Esperávamos que a
presidente Dilma Rousseff tivesse a humildade de se desculpar com a população
brasileira por ter vetado, em setembro passado, a iniciativa do PSDB, aprovada
pelo Congresso, que isentava de impostos a cesta básica.
Se não tivesse vetado a emenda aprovada, o benefício de
produtos mais baratos já teria chegado à mesa dos brasileiros meses atrás.
Mais uma vez, falou a candidata e não a presidente da
República, que perdeu a oportunidade de explicar ao país as razões do
recrudescimento da inflação que temos vivido.
No mesmo dia em que a presidente vai à televisão em cadeia
nacional, o IPCA de fevereiro anunciado mostra que a equação, indisciplina
fiscal mais frouxidão monetária, está nos levando ao descontrole inflacionário,
apesar das manipulações de preços que o governo vem fazendo no setor de energia
e de petróleo.
O Brasil está caminhando numa velocidade enorme para
ultrapassar, já em março, o teto da meta anual de inflação de 6,5%.
Faltou a presidente reconhecer que, nos últimos 12 meses,
itens como alimentação e bebidas, que pesam mais de 25% do orçamento da
população mais pobre, já tiveram aumento de preços de 12,48% e os gastos com
despesas pessoais de 10,74%.
Quem paga a
conta são exatamente os mais pobres.
A maior conquista da sociedade brasileira nas últimas
décadas, que foi exatamente a estabilidade monetária, está claramente colocada
em risco pela má condução da política econômica do governo.
Não reconhecer a herança bendita do PSDB é uma opção da
presidente, mas colocá-la em risco é uma perversidade para com os brasileiros
mais pobres.
Brasília, 08 de março de 2013
Deputado Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB
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