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terça-feira, julho 02, 2013

Outros supermercados podem parar, diz sindicato




Comissão de trabalhadores negocia com grupo Líder
Uma comissão com representantes dos trabalhadores dos Supermercados Líder está reunida com a diretoria do grupo na tarde desta terça-feira (2) para tratar das reivindicações dos funcionários paralisados desde ontem. A categoria exige pagamento de horas extras e vale alimentação, a redução da carga horária para seis horas corridas e o fim do desvio de função. 

Dez mil trabalhadores do grupo em Belém e Ananindeua estão parados desde ontem (1º). De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Varejista e Atacadista de Gêneros Alimentícios e Similares do Pará (Sintcvapa), Alcenor Pantoja Correa, os trabalhadores rejeitaram a proposta da patronal que previa apenas a volta do pagamento das horas extras trabalhadas. 'Questões como desvio de função, pagamento do vale alimentação e redução da carga horária nem foram discutidas pela patronal na primeira reunião que aconteceu ontem e os trabalhadores decidiram continuar com as atividades paralisadas', explica. 



Trabalhadores aguardam na porta do escritório central do grupo Líder o fim da reunião

O sindicalista afirma que se as reivindicações não forem atendidas a paralisação continua. A assessoria de imprensa do Líder informou que o grupo só se pronunciará ao término da negociação com os trabalhadores. Participam da rodada de negociação com o Líder representante do Sintcvapa, Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços dos Estados do Pará e Amapá (Fetracom), um advogado, além de quatro funcionários do grupo.  

Inicialmente, apenas as lojas do Líder estavam com funcionamento paralisado, entretanto, esta tarde funcionários de outros grupos como Y.Yamada também suspenderam as atividades. O movimento é acompanhado por um representante do Sintcvapa. As lojas Yamada no Jurunas, Cidade Nova e Pedreira estão fechadas. O comando da paralisação agora articula o fechamento da loja Plaza, da Avenida Governador José Malcher.

Trabalhadores informaram que, a todo, 14 itens estão em pauta, mas que o que eles realmente querem são duas coisas: pagamento do vale alimentação e a jornada de trabalho de seis horas corridas. 'Quase todos os dias ficamos muito além do nosso horário de trabalho e não recebemos por isso. Ou eles nos obrigam a bater ponto e voltar a trabalhar, ou dão um jeito de abonar e colocar como se estivéssemos ficados até a hora correta', denunciou uma funcionária que pediu para não ser identificada.
O Portal ORM tenta contato com o grupo Y.Yamada.

Redação Portal ORM
Foto: Heloá Canali (Portal ORM)

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