O Corpo
de Bombeiros Militar do Pará deve vistoriar pelo menos 60 estabelecimentos do
centro comercial de Belém até o fim desta semana. O trabalho, que dá
continuidade a outra fiscalização realizada em abril, pretende combater o risco
de incêndios nesta área da capital. Nesta terça-feira, 26, a fiscalização
iniciou nas lojas das travessas João Alfredo e 15 de Novembro. Os técnicos
verificaram se os locais estão licenciados e se cumprem todas as medidas de
segurança.
O
tenente Carlos Nichida, que coordenou as vistorias hoje, disse que dos 365
estabelecimentos fiscalizados em abril, apenas 25 estavam com todos os quesitos
de segurança em dia. “Nós identificamos que muitos desses estabelecimentos não
possuíam os equipamentos de segurança necessários contra incêndio, como os
extintores, placas foto-sensíveis com indicação da saída de emergência e
luminárias de emergência. Eles foram notificados em abril para se regularizarem
e agora verificaremos a situação desses locais. Se não estiverem de acordo com
as normas, poderão ser multados ou até ter o espaço fechado, se mesmo depois da
multa não realizarem as alterações necessárias”, explicou.
De
acordo com Nichida, os quesitos de segurança dependem do tamanho e do tipo de
estabelecimento comercial. Na maioria dos casos, o equipamento essencial,
segundo o tenente, é o extintor. “São muito importantes esses equipamentos. Se
o local for muito grande e tiver a saída de emergência distante, é exigida a
instalação de chuveiros automáticos. Tudo isto para aumentar o tempo de
deslocamento das pessoas em caso de incêndio”. Além dos equipamentos, os
técnicos dos Bombeiros verificam se a loja está com o Auto de Vistoria emitido
pela corporação atualizado, e o termo de responsabilidade técnica, que é dado
por um profissional de engenharia elétrica.
Prevenção
“A nossa intenção é prevenir o centro comercial de um
incêndio. Nesta área há muitos prédios antigos, com as instalações elétricas
deterioradas, além de armazenarem muitos materiais inflamáveis. E como
agravante para um acidente desta natureza, os prédios do comércio não possuem
um isolamento de risco, ou seja, as construções são juntas uma na outra, o que
pode aumentar a proporção de um incêndio. Para evitar esses acidentes e
resguardar a vida dos trabalhadores e dos clientes fazemos essa prevenção”,
ressaltou o tenente Carlos.
Em uma
das lojas vistoriadas nesta terça, o gerente Augusto Levy afirmou que o
estabelecimento está adequando a sua estrutura elétrica e renovando os
equipamentos e a sinalização de segurança, conforme foi solicitado pelos
Bombeiros em abril. Por isso, a loja ganhou um prazo de sete dias para
apresentar à corporação as adequações. “É muito importante este trabalho, pois
se não houver essa fiscalização a gente nem atenta para esses cuidados e acaba
colocando em risco a nossa vida e a dos clientes”.
Outra loja estava com todos os quesitos em dia. A gerente
Ana Araújo afirmou aos Bombeiros que, além de manter todos os equipamentos
necessários, a loja ainda capacitou todos os funcionários para agirem em caso
de incêndio. “A gente aprendeu o tipo correto de extintor a ser utilizado de
acordo com o incêndio, se o extintor de água ou pó químico. E também aprendemos
a orientar para a saída, durante uma emergência, os clientes que estejam na
loja”, informou a funcionária. Até sexta, os Bombeiros pretendem verificar a
situação de pelo menos 60 estabelecimentos. As demais lojas vistoriadas há dois
meses serão fiscalizadas nos próximos dias.
Texto:
Thiago Melo-Secom
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