Já reduziu em quase 50% o tempo de espera no 190, o serviço de atendimento 24h do Centro Integrado de Operações (Ciop), da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Segup). Desde janeiro deste ano o órgão está ampliando a sua capacidade de atendimento, que passou de 10 para 20 atendentes. O monitoramento de vias públicas também está em expansão e, a partir de agosto, integrará mais 78 equipamentos espalhados em pontos estratégicos de Belém e Região Metropolitana.
Segundo o diretor do Ciop, coronel Evandro Cunha, a ampliação do número de atendentes reduziu para zero o tempo de espera para o atendimento no centro. “Hoje atendemos com mais eficiência as demandas, que rapidamente são repassadas ao órgão de segurança responsável”, explica Cunha. Ele ressalta que os novos equipamentos de monitoramento, em agosto, aumentarão a abrangência dos serviços.
O Ciop coordena ações integradas de todos os órgãos de segurança pública do Estado, sendo responsável por desenvolvê-las. Por meio do 190 a população pode recorrer às polícias militar e civil, Corpo de Bombeiros, Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves. O diretor do centro diz que as demandas chegam pelo telefone ou então são recebidas por meio do monitoramento das vias. “Quando recebemos a demanda, o nosso setor de despacho verifica o órgão responsável e repassa a ele a ocorrência. A partir daí enviamos uma equipe para o atendimento”, explica.
Além de ampliar o atendimento do 190 e o número de câmeras na grande Belém, o Ciop passará a operar um novo sistema de monitoramento também em agosto. Esse será responsável por controlar as 230 viaturas da PM que circulam na capital. O coronel explica que a partir deste novo sistema, o Ciop garantirá que as rondas da PM estão ocorrendo de forma efetiva em todas as áreas definidas pelo sistema de segurança.
No interior do Estado, o Ciop também atua por meio do 190. Em todos os municípios há um núcleo de atendimento do centro. Em Santarém (oeste) e em Marabá (sudeste) há polos do serviço, que também monitoram as vias públicas da cidade e são capazes de atender demandas de até oito cidades vizinhas. Nos próximos quatro anos, mais seis polos devem ser implantados, um deles em Altamira. De acordo com o diretor, essas unidades terão a mesma infraestrutura do Ciop da Grande Belém e poderão coordenar as operações de segurança de suas regiões.
Trotes prejudicam o atendimento à população
Até o dia 15 de julho, o Ciop registrou mais de 2 milhões de ligações no seu centro de atendimento. Desses atendimentos, pelo menos 670 mil são trotes, quase 33% do total das demandas atendidas. Ligações falsas que prejudicam o andamento das ocorrências, assegura o coronel Cunha. “É um prejuízo muito grande para o Estado, pois perdemos tempo e gastamos recursos atendendo ligações falsas. Enquanto isso, uma demanda real poderia estar sendo atendida”.
Para coibir os trotes o Ciop acionou a Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) da Polícia Civil, que já iniciou um trabalho de investigação para identificar os responsáveis pelos trotes atendidos pelo 190. Um dos casos comuns, revela o coronel, é o de pessoas que ligam para assediar os atendentes.
Atentar contra a segurança pública é crime e prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão, conforme cita o artigo nº 265 do Código Penal Brasileiro. “Este é um dado de alerta em todo o Brasil. Esse tipo de trote não acontece apenas no Pará, mas nós aqui estamos empenhados a combater também este crime, a fim de não prejudicar a segurança dos cidadãos”, afirma o diretor.
Thiago Melo – Secom
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