Alunos e professores da Universidade do Estado do Pará (Uepa) que integram o Programa Nacional de Reorientação Profissional em Saúde (Pró-Saúde II) e o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde) estiveram em Ananindeua realizando uma oficina de mobilização social visando o controle da hanseníase no município. Nos dias 5 e 6 de setembro, agentes comunitários e ligados ao Programa Saúde da Família, do Ministério da Saúde - que também criou os dois programas citados anteriormente -, membros de pastorais e líderes comunitários receberam orientações que os ajudarão a identificar e informar pessoas com suspeitas da doença.
A oficina foi ministrada na Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua por alunos de Enfermagem da Uepa e também por alunos que participam do PET-Saúde pela instituição. "Essa ação faz parte do cronograma de ações do Pró-Saúde e também acontece graças a uma parceria firmada pelo PET-Saúde junto à prefeitura de Ananindeua. Os participantes tiveram acesso a várias informações sobre a doença que os permitirão identificar sintomas ou suspeitas nos moradores da comunidade e, posteriormente, encaminhá-los a unidades de saúde para diagnóstico e tratamento", explica a profa. Silvia Gatti, que é docente no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade, e ainda pela Uepa, coordenadora do PET Saúde e membro da comissão gestora do Pró-Saúde II.
Essa foi a primeira de uma série de ações que acontecerão em Ananindeua e também na capital paraense. De acordo com Sílvia, a atuação da Universidade atinge o Pólo I do município, abrangendo os bairros de Águas Lindas, Júlia Seffer, Guanabara, Pedreirinha e Aurá. "Daqui até outubro repetiremos essa oficina até atingirmos todas essas áreas. Nessa primeira etapa contamos com pelo menos um representante de cada local, mas sabemos que ainda há mais agentes que precisam receber essas orientações. Quando essa etapa for encerrada, faremos outras oficinas que também acontecerão em Belém", adianta. As próximas oficinas que acontecerão envolverão capacitação de gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), capacitação em prevenção de incapacidades em hanseníase, capacitação em Método Altadir de Planejamento Popular (MAPP) e coleta seletiva de lixo e reutilização - esta última com apoio de acadêmicos e docentes do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT).
"Algumas dessas outras oficinas acontecerão somente em Ananindeua, outras também em Belém, e isso tudo a gente pretende fazer até dezembro, mas pode ser que que precisemos estender esse prazo porque não se sabe, ao certo, quantas pessoas iremos atender nesses cursos", diz Sílvia. Os alunos participantes do PET-Saúde e do Pró-Saúde entraram nos projetos por meio de seleção regulamentada por edital, e os docentes foram indicados pelas direções e coordenações dos centros em que atuam.
Carolina Menezes - Ascom/Uepa
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