Fotos: Site IG: Belém não está nada devendo para
a bandidagem carioca. O que é peior: aqui no
Pará nada se cria, só se copia
Em meados dos anos 70 e início dos anos 80, quando lá residi no Rio de Janeiro, lembro que começaram ações violentas dos marginais cariocas. Eram assaltos a ônibus, aonde eu mesmo cheguei a pular de um coletivo ainda em movimento, lá pela Avenida das Nações, que levava para o bairro de Bonsucesso, por suspeitar de uns caras que se dividiam no interior do veículo se preparando para assaltar. Fiz sinal e mesmo antes que o carro parasse, pulei. Sai me debatendo pela calçada – em cair, pois ainda era novo. Fui a pé para casa, uns cinco quarteirões, e soube que o mesmo havia sido assaltado.
Presenciei em pleno bairro do Bonsucesso, briga de facções, ‘caps’ de boca de fumo. Eles tinham seus ‘governantes’, e em época de eleições, tinha que sair de perto, pois os programas eleitorais deles eram na base de bala, iguaiszinhos as cenas que as televisões mostraram ao vivo, nos morros do Cruzeiro e do Alemão. Trabalhava no Jornal O DIA, não havia celular e como não dava para atravessar a rua para ir ao orelhão, pois não havia ainda celular, fiquei três dias sem trabalhar. Cheguei a ser assaltado ao lado da Casa da Moeda, próximo a Central do Brasil, perto da guarita onde estava o segurança armado até os dentes, mas defendendo aquela instituição, e pouco se linchava o que estava acontecendo lá fora, uns poucos metros dele, parecia àqueles guardas da princesa da Inglaterra: não olha nem para o lado.
Fotos: Site IG: Estas cenas tristes ocorridas no
Rio de Janeiro se nossas autoridades agirem
com rapidez e consciente, certamente
não acontecerão por este lado
Em se retratando o início da violência naquela época na Cidade Maravilhosa, fazer uma comparação o que o paraense e em especial, o jurunense vem vivendo hoje, não está longe de vir acontecer algo parecido por este lado. Apesar de ter pulado do ônibus e ter sido assaltado, e presenciado tiroteio entre marginais, com toda a comunidade trancafiada em suas casas e deitadas no chão, só no Jurunas, já fui assaltado duas vezes. Uma ao lado do Rancho, e outra recentemente na Honório com a Quintino, quando estava fazendo reportagem. Os bandidos não respeitam suas mães, faz uma idéia a população. Eles chegam pra arrepiar, e azar de quem reagir, como foi o caso, dentre outras milhares de vítimas, a nossa amiga Rose, que levou um tiro de raspão no queixo e está com a bala alojada próximo à sua garganta.
Fotos: Site IG: Os comerciantes dos morros do
Rio de Janeiro ainda não colocaram grades em
suas portas, pelo menos este da foto,
já os comerciantes paraense e jurunense,
já estão mil anos luz adiantados
Já não é clima mais de insegurança, é insegurança pura e real. Os fatos estão aí, acontecendo, e muito embora exista muita boa vontade das polícias Civil e Militar, não está dando mais para segurar. A população não fica mais à vontade em suas casas, pior ainda, na frente da mesma. Fazer aniversários em casas, pior ainda, pois eles, os bandidos chegam arrepiando e limpando tudo e a todos. Tá certo que a quase ex-governadora colocou muitos carros para atender a necessidade, mas da polícia que precisa se movimentar para aqui e acolá, mas sem sempre eles passam nos horários e locais exatos onde o bandido irá agir. Essa ação da bandidagem faz-me lembrar de uma passagem da Bíblia: se se soubesse quando o ladrão iria agir, não se dormiria, para se defender.
Antes das ações das Forças Nacionais aliadas as polícias civis, militares, federais do Rio de Janeiro, que apesar de eficaz, mas não pra sempre, os políticos que fazem as leis, bem que poderiam buscar rever os pontos chaves das leis que regem e favorecem os marginais. Não adiante os policiais prenderem os bandidos se o próprio policial ao sair da delegacia, se depara com o mesmo bandido solto, rindo ainda de sua cara, principalmente quando se trata de menor. Aí sim, se revendo as leis, e mediante o mapeamento que os próprias policiais já possuem em mãos dos pontos críticos até mesmo de locais de vendas de drogas, poderia sim, uma ação em Belém e no Pará, igual a que ocorreu na Cidade Maravilhosa.
Mas por favor, não deixem essa ação elogiável, ficar somente na história e na lembrança, como diz aquele velho ditado: a terra do já teve.
Enquanto isso, é rezar, evitar a vitimologia, quando você chama o ladrão, e acreditar que nada acontecerá com você.
Fotos: Site IG:
Nas áreas de risco do Jurunas
falta pouco para que os policiais ajam
desta forma para conter a violência
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