O governador Simão Jatene visitará a Fundação Hemopa nesta quinta-feira, 23, às 17h, para prestigiar evento alusivo aos 34 anos da instituição, festejado dia no último 02/08. A programação comemorativa se estenderá por todo o mês de agosto, beneficiando a população com implantação de novos produtos e serviços, entre eles, a implantação de testes de Ácidos Nucléicos (NAT), que vai reduzir o tempo de detecção de HIV e Hepatite C, nas amostras de sangue dos doadores, aumentando a segurança transfusional; ampliação do Laboratório de Imunogenética, que dá apoio ao Programa de Transplantes do Estado; e inicio do curso para “Capacitação em Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias”, que vai percorrer toda a hemorrede estadual.
Atualmente,
o Hemopa é um hemocentros mais modernos do País e um dos nove hemocentros
do projeto piloto do Ministério da Saúde (MS) para aplicar o NAT na sorologia
dos doadores de sangue, devido sua excelência de gestão, que dispõe de
estrutura tecnológica e capacitação profissional.|Por os 34 anos de
funcionamento, o Hemopa agradece os cerca de 400 mil doadores cadastrados na
instituição, entre eles, Alfredo de Jesus Monteiro, que aos 67 anos fez sua
última doação de sangue no início deste mês. Doador desde os 18 anos, ele
afirmou ter realizado mais de 100 doações. “Não poderei maias doar, mas trazer
amigos e parentes. Será a minha forma de continuar salvando vidas”, prometeu
Alfredo de Jesus que nunca vai esquecer a sensação de salvar vidas com um
simples gesto: estendendo o braço.
A
comemoração no dia 23, será aberta às 8h, com o curso em doença falciforme que
tem o objetivo de capacitar a equipe de saúde da hemorrede e de outras unidades
do Sistema Único de Saúde (SUS) e pacientes para o diagnóstico precoce e da
terapêutica adequada dos casos de Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias,
promovendo a redução da morbimortalidade no Estado do Pará. O curso será
estendido para as unidades do Hemopa nos municípios de Castanhal, Marabá,
Santarém, Redenção, Abaetetuba, Tucuruí, Altamira, Capanema. A capacitação
conta com recursos do MS, através do convênio nº 673/2009.
Responsável
pela Política estadual do Sangue, o Hemopa garante abastecimento transfusional
de milhares de pacientes internados diariamente em 218 hospitais, sendo 85
somente em Belém. Isso corresponde a uma cobertura de aproximadamente 90% da
demanda de transfusões, por meio da hemorrede estadual composta pelos os
Hemocentros Regionais de Castanhal, Marabá e Santarém; pelos Hemonúcleos de
Redenção, Abaetetuba, Tucuruí, Altamira e Capanema; e por 11 Agências Transfusionais
em Belém e nas localidades de Paragominas, Tomé-Açu, Bragança, Salinas,
Tailândia, Cametá (duas AT´s), Hospital Regional Público do Oeste em Santarém,
Juruti, Alenquer, Óbidos, Itaituba, Oriximiná, Porto de Trombetas, Hospital
Regional da Transamazônica em Altamira, Hospital Regional de Marabá,
Parauapebas, Hospital Regional de Tucuruí, Hospital Regional Público de
Redenção, Conceição do Araguaia, Santana do Araguaia, Monte Alegre, Novo
progresso, Canaã do Carajás, Tucumã, Xinguara e no Hospital Regional do Marajó,
em Breves.
Segundo
hemocentro inaugurado no Brasil, o Hemopa foi instituído pelo decreto nº
10.741, no dia 02 de agosto de 1978, sob a denominação Fundação Centro Regional
de Hemoterapia do Pará (FUNEPA). Em 1982, ele passou a ser denominado de
Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará, através da lei nº 5.840,
que a transformou em fundação de direito público.
Para a
presidente do hemocentro, dra. Luciana Maradei, a população paraense tem muito
a comemorar, pois ao longo desses 34 anos o Hemopa vem melhorando cada vez mais
seus produtos e diversificando seus serviços, a exemplo do cadastramento de
doadores de medula óssea e do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e
Placentário, único da Região Norte. “Sempre priorizamos o atendimento de
qualidade em respeito aos nossos usuários”, destacou Luciana Maradei, que
agradece aos servidores da hemorrede e aos doadores de sangue pelo êxito das
ações ao longos desses anos.
Texto:
Vera Rojas - Hemopa
Fone: (91) 3241-1811 / (91) 88953089
Vera Rojas - Hemopa
Fone: (91) 3241-1811 / (91) 88953089
Hemopa
capacita profissionais
Da saúde
para atendimento
De patologias
do sangue
Nesta quinta-feira, 23, de 8h às 18h, a Fundação Hemopa realiza a “Capacitação em Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias”, para a equipe de saúde da hemorrede e de outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir o diagnóstico precoce e da terapêutica adequada dos casos de Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias, promovendo a redução da mortalidade no Estado do Pará. O curso será estendido até novembro deste ano para a hemorrede estadual.
A ação
faz parte da programação alusiva aos 34 anos da Fundação Hemopa, comemorado no
dia 2 de agosto. A capacitação, que conta com recursos do Ministério da Saúde,
através do convênio nº 673/2009, será realizada nas unidades da hemorrede
localizadas nos municípios de Castanhal, Marabá, Santarém, Altamira, Tucuruí,
Capanema, Abaetetuba e Redenção.
Segundo a
médica hematologista Saide Trindade, da Gerência de Hematologia, a Doença
Falciforme é genética e de maior incidência no Brasil. No Pará, dos 32.577
pacientes cadastrados no hemocentro, 1.236 são portadores da doença
hematológica. Eles recebem tratamento com equipe multiprofissional composta por
médicos, enfermeiros, fisiatras, fisioterapeutas, assistentes sociais,
psicólogos, odontólogos, pedagogos e farmacêuticos, que garante atendimento
especializado proporcionando melhor qualidade de vida aos que dependem dos
serviços.
A
paciente Hellen Trícia Rodrigus de Jesus, 19 anos, portadora de anemia
falciforme, recebe o atendimento médico do hemocentro há 13 anos, quando foi
diagnosticada com a doença. Filha única, ela disse que agradece a Deus todos
dias para a saúde dos doadores, de quem dependerá a vida toda.
A doença
A anemia
falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil. Ela é causada
por uma modificação (mutação) no gene (DNA) que, em vez de produzir a
hemoglobina A, produz uma hemoglobina chamada S. Se uma pessoa recebe um gene
do pai e outro gene da mãe, que produzem a hemoglobina S, ela possui um padrão
genético chamado SS, causador da anemia falciforme. Essa mutação genética, que
produz a hemoglobina S, proliferou há muitos séculos no continente africano e,
por isso, essa doença é muito presente no nosso país, cuja população tem em sua
base de constituição os povos africanos.
Nas
pessoas com anemia falciforme, as hemácias, em determinadas situações, assumem
a forma de “meia lua” ou “foice”, daí o nome falciforme. Assim, as hemácias não
oxigenam o organismo de maneira satisfatória, porque têm dificuldade de passar
pelos vasos sanguíneos, causando má circulação, muitas dores e diversos outros
problemas.
As
pessoas com anemia falciforme (SS) apresentam sintomas muito diversificados.
Enquanto algumas podem apresentar sintomas brandos, outras têm sintomas graves,
como crises de dores ósseas, dores na barriga, infecções repetidas. A
intensidade das crises varia conforme a idade da pessoa e a presença de outros
tipos de hemoglobinas associadas com a hemoglobina S. Os bebês têm mais
infecções e dores, com inchaço nas mãos e nos pés. Nas crianças maiores, as
dores ocorrem mais nas pernas, nos braços e no abdome.
Se uma
pessoa receber de um dos pais o gene para hemoglobina S e do outro o gene para
hemoglobina A, ela não terá a doença, e sim o traço falciforme (AS). Portanto,
essa pessoa não precisa de tratamento porque a doença não se desenvolverá. Caso
tenha filhos ou filhas com outra pessoa que também herdou o traço, existe a
possibilidade de ela ter uma criança com anemia falciforme (SS).
A médica
faz um alerta para que as pessoas diagnosticadas com doença falciforme sejam
cadastradas nos Programas Estaduais de Atenção Integral e tratadas de acordo
com as normas do Ministério da Saúde (MS). As pessoas diagnosticadas com traço
falciforme têm direito à orientação e informação genética na rede pública de
saúde, conforme instrução do MS. Para se informar mais sobre o tratamento e a
orientação sobre o traço falciforme, procure o posto de saúde mais próximo.
Programação
O curso terá início em Belém, dia 23. A data para ação em Redenção ainda está sendo definida. O evento prosseguirá nos dias:
- 29 e 30/08 em Castanhal
- 12 e
13/09, em Abaetetuba
- 18 e
19/09 em Tucuruí
- 26 e
27/09 em Altamira
- 3 e
4/10 em Capanema
- 17 e
18/10 em Marabá
- 21 e
22/11 Santarém
Mais
informações: 3241.1299/32429100/R- 327/08002808118.
Texto:
Vera Rojas - Hemopa
Fone: (91) 3241-1811 / (91) 88953089
Vera Rojas - Hemopa
Fone: (91) 3241-1811 / (91) 88953089
Investimentos
anunciados pelo
Governo do
Estado animam
Setores da
economia
O
governador Simão Jatene apresentou, ao longo da última semana, um pacote de
investimentos que somam quase R$ 2 bilhões, provenientes do Programa de
Investimentos Prioritários, e outro montante, de mais 3 bilhões, para
investimentos nas regiões do Baixo Amazonas, Tapajós e Xingu. O anúncio
animou os setores da economia paraense. Tanto no comércio como na indústria o
clima é de confiança em relação ao desenvolvimento do Estado nos próximos anos.
Para o representante do Conselho Federal de Economia, Eduardo Costa, o Pará já
vem apresentando uma taxa de crescimento econômico expressiva e os
investimentos servirão para suprir a demanda por serviços na área da saúde,
segurança, educação e infraestrutura.
Ao
anunciar o pacote, Jatene explicou que os investimentos só serão possíveis
graças à situação financeira do Estado, que depois de um período de ajustes,
finalmente está equilibrada. Este ajuste nas contas do Estado permitiu a
retomada da credibilidade e assegurou ao Pará a captação de cerca de R$ 1 bilhão,
por intermédio do Proinvest, programa do Governo Federal que abre linha de
crédito de R$ 20 bilhões para todos os Estados brasileiros.
O
Programa de Investimentos Prioritários prevê, para os próximos dois anos,
investimentos de R$ 180 milhões na área da saúde, R$ 672 milhões em
infraestrutura, R$ 610 milhões nos setores da educação, esporte e turismo, R$
610 milhões em segurança e R$ 273 milhões em obras de urbanismo e saneamento.
Já os recursos para os investimentos nas regiões do Baixo Amazonas, Tapajós e
Xingu estão previstos no Plano Plurianual 2012-2015, somando R$ 1 bilhão.
No
Baixo Amazonas, que inclui os municípios de Santarém, Belterra, Prainha,
Almeirim, Monte Alegre, Curuá, Juruti, Terra Santa, Faro, Alenquer, Óbidos e
Oriximiná, serão aplicados mais de R$ 610 milhões no próximo ano. Na região do
Xingu (onde estão os municípios de Placas, Uruará, Brasil Novo, Altamira,
Medicilândia, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu, Anapu e
Pacajá) serão investidos mais de R$ 200 milhões. Para a região do Tapajós
(Aveiro, Rurópolis, Itaituba, Trairão, Jacareacanga e Novo Progresso) está
previsto um repasse de quase R$ 100 milhões.
O
economista Eduardo Costa comenta que esse crescimento apresentado pelo Estado
deverá atrair um grande número de pessoas em busca de novas oportunidades.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que nos
próximos anos o Pará deverá receber cerca de 400 mil pessoas. “Estes
investimentos servirão para amortecer o volume crescente de demanda por
serviços públicos provocada por esta atração”, comenta. Já os investimentos nas
três regiões citadas, explica o economista, deverá fortalecer e reequilibrar o
pacto federativo interno gerando emprego, renda e desenvolvimento. “Você só tem
integração a partir do momento em que são geradas condições para o
desenvolvimento do Estado como um todo”, conclui.
Infraestrutura
para o desenvolvimento - Para o presidente da Associação Comercial do Pará,
Sérgio Bitar, o setor do comércio vê com “bons olhos” os investimentos
anunciados pelo chefe do Executivo Estadual. Ele explica que o setor
privado tem previsto para os próximos anos um volume de investimentos que
ultrapassa os R$ 100 bilhões. “Por outro lado, o Poder Público deve garantir o
investimento em infraestrutura necessário para que o Pará possa impulsionar um
desenvolvimento maior que o experimentado atualmente”, explica.
Sérgio
Bitar explica que o Pará tem condições de ser um grande exportador de riquezas
do Brasil. “Os investimentos vêm em momento propício para criar um ambiente
atrativo para novos empreendimentos no Estado. Nunca houve investimentos tão
maciços no Estado do Pará nas últimas décadas”, comenta. Já para o presidente
da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado Santos, a crise
mundial vem impactando a atividade industrial paraense. Prova disso é o saldo
da balança comercial do Estado, por exemplo, que iniciou o ano e continua se
mantendo em negativo. “Apesar do cenário pouco favorável ao crescimento
econômico, ainda estamos conseguindo manter o ritmo”, comenta, argumentando que
o setor produtivo estadual foi o que apresentou a maior expansão no quadro de
empregos segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Para
José Conrado, os investimentos anunciados pelo Governo do Estado serão
fundamentais para que a economia não estanque. “A indústria comemora a
iniciativa do governo e espera ansiosa para que possa contribuir diretamente
com as obras de infraestrutura, de melhoria no sistema público de saúde,
educação, segurança e ações de estímulo ao turismo”, comenta.
Obras
previstas com os investimentos do
Programa
de Investimentos Prioritários:
Saúde:
Construção
do Hospital Regional de Castanhal
Construção
do Hospital Regional do Tapajós, em, Itaituba (com equipamentos)
Construção
do Hospital Abelardo Santos
Implantação
do Ambulatório Médico de Especialidades – Santarém
Infraestrutura:
Alça
Viária – 2 etapa (do km33 ao km 69)
PA – 287
– Conceição do Araguaia/Redenção
PA- 150 –
Moju/ Vila Bom Jesus
PA – 150
– Vila Bom Jesus/Goianesia
PA – 275
–Eldorado/Curionopolis/Paraupaebas
Educação:
Melhoria
da Qualidade do Ensino e expansão da cobertura da educação básica
Esporte:
Construção
do Complexo Esportivo do Mangueirão
Turismo:
Parque do
Utinga
Segurança:
Centro
Integrado de Operações (Ciop) – Construção e aparelhamento
30 UIPPs
– Unidades Integradas Pro Paz
5 novas
casas penais
Aeronaves/Helicópteros
Urbanismo
e saneamento:
Duplicação
da avenida Perimetral
Rodovia
do Yamada – implantação de via estruturantes, de ligação Icoaraci/Belém
Saneamento:
Restauração
do 4°e 5° setor de abastecimento de água, reabilitação do Centro de Operações
da RMB, limpeza do Lago Bolonha, construção da adutora na Avenida João Paulo II
O Estado
investirá R$ 1 bilhão no Baixo Amazonas, Xingu e Tapajós em 2013
Texto:
Marcio Flexa - Secom
Fone: / (91) 80301615
Marcio Flexa - Secom
Fone: / (91) 80301615
Simpósio
alerta para doenças
Cardíacas associadas
ao mal de Chagas
Pela primeira vez no Estado, um hospital que é referência no tratamento aos pacientes
de doença
de Chagas reúne profissionais experientes no tema e acadêmicos interessados nas
pesquisas já realizadas na região Norte. Foi neste cenário que aconteceu em
Belém, nesta terça-feira, 21, o primeiro Simpósio em Doença de Chagas do
Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Durante todo o dia, rodas de conversa,
palestras e mesas redondas foram realizadas no intuito de discutir, avaliar e
propor novas estratégias para favorecer a prevenção, o controle e o tratamento
da doença. Mais de 80% dos casos registrados no País estão concentrados no
Pará.
Durante a
abertura do Simpósio, a médica cardiologista Dilma Souza, responsável pelo
ambulatório de Chagas do Hospital de Clínicas, elogiou o empenho dos cerca de
200 participantes do evento e afirmou que isso indica a busca pela eficiência no
tratamento dos pacientes crônicos e, ao mesmo tempo, reflete um trabalho que já
vendo sendo feito desde 2006, por ocasião da criação do Programa Estadual de
Controle da Doença de Chagas (PECDCh), com a missão de conduzir as atividades
de vigilância e controle do agravo, num trabalho conjunto entre Secretaria de
Estado de Saúde Pública (Sespa) e as instituições que mantém o modelo de
hospital-ensino, como o de Clínicas e o Barros Barreto.
Segundo
ela, a comunidade científica de outras regiões do país não dá, ainda, a
merecida importância para a pesquisa em torno da doença. Como vários doentes
descobriram o mal em sua fase crônica, com sequelas cardiácas, o problema
chegou a tal ponto que a Sociedade Brasileira de Cardiologia não vê outra saída
a não ser incentivar a formação de especialistas dedicados ao estudo das
cardiopatias associadas à doença de Chagas.
A
presidente regional da Sociedade de Cardiologia, Claudine Feio, admite que uma
das causas da insuficiência cardíaca descompensada é a doença de Chagas, que
ocasiona a morte das células de parte do músculo cardíaco. “Um simpósio como
esse é muito favorável para que um maior número de cardiologistas seja
sensibilizado a estudar mais sobre essa realidade”, afirmou.
A
crescente associação da transmissão oral da doença ao ser humano também
sensibiliza a vice-presidente da Sociedade Regional de Cardiologia e também
secretária adjunta de Estado de Saúde, Heloisa Guimarães. Durante o Simpósio,
ela relembrou uma temeridade da qual foi testemunha durante algumas ações de
saúde realizadas pelo Pro Paz em 2011 na Ilha do Combu, próxima de Belém.
Segundo ela, ao detectar que mais de 50% das pessoas examinadas apresentaram
alterações nos batimentos cardíacos, chegou à conclusão de que os moradores já
conheciam o inseto barbeiro e que não sabiam da gravidade dessa “convivência”.
“Foi dessa forma que identificamos o nível de informação desse povo e iniciamos
uma série de esclarecimentos sobre a doença no mesmo ano. Mas até convencer de
que um alimento tão querido como o açaí, que se não for batido com higiene, faz
mal, aí é um grande percurso”, afirmou a secretária adjunta.
A questão
do convencimento também foi levada em conta pelo secretário de Estado de Saúde
Pública, Helio Franco, que ressaltou a resistência dos produtores em proceder
ao chamado “escaldamento” do fruto do açaí, quando os caroços são mergulhados
em água quente, numa temperatura de 80°C, para eliminar as bactérias e
principalmente as contidas nas fezes do barbeiro, inseto transmissor da doença
de Chagas.
“Essa
questão cultural representa o maior dos desafios para o grupo envolvido na
prevenção da doença. Contudo, a área de saúde não deve arcar com isso sozinha.
Os produtores e os manipuladores devem colaborar”, afirmou, ao ressaltar que
não faltam informações sobre boas práticas de higiene em locais de venda de
açaí, como a limpeza das mãos e uso de detergente neutro para lavar os
utensílios e equipamentos; a escolha de um piso de fácil limpeza e proteção
para as fiações, cabelos, mãos e corpo.
Em tom
confessional, a diretora do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa) de
Belém, Patrícia Borges, reafirma que a resistência da maioria dos manipuladores
é o grande empecilho para se garantir um açaí de qualidade na cidade. Segundo
ela, o trabalho de fiscalização e capacitação dos batedores de açaí é feito
regularmente. “Se os locais de venda não estiverem adequados aos padrões de
higiene e condições sanitárias exigidos, podem ser interditados e o
proprietário intimado a se capacitar”, diz. Caso o proprietário já tenha sido
treinado por algum órgão, terá de deixar a comodidade de lado e passar por
reciclagem, só podendo voltar a trabalhar depois que estiver de acordo com as
normas da Vigilância Sanitária.
Além de
Patrícia, participam do evento Érica Tatto, da Secretaria de Saúde de Porto
Alegre (RS); Soraya Oliveira, de Minas Gerais; Dilma Souza, cardiologista dos
hospitais de Clínicas e Barros Barreto; Ana Maria Guaraldo, da Unicamp, e
pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, além da diretora do hospital de Clínicas,
Ana Lydia Cabeça; a infectologista Rita Medeiros, do hospital Barros Barreto; a
coordenadora estadual do Programa de Doença de Chagas, Elenild Góes; e uma
dezena de médicos residentes em Cardiologia do Hospital de Clínicas.
Casos em
2012
Atualmente
o Pará é responsável por 80% dos registros da Doença de Chagas no Brasil. Só
este ano, já são 35 casos confirmados e uma morte de paciente oriundo de São
Miguel do Guamá. Em 2011 foram 141 ocorrências, sendo que muitos ocorrem por
transmissão oral, já que os picos de registros coincidem com a safra do açaí, o
que tem levado muitos pesquisadores do assunto a suspeitarem que há uma relação
direta da incidência da doença com o consumo do fruto, quando manipulado de
maneira incorreta.
Elenild
Góes já deixou claro que o aumento de casos também reflete o esforço das
autoridades no combate às subnotificações e a favor de um diagnóstico mais
precoce. A intenção é que pacientes com casos positivos sejam tratados antes de
evoluírem para a fase crônica. Febre, calafrio, manchas vermelhas na pele,
dores de cabeça e no rosto e enjôos estão entre os sintomas clássicos.O
programa de Doença de Chagas no Pará foi criado há cinco anos e, desde então, o
número de casos se mantém em torno de 100.
O ano de
2009 foi o recordista do número de casos, com 241. Oeiras do Pará, Abaetetuba e
Breves são as cidades que estão no topo nos números de incidência. Na capital,
os bairros do Jurunas, Pedreira e Guamá são os que apresentam maior maior
número de casos da doença.
Texto:
Mozart Lira - Sespa
Fone: (91) 4006-4822/ 4823 /
Mozart Lira - Sespa
Fone: (91) 4006-4822/ 4823 /
Comunidade
pescadora de
Pratinha deve
receber
crédito emergencial
O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Prainha, no Baixo Amazonas, está mobilizando os pescadores da Comunidade Coatá, atingidos pela cheia do rio Amazonas, para receberem o Crédito Emergencial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A primeira reunião entre os extensionistas e os produtores aconteceu em 9 de agosto, na própria Comunidade, onde 20 famílias vivem de pesca artesanal, cultivo e beneficiamento de mandioca, pecuária bovina e bubalina e a criação de galinhas e porcos. A região também tem projeção ambiental, porque se localiza no entorno do Plano de Manejo da Floresta Estadual (Flota) do Paru.
Na mesma
ocasião, representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor) e
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) também palestraram sobre
manejo florestal comunitário e Cadastro Ambiental Rural (CAR), respectivamente.
Crédito -
De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Sérgio Mieli, a enchente deste
ano deixou submersa por mais ou menos seis meses a área de várzea da
Comunidade, que representa mais de mil hectares. “A várzea, no caso, é o
principal pasto de todos os animais, que tiveram de ser remanejados para as
zonas de terra firme. Como não havia pasto suficiente para todos aos animais,
considerado todo o longo de tempo de remanejamento, houve perdas
significativas: alguns morreram, muitos emagreceram”, explica. Além disso,
segundo Miéle, a pesca também foi bastante prejudicada, “porque, com a água
grande, o peixe se espalha e fica mais difícil localizá-lo”, diz.
Cada
família deve receber R$ 2,5 mil, a serem liberados pelo Banco da Amazônia
provavelmente até setembro, para aplicação na aquisição de apetrechos de pesca
(malhadeira, rabeta, cubas de isopor etc.) e no aperfeiçoamento de casas de
farinha.
Texto:
Aline Miranda - Emater
Fone: (91) 3256-5410 /
Aline Miranda - Emater
Fone: (91) 3256-5410 /
Contação de histórias
homenageia Folclore
no Centur
Quem
nunca ouviu falar do Curupira, o menino de cabelo de fogo e pés virados que
protege as florestas? E a cobra Boiúna, que vive na profundeza dos rios
amazônicos, assustando os pescadores locais? Essas e outras lendas que fazem
parte do folclore amazônico serão rememoradas na programação “Girândola
Folclórica”, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.
A
programação é uma homenagem ao Dia Nacional do Folclore, comemorado nesta
quarta-feira, dia 22, e ocorrerá no Hall do 2° andar da Fundação Cultural do
Pará Tancredo Neves, até sexta-feira, 4, das 9h às 11h e de 14h às 16h. Entre
as atividades promovidas no evento estão a exibição de filmes, oficinas, teatro
de fantoche e contação de história interativa e cênica com a "Matinta
Encantada".
Protagonizada
pela atriz e arte educadora Maria Borges, a “Matinta Encantada” já é um
personagem conhecido do público local. Na programação, a própria personagem
surgida das matas amazônicas contará histórias, lendas e mitos da região.
Segundo a atriz, o Dia do Folclore é o momento ideal para mostrar a cultura
tradicional do Pará e suas lendas e mitos: “O nosso folclore é um dos mais
ricos em lendas, mitos e culturas, mas muitas vezes é desvalorizado e não
recebe investimentos. E o dia do Folclore Nacional é a melhor data para
celebrar esta cultura tradicional”.
Na
programação da “Girândola Folclórica”, Maria Borges vai dar apenas uma palinha
do trabalho de valorização da cultura tradicional, desenvolvido por ela há nove
anos, a partir do personagem da Matinta Encantada. “Criei a ‘Matinta Encantada’
em 2003. É uma personagem que faz alusão à Matinta Pereira, da nossa lenda
amazônica. Ela surgiu para reavivar as nossas lendas e mitos, além de retomar o
seu posto, substituído ao longo dos anos por outra bruxa, a bruxa do
Halloween”, brinca.
E como um
ser encantado e protetor da natureza, a Matinta Encantada não poderia contar
histórias sem falar sobre preservação ambiental. “Além das lendas, mitos
e histórias da cultura do Pará, vou falar também sobre a questão da
conscientização da preservação da natureza e meio ambiente”, ressalta a
atriz. O Congresso Nacional Brasileiro oficializou, em 1965, o dia 22 de
agosto como o Dia do Folclore Nacional, para valorizar as histórias e personagens
do folclore brasileiro. Desta forma, a cultura tradicional ganhou mais
importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada.
Texto:
Luiz Flávio - FCPTN
Fone: (91) 3202-4391 / (91) 8814-3364/9144-4225
Luiz Flávio - FCPTN
Fone: (91) 3202-4391 / (91) 8814-3364/9144-4225
Pará se
destaca na geração
de empregos
no
setor extrativo
mineral
O Pará continua sendo destaque entre os estados da região Norte na geração de empregos com carteira assinada no setor extrativo mineral. Os números revelados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) mostram que tanto no mês de julho, como nos sete primeiros meses deste ano (janeiro a julho) e ainda nos últimos 12 meses (novembro de 2011 a julho de 2012), o emprego formal no setor cresceu mais de 11%. Analisando por estados da região Norte, o Pará foi o que apresentou maior geração de empregos formais, com saldo positivo de 387 postos de trabalho, seguido pelo estado de Rondônia, com saldo positivo de 35 postos de trabalhos; e do Amapá, com saldo positivo de 20 postos de trabalhos. Esses números revelam que do total de postos de trabalhos gerados em toda a região Norte nos últimos 12 meses, cerca de 80%, ou seja, 2.435 vagas foram geradas no Pará.
No
período de janeiro a julho de 2012, o saldo positivo alcançou quase 2 mil
postos de trabalho, o maior entre os estados da região Norte. O balanço
efetuado pelo Dieese, com base em informações oficiais do Ministério do
Trabalho, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), mostra que no mês de julho deste ano foram feitas no setor em todo o
Pará, 546 admissões contra 159 desligamentos, o que gerou um saldo positivo de
387 postos de trabalhos.
No mesmo
período do ano passado (julho/2011), o setor também apresentou crescimento de
empregos formais, porém a geração de postos de trabalho foi bem menor que o
verificado este ano. Foram feitas naquele momento 326 admissões contra 158
desligamentos, gerando um saldo positivo de 168 postos de trabalho, com
crescimento de 1,09%.
Para o
titular da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), Celso
Sabino, os números positivos refletem o crescimento da economia e a seriedade
com que vem sendo tratada a política de geração de emprego no Pará. “Esta fase
que o Pará está passando, sem dúvida é motivo de comemoração. Mesmo assim,
ainda temos desafios na atração de investimentos, captação de novas empresas
para vir atuar no solo paraense, mas estamos trabalhando, sobretudo para
preparar e capacitar a mão de obra paraense para preencher essas novas vagas
que estão surgindo”.
Ainda de
acordo com ele, hoje o Governo tem um foco muito especial e bastante
delimitado. “Sabemos exatamente onde estão surgindo essas novas vagas, quais
são e quais as qualificações necessárias que o cidadão paraense precisa ter
para preencher esta vaga. Por exemplo, foi anunciada recentemente a construção
de uma grande fábrica de cimento no município de Rondon do Pará, no nordeste
paraense. Nós começamos então a realizar cursos de qualificação e capacitação
profissional nas mais diversas áreas, porque quando vem uma empresa desse porte
para o nosso estado, vai demandar serviços administrativos, serviços de
pedreiro, serviço de panificação, ou seja, uma serie de atividades que com
certeza irão precisar da mão de obra do cidadão paraense”, concluiu o
secretário.
Texto:
Bruna Campos - Secom
Fone: (91) 3202-0923 / (91) 9306-0990
Bruna Campos - Secom
Fone: (91) 3202-0923 / (91) 9306-0990
Feira do
pescado volta à
Terra Firme
neste sábado
O cardápio do almoço deste final de semana na Terra Firme será peixe. Isso porque, neste sábado (25) acontecerá a Feira do Pescado em um dos bairros mais populosos de Belém. A venda do produto com preços mais acessíveis promete lotar a quadra coberta da Paróquia de São Domingos Gusmão. A expectativa da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), que realiza o evento, é de que sejam comercializadas oito toneladas de peixes e camarão durante o evento.
A Feira do Pescado, que acontece desde setembro de 2011 em diversos bairros
da Região Metropolitana, já está em sua 11ª edição. É a segunda vez que o
comércio acontece no bairro da Terra Firme, a primeira ocorreu durante a Semana
Santa, na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O diferencial desta
edição é que o pescado será comercializado em uma área mais central do bairro,
que congrega um número maior de moradores e até de bairros vizinhos, como o
Guamá. A descentralização da Feira, que costuma acontecer no Centur, faz parte
dos planos da secretaria em atingir um público maior.
“A expectativa é de que batamos o recorde de comercialização de pescado aqui
na Terra Firme, a média de venda da Feira é de cinco toneladas, esperamos
alcançar oito neste sábado. Para tanto contamos com o apoio do Sinpesca e da
Paróquia de São Domingos Gusmão, que cedeu o espaço e vai trabalhar no dia da
Feira. O pescado comercializado será vendido a um preço 10% mais barato do que
o praticado no mercado. O evento garante que o produto saia do fornecedor
direto ao consumidor, sem atravessadores”, explicou Mauro Leite, gerente
comercial da Sepaq.
No mês passado, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Sócio-Econômicos (Dieese) fez um levantamento que indicou queda de 18% no preço
do pescado no Pará. No entanto, algumas pessoas ainda sentem dificuldade em
consumir o produto por causa dos preços. É o caso de Maria Rosinete Cardoso,
dona de casa e moradora da Terra Firme, que irá aproveitar a oportunidade para
abastecer a geladeira e a família. “Lá em casa todo mundo adora peixe, mas não
compramos com muita frequência por causa dos preços. A Feira acontecendo aqui
na paróquia é muito bom, pois é um lugar que todo mundo do bairro conhece. No
sábado eu venho cedo garantir meu peixe, quem sabe até compro um camarão pro
almoço do domingo”, disse.
Além de descentralizar o evento, levando para outros bairros de Belém, a
Sepaq planeja a realização da feira em outros municípios do Pará e num espaço
menor de tempo. Júnior Terra, engenheiro de pesca da Sepaq, comemora as
novidades e a realização do evento na Terra Firme, o bairro onde nasceu e
cresceu. “A partir da demanda da sociedade, a secretaria resolveu
descentralizar o evento. Ainda temos uma nova meta, que é conseguir realizar o
evento a cada 15 dias e estender a Feira para o interior do Estado. É uma
iniciativa importante que estimula o comércio e o consumo do pescado. Para mim
a Feira deste sábado é especial, a Terra Firme é o meu bairro de nascença,
cresci perto da Paróquia de São Domingos Gusmão e estou muito feliz em
trabalhar nesta ação”, afirma.
Seis funcionários da Sepaq e quatro pessoas da comunidade trabalharão no dia
da Feira na Terra Firme. Raimundo Pereira, morador do bairro e funcionário da
Paróquia, é um deles. “Quando aparece uma oportunidade dessas, que ajuda a
população, a gente tem que participar. O preço está realmente menor e isso
facilita muito pra nós, que às vezes não temos dinheiro para comprar no
mercado. Nesse sábado vou ter trabalho redobrado, mas é pro bem da minha
comunidade, faço com gosto”, avalia. A Feira do Pescado será realizada
neste sábado (25) na quadra coberta da Paróquia de São Domingos Gusmão, na
Terra Firme, de 8h às 14h. Serão comercializados peixes e camarão congelados.
Arquivos em Anexo
Texto:
Julia Garcia - Secom
Fone: (91) 3202-0912 / (91) 8847-2281
Julia Garcia - Secom
Fone: (91) 3202-0912 / (91) 8847-2281
Brasil pode deixar de importar
cacau em 5
anos graças
à produção
paraense
O aumento da produção de cacau no Estado ganhou novo impulso depois do lançamento do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Pará, pelo Governo do Estado. O objetivo é dobrar a produção até 2020. Só para se ter uma ideia desse crescimento, de 2011 para 2012 a área ocupada com plantações de cacau no Estado passou de 110 mil para 120 mil hectares e a produção que era de pouco mais de 60 toneladas anuais deve chegar a 70 mil toneladas este ano. A produtividade do Estado, que era de cerca de 800 quilos por hectare, já é de 900 kg por hectare.
O avanço
da produção paraense empolgou Walter Tegani, secretário executivo da Associação
das Indústrias Processadoras de Cacau (Apic) que fica localizada em São Paulo.
Ele acredita que a previsão é de que em cinco anos o Pará pssa começar a suprir
a necessidade que hoje a indústria tem de importar o produto. Tegani, que
esteve no Pará, na semana passada, para participar da reunião da Câmara
Setorial do Cacau, fala sobre as expectativas dos processadores em relação ao
Pará.
O
que o senhor achou da reunião da Câmara Setorial do Cacau?
Eu
participei desde a inauguração da Câmara. As Câmaras são sempre muito oportunas
porque revelam as dificuldades, os anseios de toda a cadeia. O que se mostra
mais interessante é o empenho que tem a Sagri, e claro que há uma intenção do
governador por trás disso, de manter o cacau como um item de pauta, e isso tem
permitido o crescimento significativo da oferta de cacau todo ano. Algo muito
interessante dentro da perspectiva da indústria de prestigiar e estar presente
sempre que for possível.
Qual
a sua opinião sobre o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da
Cacauicultura no Pará e dos dados mais recentes sobre a produção paraense?
Eu achei
os números surpreendentes. Surgiu até um comentário de que havia uma previsão
inicial de que em cinco anos o Estado do Pará poderia suprir a necessidade que
hoje a indústria tem de importar para poder complementar as suas necessidades e
isso está se fazendo presente. Tudo leva a crer que com esse crescimento, com
esses números, se eles vierem a se confirmar, por que depende inclusive da
condição climática, isso vai acontecer no prazo estabelecido pelo próprio
secretário Hildegardo Nunes. E isso é bastante atraente, bastante interessante.
Qual
a participação da produção paraense na indústria de processamento de cacau?
Há uma
divergência entre os nossos números e os números da Secretaria. Estão revelando
aí 71 mil toneladas no ano passado. Se a gente considerar aí o número que o
Brasil está colocando de 183 mil toneladas a participação é significativa: 71
mil para 183 mil toneladas é interessante. Agora eu frisei aos representantes
da Ceplac que seria interessante a gente dar uma confirmada na metodologia de
cálculo dessa oferta porque os números que a gente tem não passam de 41 mil
toneladas. Então eu diria que tem uma diferença que precisa ser apurada. De
qualquer forma, com 41 mil ou 71 mil o que mostra é que tem um crescimento
anual bastante importante.
O
que o senhor acha das ações do Governo do Estado em relação a essa questão?
O
secretário Hildegardo Nunes sempre ponderou, desde a primeira vez que nós
estivemos aí com ele, até numa reunião fora da Câmara, que o Estado do Pará
pretende manter durante toda essa administração o cacau como um item de pauta,
e a gente está percebendo pelos números, pelos projetos que isso tem sido
mantido. É um estímulo muito grande para a indústria, que há vários anos não
consegue fazer investimento na sua capacidade instalada, porque justamente
falta a matéria prima que é o próprio cacau. Tomara que a previsão de cinco
anos se mantenha porque isso nós dá força para poder aprovar investimentos,
tanto em termos de Brasil como no Pará, que é o desejo do secretário. A gente
não pode descartar essa possibilidade não. É claro que há uma necessidade de se
melhorar a infraestrutura local e o governo já está fazendo esse esforço, com
energia elétrica, que é o caso da usina de Belo Monte, e pavimentação. Eu diria
em termos muito simplistas que o cenário hoje de oferta de cacau e de
autosuficiência se encontra no Estado do Pará.
Quanto
a nossa indústria processa de cacau?
A
capacidade instalada não só das empresas que fazem parte aqui da associação a
gente estima que está em torno de 240 mil toneladas por ano. Agora, além disso,
há importações de produtos semiacabados e acabados que mostra que a necessidade
total é muito maior do que essa.
Texto:
Raimundo Sena - Sagri
Fone: (91) 4006-1210 / (91) 8883-1339
Raimundo Sena - Sagri
Fone: (91) 4006-1210 / (91) 8883-1339
Começam os Painéis Funarte
de Regência Coral 2012 em Belém
Um
recital de canto coral marcou o início dos trabalhos dos Painéis Funarte de
Regência Coral na noite da última segunda-feira, 20, na Sala Ettore Bósio do
Conservatório Carlos Gomes, em Belém, terceira cidade a receber esta ação da
Fundação Nacional de Artes em 2012, que conta com a parceria do Governo do
Estado por meio da Fundação Carlos Gomes, e tem por objetivo aperfeiçoar a
técnica do canto coral, assim como alargar o repertório dos grupos envolvidos
nesta prática.
Duas
peças do compositor santareno Wilson Fonseca - “Terra querida’’ e ‘’Santarém
Brincando de Roda Nº 2’’ - abriram a noite nas afinadas vozes do Madrigal da
Uepa. O maestro Jonas Arraes justificou a escolha das obras como uma justa homenagem
ao Maestro Isoca, como era carinhosamente chamado. “Se vivo fosse Isoca faria
100 anos em novembro”, disse o regente, na abertura da apresentação, bastante
aplaudida pelo público que lotou a sala de audições.
Na
sequência o Coro Carlos Gomes, com regência de Maria Antonia Jiménez,
apresentou um repertório variado de autores clássicos e contemporâneos,
destacando-se o paraense Waldemar Henrique (1905-1995), “um dos pilares da
música paraense”, segundo a própria maestrina, que escolheu a obra “Uirapuru”
do saudoso maestro para esta apresentação.
Na
plateia, além do público amante da música coral, estavam os músicos monitores
dos cursos e os coralistas e regentes inscritos, os quais receberão no decorrer
da semana, em forma de aulas intensivas, exercícios voltados ao aprofundamento
das técnicas de regência, dinâmica de coro, técnica vocal e percepção musical.
O mestre
em música pela UFBA e doutor em regência pela Louisiana State University (EUA),
Vladimir Silva, revelou conhecer um pouco a tradição musical do Estado do Pará
em função de longo percurso exercendo a prática pedagógica com a música, mas
esta foi a primeira vez que participou, em Belém, dos painéis. Depois da
abertura e performance dos dois grupos, ele não economizou nos elogios: “Ambos
são corais de altíssimo nível, que apresentaram um repertório difícil, mas
muito bem selecionado”, disse.
Respiração,
ritmo, postura e outros itens fazem parte do extenso trabalho que mais de 160
músicos terão que vivenciar nos próximos dias. Vindos do Maranhão, Amapá e de
vários municípios paraenses, todos tem o desafio de operar em uma única
frequência, domando as diferenças, seja de formação, seja de costumes, ou mesmo
as próprias formas de interpretação que vêm construindo ao longo de suas
carreiras, para alcançar um aprendizado profícuo e, mais particularmente, para
a formação do Grande Coro Funarte, que se apresentará no concerto de
encerramento no sábado, 25, às 18h, no Theatro da Paz.
A baiana
Sarah Nogueira mora no Pará há cerca de um ano e meio e veio a Belém
especialmente para participar dos Painéis Funarte. Canta desde criança e mantém
um grupo de canto coral em Tailândia, onde mora. “Vim em busca de
aperfeiçoamento”, disse ela, que procura sempre cursos de enriquecimento
técnico, e mesmo sem saber qual será o repertório da apresentação final
lançou-se ao desafio com coragem.
A FCG
recebe a Funarte na realização dos Painéis, e acredita que essa ação confirma a
importância do Pará no cenário nacional como um rico polo produtivo. “Belém
recebe novamente o Painel de Coros, e esse curto intervalo indica a relevância
do trabalho que se faz aqui, haja vista tantos talentos paraenses espalhados
pelo mundo”, declarou o músico Jonathan Miranda, coordenador local dos Painéis
Funarte.
Texto:
Maria Christina - FCG
Fone: (91) 3201-9452 / (91) 9622-6814 / 8198-9370
Maria Christina - FCG
Fone: (91) 3201-9452 / (91) 9622-6814 / 8198-9370
Pará terá um
representante
no Mundial
de Muay Thai
O Pará
terá um representante de peso no Campeonato Mundial de Muay Thai, que
acontecerá no mês de setembro, na Rússia. Eric Guimarães faz parte da seleção
brasileira A, que detém a prioridade em competições internacionais com a
participação do Brasil, e será o representante paraense em solo europeu. O
lutador venceu as três competições que definiram a classificação dos atletas
para a Seleção A, garantindo o nome do Pará na equipe nacional e também nas
principais disputas mundiais.
Com
participação em dois campeonatos mundiais, o atleta é atendido pelo programa
Bolsa Talento, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), desde 2009.
No currículo, vários títulos, como o bicampeonato brasileiro e Muay Thai
e mais de dez títulos paraenses. O MMA (do inglês, Mixed Martial Arts) também
está no currículo do lutador desde 2001, período em que acumulou diversos
campeonatos da modalidade e de outros esportes ligados às artes marciais, como
o Campeonato Norte-Nordeste de Boxe Chinês e o Campeonato Paraense de Boxe para
Novatos.
Eric
Guimarães também é o atual presidente da Federação Paraense de Muay Thai
Tradicional. Aos 29 anos, ele diz que pretende formar uma seleção A do Pará,
para que o Estado tenha seus representantes nas diversas competições nacionais.
Outro projeto em desenvolvimento é a parceria com a academia do lutador de MMA,
Anderson Silva, a Killer Bees. “Recentemente fechamos parceria com eles com o
objetivo de promover um intercâmbio. Vamos mandar atletas paraenses para
treinar lá”, antecipou.
Texto:
Angela Bazzoni - Seel
Fone: / (91) 8883-5649
Angela Bazzoni - Seel
Fone: / (91) 8883-5649
Polícia
Civil prende envolvidos
em
depredação de empresa
O delegado Antônio Miranda Neto, titular da Seccional Urbana de Parauapebas, informou nesta segunda-feira (20) que as investigações sobre a destruição ocorrida na Vila de Serra Pelada, em Curionópolis, sudeste do Pará, prosseguem para identificar outros envolvidos no crime. Sete adultos foram presos e dois adolescentes foram apreendidos por envolvimento nos atos de depredação na área da empresa Vale. As prisões foram feitas na manhã de domingo (19), na região.
Com apoio
de uma aeronave, policiais civis da 20ª Seccional de Polícia Civil de
Parauapebas e da Superintendência Regional do Sudeste Paraense foram até a
região e fizeram um sobrevoo na área para a constatação dos danos. Em conjunto
com a Polícia Militar, os policiais civis prenderam João Carlos Lima da Silva
(30 anos); Marcos Maciel Lima da Silva (18); Renato Alves da Silva (18); Davi
Monteiro Amorim (24); Wanderson Morais Barbosa (22); Hélio Santos Leão (18) e
do advogado Rodrigo Maia Ribeira, apontado como um dos líderes do grupo.
Eles
foram autuados em flagrante delito. Dois adolescentes de 16 e 17 anos foram
apreendidos. Todos vão responder por destruir e roubar computadores dos
escritórios. Os procedimentos foram lavrados na Delegacia de Curionópolis. Dos
presos, apenas o advogado foi transferido para Parauapebas. Os demais devem ser
levados para Marabá ou também para Parauapebas.
Durante
as prisões, os policiais conseguiram recuperar aparelhos de informática
subtraídos durante o crime. Segundo Antônio Miranda, no último dia 17, a
estrada de acesso à mina de ouro da Vale, localizada na Vila de Serra Pelada,
em Curionópolis, foi interditada por moradores do vilarejo. Eram cerca de 60
pessoas.
No local,
no dia seguinte, policiais civis apuraram que a via de acesso à mina havia sido
bloqueada por moradores locais, os quais reivindicavam a presença de
representantes do governo do Estado no intuito de solicitar a pavimentação da
estrada de acesso à Vila de Serra Pelada e ao vilarejo, além da construção de
um posto de saúde, iluminação pública. A interdição da via bloqueou o acesso de
veículos que prestam serviços às empresas Colossus e Vale, restringindo o
acesso de três mil funcionários das empresas. Automóveis de terceiros tinham
livre acesso à Serra Pelada.
No
domingo, por volta das 17 horas, policiais militares foram até o local, onde,
com uso de munição não letal, desobstruíram a vicinal. Após a desobstrução da
estrada, cerca de 300 pessoas, na Vila de Serra Pelada, iniciaram um
“quebra-quebra” e passaram a incendiar e danificar veículos das empresas Makro,
Norauto, Vale, Pavibra, e contêineres da empresa Vale, onde funcionavam os
escritórios.
Desses
locais, foram saqueados diversos computadores e impressoras. Também foi
destruída a sede do Sindicato dos Garimpeiros, de onde documentos foram
extraviados. Um orelhão de uma operadora de telefonia foi destruído, além
dos vidros de duas viaturas da Polícia Militar. Guarnições do Batalhão de
Choque da PM permanece na região para manter a segurança na área.
Texto:
Walrimar Santos - Polícia Civil
Fone: (91) 4006-9036 / (91) 9941-3490
Walrimar Santos - Polícia Civil
Fone: (91) 4006-9036 / (91) 9941-3490
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