Governo inicia o asfaltamento da avenida João Paulo II
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A via de prolongamento da Avenida João Paulo II começou a ser
asfaltada. Conforme reprogramação da obra os trabalhos de asfaltamento
iniciaram na última quinta, 13, e a previsão é de que até dezembro deste
ano a avenida esteja toda asfaltada. Já para as pontes, que ultrapassam os
Lagos Bolonha e Água Preta, consideradas a parte mais crítica da obra, a
previsão é de que até o final do ano estejam com 50% concluídas. O projeto é
executado pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).
O asfaltamento foi iniciado no perímetro da rua Euclides da Cunha, no
bairro da Castanheira e segue em direção ao bairro da Guanabara, até chegar a
alameda Moça Bonita. Nesta nova etapa da obra, trabalham diretamente cerca de
260 pessoas, indiretamente cerca de 100, mais de 20 caminhões e mais de 30
máquinas, entre retroescavadeiras, guindastes, vibroacabadoras, tratores,
plataformas de elevação, entre outros maquinários.
A nova via contará com drenagem, iluminação pública e monitoramento de
segurança. Serão sete passarelas para pedestres implantadas ao longo da via,
às proximidades dos seis pares de pontos de ônibus urbanos. Toda a obra terá
4,7 quilômetros. O projeto que estava com as atividades em ritmo mais
contido, pôde ser reprogramado, após aporte de recursos federais, do
Orçamento Geral da União (OGU), na ordem de 20 milhões de reais, repassados
em junho passado e contrapartida do Governo do Estado. Os trechos de
terraplenagem e drenagem, dentro do parque, encontram-se finalizados.
As duas pontes que irão transpor os Lagoscontam com 100% das
suas infraestruturas (fundações, infra e meso estruturas) concluídas. Já
as superestruturas das pontes, em aço 588 platinado cortem, estão em processo
de fabricação em área externa e montagem no pátio de empurre.
“O prolongamento da João Paulo II é uma obra que resultará em mais uma
via de entrada e saída da cidade e dará suporte para a implantação do BRT
Metropolitano, porém, seus benefícios extrapolam a questão da mobilidade
urbana, pois trará incontável benefício ao Parque do Utinga e aos mananciais
que abastecem a cidade, uma vez que servirá de barreira física e sanitária ao
Parque Ambiental. Contudo, proporcionará qualidade de vida para a população
de Belém”, avalia o diretor geral do NGTM, Cesar Meira. O diretor detalha
que atualmente, a obra está com 50% dos trabalhos concluídos, sendo que os
trabalhos considerados mais críticos já estão quase finalizados.
Mobilidade
O prolongamento da João Paulo II compreende o trecho entre a passagem
Mariano e a rodovia Mário Covas, e contará com duas pontes, uma (com 176m) a
60 metros da passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago Bolonha, e a outra
(com 254m) a 30 metros da rua da Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago Água
Preta. A nova via possuirá acostamentos, ciclovias e calçadas, respeitando os
preceitos legais de acessibilidade.
Para que fosse possível a construção desta nova via, o NGTM
desapropriou 110 imóveis, entre residências e comércios. O primeiro traçado
para a concepção dessa via incluía um número bem maior de desapropriações,
porém, após uma sugestão do próprio governador Simão Jatene, o traçado foi
refeito, passando então a ladear o Parque do Utinga e, com isso, atingindo um
número bem menor de imóveis.
Outra vantagem que proporcionou o novo desenho da avenida é o fato de
que ela tornou-se uma barreira física e sanitária ao Parque do Utinga, pois
além de conter o avanço urbano sobre o Parque, que passava por invasões e
outras situações causadas pela pressão urbana, tornou-se também uma barreira
sanitária, pois possuirá um sistema que drenará toda a água que chegar aos
Lagos, já que hoje essa água chega contaminada aos mananciais que abastecem a
cidade.
Social
A obra da João Paulo II possui também um viés social, dessa maneira, o
projeto inclui diversas ações socioambientais voltadas para a área
diretamente afetada pela obra. Entre essas ações está o projeto Reciclar Faz
Bem, resultado de uma parceria entre o Governo do Estado do Pará, o
Instituto Camargo Correa e a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do
Aurá (COOTPA). O projeto contempla a construção de uma central de triagem e o
assessoramento na gestão do negócio, com a capacitação e formação dos
cooperados e o objetivo de aumentar a quantidade de resíduos sólidos
comercializados, ampliar os nichos de atuação do negócio e aumentar a renda
média dos beneficiários.
O projeto será gerenciado pelo Instituto de Socioeconomia Solidária
(Ises), uma Oscip que desenvolve e reaplica tecnologias sociais ligadas à
qualificação de Políticas Públicas de combate a pobreza no Brasil. O
Instituto trabalhará para fortalecer a Cootpa para que ela trabalhe em
condições e infraestrutura adequada, os materiais recicláveis, e promovam
melhorias na qualidade de vida aos cooperados, bem como a preservação do meio
ambiente. Dessa maneira, o projeto contribui para a aplicação correta do que
prevê a Lei de Resíduos Sólidos e contribuir para gerar desenvolvimento
humano e social, através da inclusão produtiva de pessoas excluídas do
mercado de trabalho.
O gestor de Socioambiental da Camargo Correa, Vitor Almeida explica
que a decisão do Instituto em investir nesse projeto surgiu a partir de uma
necessidade da realidade local da área da obra. “A obra da João Paulo II tem
essa característica de proteger essa região, especialmente os Lagos, que tem
também um histórico de acumulação de resíduos sólidos, por falta de local de
destino desse material, justamente por não ter grupos que façam esse trabalho
de coleta e triagem. Contudo, esse projeto surgiu com o entendimento da
necessidade local”, informou.
“Viabilizar a participação conjunta do Estado, da iniciativa privada e
do cidadão talvez seja o maior legado desse projeto, viabilizar através de
uma estrutura adequada, esse ciclo. Entretanto, além de viabilizar a questão
da política de resíduos sólidos estarmos também promovendo a questão social
ao proporcionar emprego e renda, dando oportunidade para pessoas e dando a
elas possibilidade de geração de emprego e renda. Contudo, esses aspectos
configuram a grande importância desse projeto”, avalia Vitor Almeida.
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Texto:
Manu Viana |
Biblioteca Arthur Vianna exibe documentário e promove debate sobre
violência contra mulher
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A Biblioteca Pública Arthur Vianna, da Fundação Cultural do Pará
(FCP), exibe nesta terça-feira (18), às 9h, o documentário “Filha da
Índia”, produzido e dirigido por Leslee Udwin. A programação faz parte dos
diálogos temáticos desenvolvidos pelo espaço, que nesta ocasião fará um
debate sobre direitos da mulher e violência de gênero. O evento é gratuito e
ocorre no hall do segundo andar da FCP. O filme, que foi banido na Índia,
conta a história e as consequências de uma das mais chocantes violências
sexuais cometidas no país – o caso da estudante de medicina Jyoti Singh, 23.
Ela foi estuprada por cinco homens e um menino dentro de um ônibus que
viajava pelas ruas de Nova Déli. A história foi notícia no mundo inteiro e
causou uma onda de protestos no país, iniciando uma discussão sobre violência
sexual e direitos das mulheres. Após a exibição do documentário, haverá um
debate com representantes da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos
Humanos (Sejudh).
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Texto:
Andreza Gomes |
Adepará fiscaliza etapas do vazio sanitário da soja em diversas
regiões
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A segunda e a terceira etapas do vazio sanitário da soja estão em
vigor simultaneamente em diversas regiões do Estado. A segunda etapa, que
começou em 1º de setembro, segue até o próximo dia 30 de outubro, nas
microrregiões de Paragominas, Bragantina, Guamá, Tomé- Açu, Salgado, Tucuruí,
Castanhal, Arari, Belém, Cametá e Furos de Breves e de Portel. A terceira
etapa, iniciada em 1º de outubro, segue até 30 de novembro, nas microrregiões
de Santarém, Almeirim, Óbidos, Itaituba (municípios de Rurópolis e Trairão) e
Altamira (exceto Castelo dos Sonhos e Cachoeira da Serra).
Durante o vazio sanitário, os produtores rurais são proibidos de
manter qualquer planta viva de soja. O objetivo é não permitir a instalação
do fungo causador da Ferrugem Asiática, praga que ataca as lavouras e pode
causar grandes prejuízos à produção. Cabe à Agência de Defesa Agropecuária
(Adepará) regulamentar e fiscalizar o cumprimento do vazio sanitário nas
propriedades, mas o comprometimento dos produtores e a vigilância entre eles
são fundamentais para o sucesso da proteção.
O Pará é o único Estado brasileiro que tem três etapas de vazios da
soja, devido às condições climáticas. Pará e Maranhão são Estados tratados
como casos especiais. Para fiscalizar o vazio, diversas equipes da Adepará
estão em campo. Elas visitam as fazendas que plantaram soja para verificar se
há presença de planta de soja viva. Se houver, o produtor rural é alertado
sobre a legislação, e um prazo é estipulado para a retirada do vegetal.
Depois há um retorno à mesma propriedade, para saber se o produtor eliminou
as plantas.
A soja viva é hospedeira do fungo Pharkopsora Pachyrhizi, causador da
Ferrugem Asiática, que acarreta prejuízo na produtividade em torno de 70%. “O
vazio sanitário é muito importante, pois visa reduzir o inócuo nos primeiros
plantios das safras de soja, diminuindo assim a incidência da doença”,
explica o gerente de Pragas de Importância Econômica da Adepará, Wilson
Emílio da Silva.
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Texto:
Camila Moreira |
IFPA apresenta ao governador em exercício projeto de expansão no
sudeste paraense
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O governador do Estado em exercício, Zequinha Marinho, recebeu nesta
segunda-feira (17) diretores dos campi do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) de Parauapebas e Marabá, no sudeste
paraense. Em pauta, a expansão dos cursos técnicos para municípios vizinhos
de modo a suprir as demandas do mercado produtivo local com mão de obra
qualificada.
“Recebemos o convite para que possamos levar este tipo de ensino para
outros municípios do interior do Estado. Além de Parauapebas, temos algumas
áreas de abrangência e atendimento, como a região do entorno com Canaã dos
Carajás, Eldorado dos Carajás, Curionópolis e Água Azul do Norte. O
governador também nos passou outras demandas de cidades próximas, como
Tucumã, São Félix do Xingu e Ourilândia do Norte,para vermos o que a gente
pode proporcionar a esses municípios”, afirmou o diretor geral do IFPA em Parauapebas,
Rubens Chaves Rodrigues. Hoje o instituto conta com dois cursos e sete
turmas, com a previsão para lançar em 2017 mais seis, além de um curso
superior e de um longo de mineração.
O governador em exercício sinalizou positivamente à apresentação. “Fizemos
um levantamento, e a intenção é proporcionar os cursos técnicos de forma
direcionada, levando em consideração o potencial produtivo da região e a
demanda de cada cidade. Dessa maneira, a mão de obra capacitada será mais
facilmente absorvida pelo próprio município”, disse Zequinha Marinho. As
atividades serão desenvolvidas em 2017.
Os cursos a serem ofertados terão duração média de um ano e meio.
Entre as áreas que podem ser contempladas estão agroindústria, pecuária e
agricultura, além de informática, eletrônica, mecânica, química, edificações,
automação e meio ambiente.
O campus Marabá Industrial também já oferece o curso de controle
ambiental. Para Marcelo Maia, diretor geral da instituição, a parceria entre
Governo do Pará, municípios e instituições de ensino é fundamental para o
desenvolvimento do Estado. “As parcerias e convênios são fundamentais. O
governo estadual irá verificar junto às prefeituras de que forma podem atuar
para que essa iniciativa seja colocada em prática”, afirmou.
O IFPA de Marabá já atua com cursos em Rondon do Pará. A instituição
tem 14 polos ligados ao campus. “Para ofertar os cursos, temos que analisar
os Arranjos Produtivos Locais de cada cidade para verificarmos dentro da
nossa estrutura qual a gente pode de imediato ajudar e colocar em prática em
2017”, reiterou Marcelo Maia.
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Texto:
Lidiane Sousa |
Trio Manari comemora 15 anos de carreira com show no Teatro Margarida
Schivasappa
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O Trio Manari, formado pelos percussionistas Kléber Benigno (Paturi),
Nazaco Gomes e Márcio Jardim, comemora 15 anos de carreira nesta quarta-feira
(19), a partir de 20 h, com o show “Sons da Floresta”, no Teatro Margarida
Schivasappa. Com experimentação de timbres e instrumentos incorporados as
suas músicas, o Trio Manari se apresentará com um projeto selecionado pelo
edital Pauta Livre, que faz parte do Programa Seiva, de incentivo à arte e à
cultura, mantido pela Fundação Cultural do Pará (FCP). O valor do ingresso é
R$ 20,00, com meia-entrada para estudantes.
Entre ritmos amazônicos e a busca de novas possibilidades sonoras, a
produção musical do Trio Manari traz as lendas amazônicas, o caboclo
marajoara, o índio e o negro para várias releituras de canções populares da
música paraense. Considerado um dos mais importantes projetos de percussão do
Brasil, o Trio Manari já se apresentou com Marco André, Fafá de Belém, Pepeu
Gomes e o compositor e arranjador paulistano Dante Ozzetti.
Convidados - Para o show “Sons da Floresta”, o Trio reserva um
repertório com músicas que marcaram os percussionistas nestes 15 anos de
carreira. No palco, eles serão acompanhados pelos músicos Youssef Neto,
Alexandre Pinheiro, Felipe Ricardo e Davi Amorim, com a participação especial
de Adelbert Carneiro.
Além de desenvolverem projetos em instituições culturais, como
oficinas de percussão, teoria musical e manipulação de instrumentos, os
membros do Trio Manari produzem instrumentos exclusivos da Amazônia, como o
curimbó, feito de madeira e couro de boi, essencial para o ritmo mais tradicional
do Pará, o carimbó.
Serviço: Show “Sons da Floresta”, em comemoração aos 15 anos do Trio
Manari, no Teatro Margarida Schivasappa (no térreo da sede da Fundação
Cultural do Pará - Avenida Gentil Bittencourt, 650, Bairro Batista Campos).
Ingressos a R$ 20,00, com meia-entrada para estudantes. Ingressos antecipados
podem ser adquiridos no sitehttp://meustickets.com.br/eventos/show-15-anos-trio-manari--4.
(Colaboração de Yves Gabriel).
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Texto:
Andreza Gomes |
Oficinas do Projeto Biizu integram a VII Feira de Ciência, Tecnologia
e Inovação
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Conhecimentos sobre ciência, tecnologia e inovação, com estandes que
apresentam experimentos práticos, além de oficinas de Audiovisual e
Fotografia, é o que a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação
Técnica e Tecnológica (Sectet) oferece na VII Feira de Ciência, Tecnologia e
Inovação, realizada nos dias 17, 18 e 19 deste mês, no Centro Cultural
Tancredo Neves (Centur).
Um dos destaques do evento são as oficinas de Audiovisual e Fotografia
do Projeto Biizu, criado e mantido pela Secretaria de Estado de Comunicação
(Secom). Nas oficinas, os alunos têm acesso à teoria e prática de conceitos
básicos dos temas abordados. Não há exigência de conhecimento prévio sobre os
assuntos para participar.
“Mais cedo, antes da oficina, eu tive contato com os estandes. São
ótimos, pois nos ensinam muito sobre reciclagem, anatomia e astronomia.
Agora, na Oficina de Audiovisual, estou aprendendo a produzir material com a
câmera, e isso é bem divertido”, disse Krisllen Sthephany Farias Cunha, 17
anos, estudante do ensino médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental e
Médio Jarbas Passarinho, enquanto fazia vídeos da feira com o celular.
O cineasta Matheus Nogueira de Farias Moura, 28 anos, é o instrutor de
Krisllen na oficina oferecida pelo Projeto Biizu. Matheus informou que o
conteúdo ministrado consiste em abordagens iniciais para introduzir os
participantes no universo do audiovisual. “Vamos passar pela linguagem
cinematográfica da teoria à prática. Entenderemos os termos usados, os planos
de câmera e posicionamento. Claro, tudo com exercícios”, ressaltou.
Conceitos de fotografia - Na sala ao lado da
Oficina de Audiovisual ocorre a Oficina de Fotografia, com a fotógrafa Renata
Negrão Moreira, 26 aos, que participa pela primeira vez de uma atividade do
Projeto Biizu. “Vamos trabalhar em cima de conceitos básicos de fotografia,
como o funcionamento da câmera, enquadramento e composição. Além da teoria,
vamos praticar, porque isso é importante. Trabalhar com o público tem sido
gratificante”, declarou Renata Moreira.
Qualquer participante da Feira de Ciência pode participar das
oficinas. “Basta manifestar interesse. No final, há a entrega de um certificado”,
informou a estudante de jornalismo Raiana Alves Coelho, 26 anos, estagiária
do Projeto do Biizu e monitora das oficinas pelo período da tarde.
A Feira, que ocorre na Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação, conta com a participação das principais instituições regionais de
ensino e pesquisa, como a Universidade do Estado do Pará (Uepa), Universidade
Federal do Pará (UFPA) e Instituto Evandro Chagas.
Serviço: VII Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. De 17 a 19
de outubro, das 09 às 18 h, no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), na
Avenida Gentil Bittencourt, n° 650. A participação é gratuita. (Com
informações de Ana Carolina Pimenta – Ascom/Sectet).
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Texto:
Sérgio Moraes |
Detran prorroga prazo para realização de serviços
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O Departamento de Trânsito do Estado (Detran) informa que
os serviços para realização de vistorias e transferências de propriedade de
veículos automotores, elétricos, articulados, reboque e semireboque, com data
de vencimento no período de 22/09/2016 a 14/10/2016, data que compreende a
paralisação por parte de alguns servidores, foram prorrogados até a
sexta-feira, 21, para pagamento sem juros. A determinação está expressa
na Portaria 3.556, a ser publicada no Diário Oficial do Estado (IOEPA).
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Texto:
Aldirene Gama |
Cultura exibe documentário sobre Mestre Verequete no Cine Olympia
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A homenagem da Cultura Rede de Comunicação aos 100 anos do Mestre
Verequete ganhou a tela do cinema. Nesta quarta-feira (19), às 18h30, o
especial “Centenário Mestre Verequete” terá sessão única no Cine
Olympia, com entrada franca. O programa, gravado no Espaço Cultural Coisas de
Negro, em Icoaraci, reúne vários artistas interpretando a obra desse grande
mestre da cultura popular. Verequete faria 100 anos no dia 26 de agosto, data
em que se comemora o Dia Municipal do Carimbó.
Grupo Quaderna, Nazaré Pereira, Olivar Barreto, Lúcio Mouzinho, Thaís
Ribeiro, Pedrinho Callado e Grupo Uirapuru, que acompanhou o mestre,
participam do projeto, pensado inicialmente para o formato de rádio, mas que
acabou se expandido para a TV. “Bati um longo papo com a família de Verequete
e fiquei sabendo da força do trabalho dele dentro de um período em que o
carimbó foi oficialmente proibido em Belém, entre as décadas de 1930 e 1940.
Soube da devoção por São Benedito, dentro do catolicismo fervoroso, que não o
impedia de acreditar em lendas como Matinta Perera, Curupira e Sereia, esta
presente em músicas dele, e também de adotar para si o nome de uma entidade
de umbanda. Também soube do seu gosto por café e do interesse em incentivar
manifestações populares”, explica o diretor do programa, Guaracy Britto Jr.
Para dar ao programa o formato de “docsong”, ou documentário musical,
o diretor escalou um personagem que revela ao público todas essas
particularidades da vida e da obra de Verequete. O apresentador do programa é
interpretado pelo ator Carlos Vera Cruz. As gravações em estúdio, com direção
de fotografia de Aladim Jr., e do show, com direção de fotografia de André
Mardock, foram trabalhosas e exigiram um roteiro cuidadoso, intercalando
músicas e seis curtos depoimentos.
“É tudo muito enxuto, sintético, mas carregado de emoção. Abrimos mão
de imagens de arquivo, pois acreditamos na força imagética das letras do
Verequete, que fala de fazeres e personagens típicos da nossa região. Chamo
de docsong este trabalho porque, através das músicas é que entramos em
contato com o universo no qual Verequete se nutria para ser o mestre do
carimbo que foi”, explica Guaracy.
O Grupo Quaderna, de Allan Carvalho e Cincinato Jr., interpreta as
músicas “Verequete da Coluna” e “O Galo Cantou”. O cantor Olivar Barreto,
“Menina do Canapijó” e “Pescador”. Pedrinho Callado, “O Carimbó Não Morreu” e
“Morena”. A cantora Thaís Ribeiro empresta sua voz para “Limoeiro” e
“Sereia”, enquanto Lúcio Mousinho relembra “Farinha de Tapioca” e “Passarinho
do Mar”. Nazaré Pereira traz de volta “Xô, Peru e “Chama Verequete”.
Para Pedrinho Callado, o carimbó é a grande matriz da música paraense.
As releituras, no entanto, não se restringem ao ritmo imortalizado
por Verequete. “Temos cúmbia, lambada, carimbó elétrico, mas o carimbó
de raiz está na base do projeto. É uma revitalização da obra, sem perder a
essência”, diz ele, que assina a produção musical do projeto e toca vários
instrumentos, ao lado do contrabaixista Príamo Brandão e dos percussionistas
Rafael Barros, Franklin Furtado e JP Cavalcante.
Serviço: Especial “Centenário Mestre Verequete”, com
direção de Guaracy Britto Jr. Quarta (19), às 18h30, no Cinema Olympia
(Avenida Presidente Vargas, 918, Campina). Entrada franca. Confira aqui
o teaser do programa: https://www.youtube.com/watch?v=P7BVpq5DUbs.
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Texto:
Marcia Carvalho |
Sespa divulga novo informe de dengue, zika e chikungunya
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A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou os números do
14º Informe Epidemiológico de 2016, sobre os casos de dengue,
zika e febre chikungunya registrados no Pará, doenças transmitidas pelo
mosquito Aedes aegypti. Em 2016, até o dia 17 de outubro, foram
contabilizados 6.052 casos de dengue, 2.200 casos de zika
e 420 de febre chikungunya.
Dos municípios com maior ocorrência de dengue, Itaituba lidera o
ranking, com 600 casos confirmados. Em seguida aparecem Belém (538), Dom
Eliseu (482), Alenquer (439), Marabá (311), Oriximiná (301), Tucuruí (254),
Parauapebas (251), Pacajá (220) e Novo Progresso (189).
No período, não houve registro de mortes no Estado em função dessas
doenças. A Sespa continua orientando que as secretarias municipais de Saúde
informem, no período de 24 horas, a ocorrência de casos graves e mortes que
podem ter sido causadas pelas doenças transmitidas pelo Aedes.
Para a confirmação da causa da morte é necessária a
investigação epidemiológica, com aplicação do Protocolo de Investigação
de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios
credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto Evandro Chagas
(IEC), preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O
procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Monitoramento – As ações de combate à
dengue são competência dos municípios, que devem cumprir metas. Entre os
procedimentos que devem ser feitos estão vistorias domiciliares
por agentes de controle de endemias. Paralelamente, a Sespa faz o
monitoramento dos 144 municípios, que receberam o incentivo do Ministério da
Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e orienta as prefeituras
sobre o uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas).
A secretaria estadual também promove visitas técnicas aos municípios
para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a
capacitação para o atendimento de casos de febre chikungunya e zika.
Quando há necessidade, a Sespa faz o controle vetorial, como bloqueio
de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais
de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e
destinação adequada de resíduos sólidos. Também são realizadas ações
educativas e de mobilização, para incentivar a participação da população no
controle da dengue.
Sintomas - Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos
pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e provocam sintomas parecidos, como
febre e dores musculares. Mas as doenças têm gravidades diferentes. A dengue
é a mais perigosa, devido aos quatro sorotipos diferentes do vírus, causando
febre repentina, dores musculares, falta de ar e indisposição. A forma mais
grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas
articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores podem
permanecer por meses, e até anos. Complicações sérias e morte são muito
raras. Já a febre por zika apresenta sintomas que se limitam a, no
máximo, sete dias.
Mesmo com o período de estiagem a região, quando há menor volume de
chuvas, a população deve continuar combatendo possíveis criadouros do
mosquito. Em caso de dificuldade, as pessoas devem acionar os programas
municipais de controle da dengue mantidos pelas prefeituras. As equipes de
profissionais capacitados visitam as casas para inspecionar possíveis locais
que sirvam de criadouro para o mosquito, com o objetivo de eliminar os focos
e orientar os moradores quanto à prevenção e controle do Aedes aegypti.
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Texto:
Carla Fischer |
Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação começa no Centur com
palestras e minicursos
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Teve início, nesta segunda-feira (17), a VII Feira Estadual de
Ciência, Tecnologia e Inovação, sediada este ano no Centur. Logo no primeiro
dia, o evento já está repleto de atrações interessantes sobre os mais
diversos assuntos. A Feira é gratuita e aberta a todos os públicos. Para quem
quiser participar das oficinas e minicursos, as inscrições estão sendo feitas
no local de realização da Feira com até meia hora antes do início de cada
programação.
Astronomia, Robótica, Biotecnologia, Computação, Alimentação, Saúde e
Sustentabilidade são alguns dos assuntos abordados nas palestras, minicursos,
exposições interativas e oficinas. Para quem se interessa por fotografia e
produção audiovisual, por exemplo, o Projeto Biizu, da Secretaria de Estado
de Comunicação (Secom), está ofertando duas oficinas nos três dias de Feira,
nos turnos da manhã e da tarde.
A professora da educação básica Vera Sarmento, da Escola Estadual
Professora Anésia, visitou a Feira com seus alunos e falou sobre a
importância do evento como um espaço complementar à sala de aula. “A gente
precisa muito de espaços como esse, já que não contamos com laboratórios no
ensino das ciências. Aqui temos a possibilidade de aprendermos juntos com os
alunos e colocarmos a teoria em prática”, destacou.
A oficina sobre Robótica, ministrada pelos professores Márcio Kennedy
e Hélio Júnior, vinculados a escolas estaduais e municipais de Igarapé Miri,
despertou grande interesse entre os participantes. “Queremos mostrar que a
robótica e a programação são tecnologias ao alcance de todos, basta começar e
se comprometer. Quem vier amanhã, não vai se arrepender”, convida o
coordenador da oficina Hélio Júnior. Os professores compõem a equipe “Açaí
Robot”, que representa o Pará nas edições anuais da Olimpíada Brasileira de
Robótica.
Na programação de amanhã, haverá minicurso para o desenvolvimento de
aplicativos (das 9h às 18h), oficina de foguete de garrafa pet (10h às
11h30), cultura alimentar paraense (11h às 12h), alimentos transgênicos (15h
às 16h) e muito mais. Confira a programação completa no site:www.semanact.pa.gov.br.
Exposições – A programação também contará com estandes de diversas
instituições de ensino e pesquisa da Pará, as quais realizarão exposições
interativas para aproximar a Ciência e Tecnologia da população. Confira
algumas das instituições que estarão expondo seus trabalhos: Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará; Planetário Móvel (Uepa); Grupo de Estudos e
Desenvolvimento de Alternativas Energéticas (Gedae/UFPA); Museu Interativo da
Física (UFPA); Núcleo de Astronomia (Nastro/UFPA); Laboratório de
Demonstrações de Física (Labdemon/UFPA); Programa de Educação Tutorial PET
UFPA Medicina/Enfermagem; Grupo de Tecnologias de Alimentos (Uepa); Instituto
Evandro Chagas; UFPA Campus Castanhal.
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Texto:
Ana C. Pimenta |
Queda de 40% em doações voluntárias faz Hemopa convocar doadores de
sangue
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O Hemopa convoca doadores de todos os tipos sanguíneos para
restabelecer o estoque de sangue, que enfrenta dificuldades com a queda de
40% do número de doações voluntárias. A redução está interferindo no
atendimento integral da demanda transfusional de mais de 200 hospitais
públicos e privados do Estado.
“Nunca tinha passado pela minha cabeça que um dia precisaria de sangue
para sobreviver. Hoje preciso do sangue de outras pessoas. Sangue é
vida”, diz a paciente Claudia Oliveira, 50 anos, que faz tratamento contra
anemia ferropriva há quatro anos e há um ano é cadastrada na Fundação Hemopa.
Ela é uma das milhares de pacientes internadas na rede hospitalar que sentem
na pele a redução do estoque de sangue.
Esse tipo de anemia causa deficiência de ferro no organismo, levando à
diminuição da produção, tamanho e teor de hemoglobina dos glóbulos vermelhos
(hemácias). O ferro é essencial para a produção dos glóbulos vermelhos. Os
níveis baixos no sangue comprometem a produção das hemácias. “Deixei o
meu emprego porque não tenho condições físicas. Desmaio, fico muito
cansada, não tenho ânimo e nem força para ficar em pé durante muito tempo”,
conta Claudia Oliveira.
A gerente de Captação de Doadores do Hemopa, Juciara Farias, chama
atenção para a importância da parceria do corpo clínico dos hospitais em
reforçar a necessidade da doação de sangue de familiares e amigos de
pacientes internados. “Isso é de fundamental importância para reforço do
banco de sangue. O consumo por hemocomponentes é significativo, e nenhum hospital
faz reposição nem de 50% das bolsas de sangue. Esse índice precisa melhorar”,
frisa, ressaltando que os voluntários podem doar no hemocentro mais próximo,
tendo em vista que o Hemopa, além das duas unidades em Belém, tem
unidades para coleta de sangue em Castanhal, Santarém, Marabá, Altamira,
Tucuruí, Redenção e Abaetetuba.
Podem doar sangue pessoas com boa saúde, que tenham entre 16 e 69 anos
e pesem acima de 50 quilos. Menores de 18 anos podem doar somente com
autorização dos pais ou responsável legal. É necessário portar documento de
identidade original, assinado e com foto, além de estar bem alimentado. O
homem pode doar a cada dois meses e a mulher, a cada três.
Serviço: A Fundação Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2.109, em Batista
Campos, e no acesso ao Pórtico Metrópole, na entrada do shopping Castanheira
(BR-316, km 1). As coletas são feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às
18h, e aos sábados, das 7h30 às 17h. Mais informações pelo Alô Hemopa:
0800-2808118.
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Texto:
Vera Rojas |
Auditores da Sefa apreendem no sudeste 800 sacas de trigo por
transporte irregular
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Uma equipe da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) apreendeu 800
sacas de trigo transportadas irregularmente, na última sexta-feira (14).
Auditores fiscais lotados na unidade de fiscalização denominada Carne de Sol,
na Rodovia BR-222, no município de Abel Figueiredo, sudeste paraense,
apreenderam a carga após o condutor do caminhão ter parado espontaneamente na
área de fiscalização e apresentado documentos fiscais com informações de
operação interna no Estado, originada no município de Marituba (Região Metropolitana
de Belém) e com destino ao município de Parauapebas, no sudeste.
No entanto, os documentos continham carimbo de passagem pelo posto
fiscal da Fazenda na cidade de Cidelândia, no Maranhão, com destino ao
município de São Pedro da Água Branca, passando pelo posto fiscal de Carne de
Sol, o que caracteriza operação interestadual. Os auditores lavraram o termo
de apreensão e depósito, no valor de R$ 40,4 mil, com base na falta de
documento fiscal hábil. O termo foi pago e a mercadoria, liberada.
Fronteiras - A Sefa mantém oito unidades de controle de mercadorias em
trânsito, sendo duas na capital: a Coordenação de Belém, responsável pela
gerência das ações de trânsito, e a Coordenação de Portos e Aeroportos, que
controla mercadoria do comércio exterior.
As demais funcionam no interior do Pará. A Coordenação do Itinga está
localizada na Rodovia BR-010 (Belém-Brasília), KM-1481, em Dom Eliseu;
Coordenação do Araguaia, na Rodovia PA-447, KM-15, em Conceição do Araguaia;
a Base Candiru, em Óbidos; a da Serra do Cachimbo, na Rodovia BR-163
(Santarém-Cuiabá), KM-785, em Novo Progresso; Gurupi, na Rodovia BR-316,
KM-280, em Nova Esperança do Piriá, e Carajás, na Rodovia BR-230
(Transamazônica), em Marabá.
Os endereços das unidades fazendárias estão disponíveis em
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Texto:
Ana M. Pantoja |
Fundação Cultural do Pará leva oficinas para profissionais do Rio
Capim
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Começa nesta segunda-feira (17), em Tomé-Açu, o bloco de oficinas da
Fundação Cultural do Pará (FCP) na região do Rio Capim. Até sexta (21), os
cursos vão atender servidores que atuam em bibliotecas e outros espaços
de órgãos públicos, além de produtores culturais. “Vamos reiniciar o trabalho
de qualificação, retornando a cada uma das regiões visitadas. As localidades
que ainda não foram contempladas serão atendidas no decorrer do ano”, diz a
coordenadora do bloco, Neila Garcês.
As oficinas são: Elaboração de projetos sociais e culturais; Gestão de
biblioteca e tecnologia de informação; Mediação de leitura e dinamização de
espaços culturais; Leitura inclusiva; Restauro de material bibliográfico; e
Contação de histórias. “Os profissionais dos municípios, embora tenham
qualificação, são carentes de uma assistência mais qualificada”, avalia Neila
Garcês.
O restaurador do acervo da Biblioteca Pública Arthur Vianna, Waldinei
Romano, é um dos integrantes da equipe da FCP. “Quando chegamos com as
oficinas, sempre levamos algo que os servidores já aguardavam há muito tempo.
Esperamos atendê-los da melhor maneira possível, tornando esses conhecimentos
acessíveis”, comenta, enfatizando a importância de trocar experiência nas
cidades do interior do Estado.
“A interação é muito importante porque a intenção é que eles consigam
executar essas atividades dentro de suas próprias localidades. Nós
simplificamos tudo. A idéia é justamente fazer com que eles vejam isso, que
eles conseguem fazer os trabalhos em qualquer lugar”, frisa Waldinei Romano.
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Texto:
Andreza Gomes |
Equipe do Procon fiscaliza pontos comerciais no Aeroporto
Internacional de Belém
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Garantir o direito dos consumidores que transitam diariamente pelo
Aeroporto Internacional de Belém é o objetivo da fiscalização realizada nesta
segunda-feira (17), pela equipe da Diretoria de Proteção e Defesa do
Consumidor (Procon/PA), vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e
Direitos Humanos (Sejudh), em parceria com o Instituto de Metrologia do Pará
(Imetropará).
Os profissionais estão fiscalizando em lojas, restaurantes, quiosques
e estacionamento itens como preços de mercadorias, emissão de cupons fiscais
e disponibilização do código de defesa do consumidor.
Moyses Bendahan, diretor do Procon/PA, informou que a operação está
sendo realizada no Aeroporto Internacional de Belém, no bairro de Val de
Cans, devido a várias reclamações recebidas pelo órgão “referentes à
violação do direito do consumidor. Por conta disso, o Procon resolveu
realizar essa operação no local, para dar uma resposta às reclamações da
sociedade”.
Até o início da tarde, a equipe do Procon/PA já havia fiscalizado 10
estabelecimentos e orientado dezenas de consumidores sobre seus direitos. (Com
a colaboração de Fabrício Lopes).
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Texto:
Leba Peixoto |
Aluno de escola técnica estadual é selecionado pelo Prêmio Jovem
Senador
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O ano de 2016 dificilmente será esquecido pelo jovem Ruan Magalhães
Rodrigues, 17 anos, morador do bairro do Tapanã e estudante do ensino médio
integrado no curso de eletrônica na Escola Técnica Estadual Magalhães Barata.
Ruan é um empreendedor, não apenas por desenvolver ações comunitárias a
partir da Igreja Quadrangular na comunidade onde mora, mas por participar de
projetos pedagógicos variados.
Somente neste ano, Ruan foi selecionado para intercâmbio nos Estados
Unidos e arrumou um estágio na Eletronorte. Concluirá o curso até o começo de
2017, e acaba de ser escolhido para representar o Estado do Pará na
programação do Prêmio Jovem Senador no Plenário do Senado Federal, no mês de
novembro.
“Vai ser uma oportunidade muito boa para eu conhecer o funcionamento
dessa Casa tão importante na vida de todos nós, brasileiros. Estou na
expectativa da viagem e pretendo defender ações voltadas para fortalecer a
educação”, afirma o aluno. Natural de Belém, filho de Leandro Melo Rodrigues
Júnior, que conserta máquinas copiadoras, e Adriane de Fátima Cunha
Magalhães, e com mais dois irmãos, Ruan não esconde ter uma relação forte com
a Escola Técnica Magalhães Barata.
“Estudei boa parte da vida em escola pública, mas percebi a diferença
quando passei para a Escola Técnica Estadual, em 2013, quando entrei na
Magalhães Barata para fazer o curso técnico de Eletrônica com o ensino médio,
o chamado ensino médio integrado. Os professores são atenciosos e fazem até o
impossível para nos dar uma educação mais prática. Se não fosse a escola, o
ambiente, os amigos, a família e os professores, eu não teria conseguido o
que eu consegui”, ressalta o estudante.
O Prêmio Jovem Senador é promovido pelo Senado Federal em parceria com
o Ministério da Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação
(Consed) e secretárias estaduais de Educação. Por meio de um concurso de
redação, estudantes são selecionados para terem a experiência de passar uma
semana no Senado.
Como informa a coordenadora estadual do prêmio, Luíza Araújo, da
Diretoria de Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em
2016 foram inscritas 12 redações no Pará, das quais três foram selecionadas e
encaminhadas a Brasília (DF). Foi escolhido, então, o trabalho de Ruan
Magalhães como representante do Estado. O estudante paraense viajará no dia
28 de novembro para a capital federal.
Conquistas – No começo do ano, Ruan foi selecionado para
representar o Pará como o único estudante do Estado para passar um mês nos
EUA, pelo Programa Jovens Embaixadores, desenvolvido pela Embaixada
Norte-americana. Ele passou uma semana em Brasília (DF) e três semanas nos
Estados Unidos, no mês de janeiro.
Nos EUA, ele participou de programação com palestras e workshop sobre
liderança, com base no tema do programa abordando liderança, voluntariado e
protagonismo social. A viagem foi o reconhecimento ao trabalho voluntário
desenvolvido por Ruan na comunidade em que vive. Desde os 12 anos de idade,
na Igreja Quadrangular, ele lidera jovens e atua com música e teatro para
oferecer qualidade de vida para as famílias da área.
Quando voltou do exterior, Ruan soube que havia sido aprovado em outro
programa do Departamento de Estado Norte-Americano, o de Oportunidades
Acadêmicas, que atua com adolescentes de baixa renda que se destacam em
conquistas acadêmicas. Ruan está agora na expectativa de ganhar uma bolsa
integral de estudos em uma universidade norte-americana. Ele foi o primeiro
lugar da categoria Eletrônica na seleção de candidatos a estágio na
Eletronorte.
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Texto:
Eduardo Rocha |
Susipe registra queda no índice de não-retorno na saída temporária do
Círio
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A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) informa
que um total de 1.014 detentos obtiveram da Justiça o benefício da saída
temporária para o Círio 2016; destes, 79 não retornaram às unidades
prisionais do Estado ao fim do prazo determinado, e já são considerados
foragidos. O índice de evasão (7,8%) ficou abaixo da média anual
de não-retorno, que é de 10%. A Susipe informa que também registrou uma
sensível queda em comparação ao mesmo período do ano passado,
quando o índice foi de 15,55%.
Na região metropolitana de Belém, dos 712 detentos liberados, 67 não
voltaram. Já nas casas penais do interior, dos 302 presos que obtiveram o
benefício, apenas 12 não voltaram. Nos municipios de Abaetetuba, Cametá,
Mocajuba, Paragominas, Tomé-Açu e Tucuruí todos os detentos retornaram as
unidades prisionais após o término do prazo do benefício. Em 2015, o número
de detentos liberados para a saída temporária do Círio chegou a
1.016, dos quais 158 não retornaram. Quem tiver qualquer informação
sobre os presos foragidos pode fazer uma denúncia pelo
fone 181 ou pelo WhatsApp da Susipe, no (91) 98814-1218. O sigilo é
garantido.
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Texto:
Timoteo Lopes |
Sefa faz ação de cobrança de ICMS sobre produtos da cesta básica
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A partir desta segunda-feira, 17, a Secretaria de Estado
da Fazenda (Sefa) iniciou a cobrança antecipada, nas áreas de
fronteira, do Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre prestações de Serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de
comunicação (ICMS), sobre os produtos da cesta básica comercializados por
empresas que estejam na situação de ativo não regular.
Segundo a lei tributária em vigor, os produtos que compõem a cesta
básica paraense recebem benefício de redução de base de cálculo, reduzindo a
carga tributária de forma que o ICMS, que é de 17%, resulte em 7%.
O benefício é condicionado a que o contribuinte recolha o ICMS no
prazo. Caso não haja o pagamento no prazo, os comerciantes perdem o direito
ao benefício e os produtos serão tributados com a alíquota normal de 17%.
A Sefa constatou que várias empresas recebem redução da carga
tributária de 17% para 7%, mas estão na situação de ativo não regular.
“Neste caso a lei prevê que o pagamento do imposto estadual deve ser feito
imediatamente, quando a mercadoria entra no Estado. A medida quer
garantir que o benefício seja concedido somente aos contribuintes regulares
e proteger o comerciante adimplente, que recolhe impostos em dia”,
esclarece o diretor de Fiscalização da Sefa, auditor de receitas estaduais
Célio Cal Monteiro.
O diretor explica que se o contribuinte está ativo regular ele
recolhe o ICMS no 10º dia do mês subsequente a entrada da mercadoria no
Estado. Caso ele seja ativo não regular, o pagamento deve ser feito na hora
em que os produtos atravessam a fronteira do Pará. “Para se habilitar ao
benefício, o contribuinte deve seguir a previsão legal”, resume ele.
A Sefa vai, ainda, notificar alguns contribuintes que estão na
situação de ativo não regular cobrando os valores não recolhidos, via
auto de notificação.
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Texto:
Ana M. Pantoja |
Círio de Todos os Timbres apresenta recital com Dione Colares e Paulo
José Campos de Melo
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A Catedral Metropolitana de Belém recebe nesta terça-feira, 18, às
19h, o recital de Dione Colares e Paulo José Campos Melo. A apresentação é
mais uma das homenagens à Virgem Maria de Nazaré, promovida pelo projeto
Círio de Todos os Timbres, do Núcleo de Arte e Cultura da Universidade do
Estado do Pará (Uepa).
O evento é gratuito e voltado para todos os públicos. As canções
interpretadas pelos músicos são preces à Maria, compostas desde a década de
1500 até a atualidade. “Esse é um momento particular para mim. Dizem
que quem canta reza duas vezes. Então esse é um tempo de elevação espiritual
para mim, de agradecimento sempre”, diz Dione Colares.
A soprano é mestre em performance vocal pela Universidade de Missouri,
em Columbia (EUA) e diplomada pelo Conservatório Carlos Gomes, em Belém. Em
2005, fez turnê por cinco capitais brasileiras por meio do projeto da
Fundação Nacional das Artes (Funarte). No ano de 2010 foi premiada pela
Funarte pelo edital de Circulação de Música Clássica, realizado com o Trio da
Canção Brasileira. Atualmente é doutoranda em Estudos Literários pela
Universidade Federal do Pará (UFPA). Desde a infância a música fez parte da
vida de Dione, que atua no canto lírico por mais de 20 anos.
Na apresentação, ela estará acompanhada do pianista Paulo José Campos
de Melo, formado em música na Escola Superior de Berlim. Ele já se apresentou
em mais de vinte países e atuou com grandes orquestras na Alemanha, Holanda,
Áustria e Dinamarca, sob a regência dos maestros Guggenberg e Bloomfeld,
Neils Muss, Kasper de Rôo, e no Pará com Zen Obara e Roberto Tibiriçá.
A última das apresentações do Círio de Todos os Timbres será em 20 de
outubro, às 18h, no Espaço São José Liberto. No concerto “Solo Canto para
Maria”, cantores farão apresentações individuais de músicas líricas e
populares direcionadas à padroeira.
Mais de 200 pessoas já prestigiaram as programações, que começaram
desde 5 de outubro, com o concerto Popular, no Museu das Artes; depois vieram
as apresentações artísticas e culturais, no Centro de Ciências Biológicas e
da Saúde (CCBS); Saudação a Virgem de Nazaré, no Planetário; e Encontro de
Corais, na Igreja de Santo Alexandre.
O coordenador do NAC, Jhonata Silva, ressalta a proposta da
programação. “O objetivo do Círio de Todos os Timbres é fazer a
divulgação da cultura paraense focada no Círio de Nazaré. Temos apresentações
líricas, sacras, populares. É também um momento de divulgação do trabalho de
artistas locais”, diz ele.
Serviço:
Duo Dione Colares (soprano) e Paulo José Campos de Melo (órgão) Data: 18/10/2016 Hora: 19h Local: Catedral Metropolitana de Belém, Praça na Praça Dom Pedro ll, s/n, no bairro da Cidade Velha
Apresentação do concerto “Solo Canto para Maria”
Data: 20/ 10/ 2016 Hora: 18h Local: Espaço São José Liberto - Praça Amazonas, s/n, bairro do Jurunas, em Belém |
Texto:
Renata P. |
Atleta de Santarém vai disputar o Pan-Americano de Canoagem Maratona
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O canoísta paraense Hericles Scoot de Sousa Miranda, de 20 anos, foi
convocado pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) para disputar o
Campeonato Pan-Americano de Canoagem Maratona, que será realizado entre os
dias 10 e 13 de novembro na cidade de Tigres, na Argentina. Hericles foi
chamado para integrar o barco K2 Sênior Masculino para a prova dos 20km, ao
lado de Alberto Oliveira do Carmo Junior.
Segundo a CBCa, o critério de convocação foi baseado nos resultados
obtidos no Campeonato Brasileiro de Canoagem Maratona 2016, que foi disputado
em maio na praia da Graciosa, em Palmas, no Tocantins. Na prova de K1 25 km
Masculino, o canoísta de Santarém ficou na quinta colocação. Hericles é
atleta da Associação Santarena de Canoagem e Ecologia (Ascae) e recebeu apoio
da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) para a disputa do torneio
nacional.
Décimo primeiro colocado no ranking nacional, Hericles espera
conseguir um bom resultado no Pan para subir de posição e ser convocado para
a seleção brasileira. Apenas os oito melhores canoístas do ranking integram a
equipe nacional que irá disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. “É
prioridade estar na seleção brasileira. O meu sonho é o de todo atleta,
representar o Brasil não só nos campeonatos mundiais, no Sul-Americano e no
Pan, mas também nas Olimpíadas”, diz Hericles.
Hericles treina diariamente no rio Tapajós, na região do Baixo
Amazonas, e afirma que está fazendo preparação específica para a prova de
maratona: “A expectativa é sempre boa, o nosso trabalho vem sendo realizado
diariamente, a gente entrou em recesso depois do Campeonato Brasileiro de
Velocidade e agora a gente está voltando com um trabalho mais apurado de
maratona, já que saiu esta convocação. Então, a gente está esperando, se Deus
quiser, uma boa participação neste Pan. Eu estou fazendo preparação para
resistência, já que a prova terá 20 quilômetros. Então é bastante puxado, a
gente está trabalhando bastante isto”, disse Hericles Miranda.
Ele afirma que, desta vez, vai estar pronto para enfrentar condições
adversas de tempo, para não ser surpreendido como aconteceu no Campeonato
Brasileiro de Canoagem em Londrina, no Paraná, quando a temperatura estava
negativa: “Estou me preparando para não chegar a acontecer o que aconteceu no
Campeonato Brasileiro de Velocidade, que estava super frio e acabou
atrapalhando o nosso rendimento e o nosso resultado lá”, revela.
Hericles Miranda embarcou pela primeira vez num caiaque aos oito anos,
incentivado pelo pai. Aos 12 anos começou a competir em Santarém e há três
anos participa de competições nacionais. Neste período, já conseguiu quatro
convocações pela Confederação Brasileira de Canoagem, para disputar dois
campeonatos sul-americanos e dois mundiais, em Duisburg, na Alemanha, e em
Oklahoma, nos Estados Unidos.
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Texto:
Antonio Darwich |
Ex-prefeito de Santana do Araguaia faz visita de cortesia a governador
em exercício
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O governador em exercício, Zequinha Marinho, recebeu na manhã desta
segunda-feira, 17, a visita do ex-prefeito de Santana do Araguaia, Antônio
Carveli Filho (Pitinguinha), que é marido da vice-prefeita eleita Catarina da
Luz Carveli. Ele esteve acompanhado do futuro secretário de saúde Eduardo
Tuma e foi agradecer a Zequinha Marinho o apoio que sempre deu ao município
desde os seus mandatos como deputado estadual e federal, e agora, à frente do
executivo estadual.
“O Zequinha sempre foi um grande parceiro, interessado em buscar
soluções para as demandas dos municípios paraenses. Estamos aqui para
abraçá-lo e reafirmar nossa parceria a partir de janeiro de 2017, quando
minha esposa estará assumindo a vice-prefeitura, no sentido de estreitar
esses laços entre o governo do Estado e nossa cidade”, falou.
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Texto:
Dani Filgueiras |
Governador em exercício conversa sobre agricultura familiar com a
federação de agricultores
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O governador em exercício, Zequinha Marinho, recebeu representantes da
Federação das Cooperativas da Agricultura Familiar do Estado do Pará (Fecaf).
O encontro aconteceu no gabinete da vice-governadoria, na manhã desta
segunda-feira, 17. Na ocasião, o conselheiro da Fecaf, César Marinho,
acompanhado do também conselheiro Cláudio Batista e do executivo da
área de habitação, Anderson Miguel, apresentou o trabalho da instituição
que visa o desenvolvimento de cooperativas com foco na agricultura familiar
para fornecimento de alimentos para instituições governamentais, como
escolas, hospitais, abrigos, e etc.
“Incentivamos os produtores a se organizarem e perceberem a
potencialidade comercial do que produzem. Assim empoderamos os produtores e
fomentamos uma rede produtiva nos municípios”, explicou César Marinho, que
contou que a federação está em 12 municípios localizados nas regiões nordeste
e sudeste do estado, beneficiando 548 famílias. O conselheiro destacou que o
projeto da instituição é expandir o trabalho.
“Queremos chegar a 60 municípios até o ano de 2018, trabalhando com,
pelo menos, seis mil famílias organizadas em cooperativas. Para isso estamos
buscando a parceria com a Emater, pois acreditamos ser fundamental para
facilitar o desenvolvimento e a oficialização dessas cooperativas que são
desenvolvidas através da Fecaf”, reiterou César Marinho.
A Fecaf trabalha em um projeto piloto no município de São Miguel do
Guamá, onde pretende implantar uma Eco Vila, com habitações de qualidade,
área para produção, incluindo a verticalização do que é produzido. Uma
parceria com a Companhia de Habitação do Pará (Cohab), para que os produtores
tenham acesso ao Cheque Moradia, deve ser pleiteada em novembro.
O governador em exercício acredita que a iniciativa é positiva, por
fomentar um desenvolvimento econômico sustentável, e demonstrou interesse na
capacitação dos produtores. “É importante que tenhamos foco na capacitação
dos produtores. É necessário cuidar e priorizar isso, principalmente no
ensino médio”, reiterou Zequinha Marinho, ao falar da importância de levantar
as potencialidades de cada município, para gerenciar as áreas com melhores
condições de geração de renda para as comunidades.
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Texto:
Dani Filgueiras |
Pro Paz Enem realiza aulão em Belém no final de semana
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Neste domingo (16) a caravana Pro Paz Enem retomou suas atividades
após os finais de semana de eleição e Círio com um aulão em Belém. O Pro Paz
Enem é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Pro Paz, em
parceria com a Secretaria Estadual de Educação do Pará (Seduc), e tem
como objetivo preparar estudantes da rede pública estadual de ensino
para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No próximo final de semana o aulão terá nova edição em Belém,
Abaetetuba e Santarém. Nos dias 29 e 30, final de semana que antecede a
prova, a Caravana chegará a Bragança, Castanhal e Belém novamente.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou 9.276.328 inscritos
no país, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Educação. Somente
na região Norte foram mais de três milhões de inscrições. Iniciado em 2015, o
Pro Paz Enem atendeu 12 mil estudantes com "aulões" realizados em
Belém e também em municípios do interior. Este ano, além da capital, o
projeto contempla os estudantes de Castanhal, Capanema, Bragança, Abaetetuba,
Breves e Santarém.
Para o aluno Thiago Costa, 17 anos, as aulas são muito importantes
nesta reta final. “Faltam duas semanas para a prova. É muito importante
esse reforço, essa revisão pra gente relembrar os assuntos mais importantes.
Tenho certeza que vai me ajudar muito”, afirmou.
O Pro Paz Enem conta ainda com um programa ao vivo na TV Cultura
todas as quartas, quintas e sextas, com reprise aos sábados. Para qualquer
uma das aulas as inscrições podem ser feitas pelo site do Pro Paz (www.propaz.pa.gov.br)
buscando o link com a aula do seu município. Quem não conseguir se inscrever
pela internet também poderá se inscrever antes do início da aula.
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Texto:
Mayara Albuquerque |
Microempreendedores são contemplados com o Credcidadão
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Na manhã desta segunda-feira, 17, foi realizada a entrega de
microcrédito para 22 microempreendedores do município de Ponta de Pedras, no
auditório do Credcidadão, em Belém. As atividades mais solicitadas são
lanchonetes, produção de hortaliças, oficina mecânica, armarinho, vendas de
confecções, entre outras.
Ainda pela manhã, no auditório da Secretaria de Assistência Social, no
município de Abel Figueiredo, mais 12 microempreendedores foram beneficiados.
Já pela parte da tarde, em Abaetetuba, 26 pessoas serão contempladas. O
Credcidadão estará fazendo as entregas de microcrédito até o próximo dia 24,
em Dom Elizeu, São Domingos do Capim, Goianésia, Bragança e Tracuateua. Todas
as pessoas beneficiadas fazem parte da linha convencional de
microcrédito.
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Texto:
Carolina Gantuss |
VII Feira de Ciência e Tecnologia ofertará oficinas e cursos
gratuitos
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A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica
(Sectet) realiza, a partir desta segunda-feira, até 19 de outubro, no Centur,
a VII Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. Durante o evento, o
público terá a oportunidade de participar de diversos cursos e oficinas
gratuitos sobre os mais diferentes temas. A Feira ocorre durante a Semana
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e conta com a participação das
principais instituições regionais de ensino e pesquisa.
Entre os destaques da programação, estão as oficinas de Fotografia e a
de Audiovisual promovidas pelo Projeto Biizu, da Secretaria de Estado de
Comunicação (Secom). Ambas as oficinas terão duração de três dias e serão
ofertadas em duas edições diárias, sendo uma turma pela manhã, das 9h às 12h,
e outra pela tarde, das 14h às 18h. Para melhor aproveitamento das aulas,
recomenda-se que os participantes levem seus celulares ou câmeras, de modo
que a parte prática possa ser melhor repassada.
Já a oficina “Robótica e automação escolar: a produção nas mãos da
juventude e da tecnologia”, ministrada por técnicos e professores da
Secretaria Municipal de Educação de Igarapé-Miri, abordará, na teoria e na prática,
a montagem, a programação e o controle de robôs. O curso será ministrado das
14h às 18h, durante os três dias de evento, com carga horária de 12h. Não é
exigido nenhum conhecimento prévio em robótica, sendo o curso aberto ao
público em geral.
Professores e alunos da Universidade Federal do Pará, do Campus
Castanhal, ministrarão três minicursos ligados à área da computação. O
minicurso “Desenvolvimento Web utilizando Joomla”, será ofertado a partir
desta segunda e pretende capacitar o participante a desenvolver sites e
portais por meio do Joomla, um sistema que permite desde a construção de um
site até um portal com interações sociais com usuário e intranet.
Já o minicurso “Desenvolvimento Mobile: Fábrica de Aplicativos” será
ministrado nesta terça-feira. A ideia é capacitar os participantes a criarem
aplicativos de celular de forma rápida e fácil. O “Curso introdutório para
plataforma Linux”, realizado no dia 19 (quarta-feira), tem por objetivo
apresentar os comandos básicos e as formas de atualização do Sistema
Linux. Os três cursos ocorrem das 9h às 18h, com intervalo para o almoço.
Qualquer pessoa interessada pode participar, pois não é exigido conhecimento
prévio.
A Feira é gratuita e aberta ao público em geral, mas os interessados
em receber certificado de participação nas oficinas e minicursos devem se
inscrever no local do evento. Confira a programação completa das atividades
da feira no site: www.semanact.pa.gov.br.
Além de um espaço de aprendizagem, a Feira Estadual de Ciência,
Tecnologia e Inovação é uma ótima oportunidade de lazer, já que há várias
atividades destinadas a demonstrar o quanto a ciência pode ser divertida e
envolvente. A programação inteiramente gratuita oferece ao público a
possibilidade de visitar os 12 estandes com exposições interativas de
universidades, centros de pesquisa e outras instituições. Além disso, serão
ofertadas mais de 25 palestras, oficinas e minicursos sobre diversas áreas do
conhecimento e destinadas a atender diferentes públicos e gostos.
Serviço: VII Feira Estadual de Ciência e Tecnologia
Data: 17 a 19 de outubro, das 9h às 18h Local: Centur – Centro Cultural Tancredo Neves (Av. Gentil Bitencourt, 650). Mais informações: http://www.semanact.pa.gov.br/ ou 4009-2532. |
Texto:
Ana C. Pimenta |
Detran realiza 164 atendimentos em São Miguel do Guamá neste final de
semana
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O Departamento de Trânsito do Estado (Detran) promoveu, durante o
final semana, mais uma etapa do atendimento itinerante de serviços da
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no interior do Estado. O município de
São Miguel do Guamá, nordeste do Pará, foi o destino dos servidores do órgão,
que puderam dar celeridade aos processos dos moradores da região.
Nesta etapa, os candidatos à CNH realizaram a segunda fase, que
corresponde aos exames de legislação (ou prova teórica) e a última fase, que
abrange os exames práticos de trânsito. A banca foi formada por examinadores
lotados na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Castanhal, que
foram deslocados até o município especialmente para este atendimento.
O atendimento itinerante consiste em três etapas: na primeira visita
são oferecidos os serviços da chamada primeira fase, que são os exames médico
e psicotécnico, tanto para quem inicia o processo para obter a primeira
habilitação, quanto para a renovação do documento. Após esse atendimento, a
equipe retorna com a segunda fase, que abrange o exame de legislação (ou
prova teórica), e a última fase, que abrange os exames práticos de trânsito,
que estão sendo realizados no município.
A diretora geral, Andrea Hass, ressalta a importância dos
investimentos na interiorização dos serviços. “Um dos nossos maiores
compromissos na gestão é investir na celeridade dos processos no interior,
oferecendo um serviço de qualidade em todo estado, seguindo as diretrizes do
Código de Trânsito Brasileiro”. No total, foram realizados 164
atendimentos, sendo 62 da segunda fase e 102 na terceira nesta ação no
município.
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Texto:
Aldirene Gama |
VII Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e
Inovação começa nesta segunda (17)
Teve início, nesta segunda-feira (17), a VII Feira Estadual de
Ciência, Tecnologia e Inovação, sediada este ano no Centur. Logo no primeiro
dia, o evento já está repleto de atrações interessantes sobre os mais
diversos assuntos. A Feira é gratuita e aberta a todos os públicos.
Para quem quiser participar, as inscrições para oficinas e minicursos
estão sendo feitas no local de realização da Feira até meia hora antes do
início de cada programação. A Feira segue até a quarta-feira (19), das
9h às 18h. Mais informações sobre a programação, acesse:www.semanact.pa.gov.br.
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Texto:
Ana C. Pimenta |
Parada LGBT de Belém completa 15 anos defendendo o direito à
diversidade
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Como manda o figurino em uma festa de 15 anos, a 15ª edição da Parada
do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de
Belém levou colorido, música e alegria para as ruas da capital paraense na
tarde e noite deste domingo (16). Com o tema “15 anos! Todos pela diversidade
de nossa sociedade”, o evento, promovido pelo Grupo Homossexual do Pará
(GHP), em parceria com diversas secretarias do Governo do Estado, levantou a
bandeira do respeito e da igualdade de direitos à população LGBT do Pará.
A concentração do cortejo começou ao meio dia, na escadinha da
Estação das Docas. Por volta de 15h, os milhares de participantes da 15ª
edição do evento iniciaram a passeata pelas avenidas Presidente Vargas,
Nazaré e Assis de Vasconcelos, com encerramento na Praça Waldemar Henrique,
onde artistas locais se apresentaram ao público.
Ao longo de todo o trajeto, autoridades governamentais e
representantes de movimentos sociais do Pará e do Brasil tiveram a
oportunidade de falar com os participantes sobre a importância da Parada para
o cumprimento de uma agenda de lutas em prol dos direitos da população LGBT
no Estado. “A gente sabe que são muitos desafios pela frente, mas olhar pra
trás nos enche de força e coragem, porque já ultrapassamos muitas fronteiras
nesses anos de luta na causa LGBT. Nas nossas diferenças, a gente soma as
forças e avança”, afirmou Beto Paes, gerente de Livre Orientação Sexual da
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Para o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Michell
Durans, a Parada é um evento de comemoração, mas não só. “É um momento de
festa e reflexão, que surgiu da resistência. É importante que uma
movimentação como essa, envolvendo o governo e a sociedade civil, possa se
consolidar em seus 15 anos, que é a idade da transparência e da maturidade.
Unidos, nós vamos avançar ainda mais”, disse.
“Estamos no segundo ano do Pro Paz e é o segundo ano que a Fundação
apoia a parada, juntamente com a Sejudh e outros órgãos e secretarias, de
forma integrada. A pauta LGBT é a pauta da sociedade, e não a pauta de um
governo. Por conta disso, estamos levando debates para as escolas, para
propagar o diálogo e o respeito ao próximo, independente de religião, cor ou
orientação sexual. Respeito é a base de tudo”, destacou o presidente da
Fundação Pro Paz, Jorge Bittencourt.
Segundo Carlos Magno, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (ABGLT), a Parada de Belém é uma
das mais representativas do país. “É a maior manifestação LGBT do Norte do
Brasil e ao completar 15 anos mostra que não é mais só um evento
LGBT, mas sim um evento da cidade, consolidado, organizado, bonito, que conta
com o apoio da população. A parada não é só um evento de visibilidade, ela
potencializa a incidência do poder público para a construção de políticas
públicas e respeito para a nossa comunidade”, destacou.
Sebastian Salustiano, vice-presidente do Fórum Trans da Amazônia,
afirmou que a resistência é uma forma de militância diária, em todos os lugares
da sociedade. “Nossas vitórias ainda estão em passos lentos, mas é pela luta
que as coisas mudam. A Parada tem uma importância muito grande na luta contra
o preconceito e para alertar a população sobre a existência da transfobia.
Esse estreitamento entre os movimentos sociais, a população e o governo é
essencial para a criação de políticas públicas em favor da nossa causa”,
disse.
Adelaide Oliveira, presidente da Cultura Rede de Comunicação,
ressaltou que as pautas LBGT estão presentes cotidianamente na programação da
Rádio, TV e Portal Cultura. “Como uma fundação pública de comunicação, a
gente dá visibilidade à causa LGBT em pautas no dia a dia. A gente não cobre
a comunidade LGBT só quando tem parada, porque isso é uma pauta que tem que
estar em todos os veículos de comunicação. Quando a gente fala de direitos
LGBT, a gente está falando de direitos humanos. Esse ano, por exemplo, a
gente também fez a chamada do evento, que foi compartilhada nas redes
sociais. E é o mínimo que a gente pode fazer”, afirmou.
A travesti Duda Lacerda faz parte da coordenação da Parada LGBT de
Belém. Para ela, olhar para trás dá forças para crer em um futuro de ainda
mais avanços e conquistas. “A visibilidade que nós temos hoje era impensável
há 15 anos. Uma travesti ou uma transexual frequentar a escola e utilizar o
nome social dela, como nós temos hoje, é um grande ganho. A gente tratar da
saúde dessa travesti ou transexual em um ambulatório próprio também é um
avanço gigantesco. Espero ter mais 15 anos de lutas e principalmente de
vitórias”, comemorou.
A secretária de Estado de Integração de Políticas Sociais, Izabela
Jatene, considera que novas parcerias devem ser estabelecidas para que outras
conquistas sejam garantidas para a população LGBT. “Nós precisamos garantir
no espaço escolar, sobretudo no ensino médio, a aceitação do outro. Nós
precisamos envolver as famílias na compreensão das diferenças e criar laços
de amor e acolhimento à comunidade LGBT”, frisou.
O transgênero José Bernardo Souza, de 18 anos, é coordenador de
comunicação do Fórum Trans da Amazônia e filho de Norma Coeli, que comoveu,
há alguns dias, milhares de internautas em uma rede social ao falar sobre seu
filho. “O relato da minha mãe foi um comunicado para minha família e alguns
amigos, para que eles soubessem o que estava acontecendo e pudessem me
respeitar. Teve uma repercussão muito grande, que a gente não esperava.
Infelizmente, algumas pessoas denunciaram a postagem, que foi excluída pelo
Facebook, juntamente com a conta da minha mãe, que ficou fora do ar por 24
horas", disse.
Bernardo se assumiu transgênero para os amigos e familiares mais
próximos aos 17 anos, mas relata que foi necessário um processo para isso.
“Desde muito pequeno eu percebia a diferença, sempre preferi brincadeira de
menino, de futebol. A transgenia não é uma coisa que a gente escolhe, a gente
nasce assim. Ter conseguido a carteira de nome social foi uma liberdade, um
respeito comigo mesmo”, comemorou.
Com colaboração de George Miranda – Ascom Sejudh
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Texto:
Leba Peixoto |
Paraense no 'The Voice Brasil' é cria de projeto de musicalização da
Fundação Carlos Gomes
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Afonso Cappela, o paraense de 17 anos que arrebatou jurados e plateia
cantando em italiano no programa “The Voice Brasil”, da TV Globo, é um
autodidata. Desde criança, ouvia a mãe cantar músicas da igreja em casa.
Acabou adquirindo noções de entonação sozinho. Na internet, se aperfeiçoava
com a parte teórica. Sempre teve o sonho de aprender violino, um dos
instrumentos mais difíceis. A teoria virtual não seria suficiente. No ano
passado, o garoto procurou as aulas do Movimento de Emaús, no bairro do Benguí,
em Belém, desenvolvidas em parceria com o governo do Estado.
As aulas de violino, flauta, violão e canto no Emaús fazem parte de um
dos polos do projeto Música e Cidadania, desenvolvido em parceria com a
Fundação Carlos Gomes. Nesta segunda-feira (17), Afonso estará nos estúdios
da TV Globo gravando a segunda fase do programa “The Voice”. A partir de
agora, a disputa será eliminatória. Quem não conquistar os jurados, estará de
fora da competição.
O paraense está confiante no futuro depois que abraçou a música como
sonho de vida graças ao projeto desenvolvido pelo Estado. “Quando vim para
cá, passei a enxergar a música com outros olhos. Aqui vi exemplos de pessoas
que acreditaram no poder de transformação da música e mudaram suas vidas ao
investir em um sonho. Tem gente que saiu daqui e está estudando até no
exterior. Conviver com essa força proporcionada pela música despertou isso
dentro de mim. O meu canto agora vai chegar a vários lugares e proporcionar
esse poder de transformação”, diz o cantor.
O projeto Música e Cidadania surgiu há 16 anos na Fundação Carlos
Gomes para democratizar a formação musical de crianças e jovens. Para atender
a grande demanda – a fundação recebe a média de mil ligações todo início de
ano –, o projeto foi dividido em onze polos espalhados pelos bairros de
Belém. Somente no Movimento de Emaús, onde Afonso estuda, são 160 alunos, de
7 a 19 anos de idade. As aulas de violino, canto, violão e flauta doce
ocorrem duas vezes por semana.
Oportunidade
O objetivo da Fundação Carlos Gomes, além de democratizar o ensino da
música, é formar técnicos que serão aproveitados como professores na própria
fundação. Quando os instrutores dos polos percebem que o aluno está pronto, o
que leva em média dois anos, a pessoa é convidada a fazer um teste para se
tornar aluno bolsista e buscar a formação profissional.
Muitos dos professores da Fundação Carlos Gomes saíram desses polos
deixando para trás situações de vulnerabilidade social. Alguns já fizeram
mestrado em Portugal e estão ganhando o mundo. Mais de 20 mil pessoas já
passaram pelo projeto. Hoje 20 deles hoje são professores no Carlos Gomes;
outros atuam no mercado informal e ganham a vida como músicos na noite de
Belém.
A fundação faz todo o acompanhamento pedagógico e fornece os
instrumentos, os profissionais e o material didático. São 28 professores
divididos nos onze polos. O número de ligações procurando os locais de ensino
da música aumentou assustadoramente depois do sucesso de Afonso no “The Voice
Brasil”, assim como as propostas de parcerias com o projeto. Quem estiver
interessado nas aulas de musicalização, porém, vai ter que esperar pelo
período de inscrições, que começa no início de fevereiro de 2017.
A fama repentina do paraense no “The Voice Brasil” vem sendo decisiva
para diminuir o que era uma preocupação dos coordenadores do projeto Música e
Cidadania: a evasão escolar. ”Muitos dos nossos alunos deixam de assistir às
aulas porque precisam trabalhar, mas agora a gente tem percebido, nas
reuniões com os pais, o interesse em fazer com que os filhos abracem o
compromisso do aprendizado da música e pensem nela como uma chance de
futuro”, atesta o coordenador do projeto, Reginaldo Vianna.
Exemplo
Mateus Oliveira, 13 anos, é um dos que seguem os passos determinados
de Afonso nas aulas do projeto no Movimento de Emaús, no Benguí. Desde o ano
passado, ele vem se dedicando às aulas de violino com o mesmo empenho que tem
como estudante da sétima série da Escola Estadual Marilda Nunes. “Quero ser
administrador de vendas e ter uma escola de música para as crianças que estão
na rua e, assim, mudar a realidade delas”, afirma o menino.
A obstinação de Mateus é a mesma com a qual o paraense participante do
“The Voice” chegou ao projeto, no ano passado. “Desde o primeiro dia em que o
Afonso chegou aqui, percebi nele uma musicalidade muito grande. Disse a ele
que este seria o primeiro passo de uma grande escada. Hoje vejo com muito
orgulho o crescimento da carreira dele. A gente não tem muitos alunos
procurando canto, mas depois do Afonso, já apareceram várias crianças
querendo cantar. Com certeza, o exemplo dele vai trazer mais e mais pessoas”,
assinala o professor de violino Eduardo Florentino.
O hoje famoso aluno de Eduardo se prepara para lançar o primeiro CD,
com sete músicas autorais, e sonha com o estrelato vencendo o “The Voice
Brasil”. Fã de Ed Motta, Afonso Cappela já mostrou o talento para o Brasil e
sabe que o futuro é uma questão de oportunidade. Assim como a que teve e não
desperdiçou, em um projeto social de música do Estado. “Eu me sinto grato ao
Governo do Estado porque são projetos como esse que transformam a vida de
muita gente. Se transformou uma única vida, já valeu a pena; se já mudou a
história de uma família, já valeu a pena. A minha, com certeza já mudou”,
destaca o cantor.
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Texto:
Syanne Neno |
Centro de Hemodiálise Monteiro Leite faz cinco anos comemorando
avanços
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Há cinco anos o pensionista João Guilherme Olegário Furtado, 56,
cumpre uma rotina que não pode ser interrompida, para o bem de sua saúde e
pela manutenção de sua própria vida. Três vezes por semana, sempre às terças,
quintas e sábados, ele sai no início de tarde de sua residência, na travessa
Humaitá, no bairro da Pedreira. Deixa a porta de casa com o espírito
preparado: vai mais uma vez encontrar velhos conhecidos e até novos amigos,
vários deles forjados na última meia década de convivência. Com eles, terá
que passar, inadiavelmente, pelo menos quatro horas. E nesse reencontro,
dividirá cuidados, bate-papos amistosos e ouvirá recomendações – tudo isso
enquanto permanecer repousando numa das cadeiras de hemodiálise oferecidas
pela saúde pública paraense no bairro de Batista Campos, em Belém.
Seu Olegário é um dos quase duzentos paraenses que, cotidianamente,
têm que manter o seu tratamento como pacientes da Clínica de Hemodiálise
Monteiro Leite. Vinculada ao Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, a clínica
foi inaugurada em outubro de 2011. E nesta segunda-feira (17), o espaço
completa cinco anos de funcionamento, com bons motivos para celebrar a data.
Firmou-se como um dos mais importantes pontos de apoio do Pará para os
cuidados a esse tipo de demanda no Estado – dentro de uma política que aponta
expansão do atendimento rumo ao interior -, e comemora bons índices de
melhora no atendimento e para a segurança dos pacientes lá acolhidos.
“A clínica surgiu para diminuir os índices de hospitalização de
pacientes que ficavam muitos dias sem ter alta, internados porque não havia
vagas para continuar o tratamento de hemodiálise. E nos tornamos, assim, a
maior clínica credenciada para atendimento em hemodiálise pelo SUS em todo o
Norte. Hoje a Clínica de Hemodiálise Monteiro Leite é a que oferece maior
número de vagas para atendimentos públicos na região”, assevera Evandro
Shaung, especialista ligado à Sociedade Brasileira de Nefrologia que há
quatro anos atua na Monteiro Leite. Desde maio de 2016 Shaung é responsável pela
direção da clínica de hemodiálise ligada à Secretaria de Estado de Saúde
Pública (Sespa).
Olegário é um dos poucos atendidos pela clínica Monteiro Leite que
frequentam o espaço desde o começo das suas atividades. Viu o prédio surgir e
integrou a primeira turma de pacientes lá cadastrada. “Foi uma coisa boa o
que o governo fez, e espero que continue a fazer mais, porque muita gente
precisa desse apoio”, pontua o aposentado. Há quatro anos Olegário é paciente
do próprio doutor Evandro Shaung. E quis ainda o destino que as cadeiras da
clínica firmassem uma grande amizade entre o pedreirense e o médico
recém-chegado do sul do País.
“Ele é um médico maravilhoso, para muitos de nós aqui. É muito
atencioso e se preocupa muito com a gente, como pessoas, e não apenas como
pacientes”, sorri Olegário, entre um pedaço do lanche e um gole a mais, ali
mesmo, na cadeira, onde confortavelmente espera o fim de sua sessão. Doutor
Shaung já passou para a conversa rotineira. “Somos assim. E hoje o índice de
satisfação dos pacientes que são cuidados pelos serviços da clínica é de
cerca de 90%”, atesta o médico.
Avanços
Atualmente a clínica Monteiro Leite possui 198 pacientes como seu
Olegário. São visitantes rotineiros, cadastrados especificamente para manter
por lá seus serviços de hemodiálise. Todos eles realizam tratamentos três
vezes por semana no espaço, instalado em frente à praça Batista Campos. Em
média, lá são feitas 2,4 mil sessões de hemodiálise por mês. São cerca de
28,5 mil ao ano, ou uma média de mais de 142,5 mil atendimentos realizados em
cinco anos de funcionamento.
Hoje a clínica funciona com 100% de sua capacidade de lotação e possui
33 máquinas de hemodiálise: 32 para a chamada ‘sala branca’, dedicada apenas
a pacientes com sorologia livre de hepatite, e uma máquina destinada a vagas
para pacientes que têm hepatite C.
A rotina é dura - e só é aliviada aos domingos. São três turnos
diários de atendimento, cada um com 33 pacientes, seis dias por semana: das
6h às 10h; das 11h às 15h; e das 16h às 20h. Os turnos mostram como funciona
o coração da Clínica Monteiro Leite: eles se repetem às segundas, quartas e
sextas e também terças, quintas e sábados.
“Cerca de 90% dos pacientes precisam fazer hemodiálise pelo menos três
vezes por semana. Cada atendimento desse dura cerca de quatro horas”, explica
Shaung. “É triste, por um lado, porque o paciente perde muito tempo preso
numa máquina, mas é o tratamento que mantém essas pessoas vivas e com melhor
qualidade de vida. E é uma importante ponte para o tratamento ideal, que é o
transplante”.
Dos pacientes atendidos pelo espaço Monteiro Leite, 50% estão aptos a
fazer transplantes, enquanto a média brasileira é de 30%. É um índice muito
bom. “Temos transplantado um paciente por mês no Pará nos últimos tempos. E o
transplante é indiscutivelmente o melhor tratamento, o que resulta na melhor
qualidade de vida”, assevera o médico Evandro Shaung.
Atualmente, cerca de 60% dos atendidos pela clínica são homens. A
principal faixa etária entre os pacientes é dos 19 aos 64 anos. A hipertensão
e diabetes são os problemas mais comuns ligados à necessidade de hemodiálise
na clínica.
Dos 189 atendidos em Batista Campos, 74% dos pacientes já usam a
fístula - o meio mais seguro para a realização das sessões de hemodiálise. Os
demais usam cateteres permanentes ou temporários – esses últimos os que
geralmente podem ser mais ligados a problemas com infecções. No último ano, a
clínica comemora ter reduzido à metade os pacientes que usam cateteres, o que
demonstra uma curva ascendente de aumento de segurança para os procedimentos
na Monteiro Leite. Além disso, os já baixos casos de mortalidade de pacientes
tratados pela clínica também foram reduzidos à metade.
“Estamos numa onda de otimismo e aumento de qualidade”, comemora o
diretor da clínica. “Temos vivido no último ano uma grande melhora no
processo administrativo e de treinamento dos funcionários para aprimorar o
atendimento, incluindo tudo que se refere à segurança para a saúde dos
pacientes. A política de administração da nossa clínica é a mesma da fundação
do hospital Gaspar Vianna. Nossos indicadores de qualidade e segurança para o
paciente vêm melhorando mês a mês. Isso, através de treinamentos de
funcionários, implantação de protocolos e de um trabalho conjunto que envolve
a administração do hospital e toda a equipe da clínica”, pontua Shaung.
Demanda crescente
“A humanização desse tipo de atendimento é fundamental. Justamente por
todo o cuidado especializado que temos que ter com eles, a proximidade é
muito importante para o tratamento. O vínculo é importante para terem uma
adesão maior ao tratamento e às nossas orientações de alimentação, hábitos e
tratamento das doenças de base. A hemodiálise é só uma ponta da cadeia. E
aqui acabamos nos tornando um pouco amigos, como se fôssemos da família”,
justifica Joseellen Alcântara, 32.
A enfermeira, que trabalha há um ano e oito meses na clínica Monteiro
Leite, é mais uma das conhecidas da rotina vivida semanalmente pelo
pensionista João Guilherme Olegário. “Nós aqui nos tornamos uma grande
família. Imagine: vemos os pacientes cerca de treze dias por mês. E os
recebemos em casa por quatro horas em cada visita. E não é como uma vista
médica. Há muito bate-papo, interação”, concorda Shaung.
Avaliando como gratificante o cenário de melhorias vividas pelo espaço
de hemodiálise, o diretor da Clínica Monteiro Leite ressalta que a tendência,
de qualificar ainda mais os serviços do centro de atendimento da Batista
Campos, alinha-se a um quadro especial que exige reforço cada vez maior dos
serviços de saúde pública dedicados a essa demanda no Brasil. “As melhorias
na Monteiro Leite nos empolgam, apesar do País viver um momento que pode ser
visto como de epidemia de doença renal, motivado pelo crescimento da
hipertensão, da diabetes, da obesidade e do sedentarismo e o envelhecimento
da população”.
Shaung lembra que no Brasil cerca de cem novos pacientes com
necessidades de serviços de hemodiálise surgem, a cada ano, para cada milhão
de habitantes do País. “Por isso tudo, vivemos já novamente no Brasil uma
falta de clinicas e um déficit de vagas de hemodiálise. A nefrologia vive uma
crise a nível nacional no serviço público, porque paga-se hoje muito pouco
por sessão de hemodiálise no SUS”, alerta o diretor da clínica Monteiro
Leite.
Ao lado do médico que o atende, seu Olegário concorda. E preocupa-se
também. “O meu conselho é que as pessoas prestem atenção. Aconselho todos a
procurar fazer exames e cuidar da saúde mais cedo. Me ajudaria muito evitar
essa situação se eu tivesse feito isso também. Procurem ajuda e cuidem-se”,
pondera.
Rede de apoio
De acordo com último Censo da Associação Brasileira de Nefrologia,
cerca de 90 mil brasileiros fazem tratamento de hemodiálise em todo o
País, com um custo anual de R$ 2 bilhões. Desde 2011 o governo do Pará
executa em vários municípios um plano estadual para a descentralização dos
serviços de tratamento e de diagnóstico precoce do mal renal.
Segundo dados da Sespa, atualmente o Pará soma 2.800 mil pacientes com
necessidades de hemodiálises. A rede do Sistema Único de Saúde
(SUS) no Estado conta atualmente com 599 máquinas
de hemodiálise, distribuídas na rede pública e privada. Essas máquinas
oferecem cerca de 2,4 mil vagas para pacientes em tratamento renal de
substituição. Dessas, 569 máquinas estão em funcionamento, sendo que 422
pertencem ao SUS. Com isso, o Pará consegue realizar, mensalmente, cerca
de 30 mil sessões de hemodiálise, contabiliza a secretaria.
Núcleos de atendimento a pacientes com necessidades desse tipo de
tratamento hoje estão distribuídos em diversas regiões do Estado, nos
municípios de Belém, Ananindeua, Bragança, Altamira (Hospital Regional do
Baixo Amazonas), Castanhal, Marabá (por meio dos serviços credenciados ao
SUS), Marituba, Redenção, Ulianópolis e Santarém (Hospital Regional da
Transamazônica).
Será inaugurado ainda este ano em Castanhal o maior serviço particular
com credenciamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Em Itaituba a
previsão é de instalação de mais 20 máquinas de hemodiálise. Também é
prevista a expansão do serviço em Santarém até 2017.
Em Breves, a gestão do Hospital Regional do Marajó também já estuda a
implantação de um serviço próprio de hemodiálise. Atualmente, o desafio
é conseguir acesso à água potável, com melhor padrão de qualidade. Empresas e
laboratórios já estão sendo convocados para buscar soluções nesse sentido, e
é possível que a oferta desse tipo de atendimento possa ser resolvida até
2018.
Em Belém, os serviços de hemodiálise estão disponíveis na Santa Casa
de Misericórdia, no Hospital Ophir Loyola, no Hospital de Clínicas Gaspar
Vianna e no Centro Monteiro Leite - criado como parte da política de
ampliação dos serviços de hemodiálise do Governo do Estado,
intensificada a partir de 2011.
Na Santa Casa de Misericórdia, o Centro de Terapia Renal Substitutiva
Pediátrica atende crianças e adolescentes até 18 anos com nefrologia pediátrica, hemodiálise pediátrica,
ambulatórios, enfermarias e interconsultas. O serviço
de hemodiálise foi inaugurado em outubro de 2012 e a capacidade de
atendimento é de 32 vagas de crianças em programa de hemodiálise
crônica. Na Santa Casa, cerca de 200 atendimentos ambulatoriais também são
feitos por semana.
O Hospital Ophir Loyola atualmente é referência no serviço de
transplantes de rins no Pará – e concentra essas demandas. Hoje atende cerca
300 pessoas mensalmente, entre cirurgias e tratamento pré e pós-operatório.
Embora sejam realizados transplantes intervivos, porque a maioria dos
pacientes tem câncer, o maior número é realizado com órgãos de doadores
falecidos, recebidos de outros hospitais.
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Texto:
Lázaro Magalhães |
Em uma década, Hospital Regional de Marabá realizou mais de 2,7
milhões de atendimentos
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A dona de casa Tânia de Souza e o motorista João Fredson sabem bem o
quanto o tratamento médico adequado faz a diferença. Em março de 2015, ela,
que é gêmea, recebeu a notícia de que estava grávida de três crianças. A
informação foi um susto para a família, uma vez que a vinda dos bebês não foi
planejada pelo casal. Ela foi encaminhada ao Hospital Regional do Sudeste do
Pará (HRSP), por ser a única unidade pública da região a atender casos de
gestação de alto risco. E se tornou o primeiro caso de trigêmeos nascidos no
hospital. Atualmente, em média, a instituição realiza dez partos de alto
risco a cada mês.
“Eles nasceram de sete meses e precisaram ficar um mês na UTI. Mas, um
ano depois, estão todos fortes e crescidos. Continuam sendo acompanhados por
pediatras do hospital. O atendimento daqui é nota dez”, comenta o pai das
crianças.
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é um dos diferenciais do
Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá,
que completará dez anos nesta quarta-feira, 19. A unidade foi uma das
primeiras criadas no processo de regionalização da saúde no Estado e,
atualmente, é referência em atendimento de trauma de média e de alta
complexidade para mais de 1 milhão de pessoas em 22 municípios da região. Em
uma década, o hospital realizou mais de 2.700.000 atendimentos, entre
internações, cirurgias, consultas, exames e sessões de reabilitação
especializada.
Segundo o diretor Geral da unidade, Valdemir Girato, a instalação do
hospital garantiu à população serviços que não existiam na região, como
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e cirurgia buco-maxilo-facial. Ele
comenta que o fato de ter uma unidade desse porte na região já é um
diferencial no tratamento do paciente. “Quando o hospital não existia, a
população precisava se deslocar para a capital para fazer tratamento e,
em alguns casos, ficar longe de casa por um longo período. Agora o paciente
não precisa sair daqui, pois tem um serviço especializado na região”, diz o
administrador.
Gerações
A comerciante Glicélia de Oliveira Brito, de 44 anos, também se diz
satisfeita com o atendimento do Hospital Regional de Marabá. Ela acompanhou o
tratamento do pai, seu João, de 77 anos, internado na unidade após quebrar a
perna. “O Regional é maravilhoso. O atendimento é excelente e não nos falta
nada, graças a Deus”, afirmou a usuária.
De acordo com ela, o pai não foi o único da família a ser atendido na
unidade. “Há quase dez anos, eu mesma fui atendida aqui. Meu dente inflamou,
eu não conseguia comer nada e fiquei com falta de ar. Aí me trouxeram para
cá. Fui curada, graças a Deus, primeiramente, e depois aos médicos. Minha mãe
também já precisou de atendimento. Ela tem osteoporose e artrite. Quebrou a
perna e precisou de cirurgia”, disse.
Pertencente ao Governo do Estado e gerenciada pela Pró-Saúde
Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, o Hospital
Regional de Marabá possui 115 leitos, dos quais 77 são de unidades de
internação clínica e cirúrgica e 38 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) –
20 de UTI Adulto, nove de UTI Pediátrica e nove de UTI Neonatal. O foco do
atendimento é nas especialidades de neurocirurgia, traumatologia, ortopedia e
cirurgia geral. O índice de satisfação do usuário, nesses anos, é de 94%.
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Texto:
Aretha Fernandes |
Hospital Regional de Santarém torna-se signatário do Pacto Global da
ONU
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O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, ingressou,
neste mês, no seleto grupo de instituições que aderiram ao Pacto Global da
Organização das Nações Unidas (ONU). Para integrar a lista, a
instituição assinou o compromisso de cumprir os dez princípios
universais e teve a documentação necessária analisada pela ONU. A unidade é a
segunda do Pará a se tornar signatária do Pacto Global da ONU, o primeiro foi
o Hospital Público Estadual Galileu.
O objetivo do Pacto Global é mobilizar a comunidade empresarial
internacional para a adoção de valores fundamentais e internacionalmente
aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e
combate à corrupção, refletidos em dez princípios.
O diretor Geral do HRBA, Hebert Moreschi, conta que o Pacto Global é
um resgate dos valores éticos das relações mundiais. “O Hospital Regional
está engajado nessa iniciativa, declarando ao mundo o nosso comprometimento.
É com esta visão que, além de prestar assistência de alta e média complexidades,
poderemos ser um agente transformador, promovendo a mudança na percepção das
relações entre as pessoas e difundindo isso na sociedade em que estamos
inseridos”.
Para o diretor da Pró-Saúde no Estado do Pará, que administra a
unidade em contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa),
Paulo Czrnhak, é necessário que os hospitais atuem de forma humanizada,
respeitando os direitos humanos e os princípios de sustentabilidade. "Na
nossa gestão buscamos efetivar a garantia dos direitos dos cidadãos, da
sociedade, e assim, prestar um serviço eficiente que contribui para o
desenvolvimento. Ser signatário do Pacto Global da ONU é ter a certeza de que
estamos no caminho certo, e sob os olhares da comunidade internacional, que
passa a avaliar todo o agir da unidade”, explicou o diretor.
Relatório GRI
O HRBA está elaborando um relatório em que vai reportar todo o
desempenho da unidade na área ambiental, social e assistencial do ano de
2015. A unidade busca incorporar os protocolos reconhecidos a partir da
certificação internacional, concedida pela Global Reporting Initiative (GRI),
entidade sem fins lucrativos sediada em Amsterdã, Holanda. A GRI é um
núcleo oficial de colaboração do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente.
O relatório, após ser finalizado, será enviado para a Holanda, onde
passará pela verificação da entidade. Se as informações estiverem de acordo
com os protocolos exigidos, o hospital receberá o selo GRI. No Brasil, apenas
três hospitais possuem este selo. No mundo, são oito unidades. “É uma forma
de o hospital dar respostas para a sociedade, não só da
parte assistencial, o que é o foco, de fato,
mas também entender esse processo da operação do macroprocesso na
cadeia de valor desse hospital. As pessoas começam a dar valor porque
entendem como que é feita a gestão aqui”, explica o consultor da Pró-Saúde,
Rodrigo Henriques, que auxilia na construção do relatório GRI.
O HRBA é uma unidade de saúde pública e gratuita pertencente ao
Governo do Pará, que atende casos de média e alta complexidade e presta
serviço 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo referência no Norte do
Brasil quando o assunto é tratamento de câncer. A unidade atende a uma
população estimada em mais de 1,1 milhão de pessoas residentes em 20
municípios do oeste do Pará.
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Texto:
Joab Ferreira |
Expo Círio reúne elementos que marcam a festividade na Estação das
Docas
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Durante dois dias paraenses e turistas puderam vivenciar e descobrir
os encantos da cultura do Estado do Pará, na Expo Círio 2016, realizada pela
primeira vez, no Armazém 3, da Estação das Docas. O evento multicultural
reuniu teatro, fotografia e trabalhos manuais em uma grande
exposição, que convidava cada visitante a conhecer melhor o processo de
produção de cada peça, de cada prato típico.
Do tipiti – espécie de espremedor utilizado para retirar o tucupi da
mandioca - ao trabalho delicado das agulhas para bordar um manto, tudo que
faz parte da tradição do Círio foi apresentado, por meio
de parceria firmada entre a Organização Social Pará 2000, que administra
a Estação das Docas, com a Secretaria de Estado de Assistência Social,
Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), que montou os Espaços Saber Fazer,
o Processo Criativo de Fé e da Gastronomia Regional, que reuniram
diversos artesãos.
“Costumo participar de feiras e gostei bastante da Expo Círio. A
proposta do espaço Saber Fazer coloca o artesão em contato com as crianças e
adolescentes, que nem sabem como é feito o processo até chegar no resultado
final. Aproxima o público não só do trabalho, mas do artesão”, comentou
o artesão que desenvolve trabalho com cuias, Izaias Lopes, de 42 anos.
A servidora pública federal Patrícia Alves participou do primeiro
dia da Expo Círio com a sua filha e esposo. “Entrei no site e vi a
divulgação. Nós gostamos muito. Foi um dia cultural. Nossa filha estava
pesquisando sobre o miriti e o Círio para um trabalho da escola e aqui pudemos
mostrar todo o processo de criação do brinquedo de miriti, da cuia. Um evento
muito interessante desde a apresentação teatral até a exposição fotográfica
que estava muito bonita” comentou.
“O evento foi um sucesso, nós acreditamos no projeto, a intenção foi
agregar reconhecimento e visibilidade à rica cultura paraense”, ressaltou o
diretor-presidente da OS Pará 2000, Fabriano Fretes.
“Este foi o primeiro ano que vivenciei o Círio, para mim foi uma
benção. Lagrimei ao rever no espetáculo a experiência que vivi. O evento está
de parabéns”, relatou emocionada a turista do Espírito Santo, Rosimeire Lima,
de 55 anos.
Quem participou do evento concorreu ao sorteio de uma imagem da Nossa
Senhora de Nazaré, envolta no manto, dentro de uma berlinda, que foi confeccionada
durante a Expo Círio, no espaço Processo Criativo de Fé. O grande vencedor
foi o senhor Lauro Moraes.
“Para mim foi maravilhoso, eu adoro trabalhar com as mãos, que foi um
dom que Deus me deu. Eu recebi o convite com muita alegria, nervosa, porém
dei o meu melhor, pensei que eu gostaria de ganhar esse manto, por isso fiz
com muito carinho para o sorteio. Estou gratificada de ter participado”,
comentou a responsável em bordar o manto, Ruth Rosa.
“Trabalho desde os 10 anos, comecei ao ver meu pai manipulando o
miriti e então comecei a fazer de berlinda até brinquedos. Foi uma
experiência muito incrível ver o meu trabalho ser reconhecido”, contou o
artesão que confeccionou a berlinda, Ramon Ferreira, de 23 anos.
“Achei interessante, a Expo Círio é uma vitrine para o nosso
trabalho. Faço uma comunhão da arte com a religião. Esta foi uma forma de
homenagear a Nossa Senhora, de quem sou muito devota”, destacou a artesã
responsável pela imagem sorteada, Luziclara Brito, de 47 anos.
A Expo Círio 2016 foi uma realização da Organização Social Pará 2000,
que administra a Estação das Docas, com apoio da Secretaria de Estado de
Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Secretaria de Estado
de Turismo (Setur) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico,
Mineração e Energia (Sedeme).
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Texto:
Fernanda Scaramuzzini |
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