Vinícius
Segalla
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
O técnico
Vanderlei Luxemburgo foi condenado na última segunda-feira a um ano e seis
meses de prisão pelo crime de transferência eleitoral fraudulenta, ocorrido em
2008. A pena, porém, foi substituída por prestação de serviços à comunidade e
ao pagamento de uma prestação de cem salários mínimos.
A
condenação, em segunda instância, é do TRE-TO (Tribunal Regional Eleitoral de
Tocantis), e o técnico do Grêmio tem até o final da semana para apresentar
recurso junto ao TSE (Superior Tribunal Eleitoral). Procurado pelo UOL
Esporte, Luxemburgo não foi encontrado até a publicação desta reportagem
VANDERLEI LUXEMBURGO E A JUSTIÇA
- Edmundo vai denunciar Luxemburgo por estelionato em função de antiga dívida, diz jornal
- Blog do Juca: Luxemburgo é inocente
- Vanderlei Luxemburgo é condenado a 1 ano e meio de prisão por fraude em Tocantins
O crime
do treinador foi o previsto no artigo 289 do Código Eleitoral, que fala sobre
transferência eleitoral fraudulenta, cuja pena máxima é de cinco anos de
reclusão. Para transferir o seu domicílio eleitoral para a cidade, onde
pretendia concorrer nas eleições seguintes, Luxemburgo apresentou, em 12 de
dezembro de 2008 ao Cartório Eleitoral de Palmas, uma declaração de que residia
há três meses na capital tocantinense. Porém, não conseguiu provar isso. Assim,
o documento --público-- foi considerado falso.
Em março
do ano passado, o técnico foi condenado em primeira instância pela Justiça
Eleitoral de Tocantis. Já nesta segunda-feira, o TRE-TO julgou o recurso e
novamente condenou Luxemburgo, afirmando não restar dúvida de que "a
conduta do réu é aplicável ao artigo 289, pois ele teria buscado a
transferência de seu domicílio eleitoral declarando-se domiciliado há três
meses em Palmas, embora fosse notório que, na mesma época, ele atuava como
treinador da Sociedade Esportiva Palmeiras, na capital paulista", segundo
informa a Procuradoria Eleitoral de Tocantis.
De acordo
com os procuradores, provas testemunhais demonstraram ainda que, em tempo
algum, Luxemburgo residiu no endereço de Palmas declarado à Justiça Eleitoral.
"A culpabilidade do técnico de futebol foi significativa ao atentar contra
a regularidade, seriedade, autenticidade e veracidade dos registros pertinentes
aos eleitores".
Nenhum comentário:
Postar um comentário