O Corpo de Bombeiros registrou 670 ocorrências neste quarto e penúltimo fim de semana das férias escolares nos balneários do Estado onde acontece a operação verão. Do total de atendimentos contabilizado, foram 147 acidentes com animais aquáticos, 143 curativos, 126 crianças perdidas, 67 afogamentos primários e nenhum óbito. Os números demonstram queda de 11,61% no número de registros em relação ao mesmo período do ano passado.
No total, durante todo o mês, o número de ocorrências chega a 1.870. A maioria (422) são curativos feitos em banhistas, seguida de acidentes com animais marinhos (395), crianças perdidas (330), princípios de afogamento (223), acidente com objetos cortantes (191) e escoriação (75). Até agora, os bombeiros registraram ainda cinco lesões causadas por linhas de pipa e 29 casos de mal súbito.
Em Outeiro, um coma alcoólico foi registrado, mas a vítima recebeu atendimento de primeiros-socorros, recobrou a consciência e foi levada por familiares. Os bombeiros também intervieram em casos de agressão física e violência causados pelo consumo excessivo de álcool. Na praia Grande, os bombeiros fizeram o reencontro de uma criança perdida com a família.
Reencontro – O pequeno Yan Maciel, de 7 anos, conseguiu reencontrar a tia, Ozineide Pereira de Araujo, porque usava uma pulseira de identificação. O encontro foi marcado pela emoção dos familiares em saber que a criança estava bem. “É muito importante essa iniciativa dos bombeiros no uso das pulseirinhas. Também dá segurança maior saber que temos na praia equipes prontas para dar orientação aos banhistas”, disse a dona-de-casa.
Em Salinas, a equipe usou no atendimento aquático um bote de salvamento e um jet-sky. Uma das pessoas atendidas foi Dulcilene Silva Pereira, 34 anos, moradora do bairro do Jurunas, que teve mal súbito enquanto se divertia no banana boat, na praia do Atalaia. A vítima manifestou hidrofobia – medo da água – quando a embarcação inflável puxada por um jet-sky tombou em meio às ondas do mar.
Distante da margem e sem conseguir retornar ao “brinquedo”, a jovem entrou em pânico e foi socorrida pela equipe de bombeiros que fazia fiscalização e registros fotográficos na orla da praia. Dulcilene desmaiou várias vezes no interior do bote dos bombeiros, onde foi atendida e acalmada para poder ser levada em um jet-sky até o posto de atendimento na praia. A operação atraiu a atenção de curiosos.
Identificação – O Corpo de Bombeiros já distribuiu, neste mês, nos balneários onde está presente dentro da operação verão, 50 mil pulseiras de identificação para identificar crianças e ajudar na sua localização caso elas se percam dos pais. Neste último fim de semana, a distribuição começou ainda na sexta-feira, no Terminal Rodoviário de Belém e nos portos hidroviários da capital.
No sábado (23), as equipes fizeram a identificação das crianças no pórtico de entrada de Mosqueiro; nas entradas do Atalaia e Corvinas, em Salinas; em Marudá; e em Outeiro. A ação se intensificou na praia, onde a procura pelo material sempre aumenta.
Os bombeiros usam desde 2002 o sistema de identificação com pulseiras nos balneários, modelo que é usado em grandes centros de entretenimento mundial, como parques temáticos e de diversão. O trabalho tem surtido efeito, já que, segundo a corporação, somente na primeira quinzena deste mês o número de registros de crianças perdidas caiu 21%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Este ano, os bombeiros também investem no trabalho preventivo. Os veranistas são abordados ainda nos terminais rodoviários e fluviais da região metropolitana de Belém. A estratégia prossegue até o fim do mês e vem gerando resultados positivos, conforme atestam os números que mostram queda nos registros.
Veja abaixo, no anexo, o mapa de atendimentos do Corpo de Bombeiros, com os registros detalhados do fim de semana e do mês.
Ascom Corpo de Bombeiros
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