Sessenta
agricultores quilombolas que vivem na região do Trombetas, Alto Trombetas, Rio
Erepecuru e adjacências aguardam os últimos detalhes do processo de regulamentação
que vai destinar parte da produção agrícola destas áreas para a merenda escolar
do município de Oriximiná, no oeste do Estado. O escritório local da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) realizou
visitas cadastrais durante o mês de junho para intermediar essa negociação.
As
visitas feitas às comunidades quilombolas do município, com o objetivo de
cadastrar os produtores familiares, é o que vai garantir a expedição da DAP -
Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf), documento indispensável para geração de produtos
agropecuários para a prefeitura local por meio do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE). O objetivo da Emater é assegurar que a população
tradicional possa fornecer a produção excedente para as escolas da região.
Segundo
o técnico agropecuário Alexander Valente, que participou das visitas de campo,
as famílias agricultoras produzem mandioca e seus derivados, como a farinha
d’agua, farinha de tapioca e o beiju, castanha-do-Pará, leite, batata doce e
frutas como banana e abacaxi. “É o excedente dessa produção de subsistência que
será fornecido para a merenda escolar”, informou. Com isso, não só as escolas
de Oriximiná como as que estão instaladas na comunidade quilombola poderão
adquirir alimentos de qualidade para compor o cardápio da merenda escolar, além
de resgatar os hábitos alimentares tradicionais da população e gerar renda para
as famílias.
Texto:
Kenny Teixeira-Emater
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