A Escola Estadual Barão do Rio Branco completa, neste
sábado, 10, um século de atividades. Para celebrar a data, a comunidade escolar
participará de uma missa, às 8h30, na Basílica Santuário de Nazaré, e de uma
programação especial na unidade de ensino. A programação comemorativa do
centenário da escola começou, no ano passado, com uma contagem regressiva e
está sendo celebrada com uma reforma e restauração do prédio histórico que
abriga a instituição.
A comunidade escolar reuniu-se ao longo de toda esta semana
para participar de atividades culturais e pedagógicas. O dia no aniversário da
escola também contará com o lançamento do selo comemorativo dos Correios em
homenagem à Escola Barão do Rio Branco, além de menções honrosas aos
ex-diretores e personalidades que foram alunos da instituição e de um abraço
simbólico no prédio da escola.
No dia 10 de março de 1912, o então Governador do Estado,
João Antônio Luís Coelho, nomeou o antigo 5º Grupo Escolar de Grupo Escolar
“Barão do Rio Branco”, em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior,
instituindo a escola em um prédio, onde funciona até hoje, juntamente com um
busto em homenagem ao Barão. A peça, que foi encomendada pelo pintor Theodoro Braga
e esculpida pela artista plástica Julieta de França, ainda encontra-se na
escola.
Tombada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), ao
longo das décadas o prédio do grupo escolar passou por poucas intervenções, nem
sempre com os devidos cuidados em relação aos traços arquitetônicos. A primeira
reforma geral e restauração, anunciada no início deste mês pelo governador
Simão Jatene, pretende recuperar e preservar as linhas originais do prédio
construído durante o ciclo da borracha.
O “Pé direito” de quatro a cinco metros, as colunas
alongadas, os elementos decorativos, as escadarias, o porão alto do prédio, e o
piso de acapú e pau amarelo, com desenhos geométricos, apresentando o estilo
neoclássico e eclético, adotado na sua construção, são marcas de importantes
construções do final do último milênio.
Com um investimento no valor de R$ 1,6 milhão, o trabalho de
recuperação da escola vai partir de uma pesquisa de reconhecimento de seus
elementos arquitetônicos originais: documentos e a realização de prospecções,
com pesquisas pictoriais para buscar a tonalidade da cor original do prédio.
A unidade de ensino é destaque no atendimento de estudantes
com deficiência, com um Programa de Inclusão, tendo em seu alunado crianças e
adolescente com deficiência visual e auditiva, autistas e portadores de
síndromes como Down e Asperger, entre outras deficiências. Entre as ações da
escola, tornou-se referência a Classe Hospitalar do Ophir Loyola, que em 2005,
passou a funcionar em um anexo da Barão do Rio Branco.
A escola conta com cerca de 100 funcionários e
aproximadamente 600 estudantes matriculados nos Ensinos Fundamental e Médio,
Educação de Jovens e Adultos (EJA), com destacada atuação na Educação Especial.
A instituição chega ao seu centenário com muitas experiências e com o desafio
de adaptar a realidade atual à sua estrutura e tradição. “O nosso desafio agora
é manter a tradição que temos e estar de acordo com as referências atuais de um
ensino de qualidade”, explicou a diretora Ana Célia Monteiro de Souza.
O corpo técnico da escola, informou, está se preparando para
fazer uma reformulação pedagógica para este ano letivo. “Todas as atividades
deste ano são voltadas para o centenário. Queremos desfilar no dia 7 de
Setembro e levar para avenida toda a história do Barão do Rio Branco. Queremos
fazer com que o aluno preserve mais esse patrimônio público e a expectativa de
toda a comunidade é ver como tudo vai ficar depois dessa restauração”,
acrescentou a diretora.
Texto:
Mari Chiba-Seduc
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