Temos um projeto para o Brasil. Projeto de gestão
eficiente, de ousadia do ponto de vista da retomada do crescimento, de avanço
nos nossos indicadores sociais. Vamos cuidar das pessoas, como estou dizendo
hoje, no morro Santa Marta. E esse projeto está cada vez mais vigoroso. Tenho
muita confiança que no momento da eleição esse será o projeto escolhido pela
maioria dos brasileiros.
Sobre Marina Silva.
É claro que há uma mudança no quadro eleitoral, ele está
claro e já reflete nas pesquisas. O que não muda é nossa determinação e a nossa
convicção de que temos o melhor projeto para o Brasil. Um projeto que vem sendo
construído ao longo dos últimos anos, vem sendo discutido com todos os
brasileiros.
Tenho enorme respeito pela já agora, parece, candidata
Marina Silva, como tenho pela presidente da República. Só que acredito, com
muita força, com enorme profundidade, que temos a melhor proposta para que o
Brasil saia da situação hoje extremamente grave do ponto de vista da sua
politica econômica, com a inflação saindo de controle, crescimento pífio, um
clima de desconfiança generalizada pelo país. E tenho certeza que o nosso time
politico, a nossa experiência politica, inclusive de gestão, será muito
importante para que o Brasil possa encontrar um novo caminho, de maior
crescimento, de maior oportunidade de emprego e melhoria de qualidade de vida
para os brasileiros que mais precisam.
O debate ocorrerá, no que depender da minha parte, da minha
participação, sempre de forma extremamente respeitosa, mas debateremos ideias,
propostas para o Brasil. Temos um conjunto de ideias que foram construídas ao
longo desses anos e que cada vez eu me convenço que são as melhores para o
Brasil encontrar um novo caminho.
Sobre o programa eleitoral.
As pessoas estão em busca de propostas e o horário eleitoral
é uma oportunidade muito importante principalmente para os candidatos menos
conhecidos e que não disputaram eleição presidencial para apresentar as suas
propostas. Não muda absolutamente nada. Temos convicção de que temos um projeto
para o Brasil viável, um projeto construído por várias mãos qualificadas, a
partir da experiência de gestão exitosa que tivemos e outros companheiros
nossos, como o governador Geraldo Alckmin, por exemplo, vêm tendo, para que o
Brasil possa dar um salto. O Brasil não pode se acostumar com a mediocridade de
hoje, com esse crescimento que está aí, com os empregos indo embora. Tenho
absoluta certeza que quanto mais conhecidas as nossas propostas, mais elas
expressarão o sentimento de mudança e de esperança que as pessoas precisam
voltar a ter.
Sobre críticas ao governo.
Nossa proposta é de oposição ao governo que está aí. Nossa
critica é à forma como o governo foi montado, onde o aparelhamento da máquina
pública substituiu a meritocracia, a nossa oposição é uma visão, a meu ver,
esquizofrênica de política externa, com alinhamento ideológico que enquanto o
mundo se alinha, faz parcerias e acordos bilaterais, o Brasil parou no tempo. A
minha oposição é em relação aos desvios éticos que se tornaram recorrentes
nesse governo e a Petrobras, infelizmente, é o exemplo mais claro disso. A nossa
oposição é a incapacidade do atual governo de avançar na qualidade da saúde
pública. A minha oposição é em relação à omissão do governo federal na
segurança pública. É um absurdo vermos que nos três anos do atual governo, do
orçamento do Fundo Penitenciário, tivemos apenas 10,8% executados - e o Fundo
Penitenciário é importante como um dos instrumentos de enfrentamento da
criminalidade. Por outro lado, o Fundo Nacional da Segurança [Pública] foi
menos de 40% executado. Somos oposição a esse desgoverno que está aí. E tenho certeza que as outras candidaturas
que se colocam caminharão também no campo oposicionista.
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