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segunda-feira, outubro 22, 2012

Deputado estadual é acusado de agredir advogada no Rio

Mulher mostrou marcas e registrou queixa em delegacia contra Samuquinha, com quem manteria relacionamento. Ele garante não conhecê-la e ser vítima de jogada política



O Dia |
‘Fingi que estava desmaiada porque não aguentava mais apanhar.’ O desabafo é da advogada Christine Calixto, de 40 anos. Ela acusa o deputado estadual Samuel Correa da Rocha Júnior, o Samuquinha (PR), de tê-la agredido no barco dele, no Iate Clube Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, dia 13.  
Ela tem documentos que mostram que o caso foi registrado como lesão corporal na 37ª DP (Ilha) e na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, no Centro, com base na Lei Maria da Penha. “Jesus Cristo, o que é isso? Meu coração até disparou. Sequer conheço essa mulher. Vou processá-la”, reagiu o parlamentar.
Uma vez ele me mordeu. Fiquei chateada. Ele disse que era para me marcar', disse Christine
Com marcas roxas no braço, no glúteo e o dedo do pé quebrado, tudo do lado esquerdo, além de hematomas nas costas e seios, Christine alega que se relacionava com o deputado desde julho. No dia 13, um sábado, eles teriam se encontrado para passar o fim de semana. Segundo ela, ele alegou que havia sido traído. “Eu disse que não era verdade. Mas ele quebrou uma garrafa de vodca na minha cabeça. Me deu socos e pontapés, jogou minha bolsa no mar, com R$ 4 mil, que sumiram, e ainda disse que ia me matar”, revelou.
De acordo com ela, o momento de maior pânico foi quando o parlamentar teria afrimado que a jogaria para fora do barco. “Ele disse que colocaria uma pedra no meu pescoço e me jogaria no mar. Fiquei apavorada, daí fingi que estava desmaiada e ele foi embora. Pouco depois, dois seguranças do clube foram até o barco dele e pediram para que eu fosse embora. Perdi a minha dignidade”, contou Christine.
Leia mais casos de violência contra a mulher
Ela garante que foi agredida por Samuquinha com a sua sandália na cabeça. “Ele dizia o tempo todo que já havia feito isso antes e que por ser parlamentar e ter imunidade nada seria feito contra ele”, afirmou a advogada.
Samuquinha, que disputou a Prefeitura de Duque de Caxias e ficou em quinto lugar no primeiro turno, alega que as acusações fazem parte de um plano político para prejudicá-lo. “Deus me livre e guarde, jamais faria isso. Estou em casa com a minha mulher e filhas. Isso é um absurdo”, afirmou. Ele disse ainda que não recebeu notificação da polícia sobre o assunto. “Vou mandar meu advogado nas delegacias para saber direito o que está acontecendo. Isso é política”, definiu.
Presentes e roupas íntimas para romance em barco
Roupas íntimas e presentes para Samuquinha, como duas camisas, foram preparados por Christine Calixto para passar o fim de semana com o deputado. “Não esperava por isso. Ele ficou violento. Acho que descontou em mim o fato de ter perdido a disputa para a Prefeitura de Duque de Caxias”, opinou.
Christine garante que já havia sofrido outra agressão do deputado. “Uma vez, no apartamento dele na Barra, ele me mordeu, fiquei chateada. Mas ele disse que era para me marcar porque era dele”, relembrou a advogada. Segundo ela, o relacionamento com Samuquinha começou há três meses em churrasco de aniversário de uma autoridade policial. “Na campanha ficou mais difícil nos encontrarmos. Mas nos falávamos com frequência pelo telefone”, afirmou.
Investigação
A investigação da polícia vai colocar em xeque a versão de Christine ou a do deputado. Para o criminalista Antônio Gonçalves, se ela estiver mentindo, responderá por falsa acusação, denunciação caluniosa e injúria. As penas variam de três meses a oito anos de prisão.
Já o deputado, se comprovadas as acusações, responderá por lesão corporal. A pena é de três meses a três anos. Por ter foro privilegiado, ele seria processado no Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
*reportagem de Adriana Cruz

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