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sábado, julho 23, 2011

Infecção hospitalar ainda é a principal preocupação nos hospitais brasileiros

Ophir Loyola realiza treinamento inédito e “in loco”
sobre prevenção e controle de infecção hospitalar
Estima-se que no Brasil, segundo um inquérito realizado pelo Ministério da Saúde, cerca de 13 a 15% dos pacientes internados são acometidos por algum tipo de infecção hospitalar,  principal causa de morbidade e mortalidade hospitalar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda taxas de infecção hospitalar inferiores a 5%, ou seja, o estudo realizado no Brasil revelou que este apresenta praticamente o dobro de casos de infecção hospitalar em relação aos outros países estudados, demonstrando a necessidade de medidas mais eficazes para a redução dessas taxas no país.
 Pequenos cuidados com a higiene ajudam a controlar a contaminação. A higienização das mãos, seja com a lavagem simples ou com o uso do álcool gel, é a medida mais importante na prevenção das Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS), como são denominadas atualmente tais infecções, e foi a primeira medida utilizada  com esse intuito desde os primeiros estudos nesse campo. Essa medida deve ser praticada por todos: pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde. Para os profissionais de saúde a higiene das mãos é imprescindível antes e depois de qualquer procedimento realizado com o paciente, no preparo das medicações, qualquer tarefa que ele venha a executar.
 Entende-se como infecção hospitalar, qualquer infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou até mesmo após a sua alta, quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, tal como uma cirurgia. A maioria das infecções têm sua transmissão cruzada, ocorrendo através de outras pessoas ou objetos contaminados. A complicação pode atingir adultos e crianças de todas as idades que passaram por internação hospitalar, pois está relacionada aos procedimentos  realizados e ao tempo de internação.
 Daí a importância da prevenção. Os sintomas podem variar conforme o sítio da infecção, mas não diferem de outras infecções que não estão relacionadas à assistência à saúde. Pode ocorrer febre, alterações laboratoriais, tosse, presença de secreção purulenta na ferida operatória, entre outros. Segundo a gerente da CCIH do Hospital Ophir Loyola, Vanessa Santos, os principais fatores de risco para as Infecções relacionadas à Saúde são os extremos da idade, o tempo de internação prolongado, o uso de antimicrobianos por longos períodos, e pacientes com imunidade comprometida. “Nos casos de infecção no sítio cirúrgico, germes da própria flora do indivíduo podem causar a infecção”, explicou.
O diagnóstico de tais infecções deve ser o mais precoce possível e ocorre a partir das manifestações clínicas, laboratoriais e de imagem. A Comissão de Controle Hospitalar atua realizando busca ativa em todas as unidades do hospital, especialmente nas unidades de terapia intensiva, onde estão os pacientes com maior chance de desenvolver a complicação. “Diariamente, a equipe do HOL realiza visitas de inspeção aos diferentes setores do Hospital com elaboração de relatórios e emissão desses aos responsáveis. A CCIH fiscaliza ainda o cumprimento das recomendações do Ministério da Saúde, visando contribuir para a melhoria da qualidade na assistência”, destacou.
 Referência em oncologia, o Hospital Ophir Loyola tornou-se  em fevereiro de 1984, o pioneiro a implantar a CCIH no estado do Pará, desde então são realizadas atividades estratégicas de prevenção e ações desenvolvidas a partir da vigilância epidemiológica em todos os setores do Hospital, vigilância microbiológica realizada diariamente, controle do uso de antimicrobianos realizado com base nas fichas de notificação e dados de consumos da farmácia. Também são elaboradas e implementadas rotinas de prevenção, diagnóstico e tratamento de infecção hospitalar. De acordo com a portaria n. 2616, de 1998 do Ministério da Saúde, todos os hospitais devem possuir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Pesquisas revelam que a existência de um programa de controle de infecção hospitalar dentro dos serviços de saúde reduz em  30% a incidência desses agravos. Qualquer pessoa que esteja internada fica vulnerável a contrair uma infecção hospitalar. Dentre as infecções mais frequentes estão as do trato respiratório, urinário, da corrente sanguínea e de sítio cirúrgico.   “Além da higienização das mãos, outras medidas de controle incluem racionalização de antimicrobianos, controle ambiental e de material hospitalar, vigilância das próteses (sonda vesical, cateter venoso central, tubo orotraqueal) e a ação ativa da CCIH”. A médica ainda explica que " o tratamento deve ser voltado preferencialmente para o agente causador, quando já foi identificado, o tratamento é realizado com antibióticos injetáveis por períodos variáveis. Usamos antimicrobianos, antifúngicos e menos frequentemente, antivirais. Em casos mais graves, as consequências da infecção podem ser fatais”, ressaltou.
 Buscando a maximização destas práticas históricas, o HOL vai realizar  um treinamento in loco de prevenção e controle de infecção hospitalar, nos dias 26 e 27 de julho, com o objetivo de aprimorar a qualidade a assistência e os conhecimentos da equipe multiprofissional que atende na Unidade de Atendimento Imediato(UAI). Em 2009 foi lançada a padronização dos critérios Nacionais de Infecção Hospitalar, com um sistema informatizado utilizado, desde setembro de 2010, a Anvisa recebe as notificações provenientes dos centros de vigilância sanitária  estaduais.  A divulgação do primeiro relatório com os dados de infecção hospitalar no Brasil está prevista para o final de 2011.

Texto; Leila Cruz- Ascom Ophir Loyola
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