A missão de redespertar o grande público para a importância
da professora de música e teatro Margarida Schivasappa é o grande mote do
espetáculo “Acorde Margarida”, que estreia nesta quinta-feira, 15, às 20h, no
Teatro Universitário Cláudio Barradas. A produção ficará em cartaz até o dia
18, sempre no mesmo horário.
A realização é da Companhia Teatral Nós Outros, com
incentivo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN). O acervo reunido
por Antônio Pantoja também está sendo transformado em livro que será editado
pela FCPTN. O texto de Acorde Margarida já foi apresentado numa leitura
dramática que celebrou os 25 anos do teatro do Centur. Após a estreia no
Claudio Barradas, a peça circulará por vários palcos de Belém até ser
apresentada na reabertura do teatro da Fundação Tancredo Neves que, nesse
momento, está em reforma.
Escrita por Carlos Correia Santos, a peça é livremente
inspirada nos relatos e documentos reunidos pelo pesquisador Antônio Pantoja ao
longo de vários anos. De acordo com o dramaturgo, a ideia de trazer para a cena
o legado de Margarida ganhou reforço graças a dois marcos. “Estamos
comemorando, em 2012, os 25 anos do teatro do Centur, que tem o nome de
Schivasappa, e os 125 anos de Heitor Villa Lobos, o grande mestre, mentor e incentivador
da nossa famosa professora. O palco se abre para que o público descubra,
entenda e divulgue a relevância desta artista pioneira e desbravadora.
Precisamos olhar para os grandes nomes do nosso passado para que possamos
entender o valor que tem nossa cultura. Para que consigamos entender que
construímos uma História rica, que nos torna raros”, afirma Carlos Correia.
A montagem tem direção geral de Hudson Andrade. Para o
diretor, ao lado da aposta no resgate memorialístico, “Acorde Margarida”
representa um passo artístico importante. “A oportunidade de fazer esse
trabalho me permite a experiência nova de dirigir um musical, ampliando minha
área de atuação profissional. Além disso, estamos valorizando os talentos
locais. E, claro, é especialmente significativo valorizar nosso patrimônio
histórico-cultural”, afirma.
Desdobramentos
Para dar maior amplitude ao empreendimento de reavivar a
memória de Schivasappa, a produção do espetáculo escolheu apostar em caminhos
variados. O primeiro foi o suporte literário. A dramaturgia do musical foi
transformada em livro pela editora paulista Giostri. A publicação será vendida
nas sessões. “Também vamos sortear para o público alguns exemplares. A ideia é
fazer com o espectador vá para casa com Margarida”, conta o diretor.
As redes sociais também se tornaram ferramentas valiosas. No
blog do espetáculo, é possível acessar posts sobre o cenário cultural dos anos
30 e 40 e dados sobre nomes fundamentais que ladearam Schivasappa, como Villa
Lobos, Getúlio Vargas e Paschoal Carlos Magno. No Facebook, os internautas
acompanham informações sobre os bastidores da peça e o Twitter potencializa as
demais ferramentas.
A direção musical é de Reginaldo Viana; assistência de
direção de Luciana Porto e assistência de direção musical de Zé Neto. No
elenco, Maíra Monteiro, Tiago de Pinho, Fernanda Barreto e Juliana Porto.
Participação especial de Leoci Medeiros. As coreografias são de Waldete Brito.
A cenografia e figurino foram criados por Neder Charone. A luz tem assinatura
de Sônia Lopes. As fotos de divulgação são de Brends Nunes e Frederico
Mendonça.
Texto:
Hélio Granado-FCPTN
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