Vamos ser realistas e encarar o futebol
paraense com
realidade não na ilusão
Não adianta endeusar os jogadores novos que Remo e Paysandu
estão colocando em campo para defender suas cores, a começar pela própria
Imprensa esportiva, que tão logo um atleta realizar um grande espetáculo coloca
ele como se fosse um Merci. Poderia até ser, se dentro dos próprios clubes
tivessem um trabalho psicológico que fizessem com que cada atleta ao invés de
começar a mostrar a sua imagem como os que atuam nos grandes clubes, usando
brincos, pintando cabelos, e outros adereços, eles começasse sim, a pensar como
profissional e poder galgar mais alto.
Não, como disse acima, a própria Imprensa esportiva ajudar
os próprios atletas a pensarem alto de mais, sem antes saber subir degrau por
degrau. Quantos jogadores Remo e Paysandu, principalmente o Papão descobriu e
rápido foi para fora e lá, quando viram a realidade do profissionalismo
praticado pelos clubes, muitas das vezes, nem no banco de reservas eles vão e
ao piscar dos olhos, eles estão de volta para suas origens e cai, começam a
decair, não dando certo até em seus clubes que o projetaram e vão para o
interior do Estado, e lá vestem a camisa de seus novos clubes e acabam ficando
neste ‘café leite e pão com manteiga’ que é o futebol paraense onde os clubes
linha de frente do Pará Remo e Paysandu estão prestes a ficar de fora do titulo
principal paraense.
O Papão já dançou antes a Tuna levou a brega.
Sou Paysandu sim, e edito o CORREIO JURUNENSE e de onde vim
de grandes jornais como O LIBERAL e o Diário do Pará, assim como A Província do
Pará e o saudoso Estado do Pará, isso só em Belém, mas tenho o pé no chão. Já
escrevi esportes e tinha coluna principalmente no Diário do Pará, e mesmo sendo
Paysandu, cheguei a colocar um título numa vitória azulina, usando a frase
usada pelo Collor de Melo: “... aquilo roxo”. Foi uma vitória máscula do Leão
em cima de um clube lá da terra do ex-presidente Collor: “O Leão mostrou aos
..... que tem aquilo roxo”, sendo Paysandu.
Mas naquela época Remo e Paysandu justificavam suas ações
nas competições nacionais. Era lindo ver a nossa Belém em festa com os jogos
dos dois clubes e o Mangueirão que quando ainda bandola acomodava mais
torcedores do que hoje totalmente fechado e transformado em estádio olímpico.
Hoje não! Ao invés de não saberem escolher os atletas pelos interiores
paraenses, quando aqui e acolá surge um que pode despontar, a Imprensa
esportiva endeusa o mesmo, e acabam dando com os ‘burros n’água’.
Se eu não soubesse falar sobre esportes. Não soubesse
escrever sobre esportes, é claro, não tinha um clube pelo qual torceria, e o
meu é o Paysandu. Tá certo que não devemos extrapolar as emoções em cima dos
outros até ofendendo, quando até chegando aos estaremos, como vem ocorrendo
inclusive nos grandes centros do futebol brasileiro, mas que devemos sim,
corrigir nossos erros e que tal a começar pela Imprensa esportiva em começar a
cobrar dos dirigentes mais responsabilidades para com os clubes e
principalmente pelos seus atletas, não deixando eles se acharem um Merci, um
Ronaldinho, um Ganso um seja lá o que for e sim a darem realmente o apoio que
eles merecem: com respeito em todos os sentidos.
Vocês pensam que não estou chateado com a derrota do Remo
para o Bahia ainda pouco por 4 x 0? Podem até pensar, mas no meu eu, estou sim,
pois só os tolos gostam de ficar assistindo os futebol enlatados pela Globo e
outras redes de televisões, e em domingo de sol bom para a prática do futebol
paraense, ficar na frente de um televisor com uma bandeira do Bota, do Fla, do
Vasco, São Paulo, Timão, Palmeiras ao invés de ver estes mesmos clubes aqui
encarando nossos clubes como aconteceu recentemente com as duas belas vitórias
do Remo e do Paysandu sobre o próprio Bahia e o Sport, sendo que o Papão acabou
fazendo mais bonito, lá fora. Em se tratando de Copa do Brasil, é até um
milagre acontecido com as cores do Papão nesta competição, quando o Paysandu se
passasse do segundo jogo era muito.
Então amigos das redes sociais, vamos ser sérios coma gente
mesmo. Aforo meu Paysandu, adoro o Remo, adoro a Tuna e agora admiro os clubes
do interior, que realmente vieram a mostrar que o Parazão tem que ser disputado
pelos clubes dos quatro cantos do Estado, não só da capital como acontecia
antes. Só que os clubes do interior vêm fazendo o que os clubes da capital não
sabem fazer: valorizar e mostrar a realidade para os jogadores que são ou foram
estrelas nos principais clubes da capital.
Dias atrás uma atleta do Paysandu dava uma entrevista num
canal de tevê de Belém, de que preferiria jogar primeiro aqui do que lá, pois
como já havia dado certo com o Sport com o seu próximo adversário daria certo.
O otimismo dele foi genial, mas será que estão trabalhando a cabeça deste moço,
que também está acabando de sair da fralda das divisões de bases e pegar de
frente uma competição a nível nacional, como a Copa do Brasil? Seria um os
dirigentes do Paysandu começarem a pensar logo antes que venham a dar com os ‘burros
n’água’.
Agora se quiserem sacanear comigo depois do próximo jogo do
Paysandu, se o Paysandu vier a ser degolado, estamos às ordens. Se for ao
contrário, paciência. Um campeão da Copa do Brasil ganha espaço novamente no
futebol internacional? Será que meus amigos azulinos já se esqueceram da participação
bicolor na Libertadores?
Jorge Mesquita
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