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domingo, agosto 11, 2013

A Menina e o Dia dos Pais. (conto de Valdemir F.S. Costa)




Véspera do dia dos pais, no meu ponto de vendas, uma menina aparentando uns sete anos de idade, aproxima-se e pergunta:    O que é isso? (Apontando para os livros)
- São livros de poesia, e Xerox delas, que eu vendo.
- Poesias? (Perguntou alegremente surpresa)   Eu quero uma pra dar pro meu pai. Uma que diga assim: Pai te Amo.
- Essas poesias são pessoais e baseadas nos Oráculos Maias e necessitam a data de aniversário da pessoa para que eu possa localizar a sua poesia.
A menina sem dizer nada, saiu correndo e uns 20 segundos depois, retornou com uma jovem senhora.
- Mãe, diz a data de nascimento do papai pro Senhor, pra que ele veja uma poesia pro papai.
Após os cálculos necessários, identificada a poesia, iniciei a leitura e terminava o primeiro quarteto, quando irritada, ela interrompeu:
- Pare, pare... pode parar! Não foi isso que combinamos. Eu disse, uma poesia pro papai e não ouvi o Sr. dizer “Pai , te Amo.”
Rindo surpreso com aquela veemente interrupção, disse:
- Sabe que você tem razão, Isso porque essas poesias mostram o perfil, o quadrante de harmonização , o ponto fraco e dá um conselho pra melhorar a vida da pessoa. Mas não falam – Pai, te Amo.
- Então faça uma agora, pra mim. Eu espero.
- Olha, não é bem assim, eu não sou repentista... posso demorar um dia ou mais pra fazer a sua poesia. Você pode vir amanhã?  Quem sabe?  Estará pronta...
- Não sei se poderei vir amanhã, pois é dia dos Pais... ( E com um ar tristonho...) Tchau.
Três e meia da madrugada e aquela cobrança martelava-me a cabeça... Pai, te Amo.
Depois de muitos rabiscos...  Um Acróstico. Sim, é isso... Vou fazer um Acróstico.
O que ela quer que a poesia diga : (Pai, te Amo)
Escrevi na vertical e agora vou preencher estas iniciais com pensamentos  do que ela diria para o seu pai.
Assim :

Porque será que te amo tanto?..
A inda em teu colo, de ti, já gostava.
I ntenso era o amor que à mim dedicavas.

T antas vezes me amparastes sorrindo,
E ras como o Sol pra mim, se abrindo.

A qui nestes versos, eu proclamo:
M ereces que hoje te homenageie.
O ntem, hoje e sempre,  Pai, te Amo.

-Menina, onde estás?..  Tua poesia está pronta.

Conto de Valdemir F. S. Costa, existente no "valamorifer.blogspot.com"  que pode ser  enviada para todos os seus  amigos.
Para os amigos,
um Grande Abraço.


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