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domingo, setembro 11, 2011

Show de Mafalda Minnozzi encerra em grande estilo a Feira do Livro

Se um dos objetivos da XV Feira Pan-Amazônica do Livro é homenagear os laços entre a cultura brasileira e a italiana, poucas cantoras poderiam representar tão bem esse papel como Mafalda Minnozzi, que encerra oficialmente o evento neste domingo, às 20h, no Fórum Benedito Nunes. Os ingressos já estão sendo distribuídos a partir das 10h, gratuitamente, no Hangar.
O último dia da quarta maior feira de livros do país também terá o lançamento do livro da escritora homenageada, Dulcinéa Paraense, editado pela Secretaria de Estado de Cultura e organizado pela professora Lília Silvestre Chaves. A Feira terá, ainda, uma aula espetáculo com a arte educadora Bia Bedran para as crianças, às 10h30, no Fórum Benedito Nunes. O bate-papo no Coliseu das Letras, às 19h, com o fotógrafo Tiago Santana, por sua vez, foi cancelado. O convidado vinha do México e teve o voo cancelado, com isso chegará a São Paulo somente no final do dia, o que o impossibilitará de pegar o avião para a capital paraense.
A cantora Mafalda Minnozzi apresentará seu mais novo espetáculo "Il bianco, il rosso, il verde” (O branco, o vermelho, o verde), acompanhada dos músicos Ricci (guitarras e violão), Kabé Pinheiro (percussão) e Felipe Alves (baixo). O título do espetáculo faz uma referência à bandeira italiana e celebra também os 150 anos da unificação da Itália.
A artista tem mais de 20 anos de carreira, construída com sucesso entre a Itália e o Brasil. Mafalda possui cinco álbuns de estúdio, o DVD “Mafalda Minnozzi – Live in Itália” e participou de diversas trilhas sonoras de novelas brasileiras como “Zazá”, “Terra Nostra” e “Cidadão brasileiro”, de trilhas de filmes como “O casamento de Romeu e Julieta” e “Saneamento básico”, além de ter realizado parcerias com músicos como o sambista Martinho da Vila, o saxofonista Paulo Moura e o violonista Guinga. Morando desde 2001 em São Paulo com o marido e produtor Marco Bisconti, a relação da cantora com o Brasil começou, em 1996, em uma temporada de shows na casa Paradiso, no Rio de Janeiro.
As apresentações dão origem ao álbum “Uma noite no paradiso”, que contém a faixa “Sei tu”, o primeiro grande sucesso da cantora no país. “Con te partiró”, “ci saró” e “Come le rose” são outras canções de Mafalda que ficaram famosas pela TV brasileira. A cantora também apresenta, atualmente, o programa “Brasil”, na Radio Uno da Radio Televisione Italiana (RAI), que leva novidades da cultura brasileira para a Itália, semanalmente.
O livro de Dulcinéa
Em 1918 nasce a poetisa Dulcinéa Paraense, a autora homenageada na XV Feira Pan-Amazônica do Livro. No último dia da Feira do Livro a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) lança o primeiro livro da escritora, organizado pela professora Lília Silvestre Chaves, estudiosa da obra de Dulcinéa Paraense. “A Flor da Pele” reúne os poemas escritos pela paraense desde os anos 30 e que foram publicados em jornais e revistas que circulavam na época, como Terra Imatura, Guajarina, A Semana, Pará Ilustrado e outros veículos.
No livro “Dulcinéa Paraense – A Flor da Pele”, a professora Lília Chaves agrupou e organizou os poemas da autora em sete temas, nos quais ela fala sobre lugares visitados (Sete cenas brasileiras); sobre questionamentos (Mística) e a respeito de seus sentimentos mais profundos (Sentimentos íntimos). Mas a obra também revela ao público manuscritos de sua juventude e de seus atuais 93 anos. Ou seja, o livro busca homenagear a escritora, mas também revelar aos paraenses as obras de uma escritora que está ao lado dos grandes nomes da literatura local e que até então era pouco conhecida da maioria do público.
A relação da professora Lília Chaves com a obra de Dulcinéa paraense começou com a leitura de suas poesias. “Eu trabalho com poesia. E produzo materiais na área também. Quando fui escolhida pelo secretário de cultura para falar sobre a vida e obra de Dulcinéa Paraense, revelei que já tinha um grande material fornecido pela própria Dulcinéa. O livro está muito bonito. É, realmente, o que se pode chamar de um livro de arte”, conta a professora.
Sobre a organização do livro, Lília Chaves conta que manteve exatamente tudo igual à maneira como Dulcinéa Paraense já havia organizado no material arquivado em casa. A primeira reunião dos poemas – mesmo que feito de maneira caseira – já apresentava as divisões por capítulos. “Quando me deu os poemas, ela mesma já havia agrupado tudo. Eu respeitei essa escolha dela e só fiz acrescentar algumas poesias que ela havia me dado alguns anos antes. Eles não estão organizados de maneira cronológica. Você encontra, por exemplo, poemas da década de 30, misturados com os dos anos 50, 40, 60...”, revela Lília Chaves.
O lançamento do livro “Dulcinéa Paraense – A Flor da Pele” ocorre no domingo, 11, às 17 horas. A tiragem de mil exemplares deve ter distribuição em escolas e bibliotecas públicas e será também vendida ao público em geral. Após o lançamento, a escritora participa de uma sessão de autógrafos no Ponto do Autor, às 19 horas.

Ascom Feira do Livro

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