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terça-feira, julho 12, 2011

Profissionais discutem implantação da Rede Cegonha na região metropolitana

Integrantes do plano Rede Cegonha que atuam na Região Metropolitana de Belém (RMB) reuniram-se nesta terça-feira (12) na Santa Casa de Misericórdia para discutir a implantação do atendimento às mulheres que recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é fazer um trabalho seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez até os dois primeiros anos de vida do bebê. A medida abrange a assistência obstétrica com foco na gravidez, no parto e pós-parto e também a assistência infantil.
A diretora assistencial da Santa Casa, Helena Reis, ressalta que o hospital é a única maternidade de alto risco habilitada a oferecer o serviço. É a interlocutora da rede, reúne os profissionais, planeja e discute as metas a serem alcançadas. Em maio, segundo ela, houve o treinamento com os técnicos do hospital Sofia Feldman, de Minas Gerais. A atividade compôs o Plano de Qualificação das Maternidades do Norte, Nordeste e Amazônia Legal pelo Pacto de Redução da Mortalidade Infantil e Materna.
“O evento teve o objetivo de proporcionar conhecimentos nas práticas de produção de saúde e classificação de risco, aplicando a Política Nacional de Humanização durante o pré-parto, parto e nascimento, além de fomentar discussão com os gestores e gerentes das maternidades nas áreas técnicas, atenção básica e especializada”, diz Helena Reis.
Estrutura – Para tornar o projeto realidade, a Rede Cegonha contará com R$ 9,397 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde para investimentos até 2014. Estes recursos serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança. Segundo a coordenadora da Saúde da Criança da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), Ana Cristina Guzzo, o encontro prioriza os ajustes para a consolidação e aplicação do projeto.
“Estamos reunindo com os representantes de saúde dos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará para construir o plano, definir as ações que vão nortear o desenvolvimento das ações no Estado e, em setembro, consolidar o plano já com recursos financeiros para este ano”, informa Ana Guzzo, informado que será viabilizada a reforma do Centro de Partos Normais da Santa Casa, unidade de terapia intensiva (UTI) e unidade de cuidados intensivos (UCI) Neonatal do Hospital de Clinicas Gaspar Viana e as Casas de Gestantes e do Bebê.
O objetivo é que as ações sejam aplicadas em todo o Brasil, mas a prioridade do cronograma está sobre as regiões da Amazônia Legal e Nordeste e suas regiões metropolitanas, envolvendo a maior concentração de gestantes. Qualquer município, porém, pode aderir à rede.
Assistência – A Rede Cegonha terá atuação integrada com as demais iniciativas para a saúde da mulher no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na mulher em idade fértil. Nos postos de saúde, será introduzido o teste rápido de gravidez. Confirmado o resultado positivo, será garantido um mínimo de seis consultas durante o pré-natal, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. A introdução do teste rápido, inclusive para detectar HIV e sífilis, também será novidade para reforçar o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento, o que já é feito na Santa Casa.
Desde a descoberta da gravidez até o parto, as gestantes terão acompanhamento e saberão, com antecedência, onde darão a luz. As grávidas receberão auxílio para se deslocarem até os postos de saúde para fazer o pré-natal e à maternidade na hora do parto, com vale-transporte e vale-táxi. Nas unidades hospitalares haverá a criação de novas estruturas a fim de proporcionar a garantia de sempre haver vaga para gestantes e recém-nascidos nas unidades de saúde.
A Rede Cegonha também prevê a qualificação dos profissionais de saúde que darão a assistência adequada às gestantes e aos bebês. Entre as novas estruturas estarão as Casas da Gestante e do Bebê, que dará acolhimento e assistência às gestantes de risco, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento.
Nos primeiros dois anos de vida da criança, a Rede Cegonha compreenderá a atenção integral à saúde da criança, desde a promoção do aleitamento materno até a oferta de atendimento médico especializado para eventuais necessidades. Outra ação prevista, direcionada às crianças, será equipar as unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu Cegonha) para o transporte seguro do recém-nascido.
Dentre as ações estão às campanhas públicas nas escolas (de nível médio e superior) e também com ações de mobilização da sociedade sobre a importância da educação sexual e reprodutiva, bem como do aleitamento materno. A alta taxa de gravidez entre adolescentes também contribui para risco para a mãe e o bebê.
Ascom Santa Casa

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