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domingo, julho 31, 2011

VALE A PENA LER DE NOVO: ... Agora volta à aula

VEJA COMO ESTÃO SUAS ESCOLAS QUE ESTAVAM EM REPAROS: Melhorias em escolas da rede estadual garantem tranquilidade no retorno às aulas

Escola Estadual de Ensino Fundamental Marilda Nunes
Na próxima segunda-feira, 1º de julho, terá início o segundo semestre letivo nas quase 1.200 unidades de ensino da rede pública estadual. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), as atividades escolares seguirão até março de 2012 para os 840 mil alunos matriculados. Diferente do cenário do primeiro semestre, quando a maioria das escolas da rede apresentavam condições inadequadas de funcionamento, a expectativa é que a partir de agosto o período letivo transcorra com maior tranquilidade.
A calmaria é resultado do esforço despendido ao longo dos primeiros seis meses deste ano em serviços e intervenções. Uma série de 75 obras emergenciais foram executadas pela Seduc visando atender as necessidades mais urgentes dos estabelecimentos de ensino. A precariedade dos estabelecimentos estava relacionada principalmente à estrutura física, por conta da degradação de telhados, pintura e pisos, necessidade de ampliação de cozinhas, revitalização de quadras esportivas, elevação ou construção de muros e, ainda, reforma de banheiros, estabilização de energia elétrica e fornecimento de água potável, entre outros.
“O cenário ainda não é o que queremos, nem o que nossos alunos merecem”, diz Nilson Pinto, secretário de Estado de Educação. “Graças a um enorme esforço dos técnicos, gestores, diretores e da própria comunidade, estamos abrindo o segundo semestre letivo bem mais tranquilos e com as escolas em condições mais favoráveis ao bom aprendizado”, complementou o secretário.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Almirante Tamandaré
Do total das 75 intervenções priorizadas pela Seduc, 29 já foram totalmente concluídas. Dessas, duas são em Ananindeua, uma em Marituba e outra em Santarém. As 46 unidades restantes serão finalizadas até esta sexta-feira, 29. São retoques na área externa das escolas. O total de recursos empregados na execução dessas melhorias é de R$ 9,8 milhões (Tesouro Estadual), beneficiando diretamente 112.500 alunos na capital e interior do Estado.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Marilda Nunes
As unidades de ensino com as obras já finalizadas são Fé em Deus, Gonçalo Duarte, Pinto Marques, José Veríssimo, Frei Daniel, Edevaldo B. de Jesus, Joaquim Viana, José Bonifácio, Canarinho, Maria Luiza da Costa Rego, Marilda Nunes, Santos Dumont, Almirante Tamandaré, Coronel Sarmento, Vereador Manoel Matos Costa, Paracuri II, Stélio Maroja, Odete Marvão, Canto do Uirapuru, Temístocles de Araújo e Marluce Pacheco Ferreira, todas em Belém. Estão incluídas nessa lista, ainda, as escolas Maria Araújo Figueiredo, Ariri, Maria Araújo Figueiredo, Maguari e Joaquim Viana, em Ananindeua; Onésima Pereira de Barros, em Santarém; José Edmundo Queiroz e Fernando Ferrari, em Marituba.
Com reformas ainda em andamento, pelo fato de terem iniciado nos meses de junho e julho (mas sem comprometer o início regular das aulas no segundo semestre, estão as escolas da capital Claudine G. Lima, José Álvares de Azevedo, Renato Pinheiro Conduru, Paulo Fonteles de Lima, Jônatas Pontes Athias, Edgar Pinheiro Porto, Barão de Igarapé-Miri, Alzira Teixeira de Souza, João Renato Franco, Marluce Pacheco, João Alves de Andrade, Cardeira Castelo Branco, Eunice Wever, Arthur Porto, Antônio G. Moreira Júnior/Revoar das Andorinhas, Maria Luiza Vella Alves, Mário Carneiro de Miranda, Antônio Moreira Júnior, Augusto Montenegro, Acy de Jesus Barros Pereira, Donatila Santana Lopes, Santa Luzia, Rômulo Maiorana, Nagib Coelho Matni, Jarb as Passarinho, Manoel de Jesus Moraes, Paulo Maranhão, Colônia do Fidelis.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Temistocles Araújo
Em Ananindeua estão as escolas Presidente Dutra, Novas Água Lindas, Bom Jardim, Rui Barata, Padre Pietro Gerosa, João Alvez de Andrade, José Valente, Pedro Carneiro, Consuelo Coelho e Sousa, Eugênia Cavaleiro de Macedo, São Vicente, Presidente Tancredo Neves, Armando Correa e Paraense. Em Abel Figueiredo, a escola Hélio Frota Lima, e em Capanema, a escola César Pinheiro, estão com as obras em fase de conclusão. Já em Tailândia, a intervenção está sendo fina lizada na escola São Francisco de Assis.
Novidade – A Seduc retoma as aulas apresentando um novo serviço. A partir de agora, uma equipe de profissionais, entre eletricistas, carpinteiros e encanadores, ficará a postos para entrar em ação a medida em que os problemas de ordem física forem identificados nas cerca de 400 escolas na Região Metropolitana de Belém. É um projeto piloto que deve se estender às várias regiões do Estado, via Unidades Regionais de Educação.
Merenda e carteiras – Os milhares de estudantes da rede pública contarão com merenda regular. A Secretaria-Adjunta de Logística garante que os produtos do cardápio escolar estão garantidos até 15 de setembro. A merenda ainda é estoque do ano anterior. Um novo processo de aquisição está em curso e deve considerar o uso de produtos naturais e regionalizados. Já estão assegurados 100 mil litros de açaí. O produto foi garantido no ano de 2010. Além disso, os estudantes terão a oportunidade de saborear, a partir de outubro, de produtos gerados em projetos de Agricultura Familiar, entre os quais macaxeira, abóbora, maracujá, acerola, abacaxi e cupuaçu.
Para receber a comunidade escolar, as unidades de ensino já contam com itens da merenda escolar. A novidade no cardápio do segundo semestre é a introdução das proteínas de alto valor biológico, como a carne moída, filé de peixe e peito de frango, que serão servidos acompanhados de arroz, feijão e macarrão. Segundo a gerente de alimentação escolar da Seduc, Cláudia Albuquerque, estes alimentos foram introduzidos para “melhorar a qualidade nutricional da alimentação servida aos estudantes, em especial, as crianças matriculadas nas creches que necessitam de atenção especial”.
Além das proteínas, os laticínios, como iogurtes e mingaus, também serão servidos no dia-a-dia das escolas. Para garantir o armazenamento correto dos itens da merenda, evitando o desperdício, a Seduc está providenciando a entrega de freezers às instituições de ensino.
Paralelamente à entrega da merenda, a Seduc fará o repasse das carteiras escolares às escolas da Região Metropolitana e do interior do Estado. Até o momento, cerca de 40 mil já foram distribuídas. Segundo a Gerência de Patrimônio Mobiliário (Gepam), até o final do semestre todas as escolas estarão equipadas com mobiliários novos. Até o final deste mês serão adquiridas 90 mil carteiras, sendo 70 mil destinadas aos estabelecimentos da capital. Já em agosto será efetuada uma nova compra, de 20 mil carteiras, sendo 10 mil para atender as escolas do interior.
Vigia terá uma Escola Tecnológica até o final de 2011
Em consonância com as metas do Governo Simão Jatene para a área de educação, a Seduc prevê a entrega da primeira das 11 escolas tecnológicas até dezembro de 2011, o que deverá beneficiar 14.256 alunos. O município escolhido para sediar a instituição foi Vigia. Até julho de 2012, a Secretaria planeja a entrega das unidades de Barcarena, Breves, Novo Progresso, Oriximiná, Parauapebas, Santana do Araguaia, Santarém, Tomé-Açú, Tucuruí e Xinguara. A construção das escolas contará com investimentos, via convênio federal, da ordem de R$ 63 milhões.
Além das escolas regulares, está programada a reforma das Escolas Tecnológicas Francisco das Chagas (Icoaraci), Francisco da Silva Nunes (Belém), CFC (Cametá), Itaituba, Monte Alegre, Salvaterra e Tailândia. Os investimentos globais para modernização dessas ETPPs são de R$ 10,4 milhões. Por questões legais, relacionadas à propriedade respectivos terrenos, a Seduc aguarda aprovação do MEC para a retomada das obras nas Escolas Tecnológicas Juscelino Kubistcheck (Marituba) e Albertina Leão (Santa Izabel do Pará).
No interior, por meio do Plano de Ações Articuladas do MEC, estão previstas melhorias nas escolas Francisco Nobre de Almeida (Monte Alegre), Pe. José Nicolino de Souza (Oriximiná), 21 de Abril (Palestina do Pará), Maroja Neto (São Domingos do Capim), Antônio Brasil (Tomé-Açu), Dalcídio Jurandir (Ponta de Pedras) e Antônio Cândido Machado (Terra Santa). Também deverá ser retomada a partir de agosto a obra da unidade de ensino Paulino de Brito (Portel). Os recursos envolvidos somam R$ 5,3 milhões.
Ainda com recursos do PAR, no valor de R$ 10,4 milhões, já estão licitadas as obras da 5ª URE de Santarém e da escola Pe. Luciano Calderada, em Viseu. Em processo licitatório estão os estabelecimentos Mariano Conti (Mãe do Rio), Francisca Gomes dos Santos (Medicilândia), Fernando Henrique Cardoso (Monte Alegre), Augusto Olímpio (Nova Timboteua), Romildo Veloso e Silva (Ourilândia), Prof. Ademar N. Vasconcelos (Salvaterra), Macário Dantas (São Geraldo do Araguaia), Frei Miguel de Bulhões (São Miguel do Guamá), João XXIII (São Sebastião da Boa Vista) e São Francisco de Assis (Tailândia).
Os alunos indígenas serão beneficiados com a retomada de obras das escolas Kyikateje (Bom Jesus do Tocantins), Cajueiro (Paragominas), Surui-Soro (São Geraldo do Araguaia), Caxiu Mirim, Acara Mirim e Miriquinha (Tomé-Açu), Ti-Trocará (Tucuruí), Inajá e Kwanamari (Orimininá). À exceção da escola Kyikateje, a reforma em todas as demais já está em fase de acabamento. Os investimentos chegam a R$ 4,5 milhões.

Ascom/Seduc
Seduc faz atividade especial para marcar volta às aulas de 840 mil alunos
Na próxima segunda-feira (1º), alunos da rede pública estadual de ensino retornarão às aulas nas cerca de 1.200 escolas do Pará. São 840 mil estudantes que reiniciarão o período letivo, com encerramento em março de 2012. Neste início de semestre, os secretários adjuntos de Ensino e Logística Escolar, respectivamente Cláudio Ribeiro e José Croelhas, receberão os estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Pinto Marques, no bairro de Nazaré, às 7h30. Os quase 1.500 alunos da unidade de ensino estudarão em uma escola que passou por reformas. Devido às obras, eles assistiram às aulas no primeiro semestre na escola Orlando Lobato, às proximidades da "Pinto Marques".
Cinco escolas da rede estadual iniciam aulas até o dia 8 de agosto
As escolas da rede pública estadual iniciaram o segundo semestre do ano letivo na próxima segunda-feira, 1º de agosto. A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) acelerou os trabalhos para finalizar as obras em algumas escolas que ainda passam por reformas. São elas: Aníbal Duarte, Manoel de Jesus Moraes, Pedro Carneiro, Maria Estelita, Palmira Gabriel e Armando Correa, que por conta das intervenções em sua estrutura não iniciarão as aulas na segunda-feira. As atividades na unidade de ensino Pedro Carneiro começam no dia 3. Já as escolas de ensino Aníbal Duarte, Palmira Gabriel e Manoel de Jesus Moraes retomam as aulas normalmente no dia 8.
Por conta da reforma na escola estadual deputado Armando Corrêa, localizada no bairro do Guajará, as aulas no estabelecimento iniciam em datas distintas para os 1.100 alunos. No dia 1º de agosto, os estudantes do turno da manhã iniciam suas atividades no turno intermediário no prédio da escola Gaspar Viana, no mesmo bairro. As obras seguem por mais 20 dias.
Para os 800 alunos do turno da tarde e noite, as aulas começam no dia 2 em um prédio alugado pela Seduc, próximo à escola de origem para não prejudicar a locomoção dos estudantes. A Secretaria Adjunta de Ensino já garantiu as reposições necessárias das aulas, para que os estudantes não tenham o ano letivo prejudicado.
Sérgio Chene - Ascom Seduc
Prova Brasil capacita professores e alunos na busca pela qualidade do ensino
Com a retomada das atividades acadêmicas, a rede estadual intensificará a preparação de professores e alunos que farão, em novembro, a Prova Brasil - exame que compõe a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Para isso, a partir do próximo dia 10, em Santarém, será aberto o cronograma dos encontros de educadores, cujo tema será “Ideb: contribuições pedagógicas para a qualidade do ensino e da aprendizagem da escola pública paraense”. A formação acontecerá, ao longo do mês, também nos municípios de Abaetetuba, Capanema, Castanhal e Marabá.
Também na primeira quinzena de agosto, professores que atuam em atividades pedagógicas nas unidades penais da Região Metropolitana de Belém participarão de um curso de formação. A capacitação acontece na próxima semana, na Escola de Governo do Estado do Pará (EGPA), destinada a 130 educadores, técnicos pedagógicos e administrativos que atuam no convênio entre a Rede Estadual de Ensino e a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe).
Professores indígenas são outro grupo que participará das atividades de formação. Na próxima terça-feira 2, docentes do povo Kayapó darão início a mais uma etapa do curso de magistério indígena, no município de São Félix do Xingu, sudeste do Estado. E, na semana do Dia do Estudante, as Unidades Seduc na Escola (USE's) e Regionais de Educação (URE's) promoverão diversas atividades esportivas e culturais em homenagem aos discentes.
Pró-Enem - Já os estudantes matriculados no 3º ano do ensino médio e que almejam uma vaga em cursos superiores de instituições públicas e privadas têm até o dia 5 de agosto para se inscrever no Pró-Enem. Espécie de curso vestibular destinado aos alunos matriculados na rede pública estadual de ensino que tem como objetivo prioritário complementar as atividades ministradas em sala de aula, garantindo aos alunos, o Pró-Enem garante acesso à todo o conteúdo cobrado no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e nos vestibulares de todo o Brasil.
As inscrições estão sendo feitas no site da Seduc (www.seduc.pa.gov.br) desde o dia 22 de junho e encerram no dia 5 de agosto. Os docentes da Rede são responsáveis pelas aulas que acontecem no período noturno para quem estuda no horário da manhã ou tarde, e aos finais de semana para alunos que estudam à noite. Os cursos serão ministrados nas escolas da capital e do interior do Estado. No interior, as aulas serão ministradas somente aos finais de semana.
Segundo o coordenador do Pró-Enem, professor Acácio Centeno, as aulas iniciam na semana posterior ao término das inscrições e fechamento das turmas, que deverão ser compostas por 50 alunos cada, e seguem até a véspera do Exame, que este ano foi antecipado para o mês de outubro. “Nós pretendemos, com isso, que os alunos façam o vestibular sem prejuízos principalmente em relação ao conteúdo”, enfatizou o coordenador.
Além das aulas teóricas, os alunos poderão testar seus conhecimentos e aprendizagem através dos simulados eletrônicos que serão disponibilizados no site da Seduc, em datas programadas e posteriormente informadas. “É uma maneira dos alunos realizarem autoavaliações e terem uma ideia geral de seu desempenho e de tudo o que aprenderam”, afirmou Centeno.
Sérgio Chêne, Mari Chiba e Fabiana Batista - Ascom/Seduc

Professores terão R$ 200 para comprar livros

Vinte e dois mil professores e técnicos da rede pública de ensino terão acesso, este ano, ao Cred-Leitura, o bônus de R$ 200 concedido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para a compra de livros nos estandes da XV Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, e dos Salões do Livro, em Tucuruí e em Santarém. A ajuda é direcionada a professores e técnicos do magistério do quadro efetivo da Seduc. Ao todo, serão distribuídos R$ 4,4 milhões em crédito para a compra de livros.
A lista com os servidores com direito ao bônus será divulgada no site da Seduc até o final desta próxima semana. A 15ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro será realizada entre os dias 2 e 11 de setembro, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, na capital. O Salão do Livro de Tucuruí está programado para ocorrer entre os dias 29 de outubro e 6 de novembro; já o de Santarém será aberto em 28 de novembro, até 4 de dezembro.
Os critérios para obtenção do Cred-Leitura foram publicados quarta-feira (27), no Diário Oficial do Estado. Apenas servidores com carga horária de mais de 100 horas receberão o bônus, a ser creditado pelo Banpará diretamente na conta ou por até 4 de dezembro.
Os critérios para obtenção do Cred-Leitura foram publicados quarta-feira (27), no Diário Oficial do Estado.
Apenas servidores com carga horária de mais de 100 horas receberão o bônus, a ser creditado pelo Banpará diretamente na conta ou por meio de um cartão de débito nominal emitido pelo banco.
No caso do cartão, o bônus poderá ser sacado nos locais dos eventos. Também terão acesso ao crédito de R$ 200 administradores, orientadores, supervisores, secretários escolares, bibliotecários, psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais e sociólogos da rede pública de ensino.
Professores ou técnicos contratados como temporários não terão acesso ao Cred-Leitura. Já os efetivos que estejam em licença para aprimoramento ou de saúde poderão receber o bônus.
O Cred-Leitura foi criado em 2005 para estimular o aprimoramento pessoal e profissional dos professores. Até 2009, o valor do crédito era de R$ 150. A partir do ano passado, passou a R$ 200. Socorro Carvalho, servidora do Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares (Sieb) e coordenadora do Cred-Leitura, explica que o bônus não pode ser sacado nem utilizado para o pagamento de outras despesas que não a compra de livros. 'Este controle fica a critério da instituição financeira', explica. Passadas as datas da feira e dos salões, o valor não utilizado será bloqueado.
Os interessados em obter mais informações podem telefonar para 3201- 5095 e 3201-5130.

Fonte: O Liberal On line

GENTE, LEMBRA DA GREVE PRÓXIMO AO CÍRIO; Bancários vão pedir 12,8% de reajuste em campanha salarial

Os bancários vão reivindicar um reajuste de 12,8% em sua campanha salarial deste ano. O percentual foi definido hoje (31), na plenária final da 13ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada na capital paulista. Do reajuste, 7,5% são referentes à reposição da inflação acumulada em um ano e o restante, ao aumento real das remunerações.
Neste fim de semana, 695 representantes de sindicatos de bancários de todo país estiveram reunidos para discutir o reajuste. Eles definiram a pauta de reivindicações da categoria que será apresentada à Federação Nacional de Bancos (Fenaban) no próximo dia 12.
Além do reajuste salarial, os bancários pedem o aumento do valor de benefícios e do percentual da participação nos lucros dos bancos a que eles têm direito. A categoria vai negociar também a redução da rotatividade no setor financeiro e o fim do assédio moral.
“Queremos o fim das metas abusivas”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras da campanha da categoria. “Também queremos negociar as demissões. Tem banco demitindo funcionário e contratando outro com salário menor só para cortar custos.”
Juvandia Moreira disse ainda que os bancários querem discutir com os patrões a forma como a rede de bancos está sendo ampliada no país. Segundo ela, grande parte do crescimento da quantidade de postos de atendimento se dá via correspondentes bancários. Contudo, os trabalhadores querem a abertura de mais agências próprias.
“Só com agência podemos fazer a verdadeira inclusão bancária da população do país”, disse ela. “No Norte e Nordeste, metade da população não tem conta bancária ainda.”
A data-base dos bancários é 1º de setembro. Até lá, os sindicalistas esperam já ter chegado a um acordo sobre todos os pontos incluídos na pauta fechada neste domingo. As negociações afetarão as condições de trabalho de 483 mil funcionários dos bancos.

Fonte: Agência Brasil

EUA: líder democrata do Senado aceita acordo da dívida (porta-voz)

(AFP)

WASHINGTON — O líder da maioria democrata do Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, apoia um acordo emergente para evitar um desastroso default, pendente de apoio das bases do partido, disse seu porta-voz neste domingo.
"O senador Reid aceitou um acordo sobre o teto da dívida, pendente de aprovação do bloco", disse Adam Jentleson em comunicado, enquanto a Casa Branca e os líderes parlamentares se apressam para chegar a um consenso antes da data limite de terça-feira.
O anúncio de Reid, amplamente esperado, o tornou no primeiro dos quatro principais líderes do Congresso a apoiar formalmente um rascunho desenhado pelo presidente Barack Obama e seus principais aliados democratas e adversários republicanos.
A Casa Branca e os parlamentares buscavam um acordo que permitisse elevar o teto de 14,3 trilhões de dólares da dívida dos Estados Unidos acompanhado de fortes cortes de gastos para conter o galopante déficit orçamentário do país.
A economia americana alcançou seu limite de endividamento em 16 de maio e usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente, mas só pode continuar dessa forma até a meia-noite de terça-feira.
Líderes empresariais e financeiros advertiram que o não cumprimento dos pagamentos se traduziria em consequências catastróficas para a frágil economia americana, que ainda luta com um persistente desemprego de 9,2% na esteira da crise global de 2008.
Sem o acordo, o governo dos Estados Unidos deverá cortar estimados 40 centavos de cada dólar que gastar, obrigando-o a tomar duras decisões entre elas abandonar ou cortar programas como os que dão ajuda aos pobres, aos inválidos e aos idosos.
Qualquer acordo ainda deverá superar as divisões no Senado, liderado pelos democratas, e a Câmara dos Representantes, onde os conservadores próximos ao movimento do Tea Party pediram um corte draconiano, enquanto os liberais democratas prometeram proteger a rede de segurança social do país.

DENTE POR DENTE, OLHO POR OLHO: Iraniana perdoa homem que a cegou com ácido

Ameneh Bahrami, antes e depois do ataque com ácido
Ameneh Bahrami ficou cega em 2004, quando Majid Mohavedi lhe atirou ácido na cara por ela se ter negado a casar com ele. Este domingo, perdoou o agressor, no último minuto antes de ele ser punido também com a perda da visão.
A sentença de Majid Mohavedi foi conhecida em 2008, quando um tribunal o condenou à cegueira dos dois olhos por ter tirado a visão da iraniana com ácido, usando o princípio da retribuição previsto nas leis do Irão.
Ameneh Bahrami disse à agência de notícias iraniana ISNA, este domingo, que decidiu perdoá-lo e renunciar à execução da sentença evocando uma passagem do Corão que faz referência à vingança e apela ao perdão. O agressor já estava num hospital de Teerão para cumprimento da medida judicial.
A Amnistia Internacional havia pedido ao Irão para não cumprir a pena de cegueira e o facto de o caso ter recebido atenção internacional também ajudou Ameneh Bahrami a mudar de ideias.
No entanto, a iraniana afirmou que ainda quer receber 150 mil euros de indemnização, uma vez que que o seu rosto continua desfigurado, apesar de ter sido submetida a várias cirurgias desde a agressão de que foi vítima.
Majid Mohavedi está detido há sete anos e só poderá sair em liberdade se pagar o valor da indemnização.

Papa alerta comunidade internacional para fome na África

Durante sua bênção semanal aos peregrinos, o papa Bento XVI alertou o mundo neste domingo para que não se esqueça das vítimas da fome no Chifre da África. "É proibido ser indiferente diante da tragédia da fome", disse o papa, em sua residência de verão ao sul de Roma. Em 19 de julho, o Vaticano enviou 50 mil euros para a região. O escritório das Nações Unidas para coordenação de assuntos humanitários diz que quase 11 milhões de pessoas precisam de assistência, pois o Chifre da África enfrenta a pior seca em 60 anos.
O pontífice convidou os fiéis a "pensarem nos muitos irmãos e irmãs que, nestes dias, no Chifre da África, estão sofrendo consequências dramáticas da fome, agravadas pela guerra e pela ausência de instituições sólidas".
Bento XVI tem acompanhado a crise na região africana com preocupação. Esta foi sua segunda menção sobre o problema nas últimas semanas, referindo-se à seca na Somália e em países vizinhos. Duas semanas atrás, ele alertou a comunidade internacional para que se movimentasse rapidamente na ajuda às centenas de milhares de pessoas que fogem da seca e da fome. Milhares de refugiados estão buscando abrigo em acampamentos na Etiópia e no Quênia, à procura de comida após várias temporadas sem chuvas, o que matou o gado e as plantações. As informações são da Associated Press.

Suicida mata polícias e criança no Afeganistão



Gaymada encerra programação de verão da Sejel


Descontração, alegria e vaidade. Assim foi o 3º Torneio de Gaymada, realizado em Mosqueiro, como parte dos Jogos Abertos de Belém. O evento encerrou a programação de verão da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), na tarde deste sábado (30), sob um sol escaldante nas areias da Praia do Carananduba.
O torneio acontece há 3 anos e tem como principal intuito promover a socialização do público. O que hoje é um esporte, antes era apenas uma brincadeira de rua sem incentivo, principalmente, para o público GLBT. “A prática desta recreação existe, mas os participantes reclamavam da falta de incentivo exclusivo para eles. Por isso, a proposta da Gaymada, que cresce a cada ano, tanto em inscritos quanto em público, que adora assistir a brincadeira”, afirma Gisele Penner, coordenadora de Lazer da Sejel.

A recreação provoca muitas risadas, reunindo sempre familiares e amigos. “Gostei muito deste incentivo, principalmente, porque é um esporte que ajuda a sociedade a respeitar todos do jeito que são”, afirma a dona de casa, Ângela Souza.
Segundo a participante Lohanny Venturriny, "a Gaymada é uma boa, a gente gosta, não queríamos futebol nem vôlei, não é para a gente”.
No fim da tarde, os ganhadores do jogo mais colorido do verão, comemoraram com medalhas e premiação em dinheiro. A equipe “Atrak”, com o primeiro lugar, ganhou R$ 400,00, enquanto que a segunda colocada, a equipe “As Machudas”, levou para casa o prêmio de R$200,00

 Texto: Gisely de Moraes
Foto: Adriano Magalhães

Talentos de várias gerações se apresentam no segundo dia de Fecam 2011

A segunda noite do XVI Festival da Canção de Marabá, neste sábado (30), revelou outras seis músicas finalistas para concorrer neste domingo (31) ao prêmio de melhor canção do Fecam 2011. Sob o olhar atento dos jurados e do público, 12 compositores e intérpretes se apresentaram no palco montado na Praça São Félix do Valois, na orla do rio Tocantins. Ao final da noite, shows da banda Pirucaba Jazz e de Antônio Coelho – Projeto Vertigem.
Terceira atração da noite, Pedrinho Callado, que já ganhou o festival em 1995, com “Arisco”, interpretada pela também premiada no ano Alba Maria, subiu ao palco com o grupo Boto Felisberto. A aposta do músico para esse ano é “Jesus Cristinho de Marambiré”, composição que fará parte do seu novo trabalho “Música na rede é peixe”, com lançamento previsto para o segundo semestre.
A composição, que faz referência ao Marambiré, manifestação cultural da comunidade quilombola,surgiu quando o músico foi fazer um trabalho em Santarém e um menino pediu-lhe para subir ao palco e cantar, dizendo saber o Marambiré. “Estava tudo atrasado e não deu pra colocá-lo. Voltei para o hotel e fiquei com aquilo na cabeça. Minha mãe costuma dizer que Jesus vem em forma de velhinho ou de criança justamente nessas horas”, recorda.
Steffany Laura, a quinta a se apresentar, é a mais jovem do festival. Com apenas 10 anos, ela soltou a voz e agradou o público. “Fiquei impressionada. Ela que é uma criança subiu no meio de ‘feras’ e mandou bem. Tomara que passe pra final”, opinou a enfermeira Gina Teixeira. Apesar de nova, Steffany já ganhou diversos festivais pelo Estado, em apenas dois anos. “Eu e a mãe dela escrevemos a música. Ela tem talento e trabalhamos nele, mas acima de tudo ela é uma criança e se diverte no palco. Como está tarde, ela está dormindo no carro, mas já vou dar a notícia”, disse o pai de Steffany, o músico e compositor Joe Machado, logo após de anunciado o resultado.
Avaliadas pelos jurados José Augusto Maneschy (avaliador de intéprete), Wilson Veloso (música), Bob Freitas (arranjo), Gilvandro Figueiredo (letra) e Ná Figueredo (letra), as seis canções finalistas foram anunciadas: Luzia, de Geovane Silva, interpretada por Jota Pê; Um e Outro, de Olivar Barreto; Diário sem final, de Leandro Dias e Floriano Santos, apresentada por Alba Maria; Coração de poeta, de Alfredo de Moraes, na voz de Ivan Cardoso; Jesus Cristinho de Marambiré, de Pedrinho Callado, e Mundo precisando de amor, de Shirley Matos e Joe Machado, na interpretação de Steffany Laura.
As músicas irão se juntar às outras seis escolhidas de sexta-feira (29) para compor a final neste domingo (31), quando as 12 canções finalistas do Fecam 2011 voltam a ser apresentadas. As quatro primeiras colocadas e melhor letra, arranjo, intérprete e aclamação popular recebem premiações. Os artistas da região ainda concorrem nas categorias melhor música e melhor intérprete marabaense. O show do cantor e compositor Oswaldo Montenegro encerra o XVI Fecam. A Rádio Cultura transmite ao vivo a final.
Amanda Elgelke – Secom

Marabá participa nesta segunda da elaboração do PPA

A Região de Integração de Carajás, formada por 12 municípios paraenses, recebe nesta segunda-feira (1) a audiência pública que debaterá o Plano Plurianual (PPA) 2012-2015 e, ao mesmo tempo, a definição do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2012. A audiência será na cidade de Marabá, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde do município.
Na ocasião, serão apresentados para a população todos os investimentos previstos pelo governo do estado, para os próximos quatro anos. A região de Carajás é contemplada pelos seguintes municípios: Marabá, Bom Jesus do Tocantins, São João do Araguaia, São Domingos do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, Palestina do Pará, Piçarra, Eldorado dos Carajás, Curionópolis, Parauapebas e Canaã dos Carajás.
As pessoas que participarem da audiência poderão contribuir com a elaboração do plano, através de sugestões de investimentos em áreas consideradas prioritárias pela população a região. Todas as propostas serão devidamente encaminhadas para os órgãos competentes. O prazo final para o PPA ser encaminhado a Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) é 31 de agosto. Ele deverá ser devolvido ao executivo no dia 31 de dezembro e entrará em vigor no dia 02 de janeiro de 2012.
Dados da região - A população residente na Região de Carajás contabilizou no último Censo de 2010, 569 mil habitantes, equivalente a 7,5% da população do estado do Pará. A Região apresentou o maior incremento populacional entre as Regiões de Integração do Estado.
A Região do Carajás é atendida por uma extensa rede de rodovias, portos e a ferrovia Carajás (PA) – Porto de Itaqui (MA), com o objetivo de escoar o minério de ferro extraído da mina de Carajás. Os investimentos realizados pelas três esferas de governo, pela Companhia Vale e suas subsidiárias têm ampliado a malha rodoviária na Região e, por conseguinte, reduzido os custos de transporte, tornando os produtos da Região mais competitivos no mercado interno e externo.
Próximas audiências:
08 – Redenção – Auditório da Câmara municipal
08/08 – Altamira – Centro de Convenções
09/08 – Santarém – Auditório da UEPA
10/08 – Itaituba – Auditório da Polícia Civil
16/08 – Belém – Auditório do CENTUR
17/08 – Abaetetuba – Barraca de Nossa Senhora

Bruna Campos – Secom

Como abrir caixas pretas da lavagem de dinheiro?

Bacharel em direito, o delegado geral da Polícia Civil Nilton Atayde, de 54 anos, está há quase 20 anos engajado no corpo de polícia do Estado: já foi corregedor da Polícia, delegado geral adjunto, diretor de Polícia Metropolitana, diretor da Delegacia de Meio Ambiente e diretor da Delegacia de Entorpecentes. Na última quinta, ele apresentou o Núcleo de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. A unidade da Polícia Civil tem como objetivo reforçar o combate a crimes de ocultação de bens, direitos e valores provenientes direta ou indiretamente de ações criminosas. Atayde falou ao DIÁRIO em entrevista cedida aos repórteres Ismael Machado, Veríssia Nunes e Aline Brelaz:
P: Por que a segurança pública do Estado viu a necessidade de criar um núcleo de combate à lavagem de dinheiro?
R: A nível de Brasil, nós temos alguns estados que já têm e estão trabalhando com esses núcleos. Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e a Bahia são alguns desses que já implementaram o projeto. Então, se fazia necessário que nós tivéssemos algo assim para o Estado também. E com isso houve um alerta de todas as polícias para começarem a firmar um convênio para a aquisição de um laboratório de lavagem de dinheiro.
E isso me chamou atenção. Ao chegar ao Pará, reuni com o governo e comecei a tratar sobre o assunto. Logo em seguida, procurei a assessoria de planejamento para elaborar um projeto e encaminhar para a Senasp [Secretaria Nacional de Segurança Pública], pois é uma situação que presenciamos aqui também e que precisa começar a ser investigada. Nesse primeiro momento, nós criamos um núcleo composto por alguns policiais que vão trabalhar justamente buscando a investigação no que se refere a lavagem de dinheiro e corrupção.
P: O que seria um laboratório de lavagem de dinheiro?
R: É uma tecnologia que propicia a polícia a fazer investigações especialmente no âmbito patrimonial, cruzando dados com vários órgãos do Estado. Esse laboratório funciona com esta tecnologia justamente para conseguir captar mais informações sobre aquilo que está sendo investigado. Aqui nós ainda não temos um desses, mas temos um núcleo que vai trabalhar o combate à lavagem de dinheiro e à corrupção. Aqui ele é chamado de Sisp, Sistema Integrado de Segurança Pública, que nos possibilita inclusive trabalhar em cima dessas investigações com policiais especializados.
P: Esses policiais já têm um treinamento especial ou não é necessário?
R: Já têm um treinamento específico. Por duas vezes eles foram ao Rio de Janeiro fazer um treinamento e uma verificação in loco no laboratório da cidade. São profissionais pós-graduados como mestres e doutores competentes nas suas respectivas áreas. São pessoas que têm domínio muito bom nessa área tecnológica para trabalhar em cima desse tipo de crime.
P: Há mesmo necessidade de se criar esse núcleo no Pará?
R: Sim. Com a criação desse núcleo, além das investigações feitas sobre os suspeitos, a prisão dos mesmos vai ser fundamentada, subsidiando a Justiça e demonstrando que o patrimônio do individuo é consequência da sua primeira ação ilícita, que é a forma que conseguiu o dinheiro, seja através do tráfico de drogas ou de qualquer outro modo.
P: Como será feito para se identificar o verdadeiro culpado e separá-lo dos famosos “laranjas”?
R: O núcleo vai buscar o “laranja” se perguntando da seguinte forma: como é que uma pessoa simples pode ter tanto dinheiro? A conclusão que se chega é que então ele foi usado por alguém, um corrupto, que usou aquele cidadão para se desvincular da situação, e no entanto é o mandante, o verdadeiro criminoso. Então, o objetivo é trabalhar em busca dos verdadeiros culpados, e para isso já foi assinado um convênio para que tenhamos acesso ao Coaf, Conselho de Operações e Aplicações Financeiras, que foi criado pelo Ministério da Fazenda, e com o qual nós passaremos a ter apoio de informações necessárias que serão disponibilizadas para as investigações que estivermos trabalhando. Então, a situação vai muito além do que se pode imaginar de uma simples investigação, porque será feito o acompanhamento detalhado da vida dessa pessoa no que se refere ao desenvolvimento patrimonial das pessoas que o rodeiam, os famosos “laranjas”.
P: Esse tipo de serviço não é atribuição da Polícia Federal?
R: Não. A Polícia Federal trabalha em situações em que a União é a prejudicada. A Polícia Estadual atua em todos os casos em que o Estado seja o interessado. Como exemplo, no caso de um crime estadual que não implique em nenhum órgão federal, a PF não tem porque entrar. Agora, no caso do serviço que é oferecido pelo Ministério da Fazenda, não quer dizer que apenas a PF tenha que trabalhar com eles, até porque é um órgão público que deve satisfação para toda a comunidade de um modo geral. E o que existe entre nós é um convênio, pois, na medida em que precisarmos de alguma informação, ela vai ser disponibilizada.
P: Quais seriam os outros parceiros?
R: Alguns órgãos já têm se interessado em saber do funcionamento do núcleo. A Ordem dos Advogados do Brasil no Pará já se mostrou interessada em conhecer o seu funcionamento. Mas, ao longo do tempo, outros órgãos como o Ministério Público Estadual e Federal também deverão participar.
P: Qual seria a forma mais comum de lavagem de dinheiro? Existe um padrão?
R: A lavagem de dinheiro ocorre de vários modos. Na maioria das vezes inicia através do tráfico de drogas, porque funciona da seguinte forma: essa primeira modalidade criminosa ilícita vai fundamentar uma outra forma de atividade que aparentemente vai ser legal. E é isso que se caracteriza como lavagem de dinheiro.
P: Mas como faz para lavar esse dinheiro?
R: Você pode pegar o dinheiro que foi adquirido de forma ilícita e aplicar em imóveis, ações financeiras ou montar empresas para que, justamente, o dinheiro que você ganha ilegalmente aqui mais na frente possa ser justificado através da empresa ou atividade na qual foi investido. Ou seja, o dinheiro que entra sujo no final sai lavado.
P: Qual o objetivo do núcleo?
R: É aprimorar a investigação que é de interesse do Estado, pois é possível ter o retorno financeiro em relação a toda essa lavagem de dinheiro, após a atividade investigativa ser concluída.
P: E como é o apoio do governo do Estado para o projeto?
R: É total e absoluto. Inclusive da Secretaria de Segurança Pública. E nós não temos apenas o apoio, mas os investimentos também. Essa é uma iniciativa na qual eu, como delegado geral, não poderia tomar decisão se não tivesse o apoio do governo. É um grande projeto que vai trazer melhorias para o combate ao crime organizado no Estado.
P: Tem alguma verba específica?
R: Nesse primeiro momento, não precisamos desse dinheiro. O que nós vamos precisar é de uma tecnologia, o que nós já estamos providenciando. O que é realmente necessário são pessoas qualificadas e isso nós já temos. Trabalhamos com cinco pessoas, mas pretendemos ampliar o núcleo para uma delegacia especializada ou até mesmo numa divisão, na qual algumas delegacias sejam criadas e possam utilizar desse serviço mais específico.
P: É um grande desafio tirar da cabeça da população que as pessoas do “colarinho branco” nunca são presas?
R: Nós temos presenciado casos, não só a nível nacional, mas no Pará, que têm ocorrido de pessoas de cargos altos estarem respondendo a processos. Outras já estão presas. Aqui temos situações envolvendo pessoas poderosas, inclusive financeiramente. Vejo essa movimentação como uma evolução da própria sociedade, de querer isso e pedir uma solução. E nós já não temos mais condições de manter essa “caixa preta” escondida da sociedade, principalmente quando se trata de um órgão público. E nós, a polícia, temos todo interesse de mudar essa cara de que o Brasil é o país da impunidade e de que o “colarinho branco” nunca vai ser preso, pois muita gente já foi presa e está pagando pelos seus crimes.

Fonte e Reprodução do Diário do Pará On Line
Parabéns pela matéria com o odelegado Geral

ENTREVISTA NOTA 1000: Educação para acabar com a violência

Detentas aprovam medida que permite descontar estudo da pena. 'Muitas que não sabiam escrever já sabem assinar o nome', diz presa. G1 visitou Penitenciária Feminina do Butantã, em São Paulo. O CORREIO JURUNENSE aprovou a medida e adianta que o Pará deverá estar adotando essa medida para ocupar a mente dos detentos e devolvê-lo à sociedade.

Maria Angélica Oliveira
Do G1, em São Paulo

Luciene está no ensino fundamental, faz curso de
maquiagem e informática, frequenta o coral
e aulas de ensino bíblico (Foto: Flávio Moraes/G1)
A medida que permite descontar horas de estudo da pena aplicada em detentos fez crescer o interesse das presas pela escola na Penitenciária Feminina do Butantã, em São Paulo. Professores e alunas afirmam que a mudança na legislação levou mais incentivo para as salas de aula.
“Meu objetivo era aprender, terminar meus estudos. Depois fiquei sabendo que ia me ajudar muito pela remição de pena. (...) Com certeza é um estímulo. Muitas daquelas que não pensavam em estudar voltaram a estudar. E, depois que voltaram a estudar, não só levaram para o lado de remição, mas para o aprendizado mesmo. Muitas que não sabiam escrever já sabem assinar seu próprio nome”, opina Luciene de Siqueira, de 27 anos, aluna do ensino fundamental.
O desconto na pena está previsto numa alteração na Lei de Execução Penal publicada no fim do mês de junho no Diário Oficial da União. A medida autoriza detentos que frequentam a escola a abater o tempo de estudo da pena a qual foi condenado. Cada dia de condenação poderá ser trocado por 12 horas de frequência escolar.
Cerca de 600 detentas convivem na penitenciária, que é de regime semiaberto, onde as internas podem trabalhar fora e voltam à noite para dormir. Do total, 53 estudam atualmente. Elas estão distribuídas em três turmas: alfabetização, ensino fundamental e ensino médio.
“Antes, elas diziam ‘posso estudar?’ Agora elas vêm e dizem ‘quero estudar, mas vou ter remição?’ Às vezes, [a detenta] não tinha interesse antes [pelo estudo], mas começa a estudar e gosta”, conta a coordenadora do setor de Educação da penitenciária, Andrea de Paula Felipe.
O professor Agostinho Fernandes diz que é preciso
política de governo para acolher mão de obra
formada em presídios (Foto: Flávio Moraes/G1)
A possibilidade de remição de pena tem um significado especial na unidade. Andrea explica que, por se tratar de uma penitenciária de regime semiaberto, a ansiedade pela liberdade é grande. Segundo ela, o maior desafio dos professores é lidar com isso para inovar nas aulas e manter a atenção das alunas.

'Uma semana a menos'
Sentada na primeira carteira na turma do ensino médio, Regina Maura da Silva Domingues, de 41 anos, era uma das que mais interagiam na aula. Ela estuda desde 2008, logo que começou a cumprir a pena por tráfico, fez teatro em outra unidade prisional onde ficou presa no início e já trabalhou.
Agora, espera que o tempo dedicado aos estudos antes de a lei entrar em vigor possa ser aproveitado para reduzir o tempo na cadeia. A legislação foi publicada no dia 20 de julho.
“Até então não obtive minhas remissões. Espero que [obtenha] sim, seria o correto. É também um incentivo para estar estudando. (...) Um dia a menos que a gente ganhe, uma semana aqui é uma semana a menos dentro desse lugar”, diz.
Ela começou a cumprir pena em 2008 por tráfico de drogas. Conta que estava desempregada havia anos, aceitou uma proposta por "desespero" e acabou presa. A sentença, de 4 anos e 10 meses, acabou sendo aumentada depois para 5 anos e 8 meses.
Regina estuda desde 2008 e fez até aulas de teatro
em outra penitenciária (Foto: Flávio Moraes/G1)
"O benefício é só a partir de março do ano que vem. Mas para Deus nada é impossível, e eu creio que possa ir embora antes. Aí vou para o regime aberto. Minha família está em São Paulo. Tenho dois filhos e meu netinho tem seis anos. Também [estudo] por eles, até para incentivar. Minha filha está desanimada, esperando, porque quando eu vim presa ela tinha 15 anos. Se eu estou presa estou estudando, procurando uma melhora, eles também têm que ter um incentivo e força", diz.
Aula de maquiagem e coral
Segundo a coordenação de ensino da penitenciária, há vagas para qualquer presa que queira estudar. As detentas passam por uma entrevista para definir o nível de conhecimento e a melhor turma para cada uma. As aulas acontecem de segunda a sexta à tarde, das 15h às 17h, ou à noite, das 18h às 20h. Também há cursos profissionalizantes – que valem para a remição de pena.
Além de estudar, a detenta Luciene tenta se ocupar ao máximo: frequenta cursos de informática, de maquiagem, faz um curso bíblico e integra o coral da penitenciária.
“Não sabia o que seria da vida e vou sair como maquiadora. Vou procurar fazer mais cursos para me aprimorar no que eu gosto de fazer porque descobri que gosto de maquiar, gosto de ver as pessoas bonitas. Então, pretendo investir”, diz. Presa desde 2007 por tráfico de drogas, ela espera deixar a cadeia no fim do ano e recomeçar a vida com o marido em Roraima.
Dentro da sala de aula
O G1 visitou a penitenciária na tarde de segunda-feira (25) e observou um clima comum de escola: salas de aula com carteiras, uma lousa, a mesa do professor, alunas participativas, alunas mais quietas, cadernos à mão, um certo clima descontraído e espaço para brincadeiras e risadas durante a discussão do conteúdo.
Para a detenta Regina, mesmo sendo dentro da unidade prisional, a aula ajuda a sentir um pouco do gosto da liberdade tão aguardada.
“Aqui na escola é o momento em que a gente consegue sair de dentro do sistema, da cadeia, se transpor para uma sala de aula normal. A gente fica livre. É o momento em que a gente menos pensa em cadeia. Então, é muito bom estudar, satisfaz bastante. A gente esquece um pouco que está aqui dentro”, diz Regina.
 O professor Agostinho Mariano Fernandes, que leciona no sistema prisional há 12 anos, diz que a lei levou “sorriso” para as presas, mas faz um alerta para a sociedade e os governantes.
“É um avanço por ter virado lei, e elas conseguem entender: ‘agora vale a pena ir para a escola’. O preso precisa disso, de uma lei para poder garantir certas coisas, para ele acreditar. [Mas] É importante que a sociedade consiga entender que, uma vez que a pessoa sair da prisão, deve acolher. Porque não adianta ter um certificado e as pessoas fecharem as portas para o trabalho. (...) Políticas públicas precisam ser criadas para absorver essa mão de obra. Você forma a pessoa aqui dentro através do estudo e a hora que ela sai precisa ter a oportunidade de mostrar o que sabe e o que aprendeu”, analisa.
Na sala de aula e na cela, Regina sonha com um curso de turismo ou jornalismo. “Meu objetivo com estudo é reaprender o que eu não pude aprender direito, me ressocializar no mundo para ter uma expectativa de vida melhor, para a gente conseguir se colocar de volta na sociedade, ter oportunidades e ser aceita não como ex-presidiária, mas como uma pessoa comum.”

ENTREVISTA: Narjara Turetta: ‘Se as coisas não derem certo, volto a vender água de coco sem problema’

Fonte: G1
Nos últimos anos até era possível ver Narjara Turetta na televisão, mas ainda faltava um personagem que permitisse explorar todo o seu talento. Talvez por ter tornado pública sua dificuldade financeira – ela teve de sustentar vendendo água de coco na rua por um bom tempo -, demorou para que um autor enxergasse que estava ali uma atriz que podia servir mais do que como simples “escada” para outras estrelas. Afinal, Narjara começou cedo: teve um papel marcante em “Malu Mulher” (1979), atuou na cultuadas “Amor Com Amor Se Paga” (1984), “Baila Comigo” (1981), “Selva de Pedra” (1986) e ”O Salvador da Pátria” (1989). A sorte mudou quando Walcyr Carrasco, via Twitter, avisou-lhe que teria um papel em “Morde & Assopra”. Resultado: nas últimas semanas, Lílian tem emocionado os espectadores ao dar uma lição de vida a filha, vivida por Marina Ruy Barbosa, que até então era só uma patricinha mimada. Feliz da vida com o atual momento, Narjara conversou com a coluna.
IG: Você devia esperar há muito tempo por uma personagem como a Lílian, não?
NARJARA TURETTA: Eu queria muito uma personagem maior, mas por estar afastada há algum tempo tentava não criar tanta expectativa. Para mim, o que viesse seria lucro! Mas não poderia estar mais feliz. Porque, além do Walcyr Carrasco acreditar em mim, ele me deu um presente. Lílian é uma personagem super bacana, densa, difícil, com uma carga emocional grande. Então a comemoração é dupla. Para mim, já era um grande presente estar na novela!
IG: Esperava que a personagem crescesse tanto?
NARJARA TURETTA: Não tinha noção de que ganharia um espaço tão grande na trama. Só sabia que a personagem teria um segredo e fiquei quietinha até ele ser revelado, mas não imaginava que ela fosse cair nas graças do público dessa maneira. Tem sido ótimo.
IG: Ao mesmo tempo em que você parece feliz, sua vida na novela tem sido uma tristeza. Você não para de chorar! Tem alguma preparação especial para estas cenas?

Narjara: "Sempre tiver a certeza de que voltaria à TV"
NARJARA TURETTA: Ah, mas é gostoso, porque na vida real eu não estou chorando. Pior era quando estava chorando na vida real! (risos). Tem acontecido uma coisa ótima nas gravações: me emociono no lugar da Lilia, a personagem me emociona mesmo. Raramente isso me acontecia. A humilhação dela, o sofrimento dela, me leva a isso. Antigamente, eu tinha esse truque de recorrer à memória emotiva, pensar em algo triste da minha vida e transpor para a personagem. Mas as cenas da Lílian são tão boas, tão sensíveis e bem escritas que não preciso disso! Sem falar que é tão bacana contracenar com Marina Ruy Barbosa e a Elisabeth Savalla! Outro dia, numa gravação, eu chorava de soluçar. Chorava tanto que uma hora a Savalla me mandou engolir o choro! (risos). É muito bacana me divertir com meus colegas.
IG: As pessoas têm te abordado mais por causa da novela?
NARJARA TURETTA: Eu tenho uma vida normal, faço supermercado, vou à loteria como qualquer um, mas sabe que agora tá difícil? (risos). As pessoas me param, falam comigo no supermercado. Antes de a Alice (Marina Ruy Barbosa) descobrir que eu era mãe dela me paravam e ficavam mandando contar o segredo de uma vez. A resposta tem sido muito bacana, até agora me surpreendo.
IG: Já conhecia a Marina Ruy Barbosa?
NARJARA TURETTA: Conheci a Marina num prêmio que acontece todo ano e nessa época ela estava indicada. Tinha somente 9 anos, era pequenininha!Engraçado que a mãe dela me viu na porta, falou que era minha fã e me apresentou a ela dizendo assim: “Ah, minha filha ela é uma ótima atriz, começou pequenininha como você”. Fizemos uma foto juntas e naquele tempo Marina batia na minha cintura. Até brinquei com ela: “Quem sabe um dia a gente não faz mae e filha?”. Acabei profetizando! E encontrei ela outros anos no mesmo prêmio, temos três fotos juntas.
IG: Vê semelhanças entre a sua carreira e da Marina, que começou cedo como você?
NARJARA TURETTA: Acho que tem alguma semelhança, sim, mas a Marina está tendo mais oportunidades do que tive. Quando comecei era outra época, mas lembro que fiz uma personagem maravilhosa, chamada Bel, em “Amor Com Amor Se Paga”, quando tinha uns 17 anos e ficava tentando seduzir o Edson Celulari. A Elisa de “Malu Mulher” também foi importante, eu tinha uns 12 anos.
 IG: Tem algum erro que você cometeu que aconselharia Marina a não cometer?
NARJARA TURETTA: Acho que ela não corre esse risco, porque a família é super pé no chão e ela é muito light, muito centrada. Meu único erro foi não ter tido um bom empresário, e essa prática não era muito comum na época. Se tivesse alguém que tivesse batalhado por mim talvez tivesse trabalhado mais. Mas, fora isso, não cometi nenhum deslize que tenha motivado eu não ter sido chamada. Não tenho muito do que me arrepender.
IG: As pessoas devem lembrar muito do tempo em que você vendia água de coco…
NARJARA TURETTA: Há algum tempo comecei a escrever um livro em que vou falar sobre carreira e tudo mais. Não me envergonho desse período, mas é um tempo que espero que não volte mais, porque era um trabalho duro, braçal. Minhas mãos ficaram cheias de calo. Não é somente sentar num cantinho e servir, é trabalho pesado. Mas foi desse trabalho que eu e minha mãe conseguimos tirar nosso sustento. Tenho muito orgulho disso. Não dava pra viver bem, mas dava pra pagar as contas. E pelo menos eu era dona do meu nariz, dava pra conciliar com outras coisas. Um emprego numa loja, por exemplo, não me permitiria continuar batalhando a minha carreira, fazer uma dublagem, um teste.
IG: Teve medo de não voltar mais a trabalhar como atriz?
NARJARA TURETTA: Sempre tive certeza que minha volta à carreira de atriz iria acontecer, só não sabia quando. Acredito muito em Deus. E o mais legal é que dessa vez foi um milagre via Twitter. Não conhecia o Walcyr Carrasco, não pedi pela personagem e aconteceu de um jeito muito bacana. Foi assim: ele não me seguia, mas eu seguia ele e às vezes falava um “oi”. Aí um dia desejei boa noite e ele respondeu que em breve eu teria uma surpresa. Fiquei feliz da vida! Creio que tudo concorre para aqueles que amam a Deus, nunca perdi a fé.
IG: O que você fez com o carrinho de água de coco?
NARJARA TURETTA: Ele está guardadinho, bonitinho. Vou esperar para ver o que vai acontecer. Se as coisas se encaminharem bem, pretendo doar. Afinal, ele me foi doado, quero fazer o bem a quem precise. Mas se por acaso as coisas não derem certo agora, volto a vender a coco sem problema nenhum. Mas espero muito que isso não aconteça. (risos).
IG: Voltando a “Morde & Assopra”, acha que a Lílian ainda vai sofrer muito nas mãos da Minerva (Elisabeth Savalla)? Que fim você espera para a personagem?
NARJARA TURETTA: Eu acho que não seremos vítimas da Savalla por muito tempo e acho que ainda tem coisas para acontecer que ainda vão surpreender o público, mas não vou contar, claro. (risos). Acho que esse é um momento de redenção para a Alice e ela pode ficar mesmo junto com o Guilherme (Klebber Toledo). Para mim o personagem dele não vale o que come de tão ruim, mas é uma chance de redimir o garoto. E, se eles ficarem juntos mesmo, espero que a Lílian esteja no altar linda e orgulhosa da filha. Mas, cá entre nós, por mim os dois vilões iam pra cadeia juntos, mas isso já é com o Walcyr! (risos)

NÃO FOI DESCUIDO, E SIM DESLEICHO: Metade das escolas do Pará é irregular

"Existem cidades que não têm uma única
 escola legalizada”, diz presidente
 do Conselho Estadual de Educação

Wilson Lima, iG Maranhão

Levantamento feito pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) do Pará afirma que metade das escolas existentes no Estado não tem autorização do órgão para funcionamento. Isso significa que pelo menos sete mil colégios, de uma rede de 14 mil, estão irregulares. Os dados incluem escolas da rede municipal, estadual e privada.
Hoje, pelos dados do CEE, existem no Pará 12 mil escolas da rede municipal, 1,2 mil da rede estadual e 800 da rede privada. O maior problema está nas escolas municipais. Pelo menos seis mil estão irregulares, segundo o Conselho Estadual de Educação. “Existem cidades que não têm uma única escola legalizada”, disse a presidente do Conselho Estadual de Educação Paraense, Suely Menezes.
Sem autorização formal de funcionamento, na prática é como esses colégios não existissem. Os diplomas expedidos por eles não tem validade mas, para burlar a lei, existem algumas estratégias adotadas pelos colégios para diminuir os transtornos aos alunos.
“Esse tipo de situação
é uma violência contra
 os alunos”, diz
presidente do conselho”
As escolas da rede estadual que estão irregulares, conforme o CEE, registram o diploma do aluno como se ele estudasse em uma escola regular. Assim, o aluno consegue terminar os estudos sem problemas. Já as escolas municipais normalmente pediam diretamente ao CEE para reconhecer o diploma dos alunos. Existiam casos também em que alunos, sem ter o diploma, eram obrigados a prestar exames de turmas de supletivos como se fossem egressos das turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Esse tipo de situação é uma violência contra os alunos”, declarou Suely Meneses.
Até 2010, não havia fiscalização do Conselho de Educação. Porém, a resolução 288/2011 do CEE determina que seja realizada uma ação de combate a essas escolas. Todas as instituições de ensino do Pará devem se regularizar até o dia 31 de dezembro desse ano. A idéia do CEE é intensificar as fiscalizações e fechar as escolas irregulares a partir do início do ano letivo de 2012.
Arrumando a casa
Para que as escolas tenham autorização do CEE, elas precisam passar por uma inspeção que levará em consideração a estrutura física e a quantidade de professores. Hoje, algumas das escolas consideradas irregulares no Pará funcionam com numero inadequado docentes e com pouca infraestrutura - algumas mal não cadeiras para todos os estudantes.
Outro item que será checado nas fiscalizações é a situação fiscal de cada colégio. Algumas escolas que funcionam ilegalmente estão com taxas e impostos em atraso. “Essas medidas tem um grande objetivo, que é aumentar a qualidade do ensino básico no Estado”, resume Meneses. As fiscalizações contra as escolas irregulares no Pará começarão em setembro.
No caso das escolas do Estado, a Secretaria Estadual de Educação do Pará (Seduc) firmou um acordo com o CEE para instituir uma espécie de força tarefa com o intuito de regularizar a situação das escolas da rede.

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