O
projeto executivo de prolongamento da avenida João Paulo II já está sendo
elaborado pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), por
meio da empresa JBR Engenharia Ltda., vencedora da licitação para execução do
trabalho. Desde 12 deste mês, quando a empresa assinou com o governo do Estado
o Termo de Contratação do Projeto Executivo de Engenharia Viária, as equipes
desenvolvem paralelamente 17 projetos técnicos que vão compor o programa final
da João Paulo II.
Um
desses trabalhos é o de topografia de toda a área por onde passará a avenida,
que começou dia 18 e está previsto para ser finalizado até o fim do mês. A
topografia, que é a medição exata da área, permitirá a validação e sondagem de
dados que o projeto executivo requer. “Isso quer dizer que teremos as medidas
com exatidão de todos os pontos da via e também saberemos qual é o melhor
trajeto, sob os pontos de vista técnico e econômico. Por exemplo, se
determinado trecho é alagado, a topografia nos permite essa visualização e indica
o desvio que pode ser feito”, detalha o diretor de obras do NGTM, Cláudio
Conde.
O
diretor explica ainda que, além da medição exata, o trabalho fará com precisão
a identificação de áreas de vegetação para preservação do parque ambiental e a
definição exata de onde serão construídas as obras de artes especiais, como as
pontes e os elementos físicos para proteção da via. Um exemplo prático foi a
identificação de uma árvore Sumaumeira de cerca de 100 anos, localizada na mata
próxima à Pedreirinha, que será preservada e afastada das obras.
A
topografia é um dos 17 estudos que já estão sendo feitos, que incluem ainda os
projetos de interseções, retornos, acessos e baias de ônibus; terraplenagem;
drenagem; obras de arte especiais; pavimentação; sistemas de proteção sanitária
e obras de arte correntes; contenção ou estabilização de taludes e de maciços
instáveis; sinalização viária; iluminação pública; desapropriações
Infraestrutura para recebimento de fibras opticas; remanejamento de
interferências urbanas; urbanização e paisagismo e obras complementares.
Obra – A obra de mobilidade urbana compreenderá o trecho
entre a passagem Mariano e a rodovia Mário Covas. A nova João Paulo II terá
duas pistas, com três faixas por sentido, ciclovia e calçadas em ambos os lados
e a implantação de duas pontes, uma a 60 metros da passagem Mariano, transpondo
a ponta do Lago Bolonha, e outra a 200 metros da rua Pedreirinha, transpondo a
ponta do Lago Água Preta. A interligação da avenida com a rodovia BR-316 se
dará com a construção da quarta pétala do elevado Mário Covas, uma obra de
quatro quilômetros.
O
diretor geral do NGTM, César Meira, ressalta a importância da obra para a
Região Metropolitana de Belém. “O prolongamento da João Paulo II trará mais uma
opção de acesso à cidade, que hoje tem apenas a BR-316, contribuindo para a
qualidade de vida das pessoas que precisam se deslocar até o centro da cidade e
hoje passam cerca de quatro horas por dia dentro do transporte público”,
analisa.
A obra,
destaca ainda César Meira, trará outros importantes benefícios, como a proteção
ambiental do Parque do Utinga, que hoje sofre com o avanço urbano, e a
preparação da cidade para a obra do Bus Rapid Transit (BRT) do Ação Metrópole,
que será construído do município de Marituba até o Entroncamento. A empresa
vencedora da licitação tem o prazo de 120 dias para elaborar projeto executivo
da nova avenida João Paulo II.
“Teremos duas fases: a elaboração do anteprojeto e do
projeto executivo. Como já temos o básico, iniciaremos as obras de posse o
anteprojeto. O projeto executivo final norteará apenas detalhamentos. Assim,
nossa previsão é que as obras comecem em outubro”, informa a diretora executiva
do NGTM, Marilena Mácola. Segundo o planejamento do NGTM, a obra está prevista
para ser executada em 14 meses, mas, segundo a diretora, a expectativa é
entregá-la em doze meses.
Texto:
Manuela Viana-Ação Metrópole
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