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A
garantia dos direitos dos catadores de materiais recicláveis e a confirmação do
apoio técnico da prefeitura para viabilizar as atividades desenvolvidas por
eles foram tema da reunião entre a Associação dos Catadores do Aurá e o
prefeito Zenaldo Coutinho, na tarde desta segunda-feira, 15, no
Palácio Antonio Lemos.
O encontro também teve a presença dos titulares das
secretarias municipais de saneamento (Sesan), economia (Secon) e educação
(Semec), além de representantes do Fundo Ver-o-Sol, do Programa Ama Belém e da
Fundação Papa João XXIII (Funpapa). Representante da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB-PA) também esteve presente acompanhando as discussões.
A reunião, segundo Zenaldo Coutinho,
serviu para sanar as dúvidas dos catadores após a assinatura do Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o Ministério Público Estadual e as
prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba, no início deste mês. No termo, as
prefeituras devem cumprir a determinação de encerrar as atividades do
Aterro Sanitário do Aurá até agosto de 2014, e encontrar soluções para novos
destinos finais ao lixo produzido na Região Metropolitana de Belém.
“Estamos aqui para apresentar aos catadores do Aurá
os compromissos assumidos pelaadministração municipal, e para
deixar claro que eles não foram esquecidos. Temos vários itens doTAC que
contempla os catadores e dá condições dignas de trabalho para toda a
categoria”, explicaZenaldo.
Ainda de acordo com o prefeito, a presença de
diversas secretarias e órgãos da administração nesta reunião se
justifica pelo papel que cada uma dessas instituições assume no processo de
apoio aos catadores. “A Sesan vem garantindo a logística técnica e
operacional dentro e fora do Aurá. AFunpapa já está abrindo espaço para
cursos técnicos de capacitação, assim como a Secon deve interagir na
formação e capacitação dos catadores que preferirem mudar de profissão”,
ressaltou o prefeito, que ainda disponibilizou linhas de créditos
através do Fundo Ver-o-Sol, para que os catadores se organizem enquanto empreendedores.
Para Ana Lúcia Moraes, presidente da Associação de
Catadores do Aurá, a reunião foi positiva, uma vez que grande parte
das reinvidicações foram atendidas e os prazos para cada uma das
etapas definidos pela gestão municipal.
Os catadores tiveram apenas
duas reivindicações negadas pelo prefeito. A primeira trata da
indenização aos catadores pelos serviços ambientais prestados durante todos
esses anos no lixão. A Segunda é sobre a liberação ao trabalho dos menores de
18 anos de idade como catadores. “O prefeito nos informou que nenhuma dessas
soluções poderia ser dada de imediato, porque ele estaria contrariando a lei.
Mas ainda assim nós vamos tentar outras soluções com o apoio da OAB”, informou
Ana Lúcia.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente da
OAB-PA, José Carlos Lima, garantiu que a instituição dará toda a assessoria
necessária à Associação de Catadores. “Podemos ajudar, por exemplo, nos pedidos
de emancipação de adolescentes que já constituíram família e que dependem
da renda como catador para se sustentar”, ressaltou.
Uma nova
reunião entre prefeitura e catadores já está marcada para a próxima
segunda-feira, 22, na sede da secretaria de saneamento. “Será a primeira
reunião de trabalho, já como primeiro passo para implantação das metas para as
ações de natureza social a serem desenvolvidas”, destaca o titular da Sesan,
Luiz Otávio Mota Pereira.
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