Dosar afeto não é fácil, mas na medida ele
contribui para o
sucesso do tratamento
POR FERNANDO MENEZES
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 500 mil novos casos de câncer serão
diagnosticados no Brasil em 2012, de acordo com cálculos do Inca, e a falta de
cuidados com a qualidade de vida tem relação direta com esses números. "A
influência genética é um fator importante na maioria dos tipos de câncer, mas
as pesquisas já mostram que hábitos saudáveis podem inibir o desenvolvimento da
doença", afirma o oncologista Artur Katz, do Hospital Sírio Libanês.
Nos dois casos, o papel da família e dos amigos é
fundamental. Estimular a manutenção de uma dieta balanceada e a prática de
exercícios físicos, como atitudes preventivas ao câncer, ou oferecer apoio após
a notícia de um diagnóstico difícil são comportamentos que ajudam a enfrentar o
problema. "Quando a questão é prevenir, as broncas são muito-vindas, pois
incentivam a vida saudável. Por outro lado, é preciso bastante delicadeza para
ficar perto de um paciente com câncer: o dilema é ajudar sem sufocar",
afirma o médico.
Difícil dosar manifestações de afeto? Sem dúvida, mas o
esforço logo se reverte em favor do tratamento. "O apoio emocional da
família, dos amigos e de um terapeuta reduz episódios de depressão, ansiedade e
desajuste social, comuns em doenças graves", afirma a psicóloga Gláucia
Vidal, dedicada à psico-oncologia, Com a ajuda dos dois especialistas, o Minha
Vida desenvolveu o teste a seguir, voltado a identificar o quanto você está
preparado para lidar com uma pessoa com câncer.
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