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sábado, setembro 10, 2011

Zuenir Ventura conversa com o público no penúltimo dia da Feira Pan-Amazônica do Livro


Um velho conhecido dos paraenses, e dos frequentadores da Feira Pan-Amazônica do Livro, Zuenir Ventura é o convidado especial do “Coliseu das Letras” - espaço onde o público pode ver de perto e conversar com grandes nomes da literatura brasileira - na programação deste sábado, 10, às 19h. Ele também estará no Ponto do Autor, às 20h30, autografando suas obras.
Zuenir, que acabou de completar seus não aparentes 80 anos, não é um turista em Belém, muito pelo contrário, ele se declara um amante da capital paraense, sendo a quinta vez que vem à cidade. “Belém é uma cidade maravilhosa, poucas no mundo oferecem um plural arquitetônico e cultural como esta”, elogia.
O escritor e jornalista que lutou contra a ditadura militar promete não cair na mesmice em seu encontro literário e diz que pretende ter um bate-papo bem próximo do público. “Gosto de fazer uma coisa improvisada, dependendo da interação do público, mas pretendo falar das minhas experiências e meus oitenta anos de vida”.  Atualmente, Zuenir escreve para o jornal O Globo, às quartas e sábados e é um dos nomes que integram o site Literal ao lado de nomes como Ferreira Gullar.
Depois de ser um jornalista engajado, Zuenir acredita na democracia do país e que os tempos são os outros: “O jornalista  não deve vestir a camisa de nenhum partido, nem da empresa onde trabalha, os ares são outros. Naquela época você tinha que ser contra aquele absurdo”, afirma o escritor que já lançou vários livros contando histórias dos anos negros no Brasil.
Os 80 anos não reprimem Zuenir, muito pelo contrário, concentram a experiência de uma vida. Ele agora está trabalhando em um novo romance ficcional ambientado em Friburgo nos anos 40 que pretende lançar no próximo ano. “A Feira do Livro é uma iniciativa maravilhosa para estimular a literatura de pessoas que não têm esse costume e é muito nobre isto pra o povo, ter acesso a este conhecimento”, elogia.
Selo
Dentro da programação da feira, a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves lança o selo “Ildefonso Guimarães”. A iniciativa é da Gerência de Promoção Editorial do Centur (GPED), que vai reeditar obras de grandes escritores paraenses. O primeiro livro a ser publicado será do próprio Guimarães, “Crônicas de Rua”.
Segundo a gerente da GPED, Bella Pinto, a editoração exalta a memória do escritor, que nunca chegou a lançar o livro. “Ele deixou o texto digitado”, diz. A tiragem será de mil exemplares. Quarenta por cento ficará na Biblioteca Arthur Vianna e o restante será vendido pela família de Guimarães. Por enquanto, apenas “Crônicas de Rua” faz parte do Selo Ildefonso Guimarães.
A ideia, porém, é transformar em praxe a republicação de títulos importantes das letras paraenses. E, ainda, abrir espaço para projetos novos de edição. Bella Pinto diz que sempre houve uma procura muito grande por esse tipo de obra dentro da Biblioteca. A ideia de batizar o projeto com o nome do escritor nortista foi um ato de justiça cultural. “Como escritor paraense reconhecido em todo o Brasil, o Ildefonso já deveria ter sido mais homenageado. Pelo legado, pela importância de suas obras”, conclui a gerente da GPED. O lançamento do selo literário Ildefonso Guimarães e o lançamento do livro “Crônicas de rua – memórias de um repórter de polícia” será realizado às 19h, a Sala Pará.
Infantil
Quem lembra da clássica vinheta “senta que lá vem história”, repetida todos os dias na programação da TV Cultura, na década de 90, conhece o trabalho da contadora de histórias Bia Bedran, que participa neste final de semana da XV Feira Pan-Amazônica do Livro. A cantora, educadora musical e compositora apresenta o show musical “Cabeça de vento”, às 20h, no sábado (10), e a Aula / Espetáculo “A arte de cantar e contar histórias”, às 10h, no domingo (11).
Bia Bedran é formada em Musicoterapia e Educação Musical pelo Conservatório Brasileiro de Música. A musicoterapeuta criou amor pela arte desde criança. “Minha família é formada de mulheres que adoram crianças, música e ensino. Todas se dedicavam a pesquisar e estudar sobre novas formas de ensinar”, conta a artista.
Na oficina “A arte de cantar e contar histórias”, Bia dedica a atenção aos educadores, pais e até mesmo às crianças. “Esse projeto tem 25 anos de existência, é um passeio pelo universo da arte-educação”, fala entusiasmada Bedran. A cantora trabalhou na TV Cultura de São Paulo no “Lá Vem História”, entre 1995 e 1996, e na TV Educativa do Rio de Janeiro, além de apresentar o programa “Canta Conto”, cantando e musicando histórias infantis. A artista gravou mais de 10 discos em carreira solo e ganhou diversos prêmios nacionais importantes, inclusive o Prêmio Molière de Teatro em 1975.

Ascom Feira do Livro

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