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sábado, outubro 15, 2016

PROBLEMAS NO CORAÇÃO? NÃO TEM COMO TRATAR? AGORA SEUS PROBLEMAS ACABARAM... NO JURUNAS TEM QUEM TRATE DO SEU CORAÇÃO COM MUITO AMOR...


Seduc lança 2ª edição de revista eletrônica com trabalhos científicos de professores do Estado
Professores, alunos e pesquisadores da rede estadual de ensino participaram, nesta sexta-feira, 14, às 16h, no auditório do Conselho Estadual de Educação (CEE), do lançamento da 2ª edição da revista eletrônica “IN Formaç@o”, que reúne os trabalhos científicos e de pesquisa realizados pelos professores da rede pública de ensino.
A revista é um projeto da Secretaria de Estado de Edução (Seduc), realizado por meio do Centro de Formação de Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará (Cefor), o qual viabiliza a publicação de relatos de experiências e de artigos científicos que contribuem para a produção e difusão do saber acadêmico.
Segundo o professor Marcelo Carvalho, responsável pela revista, a edição quer justamente valorizar o trabalho dos professores. “Divulgar a produção científica dos professores e demais funcionários da Seduc, assim a revista dá visibilidade para os trabalhos desses docentes, que são tão comprometidos pelo desenvolvimento da educação”.
O professor Edson Oliveira, do município de Parauapebas e coordenador de apoio pedagógico da Secretaria de Educação da cidade, teve o seu trabalho “Gêneros Textuais” publicado na revista. “Está sendo uma conquista muito importante para mim, é uma sensação inexplicável ter o meu trabalho bem aceito e acolhido pela revista. Tenho muito a agradecer a muitas pessoas que me ajudaram nessa caminhada, principalmente minha mãe, que conseguiu me passar a importância do conhecimento e da pesquisa, pois me realizo com o estudo e construção do conhecimento”.
A aluna Dinalva Corrêa, do Centro de Recuperação Feminino de Ananindeua, participou do lançamento, pois foi uma das alunas citadas no trabalho da professora Kátia Passos. A estudante teve seu texto analisado pela professora e integra o artigo “As TIC’s nas séries iniciais da EJA para pessoas privadas de liberdade em unidades penais do estado do Pará".
“Estou muito feliz por estar de alguma forma participando, pois a professora lembrou da minha história, do que passei na infância e minhas dificuldades. Vou terminar o Ensino Fundamental e continuar os meus estudos”, disse a aluna.
Carlos Miranda, coordenador do Cefor, disse que o lançamento da revista nesta data foi para homenagear esses professores, já que o Dia 15 de outubro é destinado a todos os docentes do Brasil. “Sabemos que amanhã é dia desses profissionais tão importantes para a nossa educação e desenvolvimento do nosso país e esse espaço de divulgação e de conhecimento é muito importante para todos eles”, destacou.
O secretário adjunto de Ensino, José Roberto Silva, esteve presente no lançamento e lembrou que a publicação de uma revista que valoriza o trabalho científico dos professores do estado foi idealizada por ele quando ainda era coordenador do Cefor. “O objetivo é oportunizar para a rede os trabalhos que os nossos professores vêm desenvolvendo, pois muitos são oriundos das ações dentro das escolas e isso é o mais importante para nós”, destacou o secretário.
Membro do Conselho Estadual de Educação, ex-secretário adjunto de Ensino da Seduc e atualmente professor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Licurgo Brito também participou do evento. O ex-secretário parabenizou o Cefor pela iniciativa e a todos os professores que estão participando desta edição da revista.
Texto:
Eliane Cardoso



Apoiados pela Emater produtores de hortaliças e frutas orgânicas visam expansão da produção no Tauá
A Associação de Produtores e Produtoras Rurais da Comunidade de Campo Limpo (Aprocamp), de Santo Antonio do Tauá, no nordeste paraense, trabalha com hortaliças e frutas orgânicas certificadas pelo Instituto de Biodinâmica (IBD), uma empresa que desenvolve atividades de inspeção e certificação agropecuária, de processamento e de produtos extrativistas, orgânicos, e biodinâmicos do mercado justo (Fair Trade).
A Aprocamp é uma das organizações sociais assistidas no município pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pará) e na próxima segunda-feira (17) representantes do Banco do Brasil farão uma visita à comunidade de Campo Limpo, com apoio técnico e operacional da Emater, para avaliarem a viabilidade de aumentar a produção desenvolvida pelas 12 famílias de pequenos produtores que trabalham na Aprocamp. Juntas elas produzem cerca de 36 mil maços de hortaliças por semana, ou seja, cerca de 3 mil maços semanais de hortaliças por família.
Os agricultores familiares do município já possuem certa tradição na produção com a utilização de biofertilizante. A Emater desenvolve um projeto que inicialmente selecionou 18 comunidades olericultoras e fruticultoras, divididas em cinco polos, com cinco Unidades Demonstrativas. Desde então, difunde a prática junto a olericultores e fruticultores locais, através de trabalho interdisciplinar.
O técnico em agropecuária Ailson dos Santos Cardoso coordena a ação local. Ele falou que o projeto contempla várias metodologias com acompanhamento permanente. Informa também que alguns produtores já são certificados por produzirem orgânicos, e os que ainda não o fazem podem aderir a qualquer momento.
Segundo ele, a adesão aos tratos naturais tem alcançado resultados positivos, entre eles; a queda na invasão de pragas, diminuição de perdas e aumento da produção e produtividade, bem relevantes para a comercialização dos produtos em Belém (cuja demanda exige cada vez mais produtos certificados organicamente).
Texto:
Edna Moura

Super-herois salvaram o sábado de crianças internadas no Hospital Oncológico Infantil
Homem-Aranha, Zorro, Super-Homem e Batman tomaram os telhados de São Brás na manhã deste sábado, em Belém. Cinematográfica, a ação surpresa dos heróis chamou a atenção dos que passavam pelas ruas por volta das 9h30 da manhã. Equilibrados em parapeitos e depois pendurados nas alturas, descendo pelas paredes, eles cumpriam uma missão importantíssima: levar sorrisos às crianças do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, a maior referência em saúde pública para tratamento do câncer para crianças e adolescentes de zero a 19 anos no Pará.
Realizada por sete funcionários da empresa Enil Engenharia, a ação deu início à primeira revitalização da fachada do hospital, programada para acontecer a cada ano. O Hospital Oncológico Infantil completou um ano de funcionamento no último dia 12 de de outubro, sob gestão da Organização Social de Saúde (OSS) Pró-Saúde, em contrato firmado com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).
Ainda eram pouco depois das 9h quando o pintor e montador Marco Antônio, 47, e o pedreiro Antônio Júnior, 54, funcionários da empresa que realizará os reparos nas vidraças e no acabamento da fachada do Hospital Oncológico Infantil, seguiam vestidos com o tradicional uniforme vermelho e azul do Homem-Aranha pela escada que dá a acesso ao telhado do hospital.
Lá em cima, já indo ao encontro de colegas trajados também de Batman e Zorro, cuidavam para checar a segurança de cordas e se prendiam a ferramentas de rapel. Pouco depois de darem uma boa olhada no céu ensolarado e sem nuvens da manhã de sábado, venceriam o parapeito do telhado: pendurados por cordas, desceram suavemente em direção às janelas que davam para a sala de recreação do primeiro andar do hospital. Lá, crianças de várias idades, acompanhadas pelos pais, correram curiosas à vidraça quando os super-heróis surgiram finalmente nas suas janelas.
“Ah, isso é muito bom. As crianças adoram, não é mesmo. Meu filho é fã do Homem-Aranha. Tem tudo dele em casa”, sorria Patrícia Alves de Oliveira, 30, mãe do pequeno Caio Gabriel de Oliveira, de um ano e oito meses. A família é de Uruará. Para que ele pudesse fazer o tratamento em Belém, a pequena agricultora teve que se ausentar um pouco da rotina de casa. Lá ficaram o marido e a filha de nove anos.
Faz 20 dias que Caio está internado no Oncológico Infantil. Frequentemente acamado, devido ao rigor de seu tratamento, o garoto varia a rotina diária com as idas à área do hospital onde as crianças podem encontrar brinquedos e se divertir um pouco. “Ele se anima muito quando isso acontece”, garante a mãe. No colo, Caio aponta sorrindo para a janela, maravilhado com a inesperada visita do lado de fora da janela.
“Isso é uma coisa muito legal. É a primeira vez que nos fantasiamos para fazer isso. Assim se trabalha com prazer, com gosto, porque é por uma boa causa, não? Ver essas crianças sorrindo é tudo. É uma coisa que emociona”, resumiu Marco Antônio.
Tudo por elas
“A ideia de fazer a revitalização da fachada de nosso hospital com os super-heróis surgiu de uma necessidade de manutenção anual que acaba se aliando às nossas ações de humanização do atendimento. Trazer esse encantamento para essas crianças é fundamental, pois ameniza o stress do internamento. Muitas crianças passam grandes temporadas no hospital e por isso são importantes essas rotinas”, justifica Sthéphanie Valdívia, diretora de apoio do Hospital Oncológico Infantil Octavio Lobo.
Ela esclarece: a rotina de funcionários fantasiados, pelo menos a cada quinze dias, nas mais diversas tarefas e atividades que envolvem o tratamento e acolhimento no hospital, é algo que já faz parte dos cuidados com as crianças.
As ocasiões variam: assim, vários colaboradores, de enfermeiros e técnicos de laboratório a até porteiros, já experimentaram o gosto de fazer os meninos e meninas sorrirem nos corredores. A própria diretora do hospital, no início de outubro, encarnou a princesa Elsa, heroína do filme Frozen, para uma programação interna do Oncológico Infantil Octavio Lobo. “Quando meus filhos me viram em casa ficaram superanimados. Isso é um termômetro do que uma simples ação dessa pode significar para uma criança”.
São várias ações como essa no hospital. No projeto “Sou Super-Herói”, o setor de humanização do hospital incentiva os colaboradores de diversos setores a encarnarem personagens uma vez por mês e em atividades programadas. Já o “Canto do Chef” leva as crianças para o refeitório, para que participem dos trabalhos de montar suas próprias refeições. “São atividades que elas estariam fazendo em casa. E há grandes impactos nas crianças em internamento. Esses eventos mexem muito com a animação das crianças e também com os colaboradores. Eles se sentem muito especiais em cumprir essas missões”.
Inaugurado em outubro de 2015, o Hospital Oncológico Infantil Octavio Lobo tem hoje 108 leitos disponíveis para o tratamento de crianças com cêncer. São 98 destinados à internações e dez reservados em UTI.
A revitalização da fachada do hospital, que exigirá a lavagem de janelas e esquadrias e outros serviços secundários, deve durar de dois a três meses. E todas as atividades serão feitas com os uniformes especiais de super-heróis, sempre aos finais de semana.
O engenheiro da Fábio Pueres, responsável pelos trabalhos dos super-heróis que estão fazendo a manutenção da fachada do hospital, diz que a tarefa animou os trabalhadores. “Os operários adoraram. É um momento ímpar, que sensibiliza nossos corações”, admite Pueres, que há duas décadas presta serviços de engenharia e nunca havia feito nada parecido. “É nossa primeira experiência nesse sentido. Ficará gravado na nossa memória”.
Texto:
Lázaro Magalhães

Escola Deodoro de Mendonça forma mais de 50 técnicos
Carlos Almeida, 44, Ericka Antunes, 34 e Cleide Pena, 40, pessoas com trajetórias de vidas diferentes, que tinham algo em comum, continuar os estudos depois de alguns anos longe das salas de aula e ter uma profissão reconhecida na qual pudessem seguir carreira.
O grande dia ocorreu nesta sexta-feira,14, durante a cerimônia de entrega do grau de nível técnico para 52 formandos da Escola Estadual de Ensino Médio e Profissionalizante Deodoro de Mendonça. Joseane Figueiredo, diretora de Ensino Médio e Profissionalizante da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que outorgou o grau aos formandos, destaca a importância da oferta destes cursos na rede pública de ensino. “No mapa do emprego no estado do Pará pesquisas do Dieese mostram que há postos de trabalho, no entanto falta mão de obra qualificada. Baseada nesse estudo, a secretaria faz a oferta dos cursos conforme a necessidade em cada uma das 20 escolas tecnológicas em todo o estado, de acordo com a demanda de mercado”, explicou.
Humberto Farias, diretor do Deodoro de Mendonça, explica que hoje a escola tem mais de 2 mil alunos matriculados no Ensino Médio e nos cursos profissionalizantes. “Temos quatro cursos profissionalizantes, que são: Segurança no trabalho, informática, logística e contabilidade e qualquer pessoa que concluiu o ensino médio pode se inscrever no processo seletivo para cursar a modalidade integrado. A subsequente é para quem só concluiu o ensino fundamental ou então o ProEja para aqueles que estão fora da faixa etária e ainda não concluíram o ensino médio”.  
Para participar da seleção basta acessar o site da Seduc (www.seduc.pa.gov.br). Foi o que fez o vendedor ambulante Carlos Almeida, que hoje acordou técnico em informática. “Meu sonho sempre foi fazer um concurso público e hoje estou habilitado, pois me formei e já comecei a me inscrever para a minha área”, disse ele, acompanhado da paraninfa, Carla Farias, 20, filha que é aluna do curso de Nutrição da Universidade Federal do Pará. “É motivo de muito orgulho estar ao lado do meu pai nesse momento, pois sei que lutou muito para concluir o curso, pois ao mesmo tempo tinha de garantir o sustento da família”, detalhou.
Ericka Antunes, técnica em Contabilidade, aprendeu o ofício com o marido e há muitos anos o ajudava na profissão. “Mas agora é diferente, vim para a escola, aprendi aqui e tenho meu diploma. Daqui para frente vou em busca do meu curso superior”, disse.
Já a técnica de segurança no trabalho Cleide Pena, tinha ficado 10 anos fora da escola desde que terminou o ensino médio, mas agora não quer mais parar de estudar. “Estou me aprimorando, fiz também um curso de bombeiro civil e estou me preparando para fazer outro de qualidade de vida no trabalho. Além de ajudar na hora de participar de um processo seletivo, também é fundamental no desempenho das nossas funções como técnica em segurança no trabalho”, disse a secretária, que se prepara para trabalhar, em breve, na área em que se qualificou.
Texto:
Kátia Aguiar

Instituições debatem integração de programas para proteção a pessoas ameaçadas de morte
Em reunião na manhã desta sexta-feira (14), a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) apresentou a outros órgãos e instituições os dois programas de proteção às pessoas ameaçadas de morte desenvolvidos pela secretaria: o Programa de Proteção às Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (Ppcaam) e o Programa de Proteção às Vítimas e Testemunhas Ameaçadas de Morte (Provita).
O objetivo dessa apresentação, de acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Michell Durans, é promover a integração de outras secretarias e instituições do Estado para colaborar e fortalecer os programas. “Nós precisamos garantir a segurança das pessoas ameaçadas de morte de forma plena e integrada. Por conta disso, é fundamental que os órgãos e entidades estatais conheçam os programas e possam colaborar de alguma maneira com eles”, afirmou.
Para o promotor de Justiça Alcenildo Ribeiro da Costa, representante do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) no encontro, a proposta de somar forças para o melhor funcionamento dos projetos é de fundamental importância para a sociedade. “Espero que cada um entenda seu papel dentro desses programas e colabore com o fortalecimento deles, que prestam um serviço essencial na vida em sociedade”, disse.
No encontro, depois da apresentação dos projetos desenvolvidos pela Sejudh, os representantes dos órgãos e instituições presentes discutiram propostas para melhorar os programas de proteção às vítimas ameaçadas de morte no Estado.
O grupo concluiu, durante o diálogo, que novos encontros devem ser feitos nas próximas semanas para consolidar a proposta de integração dos programas. “A gente percebeu que isso teria que ser algo muito maior. Vamos marcar uma reunião de governo com todos os gestores para poder criar essa sensibilização neles, para criar um ponto focal, para depois trazer para o colegiado”, afirmou Michell Durans.
Participaram da reunião representantes da Corregedoria de Polícia Militar do Estado do Pará (PMPA), Defensoria Pública Estadual (DPE), Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB), Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Ministério Público Federal (MPF/PA), Movimento República de Emaús (Cedeca-Emaús), Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Secretaria de Saúde Pública (Sespa) e Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais (Seeips).
Com colaboração de George Miranda – Ascom Sejudh
Texto:
Leba Peixoto

Professores trabalham no incentivo à educação em presídios do Pará
Oferecer escolarização e qualificação profissional a cidadãos privados de liberdade são os desafios diários de vários professores que dão aula nas unidades prisionais da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). Por meio de uma parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), 55 educadores saem de suas casas todos os dias com a esperança de que a educação seja para o interno, o primeiro passo para o retorno à sociedade.
No Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), um corredor no meio do bloco carcerário leva a uma sala de aula. É lá que a professora Flor de Lis Brito passa boa parte do dia. São 10 anos lecionando dentro de unidades prisionais e para ela as dificuldades com o espaço físico vão além do desafio como educador.
“A gente dá aula em um local com as condições mínimas para acolher um aluno. O local é quente e abafado, mas o meu papel é passar conhecimento, independente de quem seja o aluno, independente do local que ele está”, disse a professora.
Adepta da concepção "freireana" de educação, ela diz ficar também feliz ao passar aos alunos que "o caminho da educação é o único que o homem percorre dignamente diante da sociedade", como diz o educador Paulo Freire.
“O meu objetivo é manter os alunos na sala de aula, criar estratégias para que eles se sintam atraídos e queiram sempre retornar. A gente faz eles entenderem que não é só a remissão de pena que está em jogo, mas sim o aprendizado. Eles precisam ter conhecimento de que só educação que vai mudar a vida deles. Eu escuto todo dia relatos, sonhos e acredito que nada é impossível”, revela a professora.
Segundo Flor de Lis, os alunos do presídio, assim como os que estão fora dele, veem no professor um exemplo. “Passamos muitas horas do dia com eles, ouvimos muitos relatos, é uma troca, uma confiança que um vai adquirindo no outro. É um trabalho muito prazeroso. É um desafio? É, porque ninguém acredita que a educação dentro do cárcere venha tirar o homem daquela condição. Mas nós acreditamos neles”, destacou a professora.
Ela afirma que ser educador é um ofício que se faz por amor, por isso trabalha há 32 anos na profissão e hoje já poderia estar aposentada, mas a vontade de fazer algo que transforme a vida de alguém é maior. “Quando um aluno vem me dizer que eu consegui alguma mudança na vida dele, eu agradeço a Deus. Eu sou educadora e sei das dificuldades do meu trabalho, mas faço da melhor maneira que eu posso. Eu já tive alunos que ficavam paralisados em frente de uma folha em branco e no final do ano já sabiam escrever, já sabiam ler. É tão gratificante que nós acabamos esquecendo as dificuldades”, revelou Flor de Lis.
O professor Vandro Souza trabalha há sete anos no sistema penitenciário e já passou por cinco casas penais da capital. Atualmente, ele está lotado no Centro de Reeducação Feminino (CRF), em Ananindeua, onde dá aula de geografia para as internas.
“A primeira imagem que eu tive dos alunos antes de chegar a uma unidade prisional foi muito distorcida. A realidade é bem diferente e o primeiro desafio é tentar desconstruir essa imagem”, destacou o professor.
Para ele, o convívio diário com as internas contribui para que alguns mitos sejam desconstruídos. “São pessoas e o contato do dia a dia nos permite descobrir a história de vida dessas pessoas, o que elas passaram lá fora e o que hoje vivem aqui dentro. Lembro que no meu primeiro dia foi muito difícil porque eu vim com a pior impressão possível. Aqui dentro, vamos percebendo que essas pessoas cometeram erros, como qualquer outra também pode cometer, e estão aqui para consertá-los. O nosso papel é ajudar através da educação”, disse Vandro.
Mesmo com uma infraestrutura que não é a adequada para uma sala de aula, o professor acredita que se pode fazer um bom trabalho. “Os presídios não são construídos para ser escolas, então existem espaços adaptados à educação e com isso podemos dizer que a qualidade do nosso trabalho fica prejudicada, mas não desistimos. O desejo delas de mudar de vida nos impulsiona. É uma oportunidade que elas não tiveram lá fora”, disse o professor.
A professora Elizete Cardoso trabalha há 8 anos no sistema prisional. Ela começou na modalidade de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) prisional, que é destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Em 2014, por conta do mestrado, ela se afastou e hoje participa do Projeto de Remissão pela Leitura no CRF. “Eu tive muito receio até chegar aqui, é um alunado especial e logo de cara ficamos sem saber que tipo de aula vamos dar, qual prática adotar, não é a mesma postura dentro de sala”, disse Elizete.
Apesar do medo inicial, a professora disse que a missão de levar conhecimento a essas pessoas é um projeto muito maior. “Eu acredito e eu creio que muitos outros professores que eu conheço acreditam que essas pessoas podem ser ressocializadas, elas podem ser recuperadas, e é por isso que eu digo que a educação dentro do presídio funciona”, explicou a professora.
 Além de professora, Elizete diz que é também considerada uma espécie de psicóloga pelas detentas. “Muitas delas são mães, elas gostam de conversar, dizem que se sentem abandonadas pelas famílias e algumas delas choram as suas mágoas para a gente. Uma história muito emocionante que eu ouvi é que a mãe de uma aluna minha veio visitá-la, mas não olhou no rosto da filha, porque sentia vergonha dela. Mas algum tempo depois a aluna veio me contar que a mãe tinha retornado e a tinha perdoado, e que ela espera lá fora uma nova mulher. Isso a incentivou e deu forças até mesmo para ela sentir vontade de estudar”, destacou Elizete.
Pelas mãos da professora Elizete já passaram muitos alunos, alguns que já alcançaram grandes vitórias, como a aprovação no Enem. “Nós vamos acompanhando cada crescimento de perto. Algumas eu vi que chegaram aqui completamente antissociais, agressivas e a evolução é muito grande. Elas percebem que há uma necessidade de mudança interior e nós vamos ajudando a construir esse processo, apesar de todas as dificuldades. É a partir do nosso trabalho que uma sementinha vai ser plantada e transformada”, afirma Elizete.
Avanços
Atualmente, a Susipe conta com cerca de dois mil internos envolvidos em atividades educacionais regulares. No Pará, segundo dados do Infopen (Sistema Integrado de Informações Penitenciárias), 12,9% da população carcerária estão na sala de aula; do total, 1.218 detentos estão matriculados na educação formal, 592 na educação não-formal e 110 em cursos profissionalizantes. Mais de 47,85% da população carcerária feminina do Estado desenvolvem atividades educacionais. Das 45 unidades prisionais paraenses, 33 têm salas de aula.
Os avanços na educação prisional fizeram do Pará uma referência em gestão penitenciária. A média nacional de presos estudando em todo o país é de 10%. Nesse ranking, o Pará está à frente de Minas Gerais (11,1%), Santa Catarina (7,8%), Rio de Janeiro (7,5%), São Paulo (5,7%) e Rio Grande do Sul (7,8%), de acordo com o último levantamento sobre educação prisional no Brasil, realizado pelo Ministério da Justiça, em 2013.
Texto:
Timoteo Lopes

Hospital Regional de Santarém lança campanha de prevenção contra os cânceres de mama e próstata
Este ano, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), localizado em Santarém, vai trabalhar as campanhas do "Outubro Rosa" e "Novembro Azul" juntas, com objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce dos cânceres de mama e próstata.
A campanha única traz o tema: “Outubro Rosa e Novembro Azul: homens e mulheres, juntos, no combate ao câncer”. Atualmente, o hospital possui 1.340 pacientes em tratamento de câncer. São 185 mulheres e um homem lutando contra o câncer de mama. Há também 176 homens enfrentando o câncer de próstata.
O câncer de mama é uma multiplicação anormal de células mamárias que promove a formação de nódulos, podendo formar um tumor maligno. Em mulheres em tratamento no HRBA, este é o segundo tipo de câncer com maior incidência. Entre os principais fatores de risco da doença estão: a ingestão de alimentos ricos em gorduras, obesidade e sedentarismo, primeira menstruação antes dos 11 anos de idade, hereditariedade e consumo regular de álcool.
A paciente Maria Fernanda Pereira está na fase final do tratamento contra o câncer de mama. Ela passou por todas as fases e, agora, espera os resultados dos últimos exames. “Depois de tudo o que eu passei, hoje estou aqui para testemunhar como eu descobri, lutei e vivi. Posso dizer que eu sou uma vencedora, pois tive muita sorte. Eu tive uma equipe médica capacitada, tenho um tratamento neste hospital com os métodos certos, que surtiram os resultados esperados, e os anjos da quimioterapia são maravilhosos. Ainda não posso comemorar a cura definitiva, pois faltam exames, mas, se depender de Deus, eu já estou curada”, relata Maria.
O coordenador do serviço de Oncologia do HRBA, cirurgião oncológico Marcos Fortes, diz que há dois tipos de prevenção. “O primário é a tentativa de que o indivíduo não venha a ter câncer, e que passa pela prática regular de exercício físico e uma dieta equilibrada, por exemplo. A prevenção secundária se faz, principalmente, pela atenção em realizar exames regularmente a partir dos 45 anos de idade. Devemos estimular a realização de mamografia”.
A próstata é um órgão interno que só o homem possui, tem a forma de uma maçã muito pequena e fica logo abaixo da bexiga. O câncer de próstata é o tipo mais frequente nos homens em tratamento no hospital. Alguns dos fatores de risco são: idade, histórico familiar, dieta pobre em vegetais e fruta, obesidade, sedentarismo, fumo e consumo de álcool.
“Para o câncer de próstata, o exame de toque é a forma que nós podemos realmente dar o diagnóstico precoce e, consequentemente, conseguir chegar a um percentual maior de cura dos nossos pacientes”, explica Fortes.
Para o diretor Geral da unidade, Hebert Moreschi, conscientizar a população sobre como prevenir e diagnosticar precocemente essas doenças é o objetivo da campanha, que vai até novembro. “Nós temos um serviço de alta complexidade que atende os nossos pacientes oncológicos, mas sempre a prevenção e a informação são os melhores caminhos, então, nós trabalhamos fortemente o trabalho educativo. E, além disso, estaremos ofertando nestes dois meses várias ações voltadas à população, principalmente às mais distantes, para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e de próstata também”. 
A programação do HRBA segue até novembro. No dia 1 de outubro, a iluminação da fachada da unidade foi alterada para a cor rosa. A equipe de Enfermagem da Oncologia está realizando palestras educativas nas recepções dos setores. No próximo dia 27 haverá uma blitz na Avenida Sérgio Henn, em frente ao hospital. E no dia 11 de novembro, haverá uma grande ação social na comunidade Cipoal, na BR-163, com consultas e exames médicos, atendimento nutricional, terapia ocupacional e ações de beleza.
Texto:
Joab Ferreira

Credcidadão atende 27 microempreendedores no sudeste paraense
Nesta sexta-feira (14), o Núcleo de Gerenciamento do Programa de Microcrédito Credcidadão fez a entrega de 27 microcréditos, no valor de R$ 80,5 mil, em evento no auditório da Estação Cidadania de Marabá. As atividades mais procuradas são salão de beleza, lanchonete, produção de hortaliças, criação de aves e confecções, entre outras. Além de Marabá, mais oito municípios ainda receberão a linha de crédito do governo. São eles: Ponta de Pedras, Abel Figueiredo, Abaetetuba, Dom Elizeu, São Domingos do Capim, Goianésia do Pará, Bragança e Tracuateua. Na última quinta-feira (13), Santa Bárbara do Pará recebeu 22 microcréditos.
Texto:
Carolina Gantuss



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