A programação em torno da Semana de Aleitamento terá seu
ponto alto neste domingo (5), na praça Batista Campos, a partir das 8h, com o
ônibus do Presença Viva, que permanecerá no local até às 13h, para a coleta de
leite materno. Haverá também um “mamaço” das mães doadoras de leite, um abraço
simbólico e a marcha pelo parto em casa, organizada pela Grupo Ista. A Semana
Mundial de Aleitamento Materno no Estado foi lançada na última quarta-feira,
1º, na Fundação Santa Casa do Pará, em Belém. Até o próximo dia 8, seminários,
mobilização e oficinas lembrarão à população sobre os benefícios clássicos da
amamentação, incluindo o principal, que é o combate à mortalidade infantil. A
Campanha de 2012 é intitulada “Amamentar hoje é pensar no futuro”.
Artesanato
de balata recebe o
Reconhecimento
de
Excelência
da Unesco
O
artesanato de balata “Búfalo Montado”, criação do mestre Darlindo José de
Oliveira Pinto, do Grupo de Mestres Artesãos de Modelagem em Balata, do
município de Monte Alegre, oeste do Pará, foi agraciado com o certificado da 3ª
edição do “Reconhecimento de Excelência da Unesco para os produtos artesanais
do Mercosul+”. O Grupo de Monte Alegre, também formado por Oscarino Braga,
Paulo Baía, Antonio Braga, Carlos Baía e Luiz Carlos, está vinculado ao Espaço
São José Liberto, onde os mestres balateiros comercializam suas peças na Casa
do Artesão.
A oficina
da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) em Montevidéu, capital do Uruguai, divulgou a notícia na última
quinta-feira (2). As peças representativas do artesanato brasileiro foram
selecionadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), por meio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB).
Para
mestre Darlindo Oliveira, que é presidente da Federação das Associações
Cooperativas de Artesãos (Facapa) e presidente do Grupo de Trabalho
Colegiado Artesanato, do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC),
vinculado ao Ministério da Cultura, o prêmio representa o reconhecimento
de um trabalho desenvolvido há décadas e que, atualmente, só os seis
integrantes do Grupo de Mestres Artesãos de Modelagem em Balata fazem profissionalmente.
Darlindo
conta que decidiu se inscrever no prêmio da Unesco por indicação do Programa de
Artesanato do Brasil. O evento contou com a participação de 11 países,
incluindo representantes de artesãos do Uruguai. Em uma pré-seleção foram escolhidos
13 trabalhos de artesãos brasileiros, sendo que apenas seis foram contemplados
com o prêmio.
Para essa
edição foram apresentados 96 produtos artesanais, sendo 26 da Argentina, 13 do
Brasil, 26 do Chile, 13 do Paraguai e 18 do Uruguai. Os produtos foram
selecionados pelos Comitês Nacionais e apresentados em evento realizado no
período de 29 de julho a 1º de agosto, durante a ”Semana Internacional de
Artesanato”, promovida pela Diretoria Nacional de Artesanato, Pequenas e Médias
Empresas, do Ministério da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai, e pelo
Escritório da Unesco em Montevidéu. A seleção e avaliação foi realizada por
jurados do México, do Peru e da Colômbia.
“Agradeço
pelo reconhecimento, que vai abrir muitas portas para a gente. Esse prêmio foi
uma glória de Deus e espero que possa nos ajudar a levar esse conhecimento para
comunidades distantes, onde a gente possa capacitar pessoas para trabalhar com
esse artesanato, feito de uma matéria prima que não se encontra em qualquer
lugar do Brasil”, ressalta o mestre, que tem 53 anos, dos quais 43 dedicados ao
trabalho com a balata, arte que aprendeu ainda menino em Monte Alegre, onde
nasceu.
Miniaturas - O artesanato de balata é feito
de uma goma elástica semelhante ao látex da seringueira, que permite a produção
artesanal de objetos similares aos de borracha. As miniaturas lúdicas e
decorativas atraem principalmente as crianças, pelo colorido e maleabilidade.
As inspirações para as peças, destaca mestre Darlindo, são a fauna e a flora
amazônicas, os costumes indígenas, as montarias do Marajó e as lendas e mitos
da Amazônia.
Ele
explica que a balateira, como a seringueira, é uma árvore da família das
Sapotáceas, sendo que a balata é o látex da balateira, também conhecida como
maparajuba (Manilkara bidentata). Darlindo ressalta que os balatais,
locais onde se encontram as balateiras, só existem na Linha do Equador, do lado
esquerdo do Rio Amazonas. A extração é feita nos municípios de Almeirim,
Prainha, Monte Alegre, Alenquer e Óbidos, em áreas de preservação com
autorização para a atividade extrativista. Já o artesanato de balata é
específico da região de Monte Alegre.
Com a
premiação, Darlindo Oliveira espera que o paraense conheça melhor o trabalho
desenvolvido em Monte Alegre. Ele lembra que, em 2008, durante uma exposição em
Bressuire, na França, na qual o artesão Oscarino Braga representou o grupo de
balateiros, essa tipologia de artesanato foi muito elogiada. A “Balata:
Amazônia em miniatura” está entre os 75 produtos de reconhecido valor cultural
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Para
Oscarino Braga, a confecção de artesanato em balata é uma arte única.
"Todo o processo é com o material bruto, sem nada industrial. Os
ensinamentos passam de pai para filho, e é tudo manual. Trabalhamos com
tesoura velha, peças retiradas de relógio, pedaço de caneta, uma faca pequena e
miçangas”, informa Oscarino, sem mencionar a principal ferramenta desse
trabalho: a habilidade dos mestres, que lutam para deixar às novas gerações o
legado dessa arte típica da Amazônia, geralmente moldada com destreza em uma
bacia de água quente.
História - O artesanato em balata
beneficia, direta e indiretamente, 20 famílias de Monte Alegre, entre
extrativistas, artesãos e familiares dos profissionais. A técnica, Darlindo
Oliveira aprendeu, nos anos 1970, com o Mestre João Boi que, junto com Mestre
Bejá, eram os únicos que criavam as miniaturas em Monte Alegre. Assim como
Darlindo, Oscarino Braga também descobriu o artesanato em balata ainda na infância.
O
processo de extração da balata é similar ao da borracha. O tronco da árvore é
riscado, e o leite (látex) que sai é aparado e cozido, formando blocos. Os
artesãos cortam e aquecem os blocos em banho maria para limpar e purificar a
balata, e vão criando as formas desejadas em um processo denominado “modelagem
em balata”.
Na forma
final, as miniaturas ganham vários tons, desde cinza-claro até o rosado, com a
utilização de pigmentos naturais, como urucum e cumatê. Atualmente, a tinta de
tecido, que é antitóxica, também é usada na coloração das peças, que retraram
papagaios, araras, cobras, jacarés, botos, tartarugas, canoeiros, vaqueiros do
Marajó, apanhadores de açaí e tantos outros personagens da diversidade
amazônica.
"Esse
reconhecimento da Unesco ao artesanato paraense é um prêmio ao talento e à
dedicação dos nossos mestres balateiros, que levam a todo o mundo o cenário
amazônico em miniaturas. O artesanato do Pará é um dos mais criativos e
diversificados do país, e a prova dessa qualidade vem na forma de
reconhecimentos como este, da Unesco", destaca Thiago Gama, diretor
Comercial do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição que
gerencia o São José Liberto em parceria com o governo do Estado, por meio da
Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).
Texto:
Luciane Barros-São José Liberto
Luciane Barros-São José Liberto
Feira
colocou à venda quase
5
toneladas de pescado
A décima
edição da Feira do Pescado neste ano agradou aos consumidores que foram ao
estacionamento do Centur (Centro Turístico e Cultural Tancredo Neves) na manhã
deste sábado (4), em busca de peixes e camarão a preços abaixo dos praticados
em mercados e feiras de Belém. Promovida pela Secretaria de Estado de Pesca e
Aquicultura (Sepaq), a feira atendeu a demanda de moradores de vários bairros
de Belém, principalmente de Nazaré, Batista Campos, Umarizal, Reduto, São Brás,
Telégrafo e Sacramenta, que tiveram à disposição, das 8 às 14h, várias espécies
de pescado.
Uma das
novidades na feira deste sábado foi o novo sistema de atendimento, que evitou a
formação de filas. Antes, o comprador era atendido no próprio caminhão
frigorífico, um de cada vez, o que ocasionava a formação de filas com centenas
de pessoas. Hoje, uma bancada foi instalada para agilizar o atendimento, o que
aumentou a satisfação do consumidor.
"Na
feira a gente encontra o produto mais barato", garantiu a consumidora Léa
Moura. E essa satisfação do consumidor "supera qualquer expectativa",
segundo Sabino Caldas, para quem "o projeto é excelente, e deveria ter
todo dia".
Um dos peixes
mais procurados foi o bagre, vendido a R$ 6,00 o quilo. Os filés de dourada e
pescada amarela, respectivamente, foram vendidos a R$ 13,00 e R$ 18,00 o quilo.
Foram colocadas à venda cerca de 5 toneladas de pescado, além de camarão rosa e
bacalhau.
Esta
edição da feira foi coordenada por Mauro Leite, técnico da Sepaq, e o
engenheiro de Pesca Júnior Terra. A próxima Feira do Pescado acontecerá no
bairro da Terra Firme.
Texto:
Sérgio Noronha-Sepaq
Sérgio Noronha-Sepaq
Americanos
e canadenses
Da Força
da Amizade fazem
intercâmbio
no Pará
Com o
objetivo de conhecer a região e promover o relacionamento entre os visitantes e
a comunidade local, 21 integrantes norte-americanos e canadenses do Friendship
Force (Força da Amizade) estão no Pará participando do intercâmbio global Discover
Amazon. Na sexta-feira (3), o grupo assistiu a uma palestra, proferida pelo
secretário de Estado de Turismo, Adenauer Góes, sobre as principais regiões e
roteiros turísticos do Pará, e informações gerais sobre a Amazônia brasileira.
“Este
grupo tem um significado especial porque é uma instituição que se identificou
com a Amazônia, com o objetivo de voltar aos seus países de origem levando as
boas experiências que tiveram aqui. Isso se transformará em mais uma forma de
divulgar o nosso Estado e a Amazônia, impactando gradativamente no aumento do
número de turistas”, informou Adenauer Góes, que também fará parte da
Friendship Force Belém.
O
secretário iniciou a palestra mostrando o Pará no cenário nacional e destacando
suas principais fontes econômicas, entre as quais o turismo. Ele também
ressaltou a importãncia histórica de Belém na Amazônia, como a primeira cidade
fundada na região em 1616, e de outras regiões turísticas do Pará, como Marajó,
Amazônia Atlântica, Araguaia-Tocantins, Xingu e Tapajós. Adenauer destacou
ainda que a originalidade, autenticidade, criatividade, diversidade e
sustentabilidade são os principais pontos que tornam o destino Pará como o mais
importante de toda a região. Após a palestra, o secretário respondeu a
perguntas dos participantes.
Demanda - Hilma de Oliveira, presidente
da Friendship Force Belém, disse que houve um grande interesse dos estrangeiros
em participar do intercâmbio Discover Amazon. “Tínhamos apenas 20 vagas para
pessoas do mundo todo, aumentamos mais duas vagas, mas nem todos puderam vir”,
informou. Segundo Nazaré Chaves, diretora do Intercâmbio da Friendship Force
Belém, os visitantes se hospedam na casa de moradores da cidade que fazem parte
do grupo, já que o objetivo da organização é fazer um turismo diferente, em que
o turista conheça melhor a cultura e o estilo de vida da região. Ela informou
ainda que os participantes visitarão alguns atrativos turísticos de Belém, além
do Marajó e da praia de Alter do Chão, em Santarém, na região do Tapajós.
Viky
Vance mora no estado da Louisiana, sul dos Estados Unidos, e nesta sua primeira
viagem à Amazônia disse que ficou impressionada com a forma de viver das
pessoas e o contraste da cidade com a floresta. “Estamos muito animados também
porque vamos ter contato com as pessoas da região, já que ficaremos alojados na
casa destas pessoas”, contou Viky, acrescentando que a visita irá mudar muito a
imagem que ela tem da região.
A
Friendship Force foi fundada em 1977 em Atlanta, nos Estados Unidos, com a
missão de promover a união e a amizade entre os povos. Hoje, conta com cerca de
50 países e promove excursões a todos os continentes. Em Belém, a organização
foi fundada em 1992 e já recebeu grupos de diversos países e Estados
brasileiros.
Texto:
Benigna Soares-Paratur
Benigna Soares-Paratur
Estreia
de "Febre do Rato"
em Belém
é adiada
Devido a
problemas técnicos, o cine Estação não exibirá neste domingo (5) o filme
"Febre do Rato", que estava programado para as sessões das 10h e das
20h30. No lugar de "Febre do Rato" será exibido o filme "Rock
Brasília - Era de Ouro", nas sessões de 10h, 18h e 20h30. A coordenação do
cine Estação, que funciona na Estação das Docas, informará, em breve, a nova
data de estreia em Belém de "Febre do Rato", filme de Cláudio
Assis, rodado em preto-e-branco, com a premiada fotografia de Walter Carvalho.
O filme tem no elenco Irandhir Santos (melhor ator na última edição do
Festival de Paulínia), Matheus Nachtergaele, Juliano Cazarré e Angela Leal.
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