Em palestra proferida nesta terça-feira, 13, no 3º Simpósio de Justiça
Restaurativa, realizado no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, o
consultor internacional de práticas restaurativas da ONG Terre des Hommes,
Dr. Victor Herrero Escrich, defendeu a ideia de que a justiça deve ser
construída conjuntamente pela comunidade, em parceria com as organizações não
governamentais e órgãos públicos.
Justiça restaurativa (conceito ainda pouco difundido no Pará) é uma
proposta de aplicação da justiça na qual se busca o atendimento das
necessidades da vítima ao mesmo tempo em que o agressor é convocado a
participar do processo de reparação do dano. O objetivo é substituir a
simples pena punitiva por um processo produtivo e de reintegração à
sociedade.
“Acreditamos que este trabalho de justiça de restaurativa deve ser
público, mas com o auxílio de organizações é possível uma parceria com
promotores públicos e com a comunidade, trabalho que a Terre des Hommes faz
em diversos países da América Latina”, afirma o consultor. A ONG Terre des
Hommes foi criada na Suíça, nos anos 1960.
Com o tema “Justiça Juvenil restaurativa na América Latina”, a
palestra do Dr. Victor Herrero foi a última do simpósio e apresentou as ações
da Terre des Hommes em países da América Latina em que a ONG atua, como a
Nicarágua. Segundo o consultor, cada país pode ter o seu modelo de justiça
restaurativa.
Cerca de 400 pessoas participaram do 3º Simpósio de Justiça
Restaurativa, organizado pela ONG Terre des Hommes, Pro Paz e Fundo das
Nações Unidas para a Infância. Foram dois dias de palestras, em que vários
especialistas dos estados do Pará, Maranhão, Ceará, Piauí e Rio Grande do
Norte mostraram os projetos que desenvolvem e novas formas de fazer e
praticar a justiça restaurativa. O evento também trouxe palestrantes do
Canadá e Estados Unidos.
Logo após a última palestra, o diretor da Terre des Hommes no Brasil,
Anselmo de Lima, o Gerente de Planejamento do Pro Paz, Simão Bastos, e a
representante do Unicef, Sônia Gama, agradeceram a presença de todos e
falaram da responsabilidade em colocar em prática tudo que foi discutido
durante as palestras.
O encerramento ficou sob a responsabilidade de 11 jovens que cumprem
medidas socioeducativas na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará
(Fasepa), que fizeram uma apresentação de carimbó. A apresentação serve como
aquecimento para o evento de final de ano da Fasepa, que será realizado na
próxima segunda-feira, 19, no Teatro Estação Gasômetro (Parque da
Residência).
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Texto:
Brena Moreira-Pro Paz Fone: (91) 3201-3633 / (91) 9333-7755 Email: brenamoreira@gmail.com |
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quarta-feira, novembro 14, 2012
Consultor defende participação da sociedade na construção da Justiça
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