Um dos pontos turísticos
mais celebrados de Belém pode acabar. O Boteco das Onze pode ser extinto por
intransigência do Governo do Pará. A afirmação é do empresário Augusto
Mesquita.
Segundo
ele, o secretário de Cultura, Paulo Chaves, pede na justiça a devolução do
espaço, explorado há 13 anos pelo Boteco das Onze. A explicação do secretário é
que o espaço do bar e restaurante seria usado para criar uma galeria.
O
contrato de locação do espaço foi celebrado junto à OS Pará 2000 e vinha sendo
renovado desde 2002. Mesquita diz que vem tentando renovar, da melhor maneira
possível, o contrato que possui com a OS, porém enfrenta a intransigência de
Chaves.
“Há
interesses do Paulo Chaves em favorecer os antigos sócios pernambucanos. Ele
vem usando a máquina do Estado para tentar nos tirar do lugar”, garante o
empresário.
O
Boteco possuía como sócios o paraense Augusto Mesquita, que gerencia o lugar, e
o pernambucano, Pedro Berison, amigo do secretário.
“Nós
somos o único espaço administrado pela Pará 2000 que vem sofrendo esse tipo de
perseguição. Nem a Estação das Docas, onde existem diversas dívidas, isso
acontece”, diz o empresário, indignado.
Um
mandado de segurança tenta agora suspender a ação de reintegração movida por
Chaves, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE). O empresário também
deve entrar com novo recurso nesta segunda-feira (6) para evitar a
desapropriação.
Ele
afirma que, caso o Boteco seja fechado, cerca de 100 funcionários poderão
perder os empregos.
O DOL
entrou em contato com a Secult e com a Pará 2000 - através de e-mail - e
aguarda posicionamento sobre o caso.
(Antonio
Santos/DOL)
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