Um Colégio Militar que poderá beneficiar até 2.500 alunos
dos ensinos Fundamental e Médio (6ª série ao 3º ano) por ano no Pará, com
infraestrutura completa para a formação integral de crianças e jovens. Este foi
o projeto apreciado nesta segunda-feira, 12, pelo governador Simão Jatene, que
ofereceu apoio a 8ª Região Militar do Exército para articular a criação do
centro. A escola, que deverá ser instalada em Belém – única capital com mais de
2 milhões de habitantes sem um Colégio Militar, se aprovada, contará com
recursos estaduais e do próprio Exército.
O projeto foi apresentado pelo comandante da 8ª Região
Militar, general Carlos Peixoto, que ressaltou como os colégios militares
contribuem para a educação dos Estados onde estão instalados. “Hoje os colégios
militares são 12. Na Região Norte, só Manaus possui um centro desses, que é
referência, inclusive, no ensino à distância. Os últimos colégios militares
instalados foram, em 1992, em Juiz de Fora, em Minas Gerais, e Campo Grande, no
Mato Grosso do Sul. São colégios que oferecem formação completa, com o ensino
regular, arte, música, esporte, além de cidadania”, disse.
O governador Jatene aprovou o projeto e disse estar disposto
a articular, junto com o Exército, a criação da escola no Pará. “É um salto na
educação do Estado. Um dos nossos desafios é recuperar o conceito de cidadania
nas escolas, fornecendo uma educação cada vez mais completa para os alunos”,
afirmou.
O Colégio Militar do Pará deverá ser instalado em Belém, no
bairro da Marambaia, aonde o Exército articula com a Marinha a concessão de uma
área de 150 mil metros quadrados para a construção. O valor da obra está
estimado em R$ 68 milhões, com previsão de três anos e meio para a conclusão, a
partir do início do projeto. O colégio, se instalado, integrará o sistema de
Colégios Militares do Exército Brasileiro, que atende a 14 mil alunos em suas
12 unidades hoje no país. Com o apoio do Estado, a 8ª Região Militar irá
apresentar o projeto à Diretoria de Ensino Preparatório e Assistêncial do
Exército, que coordena os colégios, a fim de que a escola seja garantida para o
Estado.
O colégio oferecerá educação de qualidade a preço baixo e
acessível em comparação ao mercado educacional. Segundo o general, a média de
mensalidade dos Colégios Militares é de R$ 110, oferecendo a estrutura completa
para o ensino de crianças e jovens. Cinquenta por cento das vagas serão
garantidas para civis. "O Colégio será referência na formação integral dos
alunos de 6ª a 9ª série do Ensino Fundamental e do 1º e 3º ano do Ensino Médio,
a exemplo de outros estados, como o Ceará. As escolas Miliatres são as que
tiveram melhor desempenho Enem em 2010 e já possuem tradicação na educação de
crianças e jovens", afirmou o general Peixoto.
Mais Saber
Durante a apresentação do projeto do Colégio Militar, Simão
Jatene ressaltou o esforço do Estado em garantir a melhoria da Educação
paraense, além de melhor infraestrutura para as escolas da capital e do
interior, por meio do novo programa de Governo “Mais Saber”. O programa está dividido em cinco
sub-programas para a recuperação e restauro da rede física escolar, implantação
do sistema de tempo integral nas escolas, melhoria do Ensino Médio por meio de
parcerias com fundações, aceleração da aprendizagem para combater a defasagem
escolar e o atraso dos alunos nas séries regulares, além da premiação de
servidores e alunos que se destacam na comunidade estudantil. Este ano, só na
recuperação e restauro de pelo menos 150 escolas, o Estado investirá R$ 100
milhões somente em 2012. A expectativa é que, nos próximos três anos, 600
unidades da rede sejam reestruturadas pelo programa.
Texto:
Thiago Melo-Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário