Comissão de trabalhadores negocia
com grupo Líder
Uma
comissão com representantes dos trabalhadores dos Supermercados Líder está
reunida com a diretoria do grupo na tarde desta terça-feira (2) para tratar das
reivindicações dos funcionários paralisados desde ontem. A categoria exige pagamento
de horas extras e vale alimentação, a redução da carga horária para seis horas
corridas e o fim do desvio de função.
Dez mil
trabalhadores do grupo em Belém e Ananindeua estão parados desde ontem (1º). De
acordo com o secretário-geral do Sindicato
dos Trabalhadores no Comércio Varejista e Atacadista de Gêneros
Alimentícios e Similares do Pará (Sintcvapa), Alcenor Pantoja Correa, os
trabalhadores rejeitaram a proposta da patronal que previa apenas a volta do
pagamento das horas extras trabalhadas. 'Questões como desvio de função,
pagamento do vale alimentação e redução da carga horária nem foram discutidas
pela patronal na primeira reunião que aconteceu ontem e os trabalhadores
decidiram continuar com as atividades paralisadas', explica.
Trabalhadores
aguardam na porta do escritório central do grupo Líder o fim da reunião
O
sindicalista afirma que se as reivindicações não forem atendidas a paralisação
continua. A assessoria de imprensa do Líder informou que o grupo só se
pronunciará ao término da negociação com os trabalhadores. Participam da rodada
de negociação com o Líder representante do Sintcvapa, Federação dos
Trabalhadores no Comércio e Serviços dos Estados do Pará e Amapá (Fetracom), um
advogado, além de quatro funcionários do grupo.
Inicialmente,
apenas as lojas do Líder estavam com funcionamento
paralisado, entretanto, esta tarde funcionários de outros grupos como Y.Yamada
também suspenderam as atividades. O movimento é acompanhado por um
representante do Sintcvapa. As lojas Yamada no Jurunas, Cidade Nova e Pedreira
estão fechadas. O comando da paralisação agora articula o fechamento da loja
Plaza, da Avenida Governador José Malcher.
Trabalhadores
informaram que, a todo, 14 itens estão em pauta, mas que o que eles realmente
querem são duas coisas: pagamento do vale alimentação e a jornada de trabalho
de seis horas corridas. 'Quase todos os dias ficamos muito além do nosso
horário de trabalho e não recebemos por isso. Ou eles nos obrigam a bater ponto
e voltar a trabalhar,
ou dão um jeito de abonar e colocar como se estivéssemos ficados até a
hora correta', denunciou uma funcionária que pediu para não ser identificada.
O Portal ORM tenta contato com o grupo Y.Yamada.
Redação Portal ORM
Foto: Heloá Canali (Portal ORM)
Foto: Heloá Canali (Portal ORM)
Nenhum comentário:
Postar um comentário