Candidata
Marina Silva disse que o povo sinalizou querer mudança
Foto: Thiago Bernardes / Frame
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Candidata Marina Silva e seu vice, Beto Albuquerque, se
manifestou
após ficar na 3ª colocação no primeiro turno das eleições
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Derrotada na disputa pela Presidência da República, Marina
Silva (PSB) disse neste domingo que os partidos de sua coligação - além da
Rede Sustentabilidade – irão se reunir para definir quem vão apoiar no segundo
turno do pleito, mas sinalizou que deverá escolher o candidato do PSDB, Aécio
Neves, que disputará com a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).
Segundo a candidata, "o Brasil sinalizou claramente que não
concorda com que o que está aí" e, "desde 2010, vem dando sustentação
a uma mudança que seja qualificada".
"Nós vamos fazer a discussão, e estatisticamente, a
sociedade mostra isso. Não há que tergiversar com o sentimento do eleitor. 70%
fez esse movimento”, disse Marina, referindo-se ao fato de pesquisas terem
apontado que 70% dos eleitores querem mudança.
Questionada se adotaria uma posição neutra no segundo turno, como
ocorreu em 2010 - quando se candidatou pelo PV e ficou em terceiro lugar
-, Marina indicou que, desta vez, deverá ter atitude diferente.
"Minha postura, quando não foi feito o registro da Rede
(Sustentabilidade), de não me recolher em uma anticandidatura, pode ser uma
tendência. Eu assumi com um compromisso com a mudança. O que determinou o
compromisso em apoiar Eduardo Campos foi o programa. Mas não é um compromisso
que tem que ser vão, tem que ser coerente. Coerente não só com o discurso, mas
com as trajetórias", afirmou, indicando que será fundamental que
o candidato que eventualmente venha a apoiar mostre compromisso com
seu programa de governo.
“Eu faço parte de um partido, ainda que seja um partido
clandestino, mas é um partido. Temos uma aliança com vários partidos. O que
decidimos é que queremos tomar uma posição conjunta, mantendo aquilo que nos
uniu, que é o nosso programa", afirmou.
A ex-senadora, que não conseguiu criar seu partido, a Rede,
assumiu a cabeça de chapa da candidatura do PSB após a morte de Eduardo Campos.
Neste domingo, Marina falou como liderança da Rede.
Marina criticou duramente as “agressões” que sofreu do PT quando
começou a se mostrar uma ameaça à reeleição da presidente Dilma, disse que não
se arrepende de ter feito uma campanha “limpa” e afirmou que, se é o caso,
prefere “perder ganhando”.
Um dos ataques mais fortes que recebeu da campanha petista dizia
respeito à sua proposta de autonomia ao Banco Central e, ainda, à sua relação
com a herdeira do banco Itaú Neca Setúbal, uma das coordenadoras de sua
campanha. Antes da coletiva de Marina, Neca já havia sinalizado um possível
apoio a Aécio ao dizer, assim como Marina, que o brasileiro quer “mudança”.
"Jamais me arrependerei da decisão que tomamos, de que nós
não iríamos fazer qualquer coisa para ganhar a eleição a qualquer custo e a
qualquer preço. Nossa determinação foi e será sempre de ganhar ganhando e,
quando não for possível ganhar ganhando, nós iremos perder ganhando."
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